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CURSO DE DIREITO

Vitória - Reconhecido pela Portaria MEC nº. 525 de 14/04/09, publicada no D.O.U. de 15/04/2009.
Vila Velha - Autorizado pela Portaria MEC nº. 2.778 publicada no DOU de 10/09/2004.

REDAÇÃO FORENSE E TÉCNICAS DE PETIÇÃO INICIAL


Euclide Bernardo Medici-MD
A.- Vocabulário jurídico
1.- Este item será apresentado e composto de definições usuais e o significado
do vernáculo no contexto jurídico
2.- Glossário de verbos jurídicos
3.- Exercícios de aplicação
4.- Resumo em documento (papel ou internet)

B.- Vícios de linguagem como elemento de restrição a prolixidade.

C.- O Código Civil

1.- Breve analise lingüístico formal


2.- Divisão do Código Civil
3- Pronomes de tratamento (Juiz, Desembargador, Requerente, Requerido,
Autor , Réu, Exequente, Executado,Querelante, Querelado).
4.- Elementos constitutivos interpretação de artigos.
5.- A linguagem do Código Civil
5.1 – Significado jurídico de algumas palavras no Código Civil

Alienar – vender,
Alienado – vendido,
Alienante – aquele que vende,
Anuir – concordar, permitir
Autotutela–fazer justiça com as próprias mãos. A exceção no direito
brasileiro quando ocorrer o esbulho ou a turbação da propri-
edade;
Benefício da ordem– defesa do fiador(locação),ou seja,o locador só
pode exigir do fiador o pagamento de alugueres não pagos
após demonstrar que utilizou todos os recursos contra o lo-

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catário devedor principal);
Mãe ou pai bínubo – quando forem casados mais de 1 vez e ambos
possuirem filhos das relações anteriores,
Caução de ratificação – instrumento que, vários credores de uma
obrigação solidária ativa, entregam a um deles para receber
a obrigação com o(s) devedor(es);
Cessionário – aquele a quem se faz a cessão, aquele que compra
o crédito pertencente ao cedente (aquele que vende);
Comistão–aquisição de bem móvel por acessão ou coisa misturada;
Comodato – instrumento de cessão de um bem móvel ou imóvel
gratuito;
Concurso de credores– figura jurídica da lei de recuperação de em
presas pela qual o Juízo após receber dos credores os
valores e a espécie de divida elabora a lista com a or-
dem de recebimento para cada credor,
Decisão finalizando o processo sem resolução do mérito – o sujeito
ativo pode propor novamente ação contra o sujeito passivo e pelo
mesmo objeto;
Decisão finalizando o processo com resolução do mérito - o sujeito
ativo não pode propor novamente ação contra o sujeito passivo e
pelo mesmo objeto sob pena der considerado litigante de má-fé;
Defeso – proibido, vedado;
Essencial – diz-se do elemento jurídico, que não existindo transformará ;
regra geral, a pretensão nula;
Exceções pessoais–defesa que o devedor pode utilizar contra seu credor;
Expressamente – por escrito,
Esbulho – perda total da propriedade;
Formalidade - requisito essencial da lei para que um ato seja válido;
Herdeiro por cabeça – serão nesta qualidade os descendentes diretos; os
filhos do de cujus;
Herdeiro por estirpe - serão nesta qualidade os descendentes a partir do
2˚ grau ou mais de parentesco do de cujus ;
Litisconsórcio– vínculo de duas ou mais pessoas litigantes quando não
houver vedação pela lei.
Nuncupativo – ato celebrado oralmente(casamento in extremis) sem mais
formalidades do que 6 testemunhas;
Penhor legal– é o ato que concede a determinadas pessoas(credor) em
função de obrigação, de reter bens do devedor suficientes

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ao cumprimento da obrigação antes da ordem judicial;
Prazo de favor – liberalidade concedida, p.ex. para postergar o
cumprimento de uma obrigação no seu vencimento, mas que
se o credor não observá-lo nenhum direito surge para quem
estaria sendo beneficiado;
Putativo – ato que aparenta ser válido; correto sem o ser e que se man-
terá até o dia da sentença que o anula.
Remição – reparar, ressarcir;
Remitir – perdoar;
Remissão – perdão,
Resolver – extinguir, cumprir,
Silêncio – uma das formas d manifestação da vontade
Solenidade– formalidade que se deve observar para validar determinado
ato jurídico;
Substabelecimento com reserva de poderes – instrumento pelo qual o
advogado da causa transfere a outro advogado para partici -
par em conjunto com o titular da causa e que se manterá na
condução do processo
Substabelecimento sem reserva de poderes – instrumento pelo qual o
advogado da causa transfere os poderes recebidos do cliente
e os transfere a outro advogado retirando-se do processo;
Temor reverencial – indivíduo que causa medo ou respeito, porém a sua
existência não pode ser utilizada como defesa para justificar a
pratica de ato que viola lei como p.ex. fiz por que o Coronel
mandou, realizei porque o Chefe mandou;
Termo – dia em que começa ou se extingue um negócio jurídico;
Transitar em julgado – decisão que não cabe mais recurso por ter trans-
corrido o prazo sem manifestação do interessado;
Turbação – perda parcial da propriedade;
Vício redibitório – defeito oculto.
Vincenda – que ainda não venceu.

6.- Interpretação e análise de artigos do Código Civil.

7.- Exercícios de aplicação.

8.- Resumo em documento (papel ou internet)

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D.- Brocados e Locuções Latinas

1.- BROCADOS JURÍDICOS E SUA UTILIZAÇÃO;

Não é imprescindível ao bom advogado ser grande conhecedor de latim,


mas o mínimo que se espera é que ele esteja capacitado a traduzir e entender um
sem número de aforismos latinos.

O advogado, qualquer um, perceberá a grande utilidade dos brocardos,


para subsidiar a fundamentação de sua tese pelo poder de síntese doutrinária
que eles contém. Entretanto, acreditamos que as locações latinas que a seguir
apresentamos sejam suficientes para um mínimo de entendimento das
expressões latinas atualmente utilizadas

2.- LOCUÇÕES LATINAS

ENQUANTO OS BROCARDOS ENCERRAM VALOR TEÓRICO E DOUTRINÁRIO, AS LOCUÇÕES


LATINAS, EM FUNÇÃO DA CONSTANCIA COM QUE APARECEM, EM QUASE TODAS AS
CONSTRUÇÕES JURÍDICAS, POSSUEM MAIOR APLICABILIDADE PRÁTICA UTILIZADAS PELOS
PROFISSIONAIS DO DIREITO. PORTANTO DEVEMOS CONSIDERAR AS LOCUÇÕES COMO UM
INSTRUMENTO DE TRABALHO NO DIA-A-DIA FORENSE.
NÃO PODEMOS NEGAR QUE, HÁ SEM DÚVIDA NO ENTENDIMENTO DE ALGUNS PROFISSIONAIS
QUE NEGAM A SUA UTILIZAÇÃO E, PORTANTO, EVITAM AS EVITAM PROCLAMANDO QUE SE TRATA
DE DEMONSTRAÇÃO DE ERUDIÇÃO OU PEDANTISMO. MAS MESMO ESSES PODEM RECUSAR A
NECESSIDADE DE SE CONHECER O SEU SIGNIFICADO, PORÉM NÃO DESCONHECEM A SUA
NECESSIDADE PARA PODER ENTENDER UM INCONTÁVEL NUMERO DE LIVROS DE DIREITO,
ACÓRDÃOS, SENTENÇAS, PARECERES, EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS, DADO AO GRANDE PODER DE
SÍNTESE VERBAL DO QUAL SE REVESTEM.
A SEGUIR LISTAMOS AS LOCUÇÕES MAIS UTILIZADAS E O SEU SIGNIFICADO JURÍDICO.

A
A contrario sensu: Em sentido contrário. Argumento de interpretação que considera
válido ou permitido o contrário do que tiver sido proibido ou limitado.
A fortiori: Por mais forte razão, por maior razão. Quando um dispositivo legal, por razões
que se acrescem as nele previstas, deve ser aplicado extensivamente. Se ele é bacharel
em direito ,deverá conhecer a legislação em vigor.
A inclusione unius ad exclusionem alterius: Da inclusão de um à exclusão do outro.
A limine: Desde o início.

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A non domino: Sem título de domínio ou de propriedade. De não proprietário. De quem
não é proprietário.
A posteriori: De trás para diante; método que conclui pelos efeitos e conseqüências.
Julgar a posteriori é julgar pela experiência. Argumentar a posteriori é argumentar
passando do efeito à causa. Para depois. Que vem depois.
A priori: De frente para trás; anteriormente à experiência; método que conclui pelas
causas e princípios. Do precedente. De antemão.
A quo: Do qual. Do Juiz ou tribunal de instância inferior de onde provém o processo; dia
ou termo inicial de um prazo. Ponto de partida.
Ab absurdo: Por absurdo. Raciocinando, ou argumentando, com o absurdo.
Aberratio delicti – desvio do delito. Ocorre quando por acidente ou erro na execução do
crime, sobrevém resultado diverso do pretendido (cód.penal art. 74)
Aberratio ictus – desvio do golpe. Ocorre quando por acidente ou erro nos méis da
execução do crime, o agente, ao invés de atingir a pesosa que pretendia ofender, atinge
pessoa diversa (cód.penal art. 73)
Ab initio: Desde o início. Desde o princípio.
Ab intestato: Sem deixar testamento. Diz-se da pessoa que faleceu sem deixar
testamento.
Ab irato: Em estado de ira.
Aberratio criminis: Erro do crime, desvio do crime.
Abolitio criminis: Extinção do crime.
Absens: Ausente.
Accipiens: Que recebe.credor de uma obrigação.
Acta simulata substantiam veritatis mutare non possunt: Os atos simulados não
podem mudar a substância da verdade.
Actio: Ação.
Actio de damno infecto: Ação de dano infecto.
Actio in rem: Ação real ou que tem por objeto a propriedade imóvel.
Actio indebiti: Ação do indébito.
Actio pauliana: Ação pauliana.
Actio pignoratitia: Ação de penhor.
Actio possessoria: Ação possessória.
Actio quanti minoris: Ação de diminuição de preço.
Actio inter vivos: Ato entre vivos.
Actore non probante, reus absolvitur: Se o autor não prova, o réu é o absolvido.
Actori incumbit onus probandi: Ao autor cabe o ônus da prova.
Actum est: Está terminado.
.Ad argumentandum: Para argumentar.

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Ad argumentandum tantum: Só para argumentar. Aquelas inverossímeis premissas
foram aceitas.
Ad causam: Para a causa.
Ad cautelam: Por cautela, por preocupação, por segurança.
Ad corpus: Por corpo. Diz-sew d avenda de imóvel que se combina o preço no todo, não
especificando a metragem da área.
Ad diem: Até o dia, dia em que termina o prazo.
Ad evacuando: Para desocupar.
Ad exhibendum: Para exibir.
Ad hoc: Para isto, para um determinado ato. Investido em função provisória, para um fim
especial (defensor ad hoc, nomeado para um ato de defesa).
Ad id: Para isto.
Ad jiudicia: Para as coisas da justiça. Para o Juizo. Mandato judicial que se confere a
advogado para o foro em geral.
Ad judicia et extra: Para fins judiciais e extrajudiciais.
Ad litteris et verbis: Letra por letra, palavra por palavra.
Ad locum: Sem demora, logo.
Ad mandatum faciendi: Para cumprir o mandato.
Ad mensuram: Por medida. Diz-se da venda cujo preço se determina por unidade de
peso ou medida.
Ad negotia: Para negócios. Mandado extrajudicial que se restringe a administração de
negócios.
Ad nostram consuetudinem: Conforme o nosso costume.
Ad perpetuam rei memoriam: Para que se perpetue a verificação de uma coisa ou
fato.Para perpetua lembrança da coisa. Erigir uma estatua – realizar uma vistoria.
Ad personam: Contra a pessoa.
Ad personam domini: Contra a pessoa do dono.
Ad probandum tantum: Apenas para provar.
Ad probationem: Para prova.
Ad processum: Para o processo.
Ad quem: Para quem. Juiz ou tribunal de instância superior para onde se encaminha o
processo; dia ou termo final de contagem de um prazo. Ponto de chegada.
Ad referendum: Para apreciação posterior, para aprovação.Decreto em caso de uma
nomeação.
Ad rem: À coisa, ao assunto.
Ad solvendum: Para solver.
Ad spem: Quanto à esperança.
Ad substantia negotii: Para a essência do negócio.

