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RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE: A IMPORTÂNCIA DO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA


PREVENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA

WASTE OF HEALTH SERVICES: THE IMPORTANCE


MANAGEMENT OF SOLID WASTE IN THE PREVENTION OF BIOLOGICAL
CONTAMINATION

Sylvia ..¹

professor²

Discente do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas de Bauru¹

Docente do Curso de Biomedicina das Faculdades Integradas de Bauru²

Resumo: Resíduos prevenientes dos serviços que tem relação direta com o
atendimento voltado à saúde humana, caracterizam-se como Resíduos de Serviços
de Saúde (RSS). Esse tipo de material remanescente dos serviços de saúde
necessita ser tratado de maneira diferenciada em todas as fases de sua
manipulação, visto que se trata de materiais químicos, físicos e biológicos, que são
prejudiciais às pessoas e ao meio ambiente. Para a realização deste estudo utilizou
de pesquisa bibliográfica e na procura de trabalhos como fontes de pesquisa, foram
empregados os descritores: biossegurança; resíduos de saúde, serviços de saúde;
na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e SciELO - Scientific
Electronic Library Online, no período de Janeiro à Março de 2019, foram
encontrados 133 artigos, dos quais foram selecionados somente 20 como fonte de
referência para a realização deste trabalho. O objetivo do presente estudo é
destacar a importância de se realizar um plano de gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde (RSS), como forma de prevenção de acidentes com
contaminação biológica que colocam em risco a saúde das pessoas e a
contaminação do meio ambiente.
Palavras-Chave: Biossegurança; Resíduos de Saúde; Serviços de Saúde.

Abstract: Preventive residues of services directly related to human health


care are characterized as waste health services (RSS). This type of material
remaining from health services needs to be treated differently in all phases of its
manipulation, since they are chemical, physical and biological materials, which are
harmful to people and the environment. To accomplish this study, we used the
bibliographic research and in the search for articles as sources of research, we used
the descriptors: biosecurity; Sanitary Waste, health services; In the database of the
Virtual Health Library (VHL) and in the electronic library SciELO-Scientific online, in
the period from January to March 2019, 133 articles were found, of which only 20
were selected as a reference source for the realization of this Work. The aim of this
study is to highlight the importance of conducting a health services waste
management plan (RSS), as a way to prevent accidents with biological contamination
that endanger people's health and environmental contamination.

Key Words: Biosafety; Health Residues; Health Servives.

