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Consequências econômicas das mudanças climáticas

Por Ricardo Pereira


As mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global passaram a vigorar com grande visibilidade na
mídia e em fóruns de discussões. Seus efeitos começam a ser sentidos em grande parte do mundo. As
conseqüências para a economia obrigarão o homem a inventar um novo modelo econômico e de negócios.
E terá que ser rápido! O aquecimento global pode provocar estagnação, desaceleração do crescimento
econômico e elevação de preços em todo mundo.

Economia versus clima


Uma das primeiras e mais drásticas conseqüências será o aumento do protecionismo global, trazido com o
aumento das regulamentações que os países (principalmente os desenvolvidos) serão obrigados a fazer
com objetivo de frear as mudanças climáticas. Isso trará aos países muitas dificuldades para exportar seus
produtos. Veremos uma roleta em que todos aumentariam suas barreiras comerciais para proteção da
indústria local.Certamente, os países em desenvolvimento serão os mais afetados, sobretudo porque
desastres naturais e as doenças causadas por essas possíveis mudanças tenderão a ocorrer em regiões
com menor poder econômico e infra-estrutura.

Agricultura
Sem dúvidas, o setor econômico que será mais afetado será o agropecuário, pois depende de condições
especiais como temperatura e precipitação. Para se ter uma idéia do problema que se desenha, nos últimos
sete anos a temperatura em São Paulo subiu 1ºC. Se a elevação chegar a 3ºC, não será mais possível
plantar café no estado.As previsões são de aumento não apenas na média da temperatura, mas também
em sua variância. Por isso, a incidência de eventos extremos deve aumentar. Verões e invernos muitos
chuvosos ou extremamente quentes são algumas das possíveis consequências. Essas oscilações terão
diferenças regionais e, justamente por isso, levarão à uma nova divisão no mapa da produção agrícola.

Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) indicam um possível maior prejuízo em
regiões onde a temperatura alta já é uma constante, como é o caso das regiões Norte e Nordeste. Fica
evidente, por esse estudo, um deslocamento de cultivos que não suportam temperaturas muito altas,
migrando para regiões como Sudeste e Sul.

No semi-árido nordestino, a questão das secas tende a ficar pior, pois a elevação da temperatura tornará a
região ainda menos chuvosa. Os agricultores, que vivem da agricultura e de lá tiram sua alimentação, serão
os principais afetados por essa realidade. As condições de vida nessas áreas rurais se tornarão
praticamente inexistentes. A tendência, com essa situação, é de que os moradores dessa região aumentem
a dependência de programas de assistência social para manterem condições mínimas de vida na região.

Infra-estrutura
As mudanças previstas alteraram de forma significativa o regime de chuvas. Estando as previsões corretas,
as atividades relacionadas aos corpos hídricos serão afetadas. Quando falamos em hidroeletricidade no
Brasil, imediatamente nos vêm à mente os grandes problemas de energia que temos no país. Ocorrendo a
redução das chuvas, teremos problemas sérios na geração de energia. Não haverá outro caminho que não
o aumento de investimentos em saneamento, a fim de evitar transbordamento dos sistemas de captação e
tratamento de esgoto em casos de cheias.Provavelmente, teremos que expandir a capacidade da
construção civil, pois o aumento de catástrofes climáticas resultará em maior número de acidentes –
inundações, deslizamentos, erosões – cuja prevenção irá exigir obras significativas e de custos muito
elevados.

Ainda falando em aumento da demanda de construção civil, temos como certa a elevação do nível do mar.
Esse fenômeno levará ao reassentamento de populações costeiras, originando um novo desenho
geográfico nessas áreas. Os efeitos dramáticos deverão ocorrer nas regiões próximas aos deltas de rios e
outras áreas que já sofrem hoje com variações consideráveis de maré.
Demais setores
Fica fácil prever que alguns setores estarão no cerne do problema. Um dos principais será, sem dúvidas, o
da saúde, pois teremos aumento doenças relacionadas ao calor e chuva, como a dengue. Com a diminuição
da camada de ozônio, o aparecimento de câncer de pele também se tornará mais comum. As conseqüências
das enchentes, como leptospirose serão uma constante. A falta de água tratada e a coleta de esgoto ficarão
comprometidas, aumentando os riscos e mais problemas de saúde.

O mercado de seguros tenderá a sofrer um baque significativo, pois os casos de sinistro por ventania,
furacões e enchentes tendem a aumentar. O mercado de turismo sofrerá alterações de destino
consideráveis principalmente nas áreas de costa, que concentram o maior número de turistas. Imaginem os
prejuízos para resorts, hotéis, restaurantes etc.

Combustíveis renováveis
O Brasil está na vanguarda quando se fala em tecnologia de combustíveis renováveis de origem vegetal,
principalmente o álcool combustível (Etanol). Percebe-se que internamente ainda existe espaço para o
crescimento da participação desse tipo de combustível, principalmente se o preço do petróleo se mantiver
elevado e o governo federal mantiver o biodiesel como prioridade. Porém, as expectativas de crescimento
da demanda de biocombustíveis ainda são motivadas principalmente pela crença no aumento das
exportações para países desenvolvidos.

Entretanto, se não tomarmos cuidado, a produção em larga escala da produção de biocombustíveis poderá
ser um tiro no pé, pois ela precisará de aumento considerável nas áreas de cultivo, muitas vezes facilitadas
até por incentivo do governo (exemplo: apoiar a produção familiar, através do programa do biodiesel). Essas
ações poderão acelerar o desmatamento, que aumentaria o aquecimento global, ao invés de reduzi-lo.

Imaginemos ainda que boa parte dos agricultores passe a produzir a cana de açúcar ou a mamona. Como
ficaria a produção de alimentos? Pode-se dizer e presumir que os preços dos alimentos terão significativos
reajustes com a queda na sua oferta. A previsão de aumento de 18% na safra de soja em 2008 não
demonstra um aumento do uso do grão na alimentação humana, mas a relação com a atratividade inicial do
programa de biodiesel.

Conclusão
Com o crescimento da “sociedade de consumo”, a expansão tecnológica e graças ao avanço da medicina,
ocorreu um enorme crescimento populacional e impacto na ampliação da expectativa de vida. Para garantir
a produção de alimentos, o campo foi ocupado intensiva e extensivamente por grandes projetos
agropecuários. Em conseqüência, houve também um rápido aumento da taxa de urbanização, com a
formação de verdadeiros formigueiros humanos nas grandes cidades (favelas, cortiços etc).

O uso inconseqüente dos recursos naturais trouxe resultados como a desertificação do solo e as alterações
climáticas, que nos levaram ao ponto muito próximo do esgotamento dos recursos do planeta,
demonstrando futura incapacidade de suprir demandas por insumos tradicionais. Especialistas acreditam
que o homem esteja utilizando cerca de 1/3 dos recursos além do que a natureza pode lhe oferecer com
bases sustentáveis.

Como será o mundo daqui a 10 anos quando o planeta tiver mais meio bilhão de pessoas?
Estaremos vivenciando uma situação crítica, ainda que até lá consigamos preservar tudo o que temos de
recursos naturais alocados na produção de gêneros e bens na tentativa de garantir um mínimo de qualidade
de vida. O mundo, vivendo forte crescimento econômico, tem provocado um pesado revés ambiental. A
escassez de recursos naturais irá provocar uma forte retração no crescimento das economias regionais. A
natureza, invariavelmente, dará o troco.

Precisamos consumir diferente, pensar diferente, viver diferente. As pequenas ações no dia-a-dia é que
fazem, e farão, a diferença!

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