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Ad usucapionem: Para promover o usucapião.
Ad verbum: Palavra por palavra.
Ad verbum reddere: Traduzir palavra por palavra.
Affectio maritalis: Afeição conjugal.
Affectio societatis: Vontade de constituir e manter uma sociedade e sem a qual, nas
sociedades de pessoas, não pode ela subsistir.
Alibi: Em outra parte.
Aliena gratia: Por interesse ou em favor de terceiro. Diz-se do mandato cujo mobjeto é a
defesa dos interesses de terceiro, não do mandante.
Alter ego: Um outro eu.
Analogia juris: Analogia do direito.
Analogia legis: Analogia da lei.
Animo solo possessionem adipisci nemo potest: Ninguém pode adquirir a posse só
pela intenção.
Animus: Intenção, vontade, ânimo.
Animus apropriandi: Intenção de apropriar-se.
Animus domini: Com a intenção de ser dono, de agir como dono. De assenhorear-se.
Animus donandi: Intenção de dar ou doar.
Animus furandi: Intenção de furtar.
Animus necandi: Com intenção de matar.
Anno domini: No ano do Senhor.
Ante acta: Antes do ato, preliminarmente.
Ante diem: Antes do dia.
Appellatio admittenda videtur in dubio: Na dúvida, deve-se admitir a apelação.
Apud: Junto de.
Apud acta: Na ata, nos autos (Ex.: procuração outorgada na ata da audiência).
Aqua profluens et mare, jure naturali omnium communia sunt: A àgua corrente e o
mar são comuns a todos por Direito Natural.
Arbores quae in fundo continentur non est separatum corpus a fundo: As árvores
que estão contidas em uma propriedade não são um corpo separado da propriedade.
Audiatur et altera pars: Que a parte contrária seja também ouvida.
B
Beneficium juris nemini est denegandi: A ninguém deve ser denegado o benefício do
direito.
Beneficium legis frustra implorat qui committit in legem: Em vão implora o benefício
da lei, quem age contra ela.
Bis: Duas vezes.
Bis de eadem re ne sit actio: Não haja ação duas vezes sobre a mesma coisa.

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Bis in idem: Duas vezes a mesma coisa, repetição. Em direito fiscal é a dupla incidência
de imposto sobre o mesmo fato gerador ou de matéria já tributada.
Bona est lex si quis ea legitime utatur: Boa é a lei se alguém dela usar legitimamente.
Bona fide: De boa-fé.
Bona fides non patitur ut bis idem exigatur: A boa-fé não tolera que a mesma coisa
seja exigida duas vezes.
Bona fides semper praesumitur nisi mala adesse probetur: Sempre se presume a
boa-fé, se não provar-se existir a má.
Bona publica: Bens públicos.
Boni mores: Bons costumes.
C
Capitis diminutio: Perda dos direito civis, redução de direito. Diminuição da capacidade,
da autoridade, do poder.
Capitis minutio est status permutatio: A diminuição de capacidade é uma mudança de
estado.
Caput: Cabeça de artigo que inclui parágrafos, itens ou alíneas.
Causa agendi: Motivo de agir.
Causa cognita: Causa conhecida.
Causa criminalis non praejudicat civilis: A ação criminal não prejudica a civil.
Causa debendi: Causa da dívida.
Causa donandi: Causa da doação.
Causa honoris: Por causa da honra.
Causa mortis: Causa determinante da morte. Por causa da morte.Em caso de
homicídio,cabe o médico legista determinar a..
Causa petendi: O fundamento do pedido.
Causa sine qua non: Causa sem a qual a coisa (ato) não pode ser feita.
Causa superveniens: Causa superveniente.
Causidicus: Advogado.
Cautelae: Cautelas.
Cautio: Caução.
Cautio damnini infecti: Caução do dano temido. Caução do proprietário de prédio em
favor de vizinho como garantia de que não será molestado.
Cautio de judicato solvendo: Caução para pagamento do julgado.
Cautio de rato: Caução para ratificação.
Cautio fideijussoria: Caução fidejussória.
Cautio rei uxoriae: Caução do dote da mulher.
Cessio: Cessão.
Cessio bonurum: Cessão dos bens.

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Citatio: Citação.
Citatio est fundamentum totius judicii: A citação é o fundamento de todo direito.
Citatur reus ad petitionem actoris: Cita-se o réu a pedido do autor.
Citra petita: Aquém do pedido, sentença que não examinou todos os pedidos de uma
inicial.
Citra petitum: Aquém do pedido.
Clandestina possessio: Posse clandestina.
Coercitio: Repressão.
Cogitationis poenam nemo patitur: Ninguém pode sofrer pena pelo pensamento.
Cogito, ergo sum: Penso, logo existo.
Cognita causa: Após o exame dos fatos.
Cognitio: Conhecimento.
Concessa venia: Com a devida licença.
Condictio: Acordo.
Conditio juris: Condição de direito.
Conditio potestativa: Condição potestativa. Condição que depende no todo ou em parte
da vontade de uma das partes em um contrato.
Conditio sine causa: Condição sem causa.
Conditio sine qua non: Condição indispensável.
Confessio est probatio omnibus melior: A confissão é a melhor de todas as provas.
Confessio est regina probationum: A confissão é a rainha das provas.
Confessio facta in judicio non potest retractari: Não pode ser retratada a confissão
feita em juízo.
Confiteor: Eu confesso.
Consanguineos, id est, fratres et sorores ex eodem patre: Consagüíneos, são os
irmãos e irmãs por parte do mesmo pai.
Consuetudo: Costume.
Consuetudo fori: Costume do foro.
Consummatum est: Tudo está consumado.
Contestationes causa: Diz-se da causa que é objeto de contestação.
Contra jus: Contra o direito.
Contra legem: Contrário à lei.
Contumacia est actus spernendi leges: Contumácia é o ato de desprezar a lei.
Contumacia in non respondendo: Contumácia em não responder.
Coram lege: Perante a lei.
Coram populo: Em público.
Corpus juris civilis: Código de Direito Civil.
Culpa aquiliana: Culpa aquiliana, culpa extracontratual.

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Culpa in abstracto: Culpa em abstrato.
Culpa in commitendo: Culpa por imprudência.
Culpa in concreto: Culpa em concreto.
Culpa in contrahendo: Culpa no contratar.
Culpa in eligendo: Culpa pela escolha de seus prepostos.
Culpa in faciendo: Culpa na forma de prestar a obrigação.
Culpa in omittendo: Culpa de omissão que resultou em dano.
Culpa in vigilando: Culpa em vigiar a execução de que outrem ficou encarregado.
Cum laude: Com louvor.
Curriculum vitae: Currículo demonstrativo ou relação de títulos da pessoa.
Custas ex lege: Custas como de lei.
Custos legis: Fiscal da lei. O representante do Ministério Público é conhecido como o
custos legis, ou seja o fiscal da lei.
D
Da mihi factum, dabo tibi jus: Exponha o fato e direi o direito. Exposto o fato, o
magistrado aplicará o direito, ainda que não alegado o dispositivo legal.
Damnatio: Condenação.
Damnum: Dano.
Damnum emergens: Dano emergente.
Damnum ex delicto: Dano por delito.
Damnum infectum: Dano temido.Promover atos que redundem em perturbação a
saúde ,ou ao silencio .
Dare nemo potest quod non habet: Ninguém pode dar o que não tem.
Data venia: Com respeito, com licença. Fórmula de cortesia com que se começa uma
argumentação para discordar do interlocutor. Com a devida permissão. É o mesmo que
concessa venia ou permissa venia.
Datio in solutum: Dação em pagamento.
De cujus: O falecido, geralmente empregado como a pessoa inventariada.
De jure: De direito.
De meritis: Pelo mérito ou merecimento. Resolvidas as questões prévias da causa,
examina-se o mérito, ou seja, a questão de fundo.
De minimis non curat lex: A lei não cuida de coisas mínimas.
De minimis non curat praetor: O magistrado não deve preocupar-se com as questões
insignificantes.
De more uxorio: De costume do matrimônio. Concubinato em que os concubinos
convivem como se casados fossem.
De persona ad personam: De pessoa a pessoa.
De plano: Sumariamente, por direito evidente.

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Decisio litis: Decisão da causa.
Decisum: Decisão, sentença.
Defensa: Defesa.
Deficit: Saldo negativo.
Delatio: Delação.
Delicta carnis: Os delitos da carne.
Derelictio: Abandono.
Derelictum: Abandonado.
Dies a quo: Termo inicial do prazo, em contraposição ao dies ad quem.
Dies ad quem: Termo final do prazo.
Diminutio patrimonii: Diminuição do patrimônio.
Dolus a fraude differt velut genus auspecie: O dolo difere da fraude como o gênero, da
espécie.
Dolus bonus: É o dolo involuntário do agente, há intenção boa e resultado mau.
Dolus malus: Quando a vontade do agente quis o mau resultado.
Dominus litis: O autor da ação; o dono da lide.
Dominus soli: Dono do solo.
Donatio mortis causa: Doação por motivo de morte.
Donatio omnium bonorum, reservato sibi usufructo, valida est: É válida a doação de
todos os bens, reservando para si o usufruto.
Dormientibus non succurrit jus: O direito não ajuda aos que dormem ou negligenciam
em seu uso ou defesa.
Dura lex sed lex: A lei (é) dura, mas (é) lei. A lei deve ser aplicada ainda que pareça
imoral ou injusta. Preceito a ser aplicado em termos.
E
Electa una via non datur regressus ad alteram: Escolhida uma via, não se dá recurso a
outra.
Elementa essentialia communia delicti: Os elementos essenciais comuns do delito.
Emptio consensu peragitur: A compra se completa pelo consentimento.
Erga omnes: Para com todos. O que é válido contra todos. Diz-se do ato jurídico, lei,
decisão a todos imposta e que tem efeito geral
Errata: Erros, corrigenda.
Error calculi non facit jus: O erro de cálculo não faz direito.
Error facti: Erro de fato.
Error facti nemini nocet: O erro de fato não prejudica ninguém.
Error in judicando: Erro no julgar.
Error in persona: Erro sobre a pessoa visada. Erro quanto à pessoa.
Error in procedendo: Erro no proceder.