Introdução

Os resíduos de serviço de saúde (RSS) são provenientes das diversificadas


atividades realizadas em unidades que tratem da saúde e que atendem seres
humanos, assim como os estabelecimentos que atendam a animais, podendo estas
serem clínicas, laboratórios, farmácias, universidades que ofertem cursos na área de
saúde, dentre outros. Esses resíduos recebem a classificação segundo a sua
origem, e de acordo com a unidade onde foram gerados, esses resíduos serão
dirigidos para reciclagem e compostagem, em se tratando de papéis, plástico,
papelão, vidro, lata, restos de alimentos, etc. e dirigidos para incineração os
resíduos que possuam alto grau de contaminação caso entrem em contato com o
meio ambiente (solo, ar, água, animais), podendo causar contaminação biológica e
inúmeras enfermidades (PEREIRA, 2013).
De acordo com a NBR n° 12.808 apud Cafure (2015), os resíduos de serviços
de saúde, são os produzidos pelas atividades realizadas em ambientes que prestam
serviço à saúde como hospitais, laboratórios, ambulatórios, postos de saúde,
farmácias, entre outros. Classificam-se em infectantes (classe A) como culturas,
vacinas vencidas, sangue e hemoderivados, tecidos, órgãos, perfurocortantes,
animais contaminados, fluídos orgânicos; os resíduos especiais (classe B), rejeito
radioativo, resíduos farmacêuticos e resíduos químicos; e os resíduos comuns
(classe C), das áreas administrativas, das limpezas de jardins, e outros.
Diante da importância de se destacar o cuidado com o manejo desses
resíduos, cabe mencionar a legislação existente, que determina os procedimentos
corretos a serem realizados no tocante ao gerenciamento dos resíduos nos
ambientes onde se prestam os serviços de saúde.
Em relação ao conjunto de medidas regulamentares vigentes mais
importantes e atuais sobre os RSS, é relevante citar: i) a Resolução RDC nº
306/2004 (Anvisa, 2004) que determina que os RSS sejam separados,
acondicionados e coletados de acordo com sua classificação (A – Potencialmente
infectantes; B – Químicos; C – Radioativos; D – Comuns; E – Perfurocortantes); ii) a
Resolução Conama nº 358 de 29/04/2005 que dispõe sobre o tratamento e a
disposição final dos RSS e, portanto, aplica-se a todos os serviços relacionados com
o atendimento à saúde humana ou animal (CONAMA, 2005); iii) a norma brasileira
NBR 10004/2004 (ABNT, 2004) que atribui a responsabilidade do gerenciamento de
RSS ao estabelecimento de saúde, desde a geração até a disposição final (art 1º),
bem como a necessidade de se elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS (art 4º) (VENTURA, 2010).
Ao analisar o contexto da natureza do trabalho desenvolvido no interior dos
ambientes que tratam especificamente da saúde e que potencialmente apresentam
uma gama considerável de riscos para os profissionais e também riscos ambientais
devido a suas características químicas, físicas e biológicas (RAMOS, 2011)
Os ambientes laboratoriais e hospitalares, além de estar associados a uma
gama considerável de portadores de doenças, geram uma quantidade de resíduos
que é considerada um risco iminente à saúde e ao meio ambiente, por esta razão, é
imprescindível que seja realizado o gerenciamento responsável desses resíduos na
prevenção e na minimização de incidentes que possam ocasionar contaminação
biológica e consequentemente causar impactos negativos da saúde e ao meio
ambiente. Para tanto, é necessário que sejam realizados procedimentos por parte
dos profissionais que atuam nesses ambientes, para que seja gerenciamento
organizacional e eficiente dos resíduos de serviço de saúde (NAVARRO, 2009).
De acordo com informações do Manual de Gerenciamento de Resíduos de
Serviço de Saúde (BRASIL, 2006) a classificação dos resíduos de serviço de saúde
vem evoluindo continuamente, à medida em que são introduzidos novos tipos de
resíduos nas unidades de saúde e como resultado do conhecimento do
comportamento destes perante o meio ambiente e a saúde, como forma de
estabelecer uma gestão segura com base nos princípios da avaliação e
gerenciamento dos riscos envolvidos na sua manipulação.
O presente estudo tem por objetivo destacar a importância de se realizar um
plano de gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), como forma de
prevenção de acidentes com contaminação biológica que colocam em risco a saúde
das pessoas

Metodologia
Para o presente trabalho realizou-se uma pesquisa bibliográfica. De acordo
com Almeida (2011), a pesquisa bibliográfica procura relacionar conceitos,
características e ideias, que podem envolver diversos temas relacionados ao mesmo
assunto.
Segundo Severino (2007), essa característica de pesquisa se pode ser
realizada através registros disponíveis, decorrentes de pesquisas já realizadas, em
livros, artigos, teses e documentos impressos. Desta maneira, os textos tornam-se
fontes dos temas que serão trabalhados e pesquisados, portanto, essa pesquisa
procura conhecer e realizar uma análise das contribuições científicas sobre
determinado assunto.
Para a busca de trabalhos como fontes de pesquisa, foram empregados os
descritores: biossegurança; resíduos de saúde, serviços de saúde; na base de
dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e SciELO - Scientific Electronic Library
Online, no período de Janeiro à Março de 2019.
Na divisão da Ciência da Saúde da BVS encontraram-se 133 artigos, nos
idiomas português, inglês e outros. Dentre esse montante, somente 20 artigos em
português foram selecionados para serem usados para a realização deste trabalho
que enfatizaram o descarte dos resíduos sólidos em saúde e a importância do
gerenciamento desses resíduos para a prevenção de acidentes que possam
provocar contaminação biológica e a preservação do meio ambiente.
A análise das informações foi realizada por meio de leitura exploratória do
material encontrado, em uma abordagem qualitativa.

