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161 SANTOS, André de Melo; BRAGA, Lisandro; VIANA, Nildo.

Trabalho e mais-violência: do
desequilíbrio às doenças psicossomáticas. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Revista da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES-Go. Vol. 02, nº 07, 161-172, Jan. 2012/Jun. 2012.
 

TRABALHO E MAIS-VIOLÊNCIA:
DO DESEQUILÍBRIO PSÍQUICO ÀS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

André de Melo Santos1; Lisandro Braga2; Nildo Viana3

RESUMO ABSTRACT

O presente artigo discute a relação entre trabalho This article discusses the relation between work in
na contemporaneidade, marcada pelo regime de the contemporary, characterized by the integral
acumulação integral, e o processo de mais- regime of accumulation, and the process of more-
violência que lhe acompanha, por um lado, e o violence which accompanies the one hand, and the
processo de desequilíbrio psíquico, por outro, no process of psychic imbalance, on the other, in
sentido de observar suas consequências. A order to observe its consequences. The conclusion
conclusão é a de que os danos psíquicos e is that the psychic damage and psychosomatic
doenças psicossomáticas são derivadas desse diseases are derived from this process of
processo de trabalho contemporâneo marcado contemporary work characterized by the pursuit of
pela busca de aumento da taxa de exploração. increased rate of exploitation.

Palavras-Chave: Trabalho, Mais-Violência, Keywords: Work, More-Violence, Integral


Acumulação Integral, Desequilíbrio Psíquico, Accumulation, Psychic Imbalance, psychosomatic
Doenças psicossomáticas. diseases.

INTRODUÇÃO

A relação entre trabalho e desequilíbrio psíquico vem sendo objeto de abordagens de


diversas disciplinas, tais como a sociologia, psicologia, saúde coletiva, medicina, etc. Trata-se de
um grave problema social e por isso remete às relações entre trabalho, violência, desequilíbrio
psíquico, entre outros aspectos que merecem um amplo tratamento teórico. O nosso objetivo aqui é
apresentar uma análise mais geral do fenômeno a partir da bibliografia existente, buscando a
explicação das razões para um sofrimento psíquico cada vez mais intenso nas relações de trabalho e
outros fenômenos correlatos.

                                                            
1
Mestrando em Sociologia na Universidade Federal de Goiás - UFG e pesquisador do Grupo de Pesquisa Dialética e
Sociedade/GPDS da Faculdade de Ciências Sociais – UFG.
2
Doutorando em Sociologia na Universidade Federal de Goiás/UFG e pesquisador do Grupo de Pesquisa Dialética e
Sociedade/GPDS da Faculdade de Ciências Sociais da UFG.
3
Professor da Faculdade de Ciências Sociais da UFG e Doutor em Sociologia/UnB.
 
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desequilíbrio às doenças psicossomáticas. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Revista da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES-Go. Vol. 02, nº 07, 161-172, Jan. 2012/Jun. 2012.
 
