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Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
Campus Duque de Caxias

BRUNO CLEMENTE BRANDÃO MARQUES

DOUGLAS GALDINO DOS SANTOS

A QUÍMICA DO TINGIMENTO NATURAL:


Uma visão sociocultural do tingimento tradicional do continente Africano.

DUQUE DE CAXIAS
2018
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro

BRUNO CLEMENTE BRANDÃO MARQUES

DOUGLAS GALDINO DOS SANTOS

A QUÍMICA DO TINGIMENTO NATURAL:


uma visão sociocultural do tingimento tradicional do continente Africano.

Trabalho apresentado como pré-requisito de


Avaliação do Curso de Licenciatura em
Química na disciplina de Introdução à
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena,
ministrada pela Profª Lucineide Lima de
Paulo no IFRJ-CDUC.

DUQUE DE CAXIAS
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 4
3 PROBLEMA ....................................................................................................................... 5
4 HIPÓTESE ......................................................................................................................... 5
5 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 6
5.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................................... 6
5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................................. 6
6 METODOLOGIA ............................................................................................................... 7
7 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 9
3

1 INTRODUÇÃO

Durante muitos séculos, as sociedades ocidentais se tomaram como ponto de partida


para contar a história, e nesse contexto, tonificaram a ideia de que o homem branco era mais
evoluído, puro, superior e mais inteligente; seu oposto seria o homem negro, que é mais
atrasado, selvagem e condenado ao pecado, fazendo com que todos esses rótulos caíssem sobre
as sociedades negras (HOFBAUER, 2006).
O ambiente escolar reforça esse sentimento de existir superioridade em se ter a pele
clara, os cabelos lisos e ser denominado de branco. Principalmente os currículos, que tem como
base o ensino a partir da europa, e especificamente os livros didáticos, que, em sua maioria, não
representam pessoas negras em posições de poder ou tomada de decisões, como cientistas ou
empresários, mas fazem questão de estereotipar o funcionário da empresa de reciclagem e o gari
(SILVA, 2011).
A ciência vista na escola é basicamente européia, levando os alunos a não terem
conhecimento sobre a produção científica de outros povos, e por fim julgando esses povos
como não capazes de produzir conhecimentos científicos (AULER; BAZZO, 2001).
A Química é uma das ciências que, por abordar conteúdos que exigem um alto grau de
abstração, possui grande rejeição pelos alunos do ensino médio. Mais ainda quando não se
mostra o caráter prático da disciplina aplicado a vida do aluno, ou o aluno não se identifica com
a história da ciência, que é permeada de nomes “estranhos” - Lavoisier, Boyle, Avogadro - que
não faz com que os alunos se identifiquem (LEITE; LIMA, 2015).
Uma das formas de diminuir esse distanciamento é utilizar metodologias que coloquem
o aluno no papel do produtor do conhecimento e não como mero espectador. De preferência
relacionando a ciência estudada com algo que o aluno possa se interessar, como seu dia-a-dia
ou a história de seus antepassados.
Nesse projeto, busca-se realizar o ensino de funções orgânicas e suas propriedades
físico-químicas, utilizando como ponto de partida a História e Cultura Afro-Brasileira, de
acordo com a lei 10.639/03.
2 JUSTIFICATIVA

O ensino disseminado no âmbito escolar tem como referência as sociedades ocidentais,


que por sua vez, acaba limitando áreas do conhecimento referente a outras civilizações. Sendo
assim, os alunos acabam por acreditar que o conhecimento gerado é proveniente unicamente do
ocidente, corroborando para um pensamento superior em comparação às demais sociedades. No
contexto científico não é diferente, tendo em vista que pouco se sabe sobre o desenvolvimento e
a produção científica de outras civilizações.
Nessa perspectiva é imprescindível que se utilize de meios para contrapor esse modelo
de ensino centrado nas civilizações colonizadoras e se abra a oportunidade de investigar e
conhecer a produção científica e cultural de outras nações.
É saudável imaginar que uma proposta de ensino de química que reconhece as culturas
africanas como fonte de aportes teóricos e práticos para as aulas, será capaz de proporcionar
uma experiência de ensino enriquecedora do ponto de vista da diversidade e potencializar uma
aprendizagem significativa.
3 PROBLEMA

O ensino de Química em uma perspectiva sociocultural e histórica das Áfricas e dos


Africanos, utilizando como ferramenta de ensino uma oficina de tingimento natural,
relacionando outras áreas de ensino, produzirá uma aprendizagem significativa, despertando no
aluno o interesse na temática abordada?

