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Disciplina: Literatura
Série: 3ª
Segmento: Ensino Médio
Semestre: 1º/2006
Elaborador(a): Alzira Reis
Caro professor,
As questões elaboradas a seguir são fonte de auxílio para o trabalho avaliativo do livro 1 de Literatura, na
versão 2006. Elas contemplam, principalmente, a fixação e avaliação dos conteúdos explorados ao longo do
primeiro semestre letivo. Como o principal foco do livro-texto é a abordagem das manifestações literárias do
século XX e a consolidação dos conceitos de metalinguagem e de intertextualidade, as questões
apresentadas exploram enfaticamente tais temas.
Alzira Reis
Assunto Questões
Características modernista Q. 1
Correntes modernistas de 1ª fase Q. 2
Características modernistas Q. 3
Movimentos de Vanguarda Europeia Q. 4, Q. 17, Q.18, Q. 19, Q.20
Metalinguagem Q. 5, Q. 13
Características do discurso literário Q. 6
Intertextualidade Q. 7, Q. 8, Q.9, Q.10, Q. 12 Q.39
Contexto sociocultural do Modernismo europeu Q. 11
Linguagem figurada Q. 14
Contemporaneidade poesia e prosa Q. 21, Q. 22, Q.23, Q.24, Q.31, Q.32, Q.33, Q.36,
Q.37
Modernismo brasileiro: poesia e prosa Q. 25, Q. 26, Q.27, Q. 28, Q.29, Q.30, Q.34. Q.35,
Q.40
QUESTÃO 01 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
O capoeira
Abaixo a carestia
Chega de comer angu
stia & solidão.
(Marcelo Dolabela)
Resposta: letra B
2
QUESTÃO 02 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
O trecho a seguir pertence a William Roberto Cereja / Thereza Cochar Magalhães e foi adaptado para esta
prova.
Assim como os índios primitivos devoravam seu inimigo, acreditando que assim assimilavam suas
qualidades, os artistas propõem a “devoração simbólica” da cultura estrangeira, aproveitando dela suas
inovações artísticas, porém sem perder nossa identidade cultural. Trata-se de um aprofundamento da ideia
da “digestão cultural”, proposta pelo movimento denominado ____________________________.
(A) Verde-Amarelismo.
(B) Desvairismo.
(C) Antropofagia.
(D) Universalismo.
(E) Tropicalismo.
Resposta: letra C
QUESTÃO 03 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
A questão a seguir se refere ao texto Poema tirado de uma notícia de jornal, de Manuel Bandeira.
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barraco sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Resposta: letra D
QUESTÃO 04 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
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A estrofe a seguir pertence ao poema “Canto de regresso à pátria”, do modernista Oswald de Andrade.
Resposta: letra D
QUESTÃO 05 / 1ºS/2006
Assunto: Metalinguagem
Nível de dificuldade: Médio
(FUVEST – SP)
Ora, aí está justamente a epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e não me ocorresse
outra. Não é somente um meio de completar as pessoas da narração com as ideias que deixarem, mais
ainda um par de lunetas para que o leitor do livro penetre o que for menos claro ou totalmente escuro.
Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história colaborando nela, ajudando o
autor, por uma lei de solidariedade, espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus trebelhos(1).
(A) despertar a atenção do leitor para a estrutura da obra, convidando-o a participar da organização da
narrativa.
(B) sintetizar a sequência dos episódios, para explicar a trama da narração.
(C) distanciar o leitor da articulação da história, evitando identificação emocional com as personagens.
(D) levar o leitor a refletir sobre as narrativas tradicionais, cuja sequência lógico-temporal é complexa.
Resposta: letra A
QUESTÃO 06 / 1ºS/2006
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I – Como fazem parte da cultura, as obras literárias, de certa forma, carregam em si o imaginário social, com
suas crenças, valores, visões de mundo.
II – A literatura, por classificar-se como arte, é mais valorizada quanto maior for a semelhança com o mundo
retratado e quanto mais neutra for a linguagem utilizada para retratá-la.
III – Por não terem compromisso com a verdade documental, os textos são especialmente abertos a
diferentes possibilidades de leitura.