O primeiro ponto é entender que, na sociedade capitalista, o trabalho não é práxis,
objetivação, realização das potencialidades humanas, não possui caráter teleológico. Karl Marx1 foi
o primeiro a analisar pormenorizadamente isso, mostrando como o trabalho deixa de ser
manifestação da essência humana para se tornar sua negação. Isso ocorre desde o momento em que
tal trabalho se torna alienado, heterogerido. O trabalho alienado é aquele no qual o ser humano
perde o controle de sua atividade, o que significa que passa a ser controlado por outro, o não-
trabalhador, que passa a decidir o que e como ele deve produzir, e a finalidade do trabalho não é
mais a autossatisfação do indivíduo e sim apenas um meio para garantir sua sobrevivência2. A
consequência do trabalho alienado é que o trabalhador perde o controle do produto do seu trabalho e
passa a perder o controle de sua própria vida.
Assim, o trabalho alienado é essencialmente violento uma vez que nega a essência
humana e realiza um processo de imposição3, sendo que podemos definir violência justamente
como uma relação de imposição, no qual um grupo ou indivíduo impõe a outro grupo ou indivíduo
algo que seja contra a sua vontade ou natureza3, 4, o que ocorre nas sociedades de classes e mais
intensamente no processo de produção capitalista de mercadorias. Em outras palavras, o caráter
heterogerido do trabalho na sociedade capitalista não possibilita ao trabalhador se realizar
plenamente como ser humano, uma vez que toda a sua potencialidade física e intelectual é utilizada
para promover a acumulação de capital, enquanto o trabalhador se encontra cada vez mais afundado
na alienação ou no “pântano do pauperismo”, como em alguns casos. Sem dúvida, somente pelo
fato do trabalho ser alienado, dirigido por outro e para atender interesses do outro que se apropria
também do seu produto, trata-se de violência. Essa violência, no entanto, pode assumir formas mais
profundas, devido ao seu grau de intensidade ou formas de manifestação, tal como no caso dos
acidentes de trabalho3.
Contudo, na sociedade capitalista, o trabalho alienado assume diversas formas
históricas, de acordo com as mudanças no processo de organização do trabalho. O modo de
produção capitalista não é estático e embora mantenha sua essência intacta, a produção de mais-
valor, realiza alterações formais para manter sua existência e se reproduzir. As diversas formas de
organização do trabalho desenvolvidas no capitalismo no decorrer de sua história sempre foram no
sentido de realizar o controle dos trabalhadores e assim extrair um maior quantum de mais-valor, ou
seja, aumentar a taxa de exploração do trabalhador. Marx fez uma análise do processo de produção
do mais-valor, de suas formas e de suas tendencias5. Outros, a partir de suas contribuições,
analisaram as mutações das formas de organização do trabalho e a constituição de formas
preeminentes em cada período histórico6,7,8, tais como o taylorismo, fordismo e toyotismo, ligados a
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distintos regimes de acumulação9,10. Essa mutação das formas preeminentes de organização do
trabalho, que, no fundo, são formas de extração de mais-valor9,10, ocorrem de acordo com a
mudança no processo geral de acumulação de capital, ou seja, em elementos indissolúveis que
permitem sua realização, o que remete ao papel do Estado e das relações internacionais, fundando
um determinado regime de acumulação9,10.
A forma preeminente de organização do trabalho hoje é o toyotismo, parte do atual
regime de acumulação. Os regimes de acumulação que sucederam-se na história do capitalismo
foram o regime de acumulação intensivo, o regime de acumulação extensivo, o regime de
acumulação intensivo-extensivo ou conjugado e, atualmente, o regime de acumulação integral9,10. A
compreensão do processo histórico de desenvolvimento do capitalismo remete ao processo de
mutação da forma preeminente de organização de trabalho, de processo de valorização do capital, e
suas consequências para o trabalhador no que se refere às suas condições de vida, saúde, universo
psíquico, etc.
O operário de uma fábrica toyotista se vê obrigado a trabalhar de forma
pluriespecializada, dedicando-se a várias funções no interior da fábrica, manobrando,
simultaneamente, várias máquinas em ritmo alucinante. Funções que antes eram executadas por
mais de dois ou três operários, hoje é exercida intensamente por apenas um operário. Desta forma,
podemos dizer que existe um processo de intesificaçao de extração de mais-valor relativo. O
resultado mais drástico dessa mais-violência – ou seja, uma violência que excede o normal nas
relações no processo de produção11 – é o que foi denominado no Japão de Karoshi, ou seja, morte
por overdose de trabalho. Nesse país, fundador do sistema Toyota de organização do trabalho,
milhares de operários morrem ao ano, vitimados pelo excesso de trabalho, por jornadas que vão de
15 a 16 horas diárias, pela ausência de férias, pelas moradias minúsculas, etc. Essa realidade nasce
no Japão, se expande para outros países imperialistas e chega ao Brasil, principalmente, nas
montadoras de automóveis. Essa forma acaba se adequando à especificidade de cada país e processo
de trabalho, não sendo um modelo fixo e imutável que se aplica da mesma forma em todos os
lugares.
A acumulação integral busca aumentar a extração de mais-valor relativo e absoluto, ou
seja, reúne a busca de aumento da acumulação via forma intensiva (mais-valor relativo, aumento de
produtividade) e extensiva (mais-valor absoluto, aumento da jornada de trabalho), isto é, busca
aumentar a exploração “sem limites”9,10,12. Para isso promove uma intensificação do processo de
trabalho e um controle rigoroso sobre todo o tempo de trabalho, gerando mais-violência para o
trabalhador. No entanto, resta explicar o que se entende por mais-violência no trabalho.
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Denominamos aqui de mais-violência caracteriza-se por uma sobreviolência intensificada no
trabalho e que atinge o operário tanto fisicamente quanto psiquicamente, podendo levá-lo à morte11.
O trabalho na contemporaneidade é marcado pela superexploração generalizada e que promove uma
intensificação mais profunda do trabalho, pelo assédio moral, pela pressão psicológica, pelo
desenvolvimento do que alguns denominam13 “síndrome da culpa”, “síndrome do pânico”,
“estresse”, “depressão”, “medo”, etc.. Nesse sentido, Segundo Dejours14,

