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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 24

27/09/2019 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 174.665


SERGIPE

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : RAFAEL CANDIDO FONTES DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO CARDOSO DE MELO GUILHERME
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS.


PENAL E PROCESSO PENAL. CRIMES DE TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES E DE RECEPTAÇÃO. ARTIGO 33 DA LEI 11.343/06
E ARTIGO 180 DO CÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE JULGAMENTO
COLEGIADO. ALEGADA AUSÊNCIA DE AUTORIA. SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA. REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR.
INOCORRÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO
SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. AUSÊNCIA
DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. A decretação da custódia preventiva para garantia da ordem
pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a
aplicação da lei penal justifica-se ante a gravidade in concreto do crime,
máxime diante da possibilidade de reiteração delitiva. Precedentes: HC
167.120-AgR, Segunda Turma, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 1º/8/2019; e
HC 141.913, Primeira Turma, red. p/ acórdão min. Roberto Barroso, DJe
de 8/10/2018.
2. In casu, o paciente o paciente foi condenado à pena de 9 (nove)
anos, 5 (cinco) meses e 22 (vinte e dois) dias de reclusão, em regime inicial
fechado, em razão da prática dos crimes tipificados nos artigos 33 da Lei
11.343/06 e 180 do Código Penal, tendo sido determinada, ainda, sua
prisão preventiva.

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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 4458-FE90-051D-A538 e senha A160-ADF0-519A-BF30
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RHC 174665 AGR / SE

3. O Habeas Corpus é ação inadequada para impugnação de decisum


monocrático proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Precedentes: HC
167.996-AgR, Primeira Turma, rel. min. Roberto Barroso, DJe de 6/8/2019;
e HC 171.492-AgR, Segunda Turma, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe
de 6/8/2019.
4. O recurso ordinário em Habeas Corpus interposto sucessivamente
é incognoscível. Precedentes: RHC 149.409-AgR, Segunda Turma, rel.
min. Ricardo Lewandowski, DJe de 5/9/2018; e RHC 126.967-AgR,
Segunda Turma, rel. min. Teori Zavascki, DJe de 12/5/2015.
5. A supressão de instância impede o conhecimento de Habeas
Corpus, porquanto ausente o exame de mérito perante o Tribunal a quo e
Corte Superior. Precedentes: HC 161.764-AgR, Segunda Turma, rel. min.
Ricardo Lewandowski, DJe de 28/2/2019; e RHC 158.855-AgR, Segunda
Turma, rel. min. Celso de Mello, DJe de 27/11/2018.
6. O Habeas Corpus é ação inadequada para a valoração e exame
minucioso do acervo fático-probatório engendrado nos autos.
7. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente,
conduz ao desprovimento do agravo regimental. Precedentes: HC
137.749-AgR, Primeira Turma, rel. min. Roberto Barroso, DJe de 17/5/2017;
e HC 133.602-AgR, Segunda Turma, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de
8/8/2016.
8. A reiteração dos argumentos trazidos pelo agravante na petição
inicial da impetração é insuscetível de modificar a decisão agravada.
Precedentes: HC 136.071-AgR, Segunda Turma, rel. min. Ricardo
Lewandowski, DJe de 9/5/2017; HC 122.904-AgR, Primeira Turma, rel.
min. Edson Fachin, DJe de 17/5/2016; RHC 124.487-AgR, Primeira Turma,
rel. min. Roberto Barroso, DJe de 1º/7/2015.
9. Agravo regimental desprovido.

ACÓRDÃO

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, na conformidade


da ata de julgamento virtual de 20 a 26/10/2019, por maioria, negou

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provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro


Marco Aurélio.
Brasília, 27 de setembro de 2019.
Ministro LUIZ FUX - RELATOR
Documento assinado digitalmente

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RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : RAFAEL CANDIDO FONTES DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO CARDOSO DE MELO GUILHERME
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RE LAT Ó RI O

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo


regimental interposto por RAFAEL CANDIDO FONTES DE OLIVEIRA
contra decisão que negou seguimento a habeas corpus, assim ementada:

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL


E PROCESSUAL PENAL. CRIMES DE TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES E DE RECEPTAÇÃO. ARTIGO 33 DA LEI
11.343/06 E ARTIGO 180 DO CÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE
JULGAMENTO COLEGIADO. ALEGADA AUSÊNCIA DE
AUTORIA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. REVOGAÇÃO DA
CUSTÓDIA CAUTELAR. INOCORRÊNCIA DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. REVOLVIMENTO DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE DE
UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE
RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL.”