IV – No discurso literário, a linguagem funciona de forma semelhante às linhas e cores na pintura ou aos
sons na música.
V – O tema é importante critério de distinção entre o texto literário e o não-literário, uma vez que há
conteúdos excluídos da literatura e outros que são avessos a seu domínio.
(A)I, II, IV
(B)I, III, IV.
(C)III, IV.
(D)I, II, III, IV, V
(E)II, V
Resposta: letra C
QUESTÃO 07 / 1ºS/2006
Assunto: Intertextualidade
Nível de dificuldade: Médio
Lá?
Ah!
Sabiá...
Papá...
Maná...
Sofá...
Sinhá...
Cá?
Bah
(Maná: suco resinoso e açucarado de algumas plantas. Fig.: alimento delicioso, ambrosia, coisa excelente,
vantajosa, deliciosa)
I – Os versos estabelecem um diálogo intertextual com o poema clássico “Canção do Exílio”, de Gonçalves
Dias.
II – O texto oferece, pela justaposição de elementos heterogêneos, sem ligação direta entre si, múltiplas
possibilidades de associação e de produção de sentido.
III – O título do poema associa-se à concisão telegráfica, pois o poeta emprega um número reduzidíssimo
de palavras na composição do texto.
IV – O poema apresenta os sentimentos de prazer e desprazer por meio do jogo com as interjeições “Ah!” e
“Bah!”, respectivamente.
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(C)I, III, IV.
(D)II, III, IV.
(E)III e IV
Resposta: letra B
QUESTÃO 08 / 1ºS/2006
Assunto: Intertextualidade
Nível de dificuldade: Difícil
Existem diferentes formas de marcar, no enunciado, a inserção ou retomada de um texto em outro. Algumas
são formalmente mais explícitas, outras, por não obedecerem a nenhuma convenção gráfica
nem indicarem a origem ou a fonte do texto inserido ou retomado, apelam para os
conhecimentos prévios do leitor.
(A) Recuperação de um texto por outro de forma dócil, isto é, retomando seu processo de construção em
seus efeitos de sentido, é o que chamamos de paráfrase. Também resumir ou recontar uma história é
parafraseá-la.
(B) Epígrafe é um tipo de intertextualidade em que se nota uma menção a outro texto ou a um componente
seu. Trata-se de um recurso para referir-se, normalmente, a título e/ou autor de outra obra.
(C) Paródia é também semelhanca, é repetição com diferença; é imitação com distanciamentoto crítico. A
paródia funciona como um canto que desafina o tom elogioso e bem comportado.
(D) No processo intertextual, o pastiche assume os traços de um estilo com tal ênfase que o sentido se
torna deslocado. Ele não retoma textos específicos, mas reporta-se a todo um gênero.
Resposta: letra B
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QUESTÃ0 09 / 1ºS/2006
Assunto: Intertextualidade
Nível de dificuldade: Médio
Resposta: letra D
QUESTÃO 10 / 1ºS/2006
Assunto: Intertextualidade
Nível de dificuldade: Fácil
(A)paródia.
(B)paráfrase.
(C)alusão.
(D)citação.
(E)ironia
Resposta: letra B
QUESTÃO 11 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
(A)I, II.
(B) II, III.
(C) I, III.
(D) I, IV.
(E) II, IV.
Resposta: letra A
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QUESTÃO 12 / 1ºS/2006
Assunto: Intertextualidade
Nível de dificuldade: Difícil
(A)a dessacralização dos discursos produz novas redes de significado, sem objetivo de valorização
hierárquica.
(B)o artista é visto como gênio, produtor de um mundo nebuloso e absolutamente novo.
(C)no plano ideológico, o texto original terá melhor conceito para o público do que o reelaborado
posteriormente.
(D)o diálogo entre os textos restringe a possibilidade de os signos circularem em épocas diferentes.
Resposta: letra A
QUESTÃO 13 / 1ºS/2006
Assunto: Metalinguagem
Nível de dificuldade: Médio
poesia
paixão
revolução
Esses versos podem ser classificados como exemplos de metapoesia (metalinguagem), porque
Resposta: letra B
QUESTÃO 14 / 1ºS/2006
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Resposta: letra B
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
(A)Os escritores modernistas inspiraram-se na literatura oral – nos seus temas e nos seus variados
recursos literários – para comporem suas obras poéticas e narrativas.