Ao lado do medo dos ritmos de trabalho, os trabalhadores falam sem disfarces dos riscos à
sua integridade física que estão implicados nas condições físicas, químicas e biológicas de
seu trabalho. Sabem que apresentam um nível de morbidade superior ao resto da população
(...) A grande maioria tem a impressão de ser consumida interiormente, desmanchada,
degradada, corroída, usada ou intoxicada. Este medo patente é expresso desta maneira
direta pela maioria dos trabalhadores das indústrias (Dejours, 1992, p.74).

A partir destas considerações sobre as mutações do capitalismo, a instituicao do regime


de acumulação integral, e a consequente mais-violencia nas relações de trabalho, promove um
processo de crescente desequilíbrio psíquico e afeta a saúde coletiva, tal como colocaremos adiante.

TRABALHO E DESEQUILÍBRIO PSÍQUICO

Segundo Marx1, existem duas formas distintas de trabalho, o que se manifesta como
objetivação e o que se manifesta como alienação. O trabalho como objetivação é um trabalho
teleológico, no qual o ser humano coloca uma finalidade antes de executá-lo e assim realiza suas
potencialidades e se objetiva no mundo, humanizando o mundo e as relações sociais5. O trabalho
alienado, por sua vez, é controlado por outros, é trabalho heterogerido. Sendo assim, ele não
controla sua própria produção e não coloca uma finalidade consciente nela, pois isto é feito pelo
não-trabalhador. A consequência disso é que o produto do seu trabalho também não lhe pertence,
sendo controlado igualmente pelo não-trabalhador. Isto gera um processo no qual o trabalhador não
se reconhece no resultado do seu trabalho, já quem nem o processo e nem o resultado foram
controlados por ele e nem atenderam a uma necessidade e finalidade atribuída por ele. Esse
trabalho, por conseguinte, nega a essência humana e assume o caráter “mortificador”, deixa o
trabalhador exausto, insatisfeito.
A partir desta análise de Marx, vários outros pesquisadores passaram a analisar o
processo de trabalho e observar seus efeitos maléficos. Segundo Dejours14, o processo de trabalho
durante o século 19 foi marcado por longas jornadas e condições precárias de higiene e segurança, o
que também gerava muitos acidentes laborais e uma vida curta para os trabalhadores dentro desse
ambiente. No século XX, podemos dizer que as condições dos trabalhadores na Europa e EUA
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melhoraram durante o período pós-Segunda Guerra. Segundo Viana9, a instauração do regime de
acumulação intensivo-extensivo (conjugado), caracterizado pelo fordismo, estado integracionista
(“bem estar social” e expansão do capital oligopolista transnacional, gerou uma estabilidade nos
países imperialistas. Esta estabilidade, no entanto, foi sustentada por uma superexploração dos
trabalhadores no capitalismo subordinado (“terceiro mundo”).
Este regime de acumulação entrou em crise no final dos anos 1960 e essa durou até final
dos anos 1970. A partir dos anos 1980, instaura-se um novo regime de acumulação que tem objetivo
fundamental aumentar a exploração dos trabalhadores em todo o mundo. O regime de acumulação
integral buscou ampliar o processo de exploração através da implantação do toyotismo
(“reestruturação produtiva”), estado neoliberal e neoimperialismo (“globalização”). As mudanças
no processo de trabalho são visíveis e diversos autores6,9 apontaram o processo de aumento da
exploração que passa a atingir os países capitalistas imperialistas e as várias estratégias do capital
para intensificar a taxa de exploração. O neoliberalismo cumpriu (e continua cumprindo) o papel de
reduzir os gastos estatais com políticas de assistência social e fornecer as condições adequadas para
a realização da “reestruturação produtiva”. Essa, fundada no toyotismo como forma hegemônica,
lança mão da mudança no processo de trabalho, através do controle mais intensivo dos ritmos de
trabalho, uso de tecnológica e trabalho em equipe, entre outras formas, combinado com aumento da