4 HIPÓTESE

O âmbito educacional é ideal para iniciar o estudo da diversidade cultural e histórica das
Áfricas e dos Africanos, mas até então não exerce essa função com importância e qualidade.
Uma vez que, é notória a apropriação de ideias estereotipadas e generalizadas nos processos de
ensino-aprendizagem, apesar de existir lei que torna obrigatória a inclusão da temática “História
e Cultura Afro-Brasileira” (10.639/03) no currículo oficial do ensino.
Aplicar uma metodologia de oficina na disciplina de Química, que valorize o ensino da
diversidade cultural e histórica das Áfricas e dos Africanos relacionando com outras áreas de
ensino como: Biologia e Geografia, é um dos caminhos para despertar a curiosidade do aluno
em relação a rica história do continente africano e seus conhecimentos científicos.
5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Proporcionar o ensino de Química que desfaça os estereótipos e generalizações das


culturas africanas, através da aplicação da oficina de tingimento natural de forma
interdisciplinar.

5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

● Relacionar a Química a aspectos socioculturais e históricos das culturas


Africanas;
● Proporcionar o ensino de funções orgânicas e propriedades físico-químicas em
um contexto que use os conhecimentos científicos do continente africano;
● Reduzir a disseminação de estereótipos e generalizações referente as civilizações
de origem africana.
6 METODOLOGIA

O projeto tem como público alvo o 3° ano do Ensino Médio, sendo sistematizado em 4
encontros semanais referentes a 2 tempos de aula de 50 minutos (1h e 40min). Durante os
encontros, será realizado a apresentação, debate e o desenvolvimento do tema proposto. Para
isso, serão realizadas atividades que permitam o aprendizado dos conteúdos da disciplina de
Química relacionado a questões culturais, históricas e socioeconômicas do continente africano.

O projeto foi programado da seguinte forma:

1° encontro - O primeiro contato com os alunos será através de uma aula expositiva
dialogada, onde os alunos irão receber reportagens sobre importação de roupas usadas para
países africanos. Em seguida, será trabalhado o conhecimento prévio dos alunos sobre o
continente africano, com o objetivo de desconstruir a visão estereotipada e a generalização
acerca do continente. Nesse contexto, a partir de um mapa será abordado aspectos geográficos
como: a localização do continente e os países que o compõe, suas regiões e etc. Assuntos
relacionado a história, economia, riquezas culturais, exploração, perda da identidade cultural
também serão abordados, com o propósito de evidenciar os impactos gerados pela importação
das roupas usadas em relação ao comércio local, dando enfoque a produção de roupas pelo
tingimento natural.

2° encontro - Com o início do segundo encontro, os alunos serão questionados sobre os


processos de tingimento e suas origens. Evidenciaremos que esse processo é realizado desde a
antiguidade e tem relação direta com a cultura de cada civilização. Com isso, aprofundaremos o
assunto sobre tingimento natural abordado no primeiro encontro e será iniciada a abordagem
dos conteúdos curriculares da disciplina de Química, a partir da análise estrutural e funcional
dos corantes naturais extraídos de frutos, flores, plantas, cascas, madeiras, bagas e sementes. Ao
fim, os alunos serão divididos em grupos e será solicitado que cada grupo traga no próximo
encontro certos tipos de frutos, flores, plantas para extração.

3° encontro - No terceiro encontro, será abordado com os alunos as técnicas utilizadas


no processo de extração dos corantes naturais, suas aplicações e classificações, também será
trabalhado as propriedades físico-químicas de cada pigmentação relacionando as organelas em
que se encontram e suas funções no organismo vegetal. Os alunos irão realizar a extração dos
corantes naturais que serão armazenados para futura aplicação e por fim, será explicitado os
impactos ambientais gerados pelos corantes sintéticos usados em grande escala pelas indústrias
têxteis, evidenciando a limitação dos pigmentos naturais em comparação aos artificiais.

4° encontro - No último encontro, será realizado com os alunos uma oficina de


tingimento natural com os corantes extraídos da última aula, onde realizarão o tingimentos de
diversos tecidos dando ênfase a aspectos das culturas Africanas. Ao final de todo processo, será
proposta a realização de uma feira expositiva pelos alunos que tem como objetivo, promover a
divulgação dos conhecimentos adquiridos durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
7 REFERÊNCIAS

AULER, D.; BAZZO, W. A. Reflexões para a Implementação do Movimento CTS no Contexto


Educacional Brasileiro. Ciência & Educação, 7 (1), 1-13, 2001.

HOFBAUER, A. Uma história de Branqueamento ou o Negro em questão – São Paulo: Editora


UNESP, 2006.

LEITE, Luciana Rodrigues; LIMA, José Ossian Gadelha de. O aprendizado da Química na concepção de
professores e alunos do ensino médio: um estudo de caso. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília, v. 96,
n. 243, p. 380-398, Ago. 2015. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbeped/v96n243/2176-6681-
rbeped-96-243-00380.pdf>. Acesso em 17/05/2018.

SILVA, A. C. da, Branqueamento e branquitude: conceitos básicos na formação para a alteridade.


Salvador: EDUFBA, 2007. Available from SciELO Books. Disponível em:
<http://books.scielo.org/id/f5jk5/pdf/nascimento-9788523209186-06.pdf > acesso em: 18/04/2015.

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