Discussão

Os resíduos de serviços de saúde são geralmente considerados apenas


aqueles provenientes de hospitais, clínicas médicas e outros grandes geradores.
Tanto que os resíduos de serviços de saúde são muitas vezes chamados de “lixo
hospitalar”. Entretanto, resíduos de natureza semelhante são produzidos por
geradores bastante variados, incluindo farmácias, clínicas odontológicas e
veterinárias, assistência domiciliar, necrotérios, instituições de cuidado para idosos,
hemocentros, laboratórios clínicos e de pesquisa, instituições de ensino na área da
saúde, entre outros.
O gerenciamento de RSS se configura como um problema atual em muitos
países em desenvolvimento já que ao mesmo tempo em que lidam com o aumento
populacional e da demanda por serviços de saúde devido a maior expectativa de
vida da população, com consequente aumento de doenças crônicas. Além disso,
enfrentam com freqüência períodos de dificuldades financeiras, associados nestes
países a falhas em diversas etapas do manejo dos RSS, principalmente no que se
refere à segregação e disposição final adequada destes resíduos.
Apesar das práticas de gerenciamento de RSS variarem de país para país já
que dependem de diversos fatores como: as condições sócio econômicas, os
recursos humanos e financeiros disponíveis e as legislações existentes, uma das
etapas primordiais para implementação de um processo adequado de
gerenciamento de RSS é o conhecimento, por parte dos gestores, da quantidade de
RSS gerada e sua composição.
Além disso, é indispensável que seja preconizado na instituição a adequada
segregação dos RSS pelos profissionais de saúde já que caso os resíduos
infectantes, devido as suas características patogênicas, não forem manipulados de
forma adequada, estes podem se configurar como potencial risco ao meio ambiente
e à saúde pública.
Acredita-se que o gerenciamento adequado dos resíduos possa contribuir
significativamente para a redução da ocorrência de acidentes de trabalho,
especialmente aqueles provocados por perfurocortantes. Dessa forma, também
poderia ser reduzida a exposição percutânea dos trabalhadores dos serviços de
saúde a materiais biológicos, uma medida no contexto da biossegurança que teria
grande valor para a saúde ocupacional.
A questão dos resíduos de serviços de saúde não pode ser analisada apenas
no aspecto da transmissão de doenças infecciosas. Também está envolvida a
questão da saúde do trabalhador e a preservação do meio ambiente, sendo essas
questões preocupações da biossegurança.

1. Biossegurança

O conceito de Biossegurança, do termo em inglês biosafety, foi inicialmente


aplicado para indicar um conjunto de ações necessárias à contenção de riscos
inerentes a exposição ou liberação acidental de agentes infecciosos em laboratórios,
tendo como preocupação central a construção de ambientes saudáveis. Avanços da
ciência e da tecnologia trouxeram diferentes inquietudes, ampliando seu foco e
campo de aplicação de modo a abranger a construção de sistemas de prevenção e
controle para diferentes situações de risco (ROCHA et al, 2012).
O campo da Biossegurança discute hoje temas complexos que integram
objetos tratados por diferentes áreas do conhecimento científico, como a ecologia, a
epidemiologia, a biotecnologia, a bioética, a sociologia, dentre outras, numa
exigência reflexiva que não é mais possível de ser abarcada pelas disciplinas
tradicionais (COSTA et al, 2017).
À Biossegurança tem sido atribuída a função de garantir a integridade
ambiental a partir de medidas técnicas e legais de monitoramento e fiscalização dos
processos de intervenção no meio ambiente, advindos de sistemas vivos,
provenientes do emprego de tecnologias para as quais ainda não são
completamente conhecidos os impactos de sua aplicação (ROCHA et al, 2012).
Biossegurança possui elementos práticos e cognitivos para estabelecer ações
preventivas e orientadoras de procedimentos capazes de controlar, atenuar e/ou
eliminar tais riscos, especialmente o biológico (CARDOSO et. al, 2012).