jornada de trabalho, terceirização, subcontratação, etc. A corrosão dos direitos trabalhistas na esfera
jurídica implementada pelo Estado neoliberal facilita esse processo de aumento da taxa de
exploração. O crescente desemprego – inclusive nos países capitalistas imperialistas que viviam
com baixas taxas de desemprego no regime de acumulação anterior – que assume elevada
proporção, não só pressiona os salários para baixo em diversos setores, como também amplia a
existência de subemprego e outras formas de trabalho marcadas pela superexploração.
Se o trabalho alienado, em si mesmo, já significa uma violência no processo de
trabalho3, então essas condições desfavoráveis geram uma violência excedente e que se torna cada
vez mais insuportável para os trabalhadores. As necessidades do regime de acumulação integral,
que se voltam para o processo de ampliação da taxa de exploração, geram um processo de
deterioração das condições de trabalho no qual se busca diminuir os custos com a força de trabalho
ao lado de buscar com que essa aumente a produtividade (mais-valor relativo) e a jornada de
trabalho (mais-valor absoluto). A determinação fundamental dos acidentes de trabalho é a
necessidade de redução de custos com a força de trabalho promovido pela acumulação capitalista3 e
no contexto atual, no qual se busca aumentar a taxa de exploração, então a tendência é aumentar a
sua proporção. Segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho – estima-se anualmente
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270 milhões de acidentes de trabalho e 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. No Brasil
calcula-se o registro de 390 mil casos de acidentes e doenças do trabalho, segundo dados do
Ministério da Previdência Social. Esse processo, obviamente, é derivado das características do
regime de acumulação integral, que provoca um controle e intensificação dos ritmos de trabalho,
provoca alterações no sentido de aumentar a produtividade, busca diminuir os gastos com custos da
força de trabalho. Assim, a determinação fundamental desse processo é o regime de acumulação
integral e entre as determinações imediatas dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais temos
o processo de organização do trabalho, marcado, entre outras coisas, por precárias condições de
trabalho.
As consequências desse processo para o trabalhador são as mais nefastas possíveis. As
chamadas doenças ocupacionais são apenas a face mais visível desse processo. Há uma forte
expansão das doenças ocupacionais, mas além destas ocorrem dois fenômenos correlatos que se
ampliam com a instauração do novo regime de acumulação: o desequilíbrio psíquico e as doenças
psicossomáticas4. O processo de trabalho no capitalismo tende a gerar desequilíbrios psíquicos,
como diversos pesquisadores já colocaram14, 15, 16, 17 ao lado de outras formas. As doenças chamadas
psicossomáticas também já foram objeto de diversas análises14,17. Sem dúvida, os desequilíbrios
psíquicos geram doenças psicossomáticas e por isso esse será o nosso foco, o que não nos impede –
e nem seria possível – deixar de remeter a elas.
O desequilíbrio psíquico é produzido pelas relações sociais instituídas e que
caracterizam o trabalho alienado. O trabalho se torna negação de si mesmo, dor, sofrimento.
Obviamente que a uma vida fora do trabalho alienado que também é alienada (controlada por
outros) ou muito empobrecida tende a fortalecer o desequilíbrio psíquico, tal como nos casos de
suicídio relacionados ao trabalho. No entanto, no mundo atual, comandado pelo regime de
acumulação integral, o processo de trabalho se torna ainda mais degradante e isso gera o que alguns
denominam “novas patologias do trabalho”. O processo de incessante busca de extração de mais-
valor relativo, produtividade, promove uma situação de elevação de doenças geradas pelo
trabalho13, 18.
O desequilíbrio psíquico é gerado por uma situação na qual as energias psíquicas – que
manifestam as necessidades-potencialidades humanas – são reprimidas em alta escala e