Colhe-se dos autos que o paciente foi condenado à pena de 9 (nove)


anos, 5 (cinco) meses e 22 (vinte e dois) dias de reclusão, em regime inicial
fechado, em razão da prática dos crimes tipificados nos artigos 33 da Lei
11.343/06 e 180 do Código Penal. Foi determinada, ainda, sua prisão
preventiva.

Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de

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origem, tendo a ordem sido denegada.

Ato contínuo, a defesa interpôs recurso em habeas corpus dirigido ao


Superior Tribunal de Justiça, o qual restou desprovido.

Neste recurso, sustenta, em síntese, a ocorrência de constrangimento


ilegal consubstanciado na prisão preventiva do paciente.

Alega ser “totalmente desnecessária a prisão do acusado por ter ficado


solto durante todo o decorrer do processo e só teve a sua prisão preventiva
decretada na sentença, a qual é totalmente desnecessária, além de ter sido
decretada baseada em fundamentação já preexistente no processo, pois tudo que
foi alegado pelo Magistrado já era de conhecimento de todos, qual seja, que o réu
tinha uma execução em andamento, qual era o tipo da droga e a quantidade, como
também os petrechos, ou seja, nada de fato novo, inclusive o processo não
transitou em julgado e foi interposta apelação”.

Entende que “não existem motivos convincentes para que se mantenha a


prisão do acusado, diante de todas as circunstâncias apontadas acima, a prova
coligida aos autos ainda demonstra a necessidade da prisão ser revogada, sendo
assim, Excelência, não há motivos que justifique a prisão do Paciente”.

Aduz, ainda, que “o Paciente é primário, possui bons antecedentes, tem


família constituída, residência fixa, emprego lícito e definido, documentos em
anexo”.

Argumenta estarem ausentes os pressupostos autorizadores da


constrição cautelar da liberdade do paciente.

Afirma que “não há indícios de autoria, pois o suposto acusado não sabia
que seu irmão portava nada, inclusive a arma, só tomando conhecimento no
momento da prisão, tudo conforme depoimentos que seguem em anexo, como
também não deve o acusado ter o seu direito de liberdade extirpado, o que fere a

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nossa Sacrossanta Carta Constituinte no art. 5º LIV”.

Prossegue advogando pela desnecessidade da prisão preventiva.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos:

“À vista do exposto, considerando os argumentos acima


esposados, bem como a fundamentação jurídica aduzida nesta peça
processual e documentos que instruem perfeitamente, requerer o
Recorrente:
A) Que seja conhecido o presente recurso, posto que tempestivo
e cabível na espécie;
B) Que se conceda a LIMINAR ordenando a continuidade da
liberdade vinculada do recorrente com a expedição de ALVARÁ DE
SOLTURA, comprometendo-se o beneficiário a comparecer a todos os
atos processuais da ação penal em referência;
C) Que seja dado o efeito suspensivo a este Recurso, pelos
fundamentos lançados na petição de comunicação da interposição ao
Tribunal de Origem, até a decisão final desse remédio.
D) Por fim, reformando a decisão do Tribunal “a quo” e
garantindo – em confirmação da liminar postulada, se concedida – o
direito ao recorrente a responder o processo na Justiça de Origem no
gozo da liberdade.”

Em contrarrazões recursais, o Ministério Público se manifestou pelo


não conhecimento do recurso ou, subsidiariamente, pelo seu
improvimento.

Negado seguimento ao writ, sobreveio o presente agravo regimental


no qual a defesa repisa os argumentos aduzidos na petição inicial e aduz
que “foram violadas Garantias Constitucionais e infraconstitucionais quanto à
matéria de direito ventilada pelo ora recorrente, diante dessa Corte a afronta a
sua dignidade humana, bem como ameaça de Supressão de seu direito de
liberdade e à presunção de inocência” (sic).

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Insiste que “é totalmente desnecessária a prisão do acusado por ter ficado


solto durante todo o decorrer do processo e só teve a sua prisão preventiva
decretada na sentença, a qual é totalmente desnecessária, além de ter sido
decretada baseada em fundamentação já preexistente no processo, pois tudo que
foi alegado pelo Magistrado já era de conhecimento de todos, qual seja, que o réu
tinha uma execução em andamento, qual era o tipo da droga e a quantidade, como
também os petrechos, ou seja, nada de fato novo, inclusive o processo não
transitou em julgado e foi interposta apelação”.