11
Error juris: Erro de direito.
Error juris non excusat: O erro de direito não inocenta.
Est modus in rebus: Em tudo deve haver um meio termo.
Eventus damni: Resultado do dano.
Ex abrupto: De súbito.
Ex adverso: do adversário expressão com que um advogado designa o colega da parte
contrária.Pelo contrário.
Ex die: Prazo inicial.
Ex facto jus oritur: Do fato nasce o direito.
Ex improviso: De improviso.
Ex jure: Pelo direito.
Ex lege: De acordo com a lei.
Ex libris: Dos livros.
Ex nihilo nihil: Do nada, nada. Nada pode vir do nada.
Ex nunc: Desde agora. Nulidade de ato ex nunc, cujos efeitos decorrem a partir da
declaração de nulidade. Não retroage. Sem efeito retroativo.
Ex officio: Por dever do ofício. Recurso ex officio, obrigatoriamente imposto ao juiz
contra a própria sentença.
Ex positis: Isto posto. Do que foi exposto.
Ex tunc: Desde o início. Nulidade de ato ex tunc, cujos efeitos decorrem a partir da
criação do ato que gerou a nulidade. Com efeito retroativo
Ex vi: Consoante o disposto, pela força.
Ex vi legis: Por força da lei.
Exceptio: Ação de executar, de limitar.
Exempli gratia (e.g.): Por exemplo. O mesmo que verbi gratia (v.g.).
Exequatur: Execute-se. Cumpra-se. Autorização que o Presidente do Supremo Tribunal
Federal determina o cumprimento de sentença estrangeira ou atos judiciais deprecados
em carta rogatória.
Extra litis: Fora da demanda.
Extra petita: Fora do pedido. Sentença que concedeu o que não constitui objeto do
pedido. Além do que a parte requereu.
F
Fac simile: Reprodução fiel de um original.
Facultas agendi: Poder de ação, faculdade de agir (direito subjetivo).
Fama volat: A fama voa.
Ficta confessio: Confissão fictícia. Se o citado não comparecer à audiência, devem ser
considerados confessados ou verdadeiros os fatos alegados pelo autor.
Fictio legis: Ficção da lei.

12
Filius, ergo heres: Filho; logo, herdeiro.
Finita causa, cessat effectus: Finda a causa, cessa o efeito.
Forum contractus: Foro do contrato.
Forum rei sitae: O foro da situação da coisa.
Fraus omnia corrumpit: A fraude tudo corrompe, ou produz nulidade.
Fumus boni juris: Fumaça de bom direito, aparência de bom direito (diz-se quando a
pretensão parece ter fundamento jurídico).
G
Genera per speciem derogantur: Os gêneros derrogam-se pela espécie.
Genus nunquam perit: O gênero nunca se destrói.
Grammatica falsa non vitiat instrumentum: Os erros gramaticais não viciam o
instrumento.
Gratia argumentandi: Para argumentar.
Gratis: De graça.
Grave est fidem fallere: É grave faltar à fidelidade.
Gravis testis: Testemunha fidedigna.
Gutta cavat lapidem: A gota cava a pedra.
H
Habeas corpus: Que tenhas teu o corpo. Instituto jurídico, sob forma de garantia
constitucional, para proteger quem sofre violência
ou ameaça de constrangimento ilegal, na sua liberdade de locomoção por parte de
qualquer autoridade pública.
Habeas data: Que tenhas teus dados. Para requerer para poder conhecer os dados
contidos em anotações em posse de entidades ou instituições.
Habetur pro veritate: Tem-se por verdade.
Habitatio morte finitur: A habitação acaba com a morte.
Hastae subjicere: Vender em leilão público.
Hereditas viventis non datur: Não há herança de pessoa viva.
Hic et nunc: Aqui e agora, imediatamente, sem demora.
Hic et ubique: Aqui e em toda parte.
Hodie mihi, cras tibi: Hoje para mim, amanhã para ti.
Homo forensis: O advogado.
Homo sapiens: Homem racional.
Honoris causa: Por título honorífico.
I
Ibidem: No mesmo lugar.
Id est: Isto é, ou seja.
Idem: O mesmo.

13
Ignorantia juris neminem excusat: A ignorância da lei não excusa ninguém.
Imprimatur: Imprima-se. Espécie de licença para publicação, aposta aos livros
submetidos a censura da Igreja.
In abstrato: Em abstrato.
In actu: No ato.
In albis: Em branco.
In casu: Na espécie em julgamento.
In casu consimili: Em caso semelhante.
In concreto: Em concreto.
In continenti (= ex intervallo): No início do contrato, imediatamente.
In contione: Publicamente.
In diem: Para um dia não determinado.
In dubio pro reo: A dúvida interpreta-se a favor do acusado.
In dubio pro societate: Na dúvida, deve-se interpretar a norma a favor da sociedade.
In extenso: Por extenso.
In extremis: No último momento. Manifestação de vontade de um moribundo.
In fine: No fim.
In fraudem legis: Em fraude da lei.
In initio litis: No começo da lide.
In judicio: Diante do juiz.
In limine: No começo.
In limine litis: No começo da lide.
In litem: Na lide.
In loco: No lugar.
In memoriam: Em lembrança de.
In natura: Na natureza, da mesma natureza.
In pari causa: Em caso semelhante.
In re ou in rem: Na coisa.
In terminis: Em último lugar.
In totum: No todo, na totalidade.
In verbis: Nas palavras, nestes termos, textualmente.
Inaudita altera parte: Não ouvida a outra parte.
Infra: Abaixo.
Initio litis: No começo da lide.
Intentio legis: A finalidade da lei.
Inter absentes: Entre ausentes.
Inter vivos: Entre os vivos.
Interna corporis: Interno. No âmbito do próprio órgão.

14
Intra legem: Interpretação analógica determinada na própria lei.
Intuitu personae: Em consideração à pessoa. Obrigação contraída. Quando um artista é
contratado para realizar determina obra, assume a obrigação.
Ipsis litteris: Exatamente igual; com as mesmas letras.
Ipsis verbis: Exatamente igual; com as mesmas palavras.
Ipso facto: Pelo próprio fato.
Ipso jure: Em razão do próprio direito, sem intervenção da parte.
Ita est: Assim é.
Iter: Procedimento, etapas.
Iter criminis: Caminho do crime - atos que se encadeiam na execução do crime.
Iuris et de iure: De direito e por direito.
J
Judex extra territorium est privatus: Fora de sua jurisdição, o juiz é um particular.
Judex non debet lege esse clementior: O juiz não deve ser mais clemente do que a lei.
Judex ultra petita condemnare non potest: O juiz não pode condenar além do pedido.
Judicium causae: Juízo da causa.
Jura novit curia: O Tribunal (o juiz) conhece os direitos.
Jure et de facto: Por direito e de fato.
Jure proprio: Por direito próprio.
Juris et de jure: De direito e por direito. Presunção que não admite prova em contrário
Juris tantum: Que pertence só ao direito. Diz-se da presunção legal condicional,,i.e. a
que prevalece enquanto não houver prova em contrario: a legitimidade do filho nascido na
constancia do casamento; as arras em dinheiro, consideradas principio de pagamento...
Jus accusationis: Direito de acusar.
Jus ad rem: Direito à coisa.
Jus agendi: Direito de agir.
Jus cogens: Direito cuja aplicação é obrigatória pela parte e não pode ser afastado pela
vontade de particularidades.
Jus est norma agendi: O direito é a norma de agir.
Jus ex facto oritur: O direito nasce do fato.
Jus facit judex: O juiz faz o direito.
Jus gentium: O direito das gentes.
Jus in re: Direito sobre a coisa, direito de propriedade.
Jus in re aliena: Direito sobre a coisa alheia (usufruto, hipoteca).
Jus in re propria: O direito sobre coisa própria.
Jus libertatis: Diretio à liberdade.
Jus possessionis: O direito de posse.
Jus possidendi: Direito de posse.

15
Jus sanguinis: O direito de sangue, de parentesco.
Jus suffragii: Direito do voto.
Jus utendi: Direito usar,fruir. Direito do proprietário, do usufrutuário.
Justum pretium: Preço justo.

L
Lana caprina: Questão insignificante.
Lapsus linguae: Erro de linguagem.
Lapsus loquendi: Erro no falar.
Lapsus scribendi: Erro no escrever.
Lato sensu: Em sentido geral.
Laudum: Decisão arbitral.
Legem habemus: Temos leis.
Legis manus longa: A mão da lei é longa.
Legitimatio ad causam: Legitimação para a causa.
Legitimatio ad processum: Legitimação de estar em juízo.
Lex ad tempus: Lei temporária.
Lex inter partes: Lei entre as partes.
Lex lata: Lei promulgada.
Lex loci: A lei do lugar.
Lex loci actus: Lei do lugar do ato.
Lex loci contractus: Lei do lugar do contrato.
Lex mitior: Lei mais benigna.
Lex posterior derogat priori: A lei posterior derroga a anterior.
Lex rei sitae: Lei do lugar onde esta situada a coisa.
Litigare cum ventis: Brigar com o vento.
Litis contestatio: Contestação da lide.
Litis decisio: Decisão da lide.
Locus delicti commissi: Lugar onde cometido o crime.
Locus regit actum: O lugar determina o ato.
Lucrum cessans: Lucro cessante.
M
Magis aequo: Mais do que justo.
Magister dixit: O mestre disse.
Mandamus: Mandado de segurança.
Mandatum non praesumitur: Não se presume o mandato.
Mandatum solvitur morte: Com a morte resolve-se o mandato.
Mater semper certa est: A mãe é sempre certa.

16
Maxime: De modo especial, especialmente.
Me ignaro: Sem eu saber.
Mens legis: O espírito da lei, intenção da lei.
Mens legislatoris: Intenção do legislador.
Meritum causae: Mérito da causa.
Meta optata: Resultado desejado.
Minervae suffragium: Voto de minerva.
Modus faciendi: Maneira de fazer.
Modus operandi: Modo de operação.
Modus vivendi: Maneira de viver.
Mora creditoris: Mora do credor.
Mora debitoris: Mora do devedor.
Mora ex re: Mora que provém da coisa.
Mora in solvendo: Mora em pagar.
Mortis causa: Por causa da morte. Obrigações e direitos conseqüentes da morte e que
passam aos herdeiros.
Mutatis mutandis: Mudado o que deve ser mudado. Fazendo-se as devidas mudanças.
N
Naturali jure: Por direito natural.
Naturalis ratio: A razão natural.
Ne bis in idem: Não duas vezes no mesmo assunto.
Necessitas facit ius: A necessidade faz o direito.
Neminem ignorantia legis excusat: A ignorância da lei não escusa ninguém.
Nemo auditur propriam turpitudinem allegans: A ninguém é dado alegrar a própria
torpeza em seu proveito.
Nemo dat quod non habet: Ninguém dá o que não tem.
Nemo debet inauditus damnari: Ninguém deve ser condenado sem ser ouvido.
Nemo deferre se cogitur: Ninguém é obrigado a se denunciar.
Nemo potest ignorare leges: A ninguém é dado alegar a ignorância da lei.
Nihil obstat: Nada impede.
Nomem juris: Nome de direito. Título do crime.
Non facere quod debet facere: Não fazer o que deve fazer.
Non hilum: Absolutamente nada.
Non liquet: Não há certeza, não está claro. Não há julgado. Não convence.
Norma agendi: O direito como norma, lei ou regra de ação (direito objetivo). Norma de
conduta. É a norma que, de forma obrigatória, estabelece organizações de sociedades,
de grupos sociais e até do Estado, bem como, distribui competência as autoridades para
praticarem certos atos.

