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PÓS-EDITAL (2013)
Teoria e exercícios comentados
Prof. Renan Araujo – Aula 01
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do Curso e Cronograma - Sumário 01
I – Aplicação da Lei Penal no Tempo 02
II – Aplicação da Lei Penal no Espaço 26
III – Aplicação da Lei Penal em relação às pessoas 46
IV – Contagem de Prazos Penais 56
V – Interpretação da Lei Penal 58
Questões 63
Gabarito 73
Vamos ao trabalho!
A revogação, como vimos, pode ser total ou parcial. Mas pode, ainda,
ser expressa ou tácita. Diz-se que é expressa quando a nova lei diz
expressamente que revoga a lei anterior. Por exemplo, a lei 11.343/06
(nova lei de drogas) diz em seu art. 75, que ficam revogadas as
disposições contidas na lei 6.368/76.
Por sua vez, a revogação tácita ocorre quando a lei nova, embora
não diga nada com relação à revogação da lei antiga, trata da mesma
matéria, só que de forma diferente.
Assim:
REVOGAÇÃO
EXPRESSA TÁCITA
(Lei diz expressamente que (Lei nova não diz nada, mas
a anterior fica revogada) aborda a mesma matéria, de
forma diferente)
REVOGAÇÃO
Desta forma, a lei produz efeitos desde sua vigência até sua
revogação.
Em termos gráficos:
|----------|-------------------------------------------------------|
Logo, podemos perceber que a lei penal, assim como qualquer lei,
somente produz efeitos durante o seu período de vigência. É o que se
chama de princípio da atividade da lei.
Nesse caso, a lei nova atribui caráter criminoso ao fato. Ou seja, até
então, o fato não era crime. Nesse caso, a solução é bastante simples: A
lei nova produzirá efeitos a partir de sua entrada em vigor, como
toda e qualquer lei, seguindo a regra geral da atividade da lei.
Frise-se que a lei nova será considerada mais gravosa ainda que não
aumente a pena prevista para o crime. Basta que traga qualquer prejuízo
ao réu, como forma de cumprimento da pena, redução ou eliminação de
benefícios, etc.
C) Abolitio Criminis
(...)
Pode ocorrer, no entanto, que a lei nova tenha alguns pontos mais
favoráveis e outros mais prejudiciais ao réu. POR EXEMPLO:
Suponhamos que Maria tenha praticado crime de furto, cuja pena é de 1 a
04 anos de reclusão, e multa. Posteriormente, sobrevém uma lei que
estabelece que a pena passa a ser de 02 a 06 anos de detenção, sem
multa. Percebam que a lei nova é mais benéfica pois extinguiu a pena de
O STF decidiu que não temos que verificar se a lei tal ou qual é mais
favorável, mas destrinchar cada uma das normas jurídicas e analisa-las
isoladamente:
Quem deve aplicar a nova lei penal mais benéfica ou a nova lei
penal abolitiva? O Supremo Tribunal Federal (STF) firmou
entendimento no sentido de que a lei será aplicada pelo Juízo que
estiver analisando a causa, ou aplicando a execução. Nos termos da
súmula 611 do STF:
SÚMULA Nº 611
Mas e se a lei nova for revogada por outra lei mais gravosa?
Nesse caso, a lei mais gravosa não se aplicará aos fatos regidos pela lei
mais benéfica, pois isso seria uma retroatividade da lei em prejuízo do
réu. No momento em que a lei intermediária (a que revogou, mas foi
revogada) entrou em vigor, passou a reger os fatos ocorridos antes de
sua vigência. Sobrevindo lei posterior mais grave, aplica-se a regra geral
da irretroatividade da Lei.
|----|------|------------------------------------------------------|
Tempo do crime
Meus caros, vocês devem ficar muito atentos a esta questão da Lei
Penal no Tempo, pois é um tema razoavelmente cobrado em provas de
concurso. Vejamos:
(...)