                                                            
4
Alguns autores buscam superar a distinção entre doenças orgânicas e doenças psicossomáticas: “Toda doença humana é
psicossomática, já que incide num ser sempre provido de soma e psique, inseparáveis, anatômica e funcionalmente. E, neste mesmo
sentido, a divisão de doenças orgânicas e mentais é acima de tudo um problema de classificação de formas clinicas, já que todas as
doenças orgânicas sofrem, inevitavelmente, influência na mente de quem as apresenta e as doenças mentais são traduzidas, em sua
intimidade última, por processos bioquímicos que, de resto, acompanham todos os momentos do viver. Em última instância, os
processos biológicos, mentais ou físicos são simultâneos, exteriorizando-se predominantemente numa área ou noutra, conforme a
sua natureza ou o ângulo sobre o qual estão sendo observados” (Filho, 2002, p. 19)19.
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transbordam o inconsciente, gerando um investimento energético individual seja na persona
(energia construtiva)5 seja na sombra (energia destrutiva)6, 20
. Ou seja, a sombra – as energias
destrutivas, que a linguagem semirreligiosa denomina “mal” – é produto da repressão social que
gera um recalcamento das energias psíquicas que são manifestações das necessidades-
potencialidades humanas, que, devido excesso de repressão, transbordam indo além do inconsciente
e gerando a necessidade de uma solução que é a energia construtiva (persona) ou destrutiva
(sombra)20. Esse processo é desencadeador de danos psíquicos graves:

Estas formações energéticas derivadas do inconsciente podem ser denominadas como


persona e sombra. O conceito de sombra é semelhante ao apresentado por Jung: “a sombra
é uma espessa massa de componentes diversas, aglomerando desde pequenas fraquezas,
aspectos imaturos ou inferiores, complexos reprimidos, até forças verdadeiramente
maléficas, negrumes assustadores” (Silveira, 1981, p. 92), embora no caso de Jung haja
também “aspectos positivos”, o que inexiste em nossa concepção. A sombra é a energia
destrutiva que está na origem dos problemas psíquicos e da agressividade, duas faces da
mesma moeda. A formação da sombra, no entanto, ocorre quando existe um alto grau de
repressão tanto no sentido quantitativo (quantum de potencialidades reprimidas) quanto
qualitativa (intensidade). Porém, numa sociedade repressiva (dividida em classes sociais),
todos os indivíduos possuem em seu universo psíquico um certo quantum de sombra, só
que em proporções insignificantes nas pessoas que possuem um baixo grau de recalcamento
ou uma persona forte, ou, ainda consegue se satisfazer parcialmente com as satisfações
substitutas produzidas pela sociedade. No entanto, as pessoas que se enquadram nos dois
últimos casos ficam no limiar de possuírem uma sombra forte, sendo casos “fronteiriços”,
que o processo histórico de vida pode desencadear. Nas pessoas que não conseguem estas
condições de desenvolvimento psíquico, que estão submetidas à mais-repressão (para
utilizar expressão de Marcuse), isto é, a uma repressão extensiva e intensiva, a sombra não
só existe como exerce grande influência sobre elas. Assim, somente um quantum
considerável de sombra produz uma neurose ou um indivíduo agressivo. A mais-repressão
forma um acúmulo de energia na sombra que a faz transbordar e a pessoa, em muitos
momentos, deixa de ser controlada pela sua consciência e passa a ser controlada pela sua
energia destrutiva. O conceito de mais-repressão aqui se inspira e ao mesmo tempo se
diferencia da concepção de Marcuse, expressando uma repressão excedente, isto é, que é
mais intensa do que à vivida por grande parte das pessoas e que excede a capacidade
humana de suportá-la sem provocar danos psíquicos (Viana, 2002, p.60-62)20.