(B)Tendências nacionalistas e/ou regionalistas estão ausentes da produção artística modernista brasileira, a
reflexão a respeito da consciência brasileira cede espaço para as regras das grandes correntes européias.
(C)Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita. A afirmativa
preconiza, em afinidade com a corrente surrealista, a escrita automática.
(D)A técnica de justaposição ou montagem, em que se relacionam elementos heterogêneos, sem ligações
evidentes entre si, é um dos procedimentos da arte moderna, largamente utilizado pelos autores
modernistas.
(E)Defendem o ideal de perfeição formal.
Resposta: letra B
QUESTÃO 16 / 1ºS/2006
Assunto: Metalinguagem
Nível de dificuldade: Fácil
Todas as seguintes passagens de Cadernos de João, de Aníbal Machado, contêm reflexão a respeito do
fazer literário, exceto
(A) Se, para ser e florescer, a planta ainda sem nome tivesse que esperar o batismo da palavra, que seria
de nossos campos? Ó vegetação à margem dos dicionários, êxtase e aflição dos amantes!
(B) Depressa, poeta. Chegou o momento fonético. Convoca os teus circunflexos, que os gramáticos estão
na porta cobrando os sinais diacríticos...
(C) Valem também quando o dado biográfico se dissolve em poesia. Aqui, já não é mais memória, é
superação do real pela evocação lírica ou horror.
(D) Ao transfundir-se em criação artística, o estado privilegiado de poesia logo se desliga de suas fontes
subterrâneas e começa a perder em substância.
Resposta: letra A
QUESTÃO 17 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
I - Para os dadaístas, não havia passado nem futuro: o que existia era a guerra, o nada.
II- No Expressionismo, a atmosfera de densidade psicológica, de dor, lamento e destruição caracterizam
um modo de apreensão da realidade deformada pela subjetividade do artista.
III- No Cubismo, a realidade é apresentada a partir de formas geométricas, não se obedecendo aos
princípios clássicos da descrição dos objetos tal como seriam vistos.
Marque
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(A) se todas as alternativas forem corretas.
(B) se I e II forem corretas.
(C) se II e III forem corretas.
(D) se I e III forem corretas.
Resposta: letra A
QUESTÃO 18 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
(A)Não há mais beleza senão na luta. Nada de obra-prima sem caráter agressivo.
(B)O artista fraciona o elemento da realidade que está interessado em representar e recria-o por meio de
planos geométricos superpostos.
(C)Politicamente firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguia evitar a guerra.
Defende-se a desordem, o caos.
(D)O escritor deveria deixar-se levar pelo seu impulso, sem se preocupar com a ordem e a lógica. Dessa
forma, pretendia atingir a realidade situada no subconsciente e no inconsciente.
Resposta: letra D
QUESTÃO 19 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
(A)Dadaísmo
(B)Futurismo
(C)Cubismo
(D)Expressionismo
(E)Regionalismo
Resposta: letra B
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
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Todas as alternativas estão de acordo com as correntes de vanguarda europeias que impulsionaram o
surgimento do Modernismo brasileiro, exceto:
(A)O Futurismo tem, como características, o tom agressivo e exclamativo; cultua a vida moderna, a
velocidade, além de manifestar desprezo pelo passado.
(B)O Cubismo corresponde à fragmentação dos planos e focos narrativos, à superposição e simultaneidade
de imagens, para criação de obras nada convencionais.
(C)O Dadaísmo defendia a arte engajada, pois acreditava no poder transformador dessa frente a uma
realidade com a qual seus representantes não podiam concordar.
(D)O Surrealismo buscava a expressão inconsciente do artista que utilizava, no caso específico da
literatura, a técnica da escrita automática.
Resposta: letra C
A um poeta
Olavo Bilac
Vocabulário:
Beneditino= monge / Claustro= aposento individual de convento ou de mosteiro, cela / Limar= polir, retirar
imperfeições / Suar= transpirar / Sóbria= simples, sem excessos / Artifício= truque, afetação.