17
Nota bene: Note bem.
Notitia criminis: Notícia ou conhecimento do crime. Comunicação do crime.
Nulius iuris: Sem valor para o direito.
Nulla actio sine lege: Sem lei não há ação.
Nulla poena sine judicio: Não há pena sem processo.
Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege: Não há crime, nem pena sem lei
anterior que os defina.
Nullum crimen sine culpa: Não há crime sem culpa.
Nullum crimen sine lege: Não há crime sem lei (anterior que o defina).
Numerus apertus: Número ilimitado.
Numerus clausus: Número limitado.
Nunc aut nunquam: Agora ou nunca.
Nunc et semper: Agora e sempre.
O
Obligatio ad diligentiam: Obrigação de ser diligente.
Obligatio faciendi: Obrigação de fazer.
Obligatio non faciendi: Obrigação de não fazer.
Oblivio signum negligentiae: Esquecimento é sinal de negligência.
Obscure dictum habetur pro non dictum: O que se disse de modo obscuro, tem-se por
não dito.
Occasio legis: Circunstâncias do momento em que se originou a lei utilizada na
interpretação lógica.
Odiosa restringenda, favorabilia amplianda: Restrinja-se o odioso; amplie-se o
favorável. Refere-se a que, em princípio, as disposições que restringem direitos devem
ser devem ser interpretadas de forma estrita.
Omissis: Omitido, trecho omitido.
Omnium horarum homo: Homem de todas as horas.
Onus probandi: O encargo da obrigação da prova cabe a aquele que alega.
Ope juris: Por força do direito.
Opportune tempore: No tempo oportuno.
Ordinatorium litis: Instrução do processo.
P
Pacta sunt servanda: Os contratos devem ser cumpridos.
Pari passu: Simultaneamente, a par. A passo igual.
Passim: Aqui e ali - fórmula para indicar que, após uma citação, outras igualmente são
encontráveis.
Patria potestas: Poder pátrio.
Pendente lite: Enquanto pende a lide.

18
Per capita: Por cabeça, por pessoa.
Per legem terrae: Pela lei do seu país.
Per litteras: Por carta.
Per ludum: Por brincadeira.
Per se: Por si mesmo.
Per se stante: Por si próprio.
Per summa capita: Em resumo, sucintamente.
Per tempus: A tempo, em tempo.
Periculum in mora: Perigo de mora, perigo na demora.
Permissa venia: Com o devido respeito.
Persecutio criminis: Persecução criminal. Perseguição do crime.
Persona grata: Pessoa bem-vinda.
Petitio principii: Petição de princípio, sofisma que supõe verdadeiro o que ainda deve
ser provado.
Petitum: Pedido.
Pleno jure: De pleno direito.
Plurimus: Diversos, muitos.
Plus aequo: Mais do que justo. Com demasiado rigor.
Plus justo: Além da medida, excessivamente.
Plus ultra: Mais além.
Possessio bonae fidei: Posse de boa-fé.
Post factum: Depois do fato.
Post mortem: Depois da morte.
Post scriptum: Depois do escrito.
Praesumptio juris et de jure: Presunção absoluta que não admite prova em contrário.
Praeter legem: Espécie de costume que integra a norma penal não incriminadora, quer
cobrindo-lhe as lacunas, quer lhe especifacando-lhe o conteúdo e a extensão.
Prima facie: À primeira vista.
Primus inter pares: O primeiro entre seus semelhantes.
Privilegium fori: Privilégio de foro.
Privilegium imunitatis: Privilégio da imunidade.
Pro derelicto: Em completo abandono, em desamparo.
Pro forma: Por mera formalidade.
Pro labore: Pelo trabalho.
Pro rata: Em proporção.
Pro soluto: A título de pagamento, para valer como pagamento.
Pro solvendo: Destinado ao pagamento. Para pagar, para solver um dívida.
Pro tempore: Temporariamente, segundo as circunstâncias.

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Probatio incumbit asserenti: A prova cabe a quem afirma.
Probatio incumbit neganti: A prova cabe a quem nega.
Pronuntiatio judicis: Sentença judicial.
Proprio nomine: Em seu próprio nome.
Proprio sensu: Em sentido próprio.
Q
Quaestio facti: Questão de fato.
Quaestio juris: Questão de direito.
Quantum: Quantia (em pecúnia pedido em condenação).
Quantum debeatur: O quanto se deve.
Qui inde?: Onde o Direito? Qual a solução do Direito?.
Qui medium vult, finem vult: Quem quer o meio, quer o fim.
Qui pro quo: Uma coisa por outra.
Qui prodest?: A que isto serviu? A quem isto aproveitou?.
Qui suo jure utitur neminem laedit: Quem exerce o seu direito a ninguém prejudica.
Qui tacit, consentire videtur: Quem cala consente.
Quid prodest?: Para que serve?.
Quo capita, tot sententiae: Tantas cabeças, tantas sentenças.
Quod abundant non nocet: O que é demais não prejudica. O excesso de clareza não
prejudica.
Quod nimium est laedit: O que é excessivo prejudica.
Quorum: Número mínimo para funcionamento de um órgão colegiado.
R
Repere in jus: Levar a justiça.
Ratio agendi: O motivo determinante de ação de agir em juízo. Razão de agir.
Ratio decidendi: Razão de decidir.
Ratio essendi: Razão de ser.
Ratio fori: Em razão do foro.
Ratio legis: Em razão da lei.
Ratione auctoritatis: Em razão da autoridade.
Ratione contractus: Em razão do contrato.
Ratione fori: Em razão do foro.
Ratione legis: Em razão da lei.
Ratione loci: Em razão do domicílio, do lugar.
Ratione materiae: Em razão da matéria.
Ratione officii: Em razão do cargo, do ofício.
Ratione personae: Em razão da pessoa.
Ratione temporis: Em razão do tempo.

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Rebus in stantibus: Estando assim as coisas (cláusula).
Rebus sic stantibus: Assim estando as coisas, permanecendo assim as coisas.
Reformatio in pejus: Reforma para pior. Não é admissível que, ao julgar o recurso, o
Tribunal piore a condenação do recorrente, sem ter ocorrido recurso da parte contrária.
Rei sitae: Onde a coisa se encontra.
Rem gerere: Administrar seus bens.
Remedium juris: Remédio do direito.
Res: Coisa.
Res adversae: Coisa adversa, infortúnio.
Res amissa: Coisa perdida.
Res derelictae: Coisa abandonada, sem dono.
Res familiaris: Bens de família.
Res furtiva: Coisa objeto do furto.
Res in judicio deducta: Coisa deduzida em juízo.
Res inter alios: Coisa entre terceiros.
Res judicata: Coisa julgada.
Res judicata pro veritate habetur: Tem-se por verdade a coisa julgada.
Res non verba: Atos, não palavras.
Res nullius: Coisa de ninguém.
Res petita: Coisa pedida.
Res publica: Coisa pública.
Restitutio in integrum: Restituição por inteiro, recuperação no estado original da coisa.
Reus sacra res est: O réu é coisa sagrada.
Rigori aequitas praeferenda est: Deve-se preferir a eqüidade ao rigor.
Rogatio legis: Propositura da lei.
S
Sedundum legem: De acordo com a lei. Espécie de costume que consiste em regras
sobre a uniforme interpretação e aplicação da lei.
Semper et ubique unum jus: Direito é o mesmo sempre e em toda parte.
Sententia contra jus constitutum lata: Sentença proferida contra direito constituído.
Sententia contra sententiam nulla est: Sentença contra sentença é nula.
Sententia est: Esta é a senteça.
Sententia facit de albo nigrum de quadrato rotundum: A sentença faz do branco preto
e do quadrado redondo.
Sententia quae in rem judicatam transit, pro veritate habetur: A sentença transitada
em julgado, tem-se por verdade.
Servatis servandis: Conservando-se o que deve ser conservado.
Si et in quantum: Agora e enquanto perdurar a mesma situação.

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Si virgula cadit, actio nequit: Se faltar a vírgula, perde-se a ação.
Sic: Assim, tal. Vocábulo consignado entre parênteses, para indicar que a referência está
feita como no original, ainda que errônea ou singular.
Simili ratione: Da mesma razão.
Simplex veritas: Verdade pura.
Sine capite fabula: História sem pé nem cabeça.
Sine die: Sem fixar dia certo.
Sine qua non: Sem o que não. Condição
Societas criminis: A sociedade do crime.
Solutio indebiti: Pagamento indevido.
Solutione tantum: Somente pelo pagamento.
Solve et repete: Paga e reclama. Obrigação de pagar para poder reclamar, aplicado no
Direito Fiscal.
Specialia derogant generali: As coisas especiais derrogam as gerais.
Statu quo (ante): No estado em que se encontrava anteriormente.
Status: Posição.
Stricto jure: De direito estrito, aquilo que deve ser feito dentro da rigorosa expressão da
lei.
Stricto sensu: Em sentido estrito.
Sub censura: Debaixo de censura, sujeito à crítica de outrem.
Sub conditione: Sob condição.
Sub examine: Sob exame.
Sub judice: Em juízo.
Sub lege libertas: A liberdade sob a égide da lei.
Sui generis: Especial, único.
Sui juris: Pessoa capaz.
Summa imperii: O poder supremo.
Summum jus, summa injuria: Suma justiça, sua injúria. Exercício do direito em excesso
gera injúria excessiva.
Superavit: O que sobra.
Supra summun: O mais alto grau.
Suum cuique: A cada um o que é seu.
T
Tabula rasa: Tábua lisa onde nada foi escrito. Em linguagem literária, significa que nada
foi dito.
Tantum consumptum, tantum judicatum: Tanto se consumou quanto se julgou.

22
Tantum devolutum, quantum appellatum: Devolvido tanto quanto apelado. Princípio
segundo o qual o reexame na instância ad quem prende-se aos pontos objetos do
recurso.
Tempus est optimus judex rerum omnium: O tempo é o melhor juiz de todas as coisas.
Tempus regit actum: O tempo rege o ato.
Tentare non nocet: Tentar não prejudica.
Terminus a quo: Ponto de partida. Termo a partir do qual.
Terminus ad quem: Ponto de chegada. Limite ou termo até o qual.
Traditio longa manu: Tradição de coisa ao alcance da mão.
Transigere est alienare: Transigir é alienar.
Tributum: Tributo.
Turbatio sanguinis: Mistura de sangue.
Turpis causa: Causa torpe.
U
Ubi eadem est ratio, ibi ide jus: A mesma razão autoriza o mesmo direito.
Ultima ratio: A última razão, último argumento.
Ultimatum: Ultimato (últimas propostas).
Ultra petita: Além do pedido. Sentença que concedeu mais do que o pedido na inicial.
Ultra posse, nemo obligatur: Ninguém é obrigado além do que pode.
Una voce: Com uma voz, unanimemente.
Unicuique suum: O seu, a seu dono; a cada um o seu.
Uno consensu: Com unanimidade de votos.
Urbi et orbi: Na cidade e no campo.
Usque: Até.
Usque ad finem: Até o fim.
Usque ad terminum: Até o limite.
Usus forensis: Os usos do foro, praxe.
Ut: Como, posto que, de maneira que, assim como.
Ut fama est: Como é fama, segundo consta.
Uti non abuti: Usar, não abusar.
Uti possidetis: Como possuis agora (é o princípio que prestigia a posição do possuidor
efetivo de um espaço territorial contestado).
Utile per inutile non vitiatur: O útil não é viciado pelo inútil.
V
Vacantia legis: Vacância da lei.
Vacatio legis: Dispensa da lei. Espaço de tempo entre a publicação de uma lei e a sua
entrada em vigor.
Vade mecum: Vem comigo, livro para consulta rápida.