CORRETA: Como a conduta de “A” foi praticada quando este ainda era
menor de idade, este não responderá por crime, mas por ato infracional,
pois, como vimos, considera-se como tempo do crime o momento da
conduta, nos termos do art. 4° do CPB.
ERRADA: O STF entende que, se a lei nova mais severa vigorou antes
da cessação da continuidade ou da permanência, o crime foi praticado
também durante sua vigência, portanto, deve ser aplicada, nos termos
de sua súmula n° 711.
Na aplicação da Lei Penal ninguém pode ser punido por fato que
norma posterior deixe de considerar como crime. A legislação
posterior aplica-se aos fatos anteriores, quando favorecer o
agente, na seguinte condição:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A) Princípio da Territorialidade
O Mar territorial;
O subsolo
B) Outros princípios
I - os crimes:
(...)
(...)
II - os crimes:
(...)
Assim, não basta que o crime tenha sido cometido por brasileiro, é
necessário que as condições acima estejam presentes, ou seja: O fato
deve ser punível também no local onde fora cometido o crime; deve o
Princípio do domicílio
I - os crimes:
(...)
I - os crimes:
(...)
II - os crimes:
(...)
II - os crimes:
(...)
C) Lugar do Crime
D) Extraterritorialidade
(...)
II - os crimes:
(...)
Lugar = Ubiquidade
ERRADA: O STF entende que, nesses casos, a lei nova mais grave deve
ser aplicada, nos termos de sua súmula n° 711.
(...)
II - os crimes:
(...)
(...)
A) Sujeito ativo
Imunidades Diplomáticas
Imunidades Parlamentares
Imunidade material
Imunidade formal
B) Sujeito Passivo
ERRADA: Os mortos, por não serem titulares de direitos, não podem ser
sujeitos passivos de crimes. No caso do crime de vilipêndio a cadáver, os
ERRADA: A mesma pessoa não pode ser sujeito ativo e sujeito passivo
imediato de um mesmo crime! O direito penal não pune a auto-lesão!
Neste crime, o sujeito passivo imediato é a seguradora que será lesada
com a fraude.
ERRADA: Sujeito ativo é que comete a infração criminal, não quem sofre
IV – CONTAGEM DE PRAZOS
A) Analogia
Bons estudos!
QUESTÕES
A) não se aplica a lei nova, mesmo que favoreça o agente de outra forma,
caso se esteja procedendo à execução da sentença, em razão da
imutabilidade da coisa julgada.
A lei penal que beneficia o agente não apenas retroage para alcançar o
fato praticado antes de sua entrada em vigor, como também, embora
revogada, continua a reger o fato ocorrido ao tempo de sua vigência.
C) será tido como imputável, pois o Código Penal considera como tempo
do crime tanto o momento da ação quanto o momento do resultado.
III - Com relação à aplicação da lei penal no espaço, a lei penal brasileira
adota o princípio da territorialidade, de forma absoluta.
Na aplicação da Lei Penal ninguém pode ser punido por fato que norma
posterior deixe de considerar como crime. A legislação posterior aplica-se
aos fatos anteriores, quando favorecer o agente, na seguinte condição:
A) Desde que o agente já tenha cumprido 1/3 da pena imposta pela lei
anterior;
D) Ainda que decidido por sentença condenatória, mas que não transitou
em julgado;
1)ALTERNATIVA “B”
2)ALTERNATIVA “D”
3)CORRETA
4)ALTERNATIVA “A”
5)ALTERNATIVA “A”
6)ALTERNATIVA “A”
7)ALTERNATIVA “A”
8)ALTERNATIVA “A”
9)ALTERNATIVA “C”
10) ERRADA
11) CORRETA
12) ERRADA
13) ERRADA
14) ERRADA
15) CORRETA
16) ALTERNATIVA D
17) ALTERNATIVA E
18) ANULADA
19) ALTERNATIVA E
20) ALTERNATIVA A