Entende que “o recorrente ficou solto durante todo o processo e não existe
fato novo para decretação da mesma, pois todas as justificativas lançadas pela
Magistrada já era de conhecimento da mesma durante todo o decorrer do
processo, além de que a prisão foi decretada de oficio, ou seja, flagrante ilegalidade
e constrangimento ilegal”.

Formula a pretensão recursal nos seguintes termos:

“Ante o exposto, requer que seja reconhecido e provido o


presente Agravo Regimental, para dar seguimento ao RECURSO
ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL e consequentemente que seja
concedida liberdade ao réu para que o recorrente possa responder à
Ação Penal em liberdade, e, assim, ter restaurada a sua dignidade e
cuidar de seus 04 filhos menores de idade, comprometendo-se, desde
já, a comparecer a todos os atos processuais, os quais inclusive nunca
se furtou.”

É o relatório.

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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27/09/2019 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 174.665


SERGIPE

VOTO

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação


não merece prosperar.

Em que pesem as razões expendidas no agravo, resta evidenciado


que a parte agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a
decisão hostilizada, motivo pelo qual deve ela ser mantida, por seus
próprios fundamentos.

Inicialmente, observo que o recorrente silenciou a respeito dos


fundamentos da decisão relativos à: i) necessidade de exame colegiado
perante a Corte a quo; ii) legitimidade do decreto de prisão preventiva que
tem por escopo evitar a reiteração delitiva; iii) insuscetibilidade de
revolvimento do contexto fático-probatório; iv) impossibilidade de
manejo do habeas corpus como sucedâneo de recurso ou de revisão
criminal, de modo que não se desincumbiu do ônus de impugnar todos
os fundamentos da decisão agravada. Nesse sentido, in verbis:

“Penal. Agravo Regimental em Habeas Corpus. Falta de


impugnação específica dos fundamentos. Descaminho. Princípio da
insignificância. Reiteração delitiva. Recurso não conhecido. 1. A parte
recorrente não impugnou, especificamente, todos os fundamentos da
decisão agravada, o que impossibilita o conhecimento do recurso, na
linha da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. A
notícia de que a paciente responde a outros procedimentos
administrativos fiscais inviabiliza, neste habeas corpus, o pronto
reconhecimento da atipicidade penal da conduta. A jurisprudência do

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Supremo Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que a


reiteração delitiva impede a adoção do princípio da insignificância
penal, em matéria de crime de descaminho. Precedentes. 3. Agravo
regimental não conhecido.” (HC 137.749-AgR, Primeira Turma,
Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 17/5/2017)

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL.


DESCAMINHO. DESCONSIDERAÇÃO DE ALEGADA
REITERAÇÃO DELITIVA DO PACIENTE A IMPOSSIBILITAR A
INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
NECESSÁRIA CONTINUIDADE DA AÇÃO PENAL NA
ORIGEM. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DA
DECISÃO AGRAVADA. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”
(HC 133.602-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia,
DJe de 8/8/2016)

De outro lado, consoante estabelecido na decisão impugnada,


verifico a ausência julgamento colegiado acerca do mérito da questão
levada a seu conhecimento. Nesse contexto, assento que não restou
exaurida a jurisdição no âmbito daquela Corte, conforme exigido pelo
artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,


precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II – julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data"
e o mandado de injunção decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão (grifei).

O constituinte fez clara opção pelo princípio da colegialidade ao


franquear a competência desta Corte para apreciação de habeas corpus –
consoante disposto na alínea a do inciso II do artigo 102, da CRFB, –
quando decididos em única instância pelos Tribunais Superiores. E não
há de se estabelecer a possibilidade de flexibilização dessa regra

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constitucional de competência, pois, sendo matéria de direito estrito, não


pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades – no
caso, membros de Tribunais Superiores – cujos atos não estão submetidos
à apreciação do Supremo Tribunal Federal. O constituinte fez clara opção
pelo princípio da colegialidade ao franquear a competência desta Corte
para apreciação de habeas corpus – consoante disposto na alínea a do inciso
II do artigo 102, da CRFB, – quando decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores. E não há de se estabelecer a possibilidade de
flexibilização dessa regra constitucional de competência, pois, sendo
matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada
para alcançar autoridades – no caso, membros de Tribunais Superiores –
cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo Tribunal
Federal. Nesse sentido:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM


HABEAS CORPUS. CRIMES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA E
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. CONDENDAÇÃO TRANSITADA
EM JULGADO. DOSIMETRIA DA PENA. REGIME INICIAL.
SUBSTITUIÇÃO DA REPRIMENDA. INADEQUAÇÃO DA VIA
ELEITA. 1. Inexistindo pronunciamento colegiado do Superior
Tribunal de Justiça, não compete ao Supremo Tribunal Federal (STF)
examinar a questão de direito discutida na impetração. 2. A orientação
jurisprudencial do STF é no sentido de que o “habeas corpus não se
revela instrumento idôneo para impugnar decreto condenatório
transitado em julgado” (HC 118.292-AgR, Rel. Min. Luiz Fux). 3. A
dosimetria da pena é questão relativa ao mérito da ação penal, estando
necessariamente vinculada ao conjunto fático e probatório, não sendo
possível às instâncias extraordinárias a análise de dados fáticos da
causa para redimensionar a pena finalmente aplicada. Nesse sentido, a
discussão a respeito da dosimetria da pena cinge-se ao controle da
legalidade dos critérios utilizados, restringindo-se, portanto, ao exame
da “motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-
jurídica entre os motivos declarados e a conclusão” (HC 69.419, Rel.
Min. Sepúlveda Pertence). 4. A fixação da pena-base acima do mínimo
legal, a imposição de regime prisional mais severo e a vedação da

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conversão da pena privativa de liberdade foram justificados com apoio


em dados empíricos da causa, notadamente na presença de
circunstância judicial desfavorável (culpabilidade do agravante).
Hipótese em que não se verifica ilegalidade flagrante que justifique o
acolhimento da pretensão defensiva. 5. A possibilidade da detração
penal não foi arguida na petição inicial do habeas corpus, tendo sido
suscitada somente nesta via recursal. Trata-se, portanto, de inovação
insuscetível de apreciação neste momento processual. Precedentes. 6.
Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 167.996-AgR,
Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 6/8/2019)

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.


REITERAÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPOSTOS NA INICIAL
QUE NÃO INFIRMAM OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
AGRAVADA. INVIABILIDADE DO WRIT IMPETRADO
CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE MINISTRO DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AGRAVO A QUE SE
NEGA PROVIMENTO. I – O agravante apenas reitera os
argumentos anteriormente expostos na inicial do habeas corpus, sem,
contudo, aduzir novos elementos capazes de afastar as razões
expendidas na decisão agravada. II – A orientação firmada pela
Segunda Turma, quando do julgamento do HC 119.115/MG, de
minha relatoria, é no sentido de que a não interposição de agravo
regimental no Superior Tribunal de Justiça e, portanto, a ausência da
análise da decisão monocrática pelo Colegiado, impede o conhecimento
do habeas corpus por esta Suprema Corte, pois, do contrário,
permitiria ao jurisdicionado a escolha do Tribunal para conhecer e
julgar a sua causa, o que configuraria evidente abuso do direito de
recorrer. III – Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC
171.492-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
DJe de 6/8/2019)

A Constituição Federal restringiu a competência desta Corte às


hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal
Superior, considerando o princípio da colegialidade. Entender de outro
modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais

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Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada
pela Constituição.

Sob prisma diverso, à luz do princípio da taxatividade recursal, não


é cabível a interposição de recurso ordinário em habeas corpus em face de
decisão em sede de recurso ordinário em habeas corpus no âmbito do
Superior Tribunal de Justiça. Nessa linha, in verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO


EM HABEAS CORPUS. REITERAÇÃO DOS ARGUMENTOS
EXPOSTOS NA INICIAL QUE NÃO INFIRMAM OS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INVIABILIDADE
DO WRIT IMPETRADO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA
DE MINISTRO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
INCABÍVEL INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ORDINÁRIO
CONTRA DECISÃO EM QUE SE NEGA PROVIMENTO A
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS INTERPOSTO
NO STJ, POIS NÃO SUBSTITUI RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. I – O agravante apenas reitera os argumentos
anteriormente expostos na inicial do recurso ordinário em habeas
corpus, sem, contudo, aduzir novos elementos capazes de afastar as
razões expendidas na decisão agravada. II – Na esteira jurisprudencial
desta Suprema Corte, “[...] não se conhece de recurso ordinário em
habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior
Tribunal de Justiça” (RHC 108.877/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia,
Primeira Turma). III – A orientação jurisprudencial deste Supremo
Tribunal é no sentido de ser “[...] incabível a interposição de recurso
ordinário contra decisão em que se nega provimento a recurso
ordinário em habeas corpus interposto no Superior Tribunal de
Justiça, pois esse não substitui o recurso extraordinário” (RHC
119.015/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma). IV – Agravo
regimental a que se nega provimento.” (RHC 149.409-AgR,
Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de
5/9/2018)