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Vani timoris iusta excusatio non est: A escusa do vão temor não é justa.
Venditio ad corpus: Venda conforme a coisa.
Venditio ad mensuram: Venda de acordo com a medida.
Verba legis: Palavra da lei.
Verba mollia et efficacia: Palavras suaves e eficazes.
Verbatin: Palavra por palavra.
Verbi gratia (v.g.): Por exemplo. O mesmo que exempli gratia (e.g.).
Verbis: Textual.
Verbis tantum: Somente com palavras.
Verbo ad verbum: Palavra por palavra.
Veredictum: Veredicto. Declaração dos jurados sobre a culpabilidade ou não do
acusado.
Veritas evidens non probanda: A verdade evidente não precisa de prova.
Veritas odium parit: A verdade gera o ódio.
Versus: Contra.
Verus dominus: Verdadeiro dono.
Vetustas vicem legis obtinet: Os velhos costumes transformam-se em lei.
Vexata quaestio: Questão levada de lá para cá, por isso batida, agitada, tormentosa.
Questão controvertida.
Via crucis: Caminho da cruz.
Vide: Veja, confira.
Videbimus infra: Veremos abaixo, depois.
Vim, clam et precaria: Posse violenta, clandestina e precária.
Vim vi repellere licet: É lícito reprimir a força com a força.
Vinculum juris: Vínculo jurídico.
Virtus est in medio: A virtude está no meio-termo.
Virtus probandi: A força da prova.
Vis: Violência.
Vis absoluta: Violência física.
Vis adjuvat aequum: A força protege a justiça.
Vis attractiva: Força atrativa.
Vis compulsiva (=vis impulsiva): Violência moral.
Vis corporalis: Violência física.
Vis minima: Lei do menor esforço.
Vita anteacta: Vida pregressa.
Viventi nulla hereditas: A herança de quem está vivo é nula.
Volenti nihil difficile: Ao que quer nada é difícil.
Volenti non fit injuria: A quem consente não é feita injúria.

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Voluntas legis: A vontade da lei.
Vox unius, vox nullius: Voz de um, voz de nenhum.
Vulnera non dantur ad mensuram: As lesões corporais não são praticadas sob medida.

3.- INTERPRETAÇÃO, ANALISE E UTILIZAÇÃO DE ARTIGOS DO CÓDIGO


CIVIL

3.1 – Como enquadrar o fato de uma ação real;


3.2. - A boa-fé e a má-fé e sua utilização processual;
3.3. – A verossimilhança
3.4. – Fumus boni iure
3.5.- Periculum in mora

3.2.1 – A sanção judicial nos casos de má-fé

4.- EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO.

E.- Principais figuras de retórica

1.- de construção;
2.- de pensamento;
3.- exemplos do que devemos evitar.

F.- Redação jurídica

1.- Como se redige pecas processuais;


1.1 - Clareza
Sem a pretensão de se criar ou de ditar normas sobre como escrever
documentos jurídicos, pois a ABNT já o fez é necessário que se trace algumas
considerações sobre a melhor linguagem para cada caso. Assim, é que na
elaboração da petição inicial ela deva observar alguns requisitos da escrita culta
porém simples sem os rebuscados ou demonstrações de cultura portanto, para
maior clareza e melhor compreensão a sua elaboração deve :

a) usar palavras simples (sem ser simplistas), para que o Juiz ( ou


interlocutor) não tenha que recorrer a dicionários para entender o que está

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escrito. A linguagem simples e objetiva facilita o entendimento de quem lê e evita
a dubiedade de sentido;

b) evitar períodos demasiadamente longos. Os períodos muito longos ficam


sem objetividade e normalmente cansativos. Os períodos mais breves e concisos
são muito mais objetivos. O advogado não deve esquecer que está escrevendo
um documento jurídico e que será lido no silencio de um gabinete por um Juiz e
não um texto literário como se estivesse candidatando-se a um vaga na academia
de letras ;
c) cuidar para que não haja (anfibologia), ou seja, duplo sentido. Se, por
exemplo, lemos “o juiz julgou o Requerido ”, temos dois sentidos possíveis: 1º) o
juiz julgou que o Requerido fosse omisso, mas ele não era; 2º) o juiz julgou que o
Requerido que era omisso. O mesmo vale para frases como: o advogado achou o
código velho, o juiz considerou a mulher cínica e assim por diante. Deste modo,
quem escreve deve cuidar de escolher palavras precisas que não admitam mais
de uma interpretação;
d) deve o advogado ter em mente e, portanto, não pode esquecer, que está
trabalhando com uma área específica do conhecimento humano e que possui a
sua própria linguagem, a linguagem técnica. A petição inicial não deve ser escrita
com as palavras banais ou chulas de outras áreas; em verdade, tais palavras
aparecerão, mas não podem ser o fundamento para o texto;
e) pede-se que a pessoa que escreve um documento deste teor tenha o
mínimo de compromisso com a ordem lógica dos conceitos. A ilogicidade talvez
seja um dos fatores mais importantes na produção da obscuridade. Saber
minimamente deduzir e induzir, conhecer a estrutura dos juízos, das oposições,
enfim dos ordenamentos lógicos da linguagem evita problemas futuros para quem
emite um documento ilógico. Note-se que a lei faz referência às contradições
como fatores que justificam vários tipos de recursos. Ora, quem pensa, fala e
escreve com lógica tem menores possibilidades de escrever textos contraditórios;
f) para uma escrita correta, é fundamental o conhecimento gramatical. Sem
conhecer a própria língua, é impossível que uma pessoa escreva ou fale
corretamente. Não se pode esquecer, inclusive, que o desconhecimento da língua
é também fator de obscuridade e por via de conseqüência sujeitando-se a varias
interpretações. Imaginemos que alguém diga: “o juiz assistiu o réu ofender o
tribunal”. Esta frase tem o verbo assistir usado diretamente e, neste caso,
devemos entender a frase como: o juiz ajudou o réu a ofender o tribunal, o que
seria, certamente, um absurdo. A frase correta deveria ser: “O juiz assistiu ao
réu ofender o tribunal”. Em outro momento, alguém diz: “O Promotor agradava o
juiz”, frase que deve ser lida como: o promotor acariciava o juiz, já que, usado
diretamente, o verbo agradar significa fazer carinho. A frase lógica seria: “O
Promotor agradava ao juiz”, isto é, era agradável ao magistrado. Os exemplos
podem variar quase que ao infinito;
g) as utilização das expressões latinas devem ser feitas com parcimônia e
quando queremos chamar a atenção e dar ênfase sobre determinados fatos,
principalmente aqueles que já estão consagrados pela jurisprudência e fazem
parte de nosso vocabulário jurídico , embora seja da tradição de nossos juristas
empregá-las. Nunca é demais lembrar que o art. 156 do Código de Processo Civil,
impõe que em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do
vernáculo;
h) exige-se, ainda, que se evite frases inconclusas, onde se começa a
desenvolver uma idéia mas não se chega a concluí-la. Períodos assim são
descabidos, porque as conclusões são a alma dos raciocínios. Se alguém
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raciocina sem concluir, nada está a dizer. Assim, é que podemos afirmar que não
concluir é a mesma coisa que não alegar.

1.2 – O duplo sentido (ambigüidade)

No trabalho de Hidelbrando Campestrini denominado de Como redigir


ementas, nos dá alguns exemplos de decisões em que há ambigüidade e explica
sua causa. Vejamos alguns desses exemplos:

Primeiro exemplo:

Impossível juridicamente o pedido de adjudicação compulsória sem a


prova documental do ajuste e sua inscrição no Registro Imobiliário.
São possíveis, para este dispositivo, três entendimentos distintos:

1º) - Sem a prova documental do ajuste, impossível juridicamente o pedido de


adjudicação compulsória e sua inscrição no Registro Imobiliário.
2º) - Sem a prova documental do ajuste e (de) sua inscrição no Registro
Imobiliário, impossível juridicamente o pedido de adjudicação compulsória.
3º) - Sem a prova documental do ajuste e (sem) a sua inscrição no Registro
Imobiliário, impossível juridicamente o pedido de adjudicação compulsória.

Segundo exemplo:

A identidade de demandas que caracteriza a litispendência e a identidade


jurídica, quando idênticos os pedidos visam ambos o mesmo efeito jurídico.
Agravo regimental a que se nega provimento.

Desta ementa não se pode entender nada pois, além de não ser clara, é
inconclusa.

Terceiro exemplo:

A jurisprudência dominante, inclusive a do Pretório Excelso, consolidou


entendimento segundo o qual qualquer instituição financeira em sentido
amplo, entre as quais as entidades bancárias que não são sociedades
financeiras, pode utilizar-se da alienação fiduciária para garantia de seus
financiamentos concedidos.

Neste caso, a subordinada adjetiva que não são sociedades financeiras está
restringindo o número de entidades bancárias, ou seja, nem todas as entidades
bancárias são sociedades financeiras, o que não parece certo, pois todas o são.

Quarto exemplo:

O contrato pode ser interpretado na ação rescisória.

O que não é exatamente igual a: Na ação rescisória, o contrato pode ser


interpretado.

1.3. Contradição

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Primeiro exemplo:

Procede culposamente o motorista que, em via pública, dotada de


iluminação, no perímetro urbano, estaciona o veículo para, em seguida, passar
sobre a vítima embriagada e caída na rua, causando-lhe lesões gravíssimas.

O dispositivo afirma que o motorista estacionou para passar sobre a vítima,


isto é, parou com a intenção de atingi-la, conduta que caracteriza o dolo,
conflitante com culposamente. Falta, pois, coerência entre procede culposamente
e estaciona o veículo para, em seguida, passar sobre a vítima.

Segundo exemplo:

Sem embargo dos respeitabilíssimos argumentos em contrário, em


princípio é prescindível a citação do cônjuge nas ações possessórias.

Neste exemplo, é clara a falta de segurança do elaborador da petição, pois


reconhece que os argumentos contrários ao que está requerido são
respeitabilíssimos (superlativo), entretanto, não os aceita e contrario ao que
deseja.

1.4 - Falta de concisão

Tente compreender o seguinte texto:

A garrafa caiu de inopino, bateu no chão, produzindo barulho que


despertou o cachorro, o qual levou grande susto, passando a acuar o
causador do ruído inusitado. Acorrendo em sua defesa o presto amigo, que
desfecha no animal um tiro, atingindo-o de raspão. Embora não seja meio de
defesa indicado em situações tais, considera-se que o transgressor da Lei
penal não dispunha de outro que afugentasse o cão danado, para proteger a
pessoa física do companheiro, em local sem movimento de pedestre ou da
freguesia, às altas horas da noite. Desse modo, agiu-se dentro do limite do
razoável da prudência e do bom senso, defendendo-se terceiro sem se
sacrificar o amigo do homem.

Se nos excedemos quanto à discussão da linguagem, foi com sincero objetivo


de contribuir ou mesmo de chamar a atenção para esse problema que, em nossos
dias, vem se agravando consideravelmente.

Não devemos deixar de lado um fato fundamental: o dia em que as


sentenças, decisões ou acórdãos forem escritos com total correção, não haverá
mais embargos. O embargo tem a sua origem em um trabalho de garimpagem,
onde o advogado da parte que se considera prejudicada em seu direito vai
procurar, com extremo cuidado, dentro do texto, em quais trechos houve omissão,
obscuridade ou contradição. Sendo assim, enquanto houver este tipo de problema
com amparo legal, haverá ensejo para os embargos de declaração, pois, segundo
afirma Hildebrando Campestrini, nunca é demais afirmar que o Direito se realiza
na linguagem: não há bom Direito em linguagem ruim.