Questão 21 / 1ºS/2006
Resposta: letra D
Questão 22 / 1ºS/2006
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Assunto: Interpretação poética
Nível de dificuldade: Fácil
(A)O leitor deve perceber na obra as marcas das fases de composição do trabalho artístico.
(B)O texto final deve ser agradável e parecer natural a quem o lê.
(C)O artista ideal consegue unir beleza e simplicidade.
(D)A arte verdadeira é graciosa e rica.
Resposta: letra A
Questão 23 / 1ºS/2006
(A)Sofrimento.
(B)Esforço.
(C)Sofisticação.
(D)Técnica.
Resposta: letra C
Questão 24 / 1ºS/2006
Resposta: letra C
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 25 / 1ºS/2006
(Descritor: confrontar concepção de poesia da 1ª. Fase modernista com os preceitos poéticos do
Parnasianismo )
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Sei que a poesia é também orvalho
Mas este fica para as menininhas, as estrelas
Alfa, as virgens cem por cento e as amadas
Que envelheceram sem maldade.
(Manuel Bandeira)
a) O trecho acima rompe com os ideais poéticos valorizados no Parnasianismo. Confronte as teorias de
Manuel Bandeira com as de Olavo Bilac, presentes no poema intitulado “A um poeta”.
b) Redija um pequeno texto, explicando qual é a concepção de poesia do eu-lírico no texto “Poética”.
c) Reconheça, na 2ª estrofe, o tipo de lirismo criticado pelo poeta.
a)
Poeta é um ser especial x Dessacralização da poesia
Forma rígida x Versos livres e brancos
Tradição x Visão inovadora
Conservadorismo x Ousadia poética
Beleza clássica x Visão crítica da vida
b)
Artista quer produzir textos opostos aos que existiam no parnasianismo e modernismo.
A figura feminina idealizada não pode ser musa do poeta modernista.
O texto modernista deve incomodar, abordar o lado real, sujo da existência.
c) Lirismo romântico
QUESTÃO 26 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
MOTIVO
Se desmorono ou se edifico
Se permaneço ou me desfaço
- Não sei, não sei! Não sei se fico
Ou passo.
a) Transcreva o verso do poema que melhor explicita a importância do fazer poético para o eu-lírico.
b) Redija, pelo menos duas frases, justificando o título dado ao texto.
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ficará conhecido por causa da sua produção artística, crente em que não é especial por ser capaz
de escrever. Texto é metalinguístico.
QUESTÃO 27 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
erro de português
(Oswald de Andrade)
b)
Valorização do nacional
Revelação de um país até então atrelado aos modelos europeus.
Interesse da nacionalização da poesia
Irreverência
Linguagem coloquial
Longe vão os tempos em que Olavo Bilac, o poeta sagrado, intocável, encarnação da Musa
Perfeita, passeia ao lado de José do Patrocínio, pelas ruas do Rio de Janeiro, no primeiro automóvel que ali
aparecera, e que fora adquirido pelo orador abolicionista, deixando toda a população embasbacada e os
moleques das ruas em grande agitação, porque, de vez em quando, o “monstro” encrencava – e era preciso
empurrá-lo...
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, o príncipe dos poetas parnasianos, mal sabia que aquele
automóvel “feio, amarelo, aos trancos e solavancos pelos calçamentos cheios de altos e baixos, largando
atrás o cheiro insuportável de petróleo”, mais do que um brinquedo pitoresco, era simbolicamente o grande
inimigo e viria atropelar o alado e soberbo Pégaso. Não sonhara o cantor de Frineia (2) que o antiestético
veículo era o Cavalo de Troia (3) no reduto parnasiano e representava o mundo mecânico – mundo que o
Modernismo cantaria, glorificaria e temeria, conseqüência dele que era.
(1) Pégaso: cavalo alado da mitologia grega. Era fruto da união entre Netuno e Medusa. Foi transformado
pelos deuses em constelação.
(2) Frineia: título de obra poética feita por Olavo Bilac.