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“AGRAVO REGIMENTAL. RHC CONTRA ACÓRDÃO DO


STJ PROFERIDO EM OUTRO RHC. INVIABILIDADE. REGRA
DE COMPETÊNCIA PREVISTA NO ART. 102, II, “A”, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRISÃO PREVENTIVA.
HOMICÍDIO QUALIFICADO. GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. CONVENIÊNCIA
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. 1. Segundo o art. 102, II, “a”, da CF,
compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus decidido
em última instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a
decisão. A decisão foi proferida não no âmbito de habeas corpus
originário, mas de julgamento de recurso ordinário em habeas corpus
interposto no Superior Tribunal de Justiça. Considerando as normas
de distribuição de competências na Constituição Federal, de natureza
estrita, o presente recurso ordinário é manifestamente incabível.
Precedentes. 2. Ainda que superado esse óbice, não há
constrangimento ilegal a ser sanado. Os fundamentos utilizados
revelam-se idôneos para manter a segregação cautelar do paciente, na
linha de precedentes desta Corte. É que a decisão está lastreada em
circunstâncias concretas e relevantes (a) para resguardar a ordem
pública, ante a periculosidade do agente, evidenciada pelas
circunstâncias em que o delito fora praticado; e (b) por conveniência
da instrução criminal, em razão do fundado receio de ameaça às
testemunhas. 3. As circunstâncias concretas do caso não recomendam
a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão preventiva,
previstas no art. 319 do Código de Processo Penal. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento.” (RHC 126.967-AgR,
Segunda Turma, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 12/5/2015)

De outro lado, inexiste situação que permita a concessão da ordem


de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante
ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a
fundamentação da decisão do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que
interessa, in verbis:
“(…)
Inicialmente, cumpre salientar que não houve manifestação no
v. acórdão acerca da alegação da defesa em relação à negativa de

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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RHC 174665 AGR / SE

autoria, assim, não cabe a este eg. Tribunal Superior examinar o tema,
sob pena de indevida supressão de instância.
No que tange a segregação cautelar, cabe consignar que tal
medida deve ser considerada exceção, só justificável, caso demonstrada
sua real indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a
instrução criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi do artigo 312 do
Código de Processo Penal.
A prisão preventiva, portanto, enquanto medida de natureza
cautelar, não pode ser utilizada como instrumento de punição
antecipada do indiciado ou do réu, nem permite complementação de
sua fundamentação pelas instâncias superiores.
(…)
Tal advertência, contudo, não se aplica ao caso em exame.
Transcrevo o seguinte excerto da v. sentença que decretou a prisão
cautelar, in verbis:
"Considerando que o Réu, durante o trâmite deste
processo, voltou a delinquir, ostentando diversas condenações
criminais definitivas, cujas penas já são objetos de Execuções
Criminais supervenientes (EP 201620702173 - 201720700605 -
201721102059 - 201720703408 - 201920700152);
considerando, inclusive, que o referido se encontra preso por
força de processo 201820100311, com condenação ainda não
transitada em julgado; é evidente que a liberdade do réu oferece
riscos à segurança e à ordem pública, razão pela qual, nos
termos do art. 387 §1 CPP, DECRETO A PRISÃO
PREVENTIVA DE RAFAEL CÂNDIDO FONTES DE
OLIVEIRA, devendo ser expedido o competente mandado de
prisão" (fls. 28-29).
O eg. Tribunal de origem assim consignou em v. acórdão, in
verbis:
"Assim, ao meu ver, entendo que o entendimento
expressado no juízo de origem está correto, bem fundamentada
está a decisão de primeiro grau, com base em fatos concretos.
Como se observa, a reiteração de prática delitiva, mesmo
estando em liberdade provisória, respondendo a um putro
processo criminal, são razões suficientes a impedirem ao ora