2. Resolução RDC nº 33/2003 – Regulamento técnico para o gerenciamento


de resíduos de serviços de saúde
Na Legislação Brasileira, temos a Resolução RDC n.33 onde é definido como
sendo um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a
partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de
minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores,
a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

Para efeito deste Regulamento Técnico –RT, define-se como geradores de


RSS todos os serviços que prestem atendimento à saúde humana ou
animal, incluindo os prestadores de serviço que promovam os programas de
assistência domiciliar; serviços de apoio à preservação da vida, indústrias e
serviços de pesquisa na área de saúde, hospitais e clínicas, serviços
ambulatoriais de atendimento médico e odontológico, serviços de
acupuntura, tatuagem, serviços veterinários destinados ao tratamento da
saúde animal, serviços de atendimento radiológico, de radioterapia e de
medicina nuclear, serviços de tratamento quimioterápico, serviços de
hemoterapia e unidades de produção de hemoderivados, laboratórios de
análises clínicas e de anatomia patológica, necrotérios e serviços onde se
realizem atividades de embalsamamento e serviços de medicina legal,
drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação, estabelecimentos de
ensino e pesquisa na área de saúde, unidades de controle de zoonoses,
indústrias farmacêuticas e bioquímicas, unidades móveis de atendimento à
saúde, e demais serviços relacionados ao atendimento à saúde que gerem
resíduos perigosos (RDC nº33, 2003 p.2).
O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e
técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de
resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro,
de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da
saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente (RDC nº33, 2003
p.3).

Os geradores de RSS devem adotar um Plano de Gerenciamento de


Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) constituindo-se de um conjunto de
procedimentos a partir de bases científicas, normativas e legais, tendo por objetivo
minimizar a produção de resíduos e proporcionar o encaminhamento seguro e
eficiente, visando proteger o trabalhador, preservar a saúde pública e os recursos
naturais do meio ambiente (COSTA et. al 2010).
O gerenciamento dos RSS envolve planejamento, implantação e
monitoramento de ações que objetivam evitar a exposição, garantir a segurança de
usuários e profissionais envolvidos, prevenir a ocorrência de impactos ambientais,
além de minimizar a geração dos resíduos.
A primeira providência para um melhor gerenciamento dos resíduos de
serviços de saúde é a redução no momento da geração. Evitar o desperdício é uma
medida que tem um benefício duplo: economiza recursos não só em relação ao uso
de materiais, mas também no tratamento diferenciado desses resíduos.

3. Resolução RDC Nº. 222/2018 - Boas Práticas de Gerenciamento dos


Resíduos de Serviços de Saúde.

Ao abordar as boas práticas de gerenciamento de resíduos de serviços de


saúde, a norma pretende minimizar os riscos inerentes ao gerenciamento de
resíduos no País no que diz respeito à saúde humana e animal, bem como na
proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais renováveis.
A RDC não diferencia os serviços geradores de resíduos de serviços de
saúde quanto à esfera administrativa ou quanto a natureza da organização, devendo
ser aplicada igualmente a todos os serviços que geram resíduos de serviços de
saúde, independente de ser ou não um serviço de saúde, e, o entendimento é que
alguns serviços, mesmo não sendo de saúde, geram resíduos similares aos gerados
nos serviços de saúde. Conforme destacado em determinados artigos da RDC
nº222/2018, dispõe sobre as obrigações dos geradores de resíduos de serviços de
saúde, bem como da realização de um plano de gerenciamento desses resíduos.

Art. 2º Esta Resolução se aplica aos geradores de resíduos de serviços de


saúde – RSS cujas atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento
dos RSS, sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares,
incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.

Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de


planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação
dos recursos humanos envolvidos.

Quando se destaca o planejamento do gerenciamento dos resíduos de


sérviços de saúde, é no interesse de apresentar o plano como um instrumento
importantíssimo no gerenciamento de resíduos em todas as suas etapas - geração,
classificação, segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte,
destinação até a disposição final ambientalmente adequada, possibilitando que se
estabeleçam, de forma sistemática e integrada em cada uma delas, metas,
programas, sistemas organizacionais e tecnologias, compatíveis com a realidade
local. Com o planejamento, a adequação dos procedimentos de manejo, o sistema
de sinalização e o uso de equipamentos apropriados, não só é possível diminuir os
riscos, como reduzir as quantidades de resíduos a serem tratados e, ainda,
promover o reaproveitamento de grande parte dos mesmos pela segregação de boa
parte dos materiais recicláveis, reduzindo os custos de seu tratamento
desnecessário e disposição final que normalmente são altos.