Esse processo de constituição de danos psíquicos é intenso na sociedade capitalista e o


trabalho alienado, bem como as formas de dominação e opressão apontam para este processo,
gerando um alto grau de desequilíbrio psíquico. O nosso foco aqui, no entanto, é entre processo de
trabalho e desequilíbrio psíquico, no qual a mais-violência significa, ao mesmo tempo, uma
violência e uma repressão excedente, gera danos psíquicos e atinge a saúde dos trabalhadores. Por
conseguinte, é preciso entender que trabalho alienado gera desequilíbrio psíquico e, quando assume
formas mais intensivas de repressão e violência, gera danos psíquicos. O capitalismo

                                                            
5
Esta foi chamada por Freud como “sublimação” e por Adler como “compensação”19.
6
A energia destrutiva se volta para a criação de processos destrutivos internos e externos, gerando os chamados problemas psíquicos
(neurose, psicose, etc.) e os sentimentos destrutivos (ódio, agressividade, etc.)19.
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contemporâneo, a partir da emergência do novo regime de acumulação, faz avançar esse processo
de desequilíbrio psíquico, tal como colocaremos adiante.

ACUMULAÇÃO INTEGRAL, DANOS PSÍQUICOS E DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

O regime de acumulação integral, como já foi dito, promove um processo de repressão e


violência mais amplo por buscar aumentar a taxa de exploração. O processo de trabalho já aponta,
naturalmente, para um forte desgaste mental21. As condições de trabalho, de higiene, de alimentação
e de descanso estão intimamente relacionadas a este processo e, nas condições atuais, está muito
aquém das necessidades básicas de um ser humano21. Isso gera conflitos entre trabalhadores e a
burocracia (que representa o capital). Esta quando não se utiliza da repressão explicita e
manipulação, cria formas mais sutis de amenizar o conflito através de atitudes paternalistas ou
discursos racionais como justificativa das medidas tomadas pela empresa21. Deste conflito, no qual
o trabalhador está em desvantagem, visto que dentro da acumulação integral, o discurso das
empresas é de baixar os custos de produção e aumentar a produtividade, junto com a ameaça de
ficar desempregado, cria as condições para que as doenças psicossomáticas apareçam. Segundo
Edith Seligmann-Silva,

a raiva despertada pelas agressões à dignidade tinha que ser reprimida, pois reagir verbal ou
fisicamente contra as chefias significava o risco de perder o emprego. Essa raiva reprimida
ressurge, deslocada para o ambiente familiar ou através de distúrbios psicossomáticos
variados, entre os quais a hipertensão arterial, que aparece como um dos mais frequentes
(2011, p. 273)21.

Assim se desencadeiam as crises de saúde relacionadas ao trabalho, e com o advento do


regime de acumulação integral onde o trabalhador fica vulnerável a um processo mais amplo de
intesificação do trabalho e aumento da exploração, com uso de ações como dobra de turno,
intensificação do ritmo de trabalho nos picos de produção em determinadas épocas como fazem
algumas empresas, tal como a indústria de chocolates no período que antecede à páscoa. Nesse
caso, é normal que se intensifique o ritmo da produção em tal período e se prolongue a jornada de
trabalho, piorando ainda mais as condições de trabalho. Em consequência, temos um aumento da
insatisfação do trabalhador o que pode gerar mais conflitos com a chefia. O depoimento de um
operário, citado por Seligmann-Silva, ilustra isso:

Despertar para mim é perigoso, assusta. Mesmo antes de tomar esse remédio tive medo de
perder a hora, sempre, toda vida tive esse medo. Mas agora é pior, porque o remédio deixa
o sono mais pesado. Então, de tanto medo, às vezes eu fico pensando muito no serviço e
durmo mal. Fico pensando no serviço, assim-medo de atrasar, de perder a hora:[ A esposa
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acrescenta:] Ele fala bastante dormindo, e é só do serviço, fica falando em parafuso, chama
pelo nome dos colegas pedindo peças (2011, p. 283)21.