(3) Cavalo de Troia: imenso cavalo de madeira, feito pelos gregos. Foi recheado de soldados armados antes
de ser enviado como presente ao inimigo troiano. O objetivo era surpreender o adversário e,
conseqüentemente, vencê-lo.
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QUESTÃO 28 / 1ºS/2006
a) Usar o que está entre aspas no texto para justificar os motivos do grande estranhamento da
sociedade diante das transformações.
b) Automóvel = Modernismo
Pégaso = Parnasianismo
QUESTÃO 29 / 1ºS/2006
Redija um parágrafo argumentativo, de estrutura completa, explicando a frase final do texto. Utilize, na
fundamentação das afirmativas, elementos relevantes, objetivos e coerentes.
O texto deverá demonstrar que o autor indicou metaforicamente que a arte do século XX deveria refletir os
avanços tecnológicos do século que se iniciava. Devem-se citar explicitamente os ideais parnasianos não se
enquadravam no novo mundo.
QUESTÃO 30 / 1ºS/2006
O texto de Paulo Leminski, poeta da fase contemporânea da literatura brasileira sempre reconheceu que
sofreu influências do Concretismo em seu trabalho artístico.
Identifique, no texto a seguir, pelo menos, três aspectos típicos dessa fase da literatura.
a)
b)
c)
Abolição do verso
Exploração do espaço em branco
Economia verbal
Disposição das palavras no papel
Antidiscursionismo
QUESTÃO 31 / 1ºS/2006
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(Descritor: distinguir preocupações estético-temáticas em diferentes fases da poesia brasileira)
Tomando como base o poema da questão 30, explicite o principal objetivo da produção artística da década
de 60.
QUESTÃO 32 / 1ºS/2006
No trecho a seguir, o artista explora a linguagem cotidiana na produção do poema. Identifique um verso em
que isso pode ser confirmado e justifique sua resposta.
Aqui estou,
Dora, no teu colo,
nu
como no princípio
de tudo.
Me pega
me embala
me protege.
QUESTÃO 33 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Fácil
Os autores modernistas consideram que tudo pode ser tema de poesia. Reconheça no texto de Carlos
Drummond de Andrade tal comportamento e comente-o.
a) Tema do poema:
b) Comentário:
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QUESTÃO 34 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
O texto a seguir se filia a que tipo de nacionalismo da 1ª fase do Modernismo? Justifique sua resposta, em
até três frases completas e claras.
é o canto dos teus berços, Brasil, de todos esses teus berços, onde dorme,
com a boca escorrendo leite, moreno, confiante, o homem de amanhã!
Ronald de Carvalho
QUESTÃO 35 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Médio
Oswald de Andrade compõe um retrato de uma cidade brasileira de maneira aparentemente ilógica. Que
recursos ele utilizou para descrever Nova Iguaçu? Cite a característica modernista presente no poema e
comprove sua afirmativa com trechos do texto.
NOVA IGUAÇU
a) Característica modernista:
b) Comprovação:
Uso de ideias fragmentadas, sobreposição de imagens descontínuas. Os substantivos confeitaria,
açougue, leiteria, armarinho, constroem o cenário de Nova Iguaçu
QUESTÃO 36 / 1ºS/2006
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Affonso Romano de Sant´Anna registra a sua preocupação com a realidade contemporânea no poema a
seguir. Leia-o com atenção e, em seguida, redija um texto de, no máximo, três frases completas sobre o
aspecto social abordado nos versos.
A resposta deverá fazer referência à organização injusta da sociedade brasileira, aos grupos sociais que
dominam e aos que são dominados. Poderá haver referência ao contexto histórico do país nas décadas de
60/70.
QUESTÃO 37 / 1ºS/2006
Assunto: Intertextualidade
Nível de dificuldade: Médio
O eu-lírico do poema II dialoga com o texto romântico de Gonçalves Dias. Entretanto, o modernista
Drummond rompe com o sentido do poema original. Redija um pequeno texto, confrontando as duas
posturas dos artistas.
Há paródia do texto II em relação ao texto I. O texto I idealiza a pátria do eu – lírico, o texto II aborda mais
criticamente a terra natal do poeta.