4. Das etapas do manejo: segregação, acondicionamento e identificação


A segregação é uma das operações fundamentais para permitir o
cumprimento dos objetivos de um sistema eficiente de manuseio de resíduos e
consiste em separar ou selecionar apropriadamente os resíduos segundo a
classificação adotada. Essa operação deve ser realizada na fonte de geração e está
condicionada à prévia capacitação do pessoal de serviço. Um bom gerenciamento
dos resíduos de serviços de saúde deve ter como princípio a segregação na fonte, o
que resulta na redução do volume de resíduos com potencial de risco e na
incidência de acidentes ocupacionais. Conforme disposto no RDC nº222/2018 –
Art.11. e 12 – Anexo 1.
Art. 11 Os RSS devem ser segregados no momento de sua geração,
conforme classificação por Grupos constante no Anexo I desta Resolução,
em função do risco presente.
Art. 12 Quando, no momento da geração de RSS, não for possível a
segregação de acordo com os diferentes grupos, os coletores e os sacos
devem ter seu manejo com observância das regras relativas à classificação
do Anexo I desta Resolução (RDC nº222/2018 p. 15).

Anexo 1
GRUPO A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que,
por suas características, podem apresentar risco de infecção.
GRUPO B Resíduos contendo produtos químicos que apresentam
periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade. -
Produtos farmacêuticos - Resíduos de saneantes, desinfetantes,
desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. - Efluentes de
processadores de imagem (reveladores e fixadores). - Efluentes dos
equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. - Demais
produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
GRUPO C Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade
superior aos níveis de dispensa especificados em norma da CNEN e para
os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. - Enquadra-se neste
grupo o rejeito radioativo proveniente de laboratório de pesquisa e ensino
na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear
e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção
Radiológica aprovado para a instalação radiativa.
GRUPO D Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos
resíduos domiciliares. - papel de uso sanitário e fralda, absorventes
higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras
descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia
e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em
contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de
língua e outros similares não classificados como A1; - sobras de alimentos e
do preparo de alimentos; - resto alimentar de refeitório; - resíduos
provenientes das áreas administrativas; - resíduos de varrição, flores, podas
e jardins; - resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde; -
forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado. - resíduos
recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada. -
pelos de animais.
GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas
de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas
endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos
capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares (RDC nº222/2018 p.
53, 54, 55).

O ideal é que tal operação seja pensada como um processo contínuo. Ela
deve se expandir a todos os tipos de resíduos progressivamente, tendo em vista a
segurança, o reaproveitamento e redução de custo no tratamento ou
reprocessamento dos mesmos. Em cada serviço especializado, existe um ou mais
tipos de resíduos gerados. Para efetivar a gestão com base no princípio de
minimização dos riscos adicionais dos RSS, o gestor deve adotar procedimentos de
segregação de acordo com o tipo de resíduo, no próprio local de geração.
As vantagens de praticar a segregação na origem são: - redução dos riscos
para a saúde e o ambiente, impedindo que os resíduos potencialmente infectantes
ou especiais, que geralmente são frações pequenas, contaminem os outros resíduos
gerados no hospital; - diminuição de gastos, já que apenas terá tratamento especial
uma fração e não todos resíduos; - aumento da eficácia da reciclagem.
O acondicionamento consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em
sacos ou recipientes. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Um acondicionamento
inadequado compromete a segurança do processo e o encarece. Recipientes
inadequados ou improvisados (pouco resistentes, mal fechados ou muito pesados),
construídos com materiais sem a devida proteção, aumentam o risco de acidentes
de trabalho. Os resíduos não devem ultrapassar 2/3 do volume dos recipientes. Os
recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas de
parto não necessitam de tampa para vedação, devendo os resíduos serem
recolhidos imediatamente após o término dos procedimentos.
A identificação consiste no conjunto de medidas que permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo
informações ao correto manejo dos RSS. Os recipientes de coleta interna e externa,
assim como os locais de armazenamento onde são colocados os RSS, devem ser
identificados em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando símbolos,
cores e frases, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e
aos riscos específicos de cada grupo de resíduos.