O que se evidencia é que a existência de controvérsia sobre a interpretação


exigirá que o juiz não se esquive de expor os motivos que lhe formaram o
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convencimento, pois a convicção que leva à decisão fazia o saudoso jurista
Francisco Campos afirmar que: “a sentença é um ato formal peculiar ao poder
conferido ao juiz. Ela deve estar conforme o direito. Constitui um dos
fundamentais deveres do juiz, uma rigorosa obrigação moral e legal, que deve dar
as razões por que decide. Ele deve dar motivação da sentença. O juiz que
dogmaticamente afirma, sem fundamentar, em desprezo à lei, falta ao seu dever”

2.- Modelos de redação jurídica;


3.- Procuração (representante, assistente, outros)
3.1 - Procuração pública
3.2 - Procuração particular
3.3 – Caução de rato
3.3.1 – Conceito e sua utilização
3.4 – Modelo das procurações

4.- PETIÇÃO INICIAL

4.1 – ELEMENTOS ESSENCIAIS;

4.1.1.- Prazos prescricionais ou decadenciais

Sempre que se inicia a elaboração de uma petição inicial o advogado deverá


como o primeiro passo e, após identificar o direito material que atribui um direito a
seu cliente, examinar a matéria sob os aspectos dos prazos prescricionais ou
decadenciais, e nunca será demais lembrar que, regra geral, a ineficácia que
representará elaborar uma petição inicial sobre a qual já não será mais possível
ser admitida em Juízo por que os prazos prescricionais ou decadenciais já
ocorreram( ver art. 269,V e art. 295,IV ambos do CPC e mais com decisão do
mérito ). E, mais ainda, aquele que se aventura em juízo, pagará caro pela
audácia ou pela inexperiência de quem promove a ação (o advogado) da sanção
a ser aplicada pela justiça denominada de honorários sucumbenciais, ou seja,
além de não ser atendida a sua pretensão a inicial será julgada improcedente e a
parte perdedora (vencida) pagará os honorários ao advogado de seu ex
adverso mais as despesas legais efetuadas pelo proponente da ação.

PRESCRIÇÃO – juridicamente exprime o modo pelo qual o direito se extingue,


em vista do não exercício dele, por certo lapso de tempo. A prescrição também
pode ser entendida como sendo a perda da ação atribuída a um direito e de toda
a sua capacidade de defender o direito, em conseqüência da sua não utilização
durante um determinado espaço de tempo.

Na prescrição, pressupondo-se a existência de um direito anterior, revela-se


propriamente, a negligência ou a inércia na defesa desse direito pelo respectivo
titular, dentro de um prazo assinalado em lei, cuja defesa é necessária para que
não o perca ou ele não se extinga.

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1. Prescrição aquisitiva- é aquela que promove para o indivíduo, um direito que
se extinguiu ou prescreveu. Esta prescrição revela-se como um meio aquisitivo
da propriedade ( usucapião ).
2. Prescrição extintiva –é aquela que promove, a extinção do direito de ação,
em virtude da qual o indivíduo perde o direito que tinha, inclusive a autoridade
ou poder para defende-lo. O que prece é a ação que defende o direito.
3. Prescrição ordinária – é aquela que se funda ou se deriva do decurso do
prazo de 20 anos, denominado também de prescrição vintenária, ou
qüinqüenal ( 5 anos ) ou bienal ( 2 anos ).

DECADÊNCIA – é a queda ou perecimento de um direito, pelo decurso do prazo


prefixado ao seu exercício, isto é, a perda deste direito pela falta de seu exercício
no interregno assinalado pela lei. A decadência ocorre quando não existe dever
jurídico do sujeito passivo que não tenha sido cumprido, ocasionando uma lesão
do direito, mas tão somente faculdade que pode ou não ser exercida, durante um
certo prazo fixado pela lei

Assim, decadência traz em seu conceito certa analogia com a prescrição, por via
da qual, indiretamente, o direito pode se extinguir, desde que tendo por objeto a
ação, cujo exercício extingue, mediata e indiretamente faz perecer o direito, em
que a mesma se funda.

Por isso, com elementos comuns ( a inércia e o tempo ) na decadência, a inércia


se refere ao exercício do direito, quando para sua eficácia se fazia necessário que
o mesmo se desse dentro de um período prefixado.

Já na prescrição, a inércia é relativa ao exercício da ação ( demanda ) dentro do


prazo que lhe é garantido, desde o nascimento da ação, em regra posterior ao
nascimento do direito, para que se operem os efeitos que lhe são legalmente
assegurados, quando seja seu direito ameaçado ou violado.

Também deve examinar se mesmo havendo o transcurso do prazo, a parte não


tenha se manifestado ou não tenha praticado atos que suspendem ou
interrompem a prescrição, segundo o artigo 219, §§ 1˚,2˚,3˚ e 4˚ e artigo 617 do
CPC e artigos 197, 198,199,200 e 201 do Código Civil que impedem ou
suspendem a prescrição e o artigo 202 e seus incisos também do Código
Civil.

DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;


II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela
ou curatela;
IV – contra os incapazes de que trata o art. 3º;
V – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos estados ou dos
Municípios;
VI – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de
guerra;

30
VII – pendendo condição suspensiva;
VIII – não estando vencido o Prazo;
IX – pendendo ação de evicção

DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO

I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o


interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III - por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso
de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial que importe
reconhecimento do direito do devedor.

Impedir ou suspender o prazo prescricional interrompido ou suspenso o prazo


voltara a ser contado novamente no caso de nova tentativa no judiciário.

Interromper o prazo prescricional representa dizer que após a interrupção se


contara o tempo que se levou para propor a ação e continuara se contado o novo
prazo acumulado com o prazo anterior já transcorrido.
A seguir listamos os prazos prescricionais das ações mais comuns.

4.1.1.1 – Tipos de ações e os períodos prescricionais


A seguir elencamos os principais direitos, tanto reais como pessoais, que
ocorrem com mais freqüência nas relações jurídicas do dia-a-dia e seus
respectivos prazos prescricionais, de leis cilivstas e que,regra geral, não estão
descritos na Lei 10406/02 – Código Civil bem como as normas jurídicas, com a
prescrição, que regulam tais documentos.

I – CHEQUE – 06 meses a partir da data de emissão e não possuindo suficiente


saldo para a sua liquidação ou o cheque devolvido por quaisquer outros motivos o
credor poderá propor ação de execução. Legislação aplicável:

01.1 – Art. 59 da Lei 7.357 de 02/09/1985 –


01.2 – A partir do 181˚ dia até 2 anos a contar da data de
emissão do cheque o credor, não tendo promovido a ação de execução, poderá
promover ação de cobrança ou ainda, ação monitória.

II – DEBENTURES – Legislação aplicável:


02.1 – Lei 6.404 de 15/12/1976;
02.2 – Lei 6.458 de 01/11/1977.
03 (três) anos a partir da data de vencimento com base nos artigos 52 a 74
da Lei 6.404 de 15/12/1976 c/c art. 206 § 3˚,inciso VIII da Lei 10406/02

III – DUPLICATA – Legislação aplicável:


03.1 – Lei 5.474 de 18/07/1968;
03.2 – Lei 6.458 de 01/11/1977.
03 (três) anos a partir da data de vencimento contra o sacado e o avalista;

31
01 (um) ano a partir da data de vencimento contra o endossante e seus
avalistas;
01 (um) ano a partir da data do cumprimento de qualquer dos coobrigados
contra os demais segundo o artigo. 18, II da Lei 6.458 de 01/11/1977.

IV – NOTA PROMISSÓRIA – Legislação aplicável:


04.1- Decreto n˚ 2.044 de 31/12/1908
04.2- Decreto n˚ 57.6632 de 24/01/1966
03 (três) anos a partir da data de vencimento segundo o art. 70 do Decreto n˚
2.044 /08 c/c o artigo 77 do Decreto n˚ 57.663 /66 .

V – CÉDULA DE CRÉDITO RURAL


CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA
CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA
CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA
CÉDULA DE CRÉDITO RURAL
NOTA RURAL PIGNORATÍCIA
DUPLICATA RURAL
Legislação aplicável:Decreto-lei n˚ 167 de 14/02/1967.
03 (três) anos segundo o artigo 60 do Decreto-lei n˚ 167 de 14/02/1967 c/c o
artigo 77 do Decreto n˚ 57.663 /66

VI – CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL


NOTA DE CRÉDITO INDUSTRIAL
Legislação aplicável: Decreto-lei n˚ 413 de 09/01/1969
03 (três) anos segundo o artigo 52 do Decreto-lei n˚ 413 de 09/01/1969 c/c o
artigo 70 do Decreto n˚ 57.663 /66

VII – CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL


NOTA DE CRÉDITO COMMERCIAL
Legislações aplicáveis: Lei n˚ 6.840 de 03/11/1980 e Decreto-lei n˚ 413 de
09/01/1969.
03 (três) anos segundo o artigo 5˚ da Lei n˚ 6.840 de 03/11/1980 c/c o art 52
Decreto-lei n˚ 413 de 09/01/1969 e c/c o artigo 70 do Decreto n˚ 57.663 /66

VIII – CÉDULA HIPOTECÁRIA - Legislação aplicável: Decreto-lei n˚ 70 de


21/11/1966.
03 (três) anos segundo o artigo 206, VIIII da Lei 10406/02

IX – CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E WARRANT - Legislação aplicável :


Decreto n˚ 1.102 de 21/11/1903 .
03 (três) anos segundo o artigo 206, § 3 ˚ VIIII da Lei 10406/02.

X - TITULO DE CRÉDITO – Legislação exigível; segundo o artigo 206, § 3 ˚ VIIII


da Lei 10406/02 segundo o artigo 206, § 3 ˚ VIIII da Lei 10406/02
03 (três) anos para exigir o pagamento de título de crédito, a contar da data de
vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial

Em 5 (cinco) anos – A pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de


instrumento público ou particular segundo o art 206, § 5˚ I da Lei 10406/02

32
Em 5 (cinco) anos - A pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores
judiciais, curadores e professores pelos seus honoroarios, contando o prazo da
conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato
segundo o art 206, § 5˚ II da Lei 10406/02.

Quando a lei não fixar prazo menor em 10(dez) anos segundo o artigo 205 da
Lei 10406/02

4.1.2 – COMPETÊNCIA JURISDICIONAL

O segundo ponto importante para a elaboração da inicial com


segurança é a indicação do Juiz ou Tribunal a quem será dirigida ( segundo
dispõe o inciso I do artigo 282 – CPC autoridade judiciária competente para
processar , conhecer e decidir a ação proposta pelo sujeito ativo) é
necessário que verifiquemos a competência.
Assim, a competência é o poder jurisdicional concedido ao Juiz e
esta relacionada as determinados lugares,ou sobre certas matérias ou ainda
relativamente a pessoa que a lei determinar e temos:

a.Competência em razão da matéria – ratione materiae;


b.Competência em razão das pessoas – ratione personae;
c.Competência em razão do lugar – ratione loci.

Tendo sido estabelecido a competência (como gênero) teremos


agora 2 espécies e que se destinam a atender principalmente ao interesse das
partes, quer facilitando ao sujeito ativo o acesso ao judiciário, quer
proporcionando ao sujeito passivo melhores oportunidades de defesa

a. - competência absoluta – prevalece o interesse público -


indisponibilidade, segundo dispõe o artigo 113 do CPC.e podem alega-la;
I– Sujeito ativo, sujeito passivo ou qualquer interveniente podem alegá-la;
II– Em face da indisponibilidade é incabível a eleição de foro quando
infringente a qualquer regra da competência absoluta segundo o artigo 111
do CPC;
III- A incompetência absoluta do juiz torna nulos todos os atos decisórios
por ele proferidos segundo o §2˚do artigo 113 – CPC; e a sentença

33
proferida pelo Juiz absolutamente incompetente poderá ser rescindida
segundo o artigo 485, II do CPC;
b. - competência relativa – prevalece o interesse particulares dos
litigantes - disponibilidade, segundo dispõe o artigo 112 do CPC.e podem
alega-la;

I- O sujeito passivo é que pode suscitar a exceção de


incompetência pois é vedado ao Juiz se declarar incompetente de
oficio segundo o que dispõe os artigos 111 , 304 e 307 do CPC;
II- Somente o sujeito passivo pode suscitar a exceção no prazo de 15
dias segundo o artigo 112 e 305 do CPC. Se o sujeito passivo não
suscitar no prazo previsto a exceção, a competência do Juiz
considera-se automaticamente prorrogada, i.e, o Juiz, em tese
incompetente torna-se competente para conhecer e julgar a causa
segundo o que dispõe o artigo 114 do CPC em face da
disponibilidade e assim tornar-se licita a clausula de eleição de foro
conforme disposto pelo artigo 111 do CPC;
III- De bom tom lembrar que a as regras sobre competência relativa
não provocam nulidades acontecendo se a exceção for julgada
procedente os autos serão remetidos ao Juiz competente segundo
o artigo 311 do CPC;
IV- A competência territorial; ou competência do foro é o caso mais
típico e mais comum de competência relativa. Já a competência em
razão da causa também é relativa do mais para menos pois a
competência do Juiz de maior alçada pode ser prorrogado para
abranger a causa de menor valor e elas, regra geral, são fixadas
nas leis de organização judiciária segundo o artigo 91 do CPC.
V- Na competência territorial é permitido ao sujeito ativo a opção por
um foro diferente.