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paciente, aguardar em liberdade a fase recursal, mesmo porque, a


manutenção da prisão cautelar objetiva assegurar a segurança
da coletividade e a ordem pública" (fls. 64-65).
Da leitura dos trechos acima, tenho, pois, que restou evidenciada
a necessidade da segregação cautelar para a garantia da ordem
pública, notadamente em razão da periculosidade do agente diante do
fato de ser contumaz na prática delitiva, vez que, mesmo se
encontrando em liberdade provisória, teria voltado a perpetrar
condutas delituosas, ostentando, no caso, "diversas condenações
criminais definitivas, cujas penas já são objetos de Execuções
Criminais supervenientes", circunstância apta a justificar a
segregação cautelar pelo risco de reiteração delitiva.
(…)
Deve-se ressaltar, ainda, que a presença de circunstâncias
pessoais favoráveis, tais como primariedade, ocupação lícita e
residência fixa, não tem o condão de garantir a revogação da prisão se
há nos autos elementos hábeis a justificar a imposição da segregação
cautelar, como na hipótese. Pela mesma razão, não há que se falar em
possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.”

Deveras, no que tange à aduzida ausência de autoria, verifico que a


fundamentação da decisão do Tribunal a quo reside na inviabilidade da
atuação do Superior Tribunal de Justiça, porquanto “não houve
manifestação no v. acórdão acerca da alegação da defesa em relação à negativa de
autoria”, de sorte que não caberia àquela Corte ”examinar o tema, sob pena
de indevida supressão de instância”.

Nesse contexto, impende consignar que o conhecimento deste ponto


da impetração sem que a instância precedente tenha examinado o mérito
do habeas corpus lá impetrado consubstancia, de igual forma, indevida
supressão de instância e, por conseguinte, violação das regras
constitucionais definidoras da competência dos Tribunais Superiores,
valendo conferir os seguintes precedentes desta Corte:

“RECURSO ORDINÁRIO EM “HABEAS CORPUS” –

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DECISÃO EMANADA DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE


JUSTIÇA QUE JULGOU PREJUDICADO O “WRIT” LÁ
IMPETRADO – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ORDINÁRIO
COM APOIO EM FUNDAMENTO NÃO EXAMINADO PELO
ÓRGÃO JUDICIÁRIO APONTADO COMO COATOR:
HIPÓTESE DE INCOGNOSCIBILIDADE DO RECURSO –
RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. – Revela-se insuscetível de
conhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, o recurso ordinário em
“habeas corpus”, quando interposto com suporte em fundamento que
não foi apreciado pelo Tribunal apontado como coator, conforme
devidamente assentado pela decisão agravada. Precedentes. Se se
revelasse lícito ao recorrente agir “per saltum”, registrar-se-ia
indevida supressão de instância, com evidente subversão de princípios
básicos de ordem processual. Precedentes.” (RHC 158.855-AgR,
Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 27/11/2018)

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.


CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PARA O JULGAMENTO DE HABEAS
CORPUS CONTRA DECISÃO DE CORTE SUPERIOR.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. INVIABILIDADE DO WRIT.
AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I –
O pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de
instância e de extravasamento dos limites de competência do Supremo
Tribunal Federal, descritos no art. 102 da Constituição Federal, que
pressupõem seja a coação praticada por Tribunal Superior. II – Agravo
regimental a que se nega provimento.” (HC 161.764-AgR, Segunda
Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 28/2/2019)

Noutro giro, em relação à prisão cautelar, cabível se mostra o


entendimento de que a custódia preventiva para assegurar a aplicação da
lei penal e garantir a ordem pública justifica-se ante a gravidade concreta
do crime. A propósito, a prisão preventiva que tem como fundamento a
reiteração delitiva encontra amparo na jurisprudência desta Corte.
Cumpre destacar que o fato de o paciente ostentar condições pessoais
favoráveis não lhe garante o direito de liberdade. Nesse sentido, verbis:

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“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS.


PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. TRÁFICO
ILÍCITO DE ENTORPECENTES. RISCO CONCRETO DE
REITERAÇÃO DELITIVA. PEDIDO MANIFESTAMENTE
CONTRÁRIO À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.” (HC 167.120-AgR, Segunda Turma, Rel. Min.
Cármen Lúcia, DJe de 1º/8/2019)

“Processual Penal. Habeas Corpus originário. Tráfico de drogas.