QUESTÃO 38 / 1ºS/2006
Assunto: Metalinguagem
Nível de dificuldade: Difícil
Leia com atenção a crônica que se segue, da obra “Ai de ti, Copacabana!”, do escritor Rubem Braga.
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial! Mas
andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena de um pavão. Não há
pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O
pavão é um arco-íris de plumas.
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Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de
elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e
estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de
glórias e me faz magnífico.
Rio, novembro, 1956
Assunto: Intertextualidade
Nível de dificuldade: Médio
Leia com atenção o poema de Carlos de Oliveira e responda às questões que se seguem.
LAVOISIER
Na poesia,
natureza variável
das palavras,
nada se perde
ou se cria,
tudo se transforma:
cada poema,
no seu perfil
incerto
e caligráfico,
já sonha
outra forma.
O princípio enunciado por Lavoisier, na química, diz que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se
transforma”.
a) O que teria levado Carlos de Oliveira a dar a esse poema o título de “Lavoisier”?
b) Como podem ser interpretados os seis versos finais?
QUESTÃO 40 / 1ºS/2006
Assunto: Modernismo
Nível de dificuldade: Difícil
O fragmento a seguir foi extraído do conto “Amor”, de Clarice Lispector. Leia-o com atenção, antes de
responder aos itens da questão.
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O bonde se sacudia nos trilhos e o cego mascando goma ficara atrás para sempre. Mas o mal
estava feito. A rede de tricô era áspera entre os dedos, não íntima como quando a tricotara. A rede perdera
sentido e estar num bonde era um fio partido; não sabia o que fazer com as compras no colo. E como uma
estranha música, o mundo recomeçava ao redor. O mal estava feito. Por quê? Teria esquecido de que havia
cegos? A piedade a sufocava. O mundo se tornara de novo um mal-estar.
a) Clarice Lispector integra o grupo modernista que pesquisa o interior do ser humano. A partir de
passagens contidas no trecho lido, redija um pequeno texto comprovando tal afirmativa.
b) A frase O mal estava feito é repetida duas vezes no fragmento lido. Interprete os efeitos de tal
estratégia de composição do texto.
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GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS
QUESTÃO 25
a)
Poeta é um ser especial x Dessacralização da poesia
Forma rígida x Versos livres e brancos
Tradição x Visão inovadora
Conservadorismo x Ousadia poética
Beleza clássica x Visão crítica da vida
b)
Artista quer produzir textos opostos aos que existiam no parnasianismo e modernismo.
A figura feminina idealizada não pode ser musa do poeta modernista.
O texto modernista deve incomodar, abordar o lado real, sujo da existência.
QUESTÃO 26
21
QUESTÃO 27
b)
Valorização do nacional
Revelação de um país até então atrelado aos modelos europeus.
Interesse da nacionalização da poesia
Irreverência
Linguagem coloquial
QUESTÃO 28
a) Usar o que está entre aspas no texto para justificar os motivos do grande estranhamento da
sociedade diante das transformações.
b) Automóvel = Modernismo
Pégaso = Parnasianismo
QUESTÃO 29
O texto deverá demonstrar que o autor indicou metaforicamente que a arte do século XX deveria refletir os
avanços tecnológicos do século que se iniciava. Devem-se citar explicitamente os ideais parnasianos não se
enquadravam no novo mundo.
QUESTÃO 30
Abolição do verso
Exploração do espaço em branco
Economia verbal
Disposição das palavras no papel
Antidiscursionismo
QUESTÃO 31
QUESTÃO 32
QUESTÃO 33
QUESTÃO 34
22
QUESTÃO 35
QUESTÃO 36
A resposta deverá fazer referência à organização injusta da sociedade brasileira, aos grupos sociais que
dominam e aos que são dominados. Poderá haver referência ao contexto histórico do país nas décadas de
60/70.
QUESTÃO 37
Há paródia do texto II em relação ao texto I. O texto I idealiza a pátria do eu – lírico, o texto II aborda mais
criticamente a terra natal do poeta.
QUESTÃO 38
QUESTÃO 39
QUESTÃO 40
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