4.2 – ELEMENTOS DO REQUERENTE (SUJEITO ATIVO)

4.2.1 – Para pessoa física


4.2.1.1 - Juiz ou Tribunal a que é dirigida;
4.2.1.1.1 – Espacejamento
34
Deve ser deixado 6 espaços após indicação do
Juízo a quem será dirigida para o despacho do Juiz.

A relação jurídica processual se constitui por 3 elementos ,no pólo ativo


(aquele que pode exigir - pretenso dono do direito); o sujeito passivo (aquele que
deve cumprir ) e o Estado-juiz que se coloca acima e entre as partes na
demonstração de imparcialidade.

4.2.1.2 – Nomes, prenomes, estado civil, profissão,, residência,


domicílio, numero do documento de identidade, numero da inscrição no CPF-MF
Cadastro de Pessoas Física do Ministério da Fazenda do sujeito ativo conforme
dispõe o inciso II do artigo 282 do CPC.

4.2.1.2.1 – Significados e porque de residência e domicilio;


Residência - local de moradia.
Domicilio - local em que trabalha.

4.2.1.2. – Nome da ação;


O Código de Processo Civil elencou apenas alguns nomes de
ações. No caso de não existir nome utiliza-se – Ação Ordinária –

4.2.1.2.2 – Rito – conceitos;


4.2.1.2.3 - Rito ordinário;

4.2.1.2.4 – Rito sumário.

4.3 – ELEMENTOS DO REQUERIDO (SUJEITO PASSIVO) em


determinados tipos de ações e sendo pessoa física necessário também
intimar a mulher (casada ou união estável) ;
4.3.1 – Nomes, prenomes, (opcionais e se de conhecimento do
sujeito ativo) estado civil, profissão, (obrigatório) residência ou domicilio,
(obrigatório) numero da inscrição no CPF-MF Cadastro de Pessoas Física do
Ministério da Fazenda – segundo o disposto no art. 282 II do CPC que se
denomina de elementos subjetivos,;
35
4.3.1.1 – Significados e porque de residência e domicilio;
Residência - local de moradia se conhecido
Domicilio - local de trabalho. Se conhecido
indicando onde pode ser encontrado, e o horário
de seu trabalho.
4.3.2 – Caso de utilização de pedido ou argüições preliminares;

4.3.1.2 – Fumus boni iure


4.3.1.3 – Periculum in mora;
4.3.1.4 – Liminar;
4.3.1.5 – Antecipação de tutela

4.4 – O FATO E OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO;

4.4.1 – Elemento causal – causa petende (causa de pedir - ou seja


que originou a pretensão do Sujeito Ativo)– para atender o
disposto no art. 282 , III do CPC;
O fato que deve ser mencionado é o fato típico, ou seja, aquele do
qual deriva as conseqüências jurídicas, inclusive abrangendo os atos jurídicos. No
direito material (Código Civil e leis) fato e ato jurídico são aqueles que repercutem
no direito provocando a aquisição, modificação ou extinção de direitos subjetivos,
lembrando que tais elementos distinguem-se do elemento vontade, presente
somente nos atos jurídicos. Fato típico é o que encontra correspondência num
fato abstratamente previsto na lei.

4.4.2. – Normas legais que sustentam a pretensão


Discorrer sobre o as normas legais que determinam ou respaldam à
existência, ou a pretensão do sujeito ativo para estar em juízo.

4.5 - O PEDIDO OU ELEMENTO OBJETIVO, SEGUNDO O DISPOSTO


NO ART. 282, IV DO CPC.

O pedido e suas especificações são os objetos da ação e do processo.


É tudo aquilo que o sujeito ativo deve requerer e os documentos de
comprovação que deve juntar ao ajuizar a demanda, requerendo ao poder

36
judiciário que tome determinada providencia, declare a existência ou inexistência
de uma relação jurídica , anule este ou aquele ato jurídico, condene o sujeito
passivo a pagar tal ou qual importância, a praticar ou deixar de praticar certo etc.

No pedido temos 2 espécies o primeiro é o objeto imediato pretendido e


que é a providencia jurisdicional solicitada, o sujeito ativo reclama determinado
tipo de tutela jurisdicional,é sempre único e determinado como p.ex. Julgar
procedente o pedido para condenar, ou declarar, etc
Já o segundo é o objeto mediato diz respeito ao mérito do pedido,
distinguindo-se de acordo com a natureza do provimento jurisdicional invocado
como por esxemplo:Nas ações declaratórias o pedido é que se declare a
existência ou inexistência de uma relação jurídica, ou a falsidade ou autenticidade
de um documento (artigo 4˚ CPC) . Nas ações constitutivas, a modificação,
criação ou extinção de uma relação ou situação jurídica ou de um estado.Para as
ações condenatórias, a condenação do sujeito passivo numa obrigação de ar,
fazer ou não fazer alguma coisa como p.ex. Julgar procedente o pedido para
condenar o sujeito passivo no pagamento da importância de....

4.6 –As provas com que o Sujeito Ativo pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados;
4.6.1 – Provas admitidas segundo o disposto no art. 282 VI do CPC
e com documentos para atender o disposto no art. 283 e no
art.396 do CPC destinada a provar o que a parte alega;,
4.6.1.1 – Prova documental; (art. 364 do CPC)
4.6.1.2 – Prova documental emprestada;
4.6.2 – Prova testemunhal; (art. 400 – CPC)
4.6.2.1 Quais ações e quem pode testemunhar segundo o
disposto no art. 405 do CPC;
4.6.3 – Requerer - Exibição de documentos em caso de hiposuficien
cia,do Requerente conforme disposto no art. 355 do CPC;
4.6.3.1 – Casos mais comuns de sua utilização;
4.6.33.1.1 – Instituições bancárias, Grandes
Empresas , Empresas de Cartões de Cré
dito, Empresas de Leasing, Factoring,
37
Empresas de Planos de Saúde,
4.7 – Requerimento de citação do(s) Requerido(s) (sujeito(s) passivo(s)
art. 282 VII). - CPC, no caso de pessoa jurídica, requerer a oitiva do
representante legal ou do sócio gerente;
4.7.1 – Requerer também que a citação seja feita por AR ou
por Oficial de Justiça , conforme o caso.

4.8 – O VALOR DA CAUSA - PARA ATENDER O DISPOSTO NO


ARTIGO 282 V DO CPC.

4.8.1 – Significado do valor da causa;


Dispõe o artigo 258 do CPC dispõe que toda causa ainda que sem
conteúdo econômico imediato, será atribuído um valor certo. A atribuição ao valor
da causa tem dupla relevância: processual e tributaria.A fixação do valor da causa
para efeitos processuais, pode ser legal, nos casos dos artigo 259 e 260 do CPC.

4.8.2 – Ações mais comuns e o valor da causa.

I- Nas ações de cobrança de dividas, a soma do principal, da


pena e dos juros vencidos até a sua propositura (art. 259, I –
CPC);
II - Na ação de alimentos a soma de 12 prestações mensais;
III- Na ação de cobrança de aluguel a soma de 12 alugueis
mensais;(art. 259, VI,c/c artigo 58 da Lei 8245/91–Locações);
IV – Nas ações de divisão, demarcação e de reivindicação, o
valor estimado para lançamento do imposto sobre o imóvel
(IPTU – urbano – ITR rural) (artigo 259, VII – CPC);
V - Nas ações em que se requerer o cumprimento de
prestações vencidas e vincendas e sendo a obrigação por tempo indeterminado
ou superior a 1 ano , o valor da causa será a soma dos valores de todas as
prestações venciaaddas e das vincendas (artigo 260 CPC)(

4.9 – Fecho da petição.


4.9.1 – Requerer, ainda, a utilização de todas as formas de defesa.
em direito admitidas.

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4.11 – Rol de testemunhas (depende de cada caso e do tipo de ação).
4.11.1 – As testemunhas podem ser apresentados em até 5(cinco)
dias antes da data desginada para a audiência em petição
separada. Quando apresentamos o rol de testemunha na
inicial informar ao Juízo que as mesmas comparecerão
independente de intimação;(para agilizar)

4.12 – Rol de documentos


4.13 - Finalmente a petição inicial deve ser datada e assinada pelo procu-
rador do Sujeito ativo e emitida em várias vias cuja destinação é :
a– Uma via da petição com os documentos que devem ser anexa-
dos a petição inicial;
b – Cópia da inicial (tantas cópias quanto forem os sujeitos passivo)
de CONTRAFÉ e destinadas a acompanhar o mandado de citação a
ser entregue ao(s) Sujeito(s) passivo(s) ou enviado por AR;
7.10.2 – Uma cópia da inicial a ser recibada pelo PROTOCOLO do
juízo onde entramos com a petição como comprovação da entrega
da petição inicial e a(s) contrafé(s) a primeira para ser mantida pelo
procurador do Sujeito ativo;

5.- SUBSTABELECIMENTO
5.1 – Com reserva de poderes
5.1.1 – significado jurídico
5.2 – Sem reserva de poderes
5.2.1 - significado jurídico
6.- – Para pessoa jurídica
6.1 - Juiz ou Tribunal a que é dirigida;
6.2 - Espacejamento
6.3 - Razão social e nome de fantasia (se existir) da pessoa jurídica,
segundo dados constantes da Certidão da Junta Comercial onde a mesma
se encontrar registrada, endereço, numero da inscrição no CNPJ-MF
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda, numero
da inscrição no Cadastro da Secretaria da Fazenda do Estado, numero da
inscrição no Cadastro da Secretaria da Fazenda Municipal(conforme o
39
caso) nome do representante legal, segundo consta do Estatuto ou do
Contrato Social, ( do representante legal - numero do documento de
identidade, numero da inscrição no CPF-MF Cadastro de Pessoas Física
do Ministério da Fazenda);
6.4. Procuração (assinada por quem tem poderes de acordo com o
Estatuto ou Contrato Social), art. 37 do CPC.
6.4.1 - Procuração publica
6.4.2 - Procuração particular
6.4.3 - Estatuto ou Contrato Social

6.5. Mesmas considerações anteriores da pessoa física


6.6 - Finalmente a petição inicial deve ser datada e assinada pelo procu-
rador do Sujeito ativo e emitida em várias vias cuja destinação é :
a– Uma via da petição com os documentos que devem ser anexa-
dos a petição inicial;
b – Cópia da inicial (tantas cópias quanto forem os sujeitos passivo)
de CONTRAFÉ e destinadas a acompanhar o mandado de citação a
ser entregue ao(s) Sujeito(s) passivo(s) ou enviado por AR;
7.10.2 – Uma cópia da inicial a ser recibada pelo PROTOCOLO do
juízo onde entramos com a petição como comprovação da entrega
da petição inicial e a(s) contrafé(s) a primeira para ser mantida pelo
procurador do Sujeito ativo;

7. Exercícios

Adonis, titular de unidade no Condomínio Edifício Panes et Circes, em que


reside, não recebeu correspondência que lhe fora remetida por Vara da
Justiça do Trabalho desta região e entregue na portaria do prédio, em tempo
hábil a ensejar seu comparecimento à audiência inicial no processo de
reclamação trabalhista contra si dirigida. A ausência àquele ato processual
causou-lhe prejuízos, pois que sofreu as penalidades da revelia e confissão
quanto à matéria fática, consoante constou da sentença condenatória desde
logo proferida, acolhendo na totalidade as verbas postuladas na exordial
cujos efeitos nocivos não logrou afastar. Insatisfeito com as explicações
fornecidas pelo representante do Condomínio e tampouco por aquele outro
40
gerente da empresa encarregada da administração, comparece perante
escritório profissional, em busca de solução para o caso. QUESTÃO: Como
advogado de Adonis, aja em seu favor.