Este depoimento nos leva a refletir sobre as condições em que se encontram muitos
trabalhadores. Como o caso dos professores do ensino fundamental, muitos não suportam uma
jornada intensa, que em alguns casos atinge os três turnos, escolas degradadas e projetos
educacionais que tornam a sala de aula um ambiente insuportável para o educador. Poderíamos aqui
enumerar vários exemplos de intensificação da exploração no trabalho, existentes no comércio que
funciona atualmente todos os dias da semana, mas seria improfícuo apresentar uma lista extensa de
casos.
Assim, no capitalismo comandado pelo regime de acumulação integral, temos uma
intensificação do ritmo de trabalho, ampliação da jornada de trabalho, entre outros processos
degradantes, que não se realiza apenas nas fábricas, mas tende a se generalizar em diversas outras
formas de trabalho (atingindo o comércio e serviços). Desta forma, esse processo todo é gerador de
desequilíbrio psíquico, promovando sérios danos psíquicos, assumindo formas e graus distintos, tal
como o bournout, a depressão, o stress, etc. O processo de insegurança e medo se amplia e no caso
concreto dos operários de indústrias que funcionam segundo a organização de trabalho toyotista, ele
apresenta-se como uma constante no cotidiano tanto interno quanto externo à fábrica. Os
trabalhadores, devido ao acúmulo de funções e ao ritmo exorbitante da produção, temem errar no
processo de trabalho e serem constrangidos publicamente pelos seus gerentes (espécies de agentes
carcerários na produção), temem adoecer e serem humilhados por executarem, mesmo doentes,
trabalhos mal-vistos tal como promover a coleta do lixo da fábrica, temem as ameaças de
desemprego e o próprio desemprego, temem falir fisicamente e não mais conseguirem executar todo
o trabalho que sobrecarrega seus músculos e cérebro. Nesse sentido é que podemos afirmar que o
processo de acumulação integral é também um processo de destruição ampliada da classe
trabalhadora uma vez que promove uma intensa mais-violência nas relações de trabalho na
contemporaneidade.
Esse processo todo é gerador de desequilíbrio psíquico que gera danos psíquicos (o que
alguns chamariam “doenças psíquicas” ou “problemas psíquicos”) e doenças psicossomáticas. As
doenças psicossomáticas são inúmeras e não é nosso objetivo apresentá-las em suas variadas formas
(úlcera, gastrite, retocolite, asma, bronquite, hipertensão, taquicardia, angina, vitiligo, psoríase,
dermatite, herpes, urticária, eczema, diabete, enxaqueca, vertigens, artrite, artrose, tendinite,
reumatismo, etc.). O desequilíbrio psíquico tende a gerar as doenças psicossomáticas além de danos
psíquicos como sensação de panico, irritabilidade, fadiga, insônia, etc. Esse processo, no entanto,
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acaba retroagindo sobre a mente do indivíduo e tende a provocar agravamento da situação. Nesse
sentido, a acumulação integral e seu processo de busca de aumento da taxa de exploração altera as
relações sociais gerando mais-violência e uma ampliação da mais-repressão que, por sua vez,
amplia os desequilíbrios e danos psíquicos e intensifica o processo de engendramento de doenças
psicossomáticas. Nesse sentido, é necessário entender o processo de mudanças nas relações sociais
para compreender a dinâmica do sofrimento psíquico e das doenças psicossomáticas, bem como
compreender que a medicina e as políticas de saúde não podem solucionar este grave problema
social sem mudanças mais profundas na sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A vida do trabalhador com o advento do regime de acumulação integral tem piorado