Prisão preventiva. Ausência de ilegalidade flagrante ou abuso de
poder. 1. Ausência de teratologia, ilegalidade flagrante ou abuso de
poder. Decreto de prisão preventiva que levou em conta a reiteração
delitiva. 2. Ordem denegada, revogada a liminar.” (HC 141.913,
Primeira Turma, Red. p/ acórdão Min. Roberto Barroso, DJe de
8/10/2018)

E nem se argumente pela violação do artigo 93, IX, da Constituição


Federal. O referido dispositivo resta incólume quando o Tribunal prolator
da decisão impugnada, embora sucintamente, pronuncia-se de forma
clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, máxime quando o
magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos
pela parte, quando já tiver fundamentado sua decisão de maneira
suficiente e fornecido a prestação jurisdicional nos limites da lide
proposta. Nesse sentido, aliás, é a jurisprudência desta Corte, como se
infere dos seguintes julgados:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.


Alegada violação do art. 93, IX, da CF/88. Não ocorrência. Ausência
de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada. Súmula
nº 287/STF. 1. O art. 93, IX, da Constituição Federal não determina
que o órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa
apresentados, mas, sim, que ele explicite as razões que entendeu
suficientes à formação de seu convencimento. 2. A jurisprudência de

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RHC 174665 AGR / SE

ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de que se deve negar


provimento ao agravo quando, como no caso, não são impugnados
todos os fundamentos da decisão agravada. Incidência da Súmula nº
287 da Corte. 3. Agravo regimental não provido” (AI 783.503-AgR,
Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 16/9/2014).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. 1. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART.
93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:
INOCORRÊNCIA. FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA AINDA
QUE NÃO ANALISADOS TODOS OS ARGUMENTOS DA
PARTE. PRECEDENTES. 2. MILITAR. PROVENTOS DO GRAU
HIERARQUICAMENTE SUPERIOR. ANÁLISE PRÉVIA DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. RECURSO INCABÍVEL
PELAS ALINEAS C E D DO INC. III DO ART. 102 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DAS
CIRCUNSTÂNCIAS NECESSÁRIAS. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 724.151-AgR, Rel.
Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 28/10/2013).

Demais disso, o exame das questões de fato suscitadas pela defesa,


além de não ter sido realizado pela Corte a quo, demanda uma indevida
incursão na moldura fática delineada nos autos. Desta sorte, impende
consignar, ainda, que o habeas corpus é ação inadequada para a valoração
e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos.
Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se amolda à
estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL


E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO
DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS
SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS:

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RHC 174665 AGR / SE

CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA


AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA
CORTE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA.
INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA.
CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE
FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A
JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO.
INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.”
(HC 130.439, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de
12/5/2016)

Impende consignar, ainda, que não cabe a rediscussão da matéria


perante esta Corte e nesta via processual, porquanto o habeas corpus não é
sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS.


PROCESSUAL PENAL. PRESSUPOSTOS DE
ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL.
COMPETÊNCIA PRECÍPUA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. WRIT SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO
CRIMINAL. INVIABILIDADE. 1. Compete constitucionalmente ao
Superior Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial,
cabendo-lhe, enquanto órgão ad quem, o segundo, e definitivo, juízo de
admissibilidade positivo ou negativo quanto a tal recurso de
fundamentação vinculada. Salvo hipóteses de flagrante ilegalidade ou
abuso de poder, inadmissível o reexame dos pressupostos de
admissibilidade do recurso especial pelo Supremo Tribunal Federal.
Precedentes. 2. Inadmissível a utilização do habeas corpus como
sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Precedentes. 3. Agravo
regimental conhecido e não provido.” (HC 133.648-AgR, Primeira
Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 7/6/2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS.


CONSTITUCIONAL. PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO
AUTORAL. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO

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RHC 174665 AGR / SE

PROFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.


IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS NESTE SUPREMO
TRIBUNAL APÓS TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL:
IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS
COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. DEFICIÊNCIA
DE INSTRUÇÃO DO HABEAS CORPUS. PRECEDENTES.
DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. AGRAVO AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. 1. Trânsito em julgado do acórdão objeto da
impetração no Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal no sentido de não ser viável a utilização de
habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal. 2. Não estando o
pedido de habeas corpus instruído, esta deficiência compromete a sua
viabilidade, impedindo que sequer se verifique a caracterização, ou
não, do constrangimento ilegal. 3. Agravo regimental ao qual se nega
provimento.” (HC 132.103, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen
Lúcia, DJe de 15/3/2016)

Por fim, convém destacar que esta corte sufraga o entendimento de


que a reiteração dos argumentos aduzidos na petição de habeas corpus, os
quais já foram objeto de exame pelo relator, não possuem o condão de
infirmar os fundamentos da decisão agravada. Nesse sentido, in verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.


REITERAÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPOSTOS NA INICIAL
QUE NÃO INFIRMAM OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
AGRAVADA. WRIT CONTRA DECISÃO LIMINAR DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. POSTERIOR
JULGAMENTO DO MÉRITO: PREJUDICIALIDADE DA
IMPETRAÇÃO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
I - O agravante reitera os argumentos anteriormente expostos na
inicial do habeas corpus, sem, contudo, aduzir novos elementos
capazes de afastar as razões expendidas na decisão agravada. II - A
superveniência do julgamento do mérito de habeas corpus pelo
Superior Tribunal de Justiça torna prejudicada a impetração que ataca
a decisão que indeferiu a liminar. III – Agravo ao qual se nega
provimento.” (HC 136.071-AgR, Segunda Turma, Rel. Min.

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Ricardo Lewandowski, DJe de 9/5/2017)

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.


PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA.
INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO APTA A MODIFICÁ-
LA. MANUTENÇÃO DA NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
DELITO DE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. RITO ESPECIAL.
RESPOSTA À ACUSAÇÃO. PRESCINDIBILIDADE. PRISÃO
PREVENTIVA. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO. 1. A inexistência de argumentação apta a infirmar o
julgamento monocrático conduz à manutenção da decisão recorrida. 2.
O artigo 396 do CPP, que assegura ao acusado a apresentação de
resposta à acusação após a admissão da imputação, não se aplica ao
rito disciplinado na Lei 11.343/06, hipótese em que a defesa escrita
precede ao recebimento da denúncia. Ademais, ambas as defesas são
direcionadas a evitar a persecução criminal temerária, de modo que,
forte no princípio da especialidade, não há direito subjetivo à
acumulação das oportunidades de defesa. 3. Não há ilegalidade na
decisão que impõe prisão preventiva com lastro em argumentos que
evidenciam o fundado receio de reiteração delituosa. 4. Agravo
regimental desprovido.” (HC 122.904-AgR, Primeira Turma, Rel.
Min. Edson Fachin, DJe de 17/5/2016)

“Direito Penal e Processo Penal. Agravo Regimental. Recurso


Ordinário em Habeas Corpus. Ação Penal. Desobediência. Coação no
Curso do Processo. Nulidade do Processo em que Ocorreu o Crime. 1.
O crime de coação no curso do processo é formal. Sua consumação
independe de resultado naturalístico, bastando a simples ameaça
praticada contra qualquer pessoa que intervenha no processo, seja
autoridade, parte ou testemunha. É irrelevante que a conduta produza
o resultado pretendido. 2. A conduta foi praticada quando o processo
se encontrava em curso, o que atende à descrição típica do art. 344 do
Código Penal. 3. A reiteração dos argumentos trazidos pelo agravante
na inicial da impetração não é suficiente para modificar a decisão
agravada (HC 115.560-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli). 4. Agravo
regimental a que se nega provimento.” (RHC 124.487-AgR,

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RHC 174665 AGR / SE

Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 1º/7/2015)

Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental.

É como voto.

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Voto Vogal

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AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 174.665


SERGIPE

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : RAFAEL CANDIDO FONTES DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO CARDOSO DE MELO GUILHERME
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

V O T O

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO - Tem-se habeas corpus


com a roupagem de recurso ordinário. A envergadura maior da
impetração constitucional, no que voltada a preservar a liberdade de ir e
vir, deve ser submetida ao julgamento de Colegiado. Descabe observar
quer o disposto no artigo 21 do Regimento Interno, no que revela a
possibilidade de o Relator negar seguimento a pedido manifestamente
improcedente, quer o artigo 932 do Código de Processo Civil. Ante o fato
de atuar na sessão virtual, quando há o prejuízo da organicidade do
Direito, do devido processo legal, afastada a sustentação da tribuna,
provejo o agravo para que o habeas corpus tenha sequência.

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Extrato de Ata - 27/09/2019

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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 174.665


PROCED. : SERGIPE
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : RAFAEL CANDIDO FONTES DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO CARDOSO DE MELO GUILHERME (5325/SE)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo, nos


termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, Sessão Virtual de 20.9.2019 a 26.9.2019.

Composição: Ministros Luiz Fux (Presidente), Marco Aurélio,


Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

João Paulo Oliveira Barros


Secretário da Turma

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