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O direito da
liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2015, pp. 34-127.
Prefácio e introdução
Atualização histórica
A constituição de valores na modernidade atrelada a uma concepção de justiça acaba por
perpassar profundamente a noção de liberdade. A liberdade, considerada como autonomia
individual, é apresentada enquanto o único valor ético capaz de caracterizar o
ordenamento institucional da sociedade moderna de modo efetivamente duradouro:
não é necessário nenhum passo adicional na reflexão, uma vez que para a
realização da liberdade não cabe uma justificação dos propósitos em virtude
de pontos de vista de grau superior: ‘negativa’ é essa classe de liberdade, já
que não se deve voltar a questionar seus objetivos quanto à sua capacidade de
satisfazer ou não suas condições de liberdade; tampouco o devem ser quanto à
escolha existencial e aos desejos que serão satisfeitos, bastando o ato puro e
desimpedido do decidir para que a ação resultante seja qualificada como ‘livre’
(Honneth, 2015, p. 49).