visivelmente. A existência de programas como qualidade total, empresa com certificado ISO, que
buscam eficiência das empresas e incluem nestes certificados a “satisfação” dos trabalhadores,
apenas disfarçam a dura realidade da busca de aumento da taxa de exploração. Se no século 19 os
trabalhadores estavam submetidos à jornadas longas de trabalho e suas lutas fizeram com que essas
diminuíssem na Europa e EUA, no século 20 o regime de acumulação conjugado (intensivo-
extensivo) criou uma realidade mais amena para os trabalhadores nos países imperialistas e
intensificação da exploração nos países capitalistas subordinados. No século 21, com o advento do
regime de acumulação integral, houve uma unificação parcial desse processo de exploração, que,
obviamente, foi prejudicial para a classe trabalhadora.
O que buscamos realizar aqui foi uma discussão específica sobre como o processo de
trabalho comandado pelo toyotismo significa um aumento da violência e repressão devido objetivo
do novo regime de acumulação em aumentar a taxa de exploração e como isso se manifesta
concretamente na vida psíquica e condições de saúde dos trabalhadores. Se na sociedade capitalista
há uma ampliação dos desequilíbrios e danos psíquicos, então com o processo de aumento da
exploração e controle sobre o trabalho, isso se intensifica. Claro que fora das relações de trabalho,
também se formam novos processos que contribuem com o desgaste mental, os conflitos, os
valores, a repressão estatal, as péssimas condições de vida para grande parte da população, a
destruição ambiental, que também geram desequilíbrio e danos psíquicos. No caso das relações de
trabalho, essa intensificação promove um processo de ampliação de danos psíquicos e doenças
psicossomáticas. Em síntese, podemos dizer que o capitalismo contemporâneo, comandado pela
lógica do regime de acumulação integral, promove uma ampliação dos danos psíquicos e doenças
psicossomáticas, transformando a sociedade contemporânea num barril de pólvora que pode
171 SANTOS, André de Melo; BRAGA, Lisandro; VIANA, Nildo. Trabalho e mais-violência: do
desequilíbrio às doenças psicossomáticas. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Revista da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES-Go. Vol. 02, nº 07, 161-172, Jan. 2012/Jun. 2012.
 
explodir a qualquer momento devido suas contradições e dificuldades de soluções positivas num
mundo comandado por desequilíbrio psíquico que reforça as energias destrutivas dos indivíduos.
No plano social, as propostas de alguns ideólogos de retornar ao regime de acumulação
anterior (o regime de acumulação conjugado) e seu “Estado de bem estar social” é uma fantasia sem
base real. A manutenção do atual regime de acumulação, por sua vez, é algo inviável e desumano e
que, a cada dia que passa, enfrentando crises financeiras, protestos e greves crescentes, aumento da
violência e radicalização das lutas sociais, possui pouca possibilidade de se sustentar por muito
tempo. Assim, o retorno à situação anterior e a permanência da situação atual são inviáveis e
improváveis e por isso é necessário olhar para o futuro e suas possibilidades. Claro que existem
duas tendências, a positiva e a negativa: a que aponta para a reação conservadora e uso das energias
destrutivas no sentido de garantir a reprodução do capitalismo, lançando mão do fascismo e da
guerra, ou o retorno do sonho utópico de uma sociedade humanizada e que não exista para o lucro e
sim para a satisfação das necessidades humanas. Esse é o dilema atual e, no interior desse dilema, a
nossa discussão aponta para que é preciso atuar nas raízes sociais dos danos psíquicos e doenças
psicossomáticas, unindo ações imediatas para minimizar e ações a longo prazo para erradicá-las.

REFERÊNCIAS

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Sales Augusto Santos; Tânia Ludmila Dias Tosta. (Org.). 50 Anos Depois - Relações Raciais e
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6 – Harvey, David. A Condição Pós-Moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992.

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9 – Viana, Nildo. O Capitalismo na Era da Acumulação Integral. São Paulo: Ideias e Letras, 2009.

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desequilíbrio às doenças psicossomáticas. Estácio de Sá – Ciências da Saúde. Revista da Faculdade Estácio
de Sá. Goiânia SESES-Go. Vol. 02, nº 07, 161-172, Jan. 2012/Jun. 2012.
 
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2002.

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