5. Cassificação do Resíduos de Serviços de Saúde conforme a NBR –


12808 - 1993

Esta Norma classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos


potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que tenham gerenciamento
adequado.
Classe A - Resíduos infectantes
Tipo A.1 - Biológico
Cultura, inóculo, mistura de microrganismos e meio de cultura inoculado
proveniente de laboratório clínico ou de pesquisa, vacina vencida ou inutilizada, filtro
de gases aspirados de áreas contaminadas por agentes infectantes e qualquer
resíduo contaminado por estes materiais.
Tipo A.2 - Sangue e hemoderivados
Bolsa de sangue após transfusão, com prazo de validade vencido ou
sorologia positiva, amostra de sangue para análise, soro, plasma e outros
subprodutos.
Tipo A.3 - Cirúrgico, anatomopatológico e exsudato
Tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e outros líquidos orgânicos
resultantes de cirurgia, necropsia e resíduos contaminados por estes materiais.
Tipo A.4 - Perfurante ou cortante
Agulha, ampola, pipeta, lâmina de bisturi e vidro.
Tipo A.5 - Animal contaminado
Carcaça ou parte de animal inoculado, exposto à microorganismos
patogênicos ou portador de doença infectocontagiosa, bem como resíduos que
tenham estado em contato com este.
Tipo A.6 - Assistência ao paciente
Secreções, excreções e demais líquidos orgânicos procedentes de pacientes,
bem como os resíduos contaminados por estes materiais, inclusive restos de
refeições.
Classe B - Resíduo especial
Tipo B.1 - Rejeito radioativo
Material radioativo ou contaminado, com radionuclídeos proveniente de
laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.
Tipo B.2 - Resíduo farmacêutico
Medicamento vencido, contaminado, interditado ou não utilizado.
Tipo B.3 - Resíduo químico perigoso
Resíduo tóxico, corrosivo, inflamável, explosivo, reativo, genotóxico ou
mutagênico.
Classe C - Resíduo comum
Todos aqueles que não se enquadram nos tipos A e B e que, por sua
semelhança aos resíduos domésticos, não oferecem risco adicional à saúde pública.
P. ex.: resíduo da atividade administrativa, dos serviços de varrição e limpeza de
jardins e restos alimentares que não entraram em contato com pacientes.

Conclusão

Embora o avanço tecnológico tenha possibilitado surpreendentes conquistas


no campo das ciências, também contribuiu para o aumento da diversidade de
produtos e materiais de difícil degradação e maior toxidade, que ao fim da sua
cadeia de utilização, invariavelmente, se tornam resíduos. A gestão inapropriada
desses resíduos traz claras implicações à saúde humana e ao meio ambiente.
A prevenção de riscos à saúde ambiental e humana é objetivo central da
Biossegurança, a qual dialoga e se apropria de saberes imprescindíveis de outras
áreas do conhecimento científico, o que caracteriza a interdisciplinaridade do campo.
A Biossegurança propõe a avaliação de risco como primeiro passo para a
elaboração de propostas preventivas, e como prática possibilitadora do
desenvolvimento sustentável, constituindo uma estratégia capaz de promover
interseções importantes entre os projetos científicos e industriais, as instituições e a
sociedade, em todos os níveis de representação ou atuação, no sentido da
preservação da vida no planeta.
Desta forma, as ações propostas pela Biossegurança integram o conjunto de
medidas preventivas que investigam, monitoram e propõem procedimentos de
controle à disseminação dos agravos para atender às demandas de saúde publica
relativas à expansão das doenças emergentes e reemergentes, resultantes do
acelerado processo predatório do ambiente. Essas reflexões demonstram a
importância de inserir a discussão do tema nos mais diversos fóruns no contexto da
saúde.
Espera-se que este trabalho sirva de estímulo e referencial ao
desenvolvimento de instrumentos que possam contribuir e apoiar a atuação da
Vigilância Sanitária, buscando ampliar conhecimentos e produzir formas, cada vez
mais efetivas, de gerenciar riscos.

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