02. (OAB/SP SETEMBRO/2003) Dagoberto é beneficiário de duplicata de


prestação de serviços emitida por Afonso contra Carlino, no valor de R$
50.000,00 (cinqüenta mil reais), cujo vencimento ocorreu em 20 de setembro
de 2002. Dagoberto recebeu a cártula por endosso em preto, diretamente do
sacador, e tem em seu poder o respectivo comprovante de prestação de
serviços, devidamente assinado pelo sacado. A duplicata não foi aceita por
Carlino, embora se saiba que ele não se opôs expressamente a essa
providência. Vencido o título e não pago, Dagoberto promoveu o protesto no
dia 15 de dezembro de 2002. QUESTÃO: Na qualidade de advogado de
Dagoberto, aja em seu proveito. Considere que Dagoberto e Afonso residem
em São Paulo, ao passo que Carlino é domiciliado em Santos, praça de
pagamento do título.

03. (OAB/SP SETEMBRO/2003) Pompônio, casado com Lívia pelo regime


universal de bens anteriormente à vigência da Lei n.º 10.406/02, falsificou a
assinatura de seu irmão Juvêncio em determinado negócio jurídico, que lhe
permitiu a aquisição da propriedade de certo bem de raiz. O lesado ajuizou
ação visando à reparação do dano que, acolhida, ensejou a execução por
quantia certa. O ato de constrição judicial incidiu sobre o bem em testilha
contra o qual o cônjuge mulher opôs embargos de terceiro almejando
alforriar sua meação. Estes foram acolhidos pelo juízo a quo ao argumento
da incomunicabilidade das obrigações por ato ilícito, por sentença prolatada
há um decêndio. QUESTÃO: Como advogado de Juvêncio, atue em seu
benefício.

04. (OAB/MG AGOSTO/2003) Maria Helena Cardoso, médica, residente e


domiciliada em Mantena – MG, comparece a seu escritório, relatando que o
jornal “Diário Popular”, com sede em Belo Horizonte, de grande circulação
em todo o Estado de Minas Gerais, no dia 30 de dezembro de 2002, publicou
notícia de que ela realizou cirurgia com imperícia, praticando grosseiro erro
médico, do qual resultou a morte do paciente.Constou da referida notícia que

41
a cirurgia foi realizada no estômago do paciente, quando, na verdade, era no
pulmão que deveria ter sido feita a intervenção. Contudo, a notícia publicada
era inteiramente falsa, pois a operação infeliz foi feita por outro cirurgião. Em
decorrência da publicação, a médica teve o movimento de seu consultório e
de suas cirurgias reduzido pela metade e foram cancelados os 03 (três)
convênios médicos a que ela atendia. Além disso, ela sofreu aborrecimentos
graves e variados, em razão do impacto negativo da notícia sobre seu
conceito profissional. Redija a petição inicial adequada à defesa de seus
direitos, na área Cível, usando os dados acima e criando outros, se
necessários.

05. (OAB/SP FEVEREIRO/2004) Carlos celebrou com Pierre, artista plástico de


renome internacional, contrato por meio do qual este se comprometia a
pintar, pessoalmente, 2 (duas) telas com motivos alusivos à nova mansão
campestre por aquele adquirida. Pelo trabalho, Pierre receberia a quantia de
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), dos quais R$ 100.000,00 (cem mil reais)
lhe foram adiantados, e as telas deveriam ser entregues no prazo de um
ano. Passado o prazo, Pierre entregou a Carlos as duas obras de arte, as
quais, contudo, foram elaboradas por Jacques, discípulo de Pierre. Carlos
negou-se a receber as obras, uma vez que havia especificamente
determinado que Pierre deveria ser seu autor. QUESTÃO: Na qualidade de
advogado de Carlos, promova a ação competente para obter de Pierre o
ressarcimento cabível. Considere que Carlos é domiciliado em São Bernardo
do Campo, ao passo que Pierre é domiciliado em Campinas.

06. (OAB/SP FEVEREIRO/2004) Mefistófeles e Aristides são sócios da


Comércio de Alimentos Peloponeso Ltda., sociedade empresária cujos atos
constitutivos, apesar de assinados, não foram levados a registro na Junta
Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP. Aristides, administrador da
sociedade, negociou junto ao Atacadista Central Ltda. gêneros alimentícios
no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), mas não honrou o pagamento,
apesar de a sociedade possuir recursos em caixa para tal. A respectiva
duplicata foi sacada pelo credor e está agora sendo executada,
acompanhada do comprovante de entrega das mercadorias. Em razão de a
sociedade ser irregular, a execução foi movida contra os sócios, contra quem
42
também foi sacada a duplicata. Recentemente, Mefistófeles foi intimado da
penhora de bens de sua propriedade para pagamento integral da dívida. O
mandado de intimação foi juntado aos autos há 5 (cinco) dias. QUESTÃO:
Como advogado de Mefistófoles, atue na defesa de seus interesses. A
execução tramita perante a 45.ª Vara Cível Central de São Paulo.

07. (OAB/SP FEVEREIRO/2004) João havia dado a Pedro um apartamento em


usufruto, por prazo determinado. Terminado o prazo, João foi obrigado a
mover ação de reintegração de posse contra Pedro, pois este se recusara a
devolver-lhe o imóvel. Pedro moveu reconvenção, pleiteando por sua vez
indenização por benfeitorias necessárias que realizou no apartamento
durante a vigência do usufruto. A sentença julgou procedente a ação e
improcedente a reconvenção, sustentando que Pedro, por não ter atendido
notificação premonitória de desocupação, passou a ser considerado
possuidor de má-fé e, como tal, não teria direito a indenização pelas
benfeitorias necessárias. Pedro conforma-se com a devolução do imóvel,
mas não abre mão da indenização. QUESTÃO: Como advogado de Pedro,
tome a medida cabível. A sentença foi publicada há 10 (dez) dias e o
processo tramita perante a 50.ª Vara Cível Central de São Paulo.

08. (OAB/SP MAIO/2004) Antônio, domiciliado em São Paulo e proprietário de


um sítio em Jundiaí, emprestou-o a Benedito, que não tinha onde morar com
sua família, sem contrato escrito, para que lá ficasse por 3 anos. Decorrido
esse prazo, e após a devida interpelação, Benedito recusa-se a sair do sítio,
sob alegação de que havia plantado muitas árvores e que tinha até colhido
seus frutos, necessitando ficar no imóvel por mais um ano, dizendo, ainda,
que se Antônio tomasse alguma providência, alegaria posse velha e
usucapião e conseguiria a propriedade do sítio. QUESTÃO: Prepare a ação
cabível a ser proposta por Antônio, utilizando-se das circunstâncias narradas.

09. (OAB/SP MAIO/2004) Julgada procedente, em parte, ação de cobrança


perante a 3.ª Vara Cível de São Paulo, promovida por Américo, Pedro foi
condenado a pagar o valor da dívida, mais perdas e danos materiais e

43
morais, correção monetária, juros legais, custas e honorários advocatícios de
20% sobre o total do débito. QUESTÃO: Prepare o recurso cabível,
defendendo os direitos de Pedro e fundamentando ante a legislação.

10. (OAB/SP MAIO/2004) Antônio e Maria contraíram núpcias, estabelecendo,


por pacto antenupcial, o regime da separação de bens. Com dinheiro
proveniente de doação de seu pai, Antônio comprou alguns bilhetes de
loteria, um dos quais lhe atribuiu o prêmio de R$ 2.000.000,00, com o qual o
premiado comprou um apartamento que se achava alugado por R$
20.000,00, mensais. Passados vinte e três meses do casamento, Antônio
não pretende mais continuar casado, sob alegação de que a) não sabia que
Maria já havia sido interditada, antes do casamento, por ser alcoólatra; b)
Maria sempre se negou a conceber filho seu; c) Maria se nega a manter
relações sexuais com ele; d) não sabia que Maria é portadora de impotência
coeundi, desde a adolescência; e e) Maria se nega a qualquer espécie de
separação de Antônio. QUESTÃO: Diante desses fatos, promova a ação
judicial tendente à defesa dos direitos de Antônio, inclusive quanto aos bens.

11. (OAB/MG MARÇO/2004) Alberto Silva é casado com Evangelina Silva sob o
regime da comunhão universal. Alberto, sem o conhecimento de sua esposa,
contraiu com João dos Anjos uma dívida, constante de nota promissória, no
valor de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), numerário este
utilizado por Alberto para a compra de um veículo para seu irmão, Pedro.
Inadimplente, Alberto agora está sendo executado. Nessa execução, que
tramita perante a 5ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, penhora-se o
sítio pertencente ao casal, denominado “Prensas”, situado nessa mesma
Comarca, avaliado no importe de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).
Evangelina, por força do disposto no § único do art. 669 do CPC, é intimada
daquela penhora, mas queda-se inerte. Somente quando fica sabendo da
designação da hasta pública naquela execução é que Evangelina o procura
em seu escritório. Redija a petição inicial da medida judicial cabível para a
defesa dos interesses de Evangelina.

44
12. (OAB/MG AGOSTO/2004) Kate e Leopold, casados em regime de comunhão
parcial de bens, firmaram com Ottis contrato de compra e venda de imóvel,
obrigando-se a pagar a integralidade do preço somente após o registro da
escritura no cartório do registro de imóveis. Kate e Leopold ainda não se
mudaram para o imóvel, uma vez que a obra ainda não foi concluída, mas
Ottis, por estar passando por dificuldades financeiras, resolve promover a
execução antes de efetivar o registro, em ação que tramita perante a 75ª
Vara Cível de Belo Horizonte. Kate e Leopold, através de exceção de pré-
executividade, argüida nos próprios autos da execução, alegaram a nulidade
da mesma pela inexigibilidade do título executivo, que foi, no entanto,
rejeitada pelo juízo. Você, como advogado de Kate e Leopold, interponha o
recurso cabível contra essa decisão.

13. (OAB/MG DEZEMBRO/2004) Fernando Pessoa, residente e domiciliado em


Belo Horizonte, adquiriu de Joaquim Silvério, um lote vago já cercado,
situado na cidade de Nova Lima, onde nunca ninguém morou. As medidas
do lote, constantes da planta da Prefeitura da cidade de Nova Lima,
coincidem com as do respectivo registro imobiliário, como sendo: 200
(duzentos) metros de frente; 300 (trezentos) metros de cada lado (direito e
esquerdo); 150 (cento e cinqüenta) metros de fundo. Ao visitar o local,
Fernando nota que Manoel Bandeira, vizinho do lote à esquerda, destruiu
parte da cerca, e, em seu lugar está construindo um muro entre o seu lote e
o dele. Fernando, então, procura um engenheiro agrimensor que, medindo
os lotes constata que o muro que está sendo construído por Manoel “rouba”
50 (cinqüenta) metros do lado esquerdo do lote de sua propriedade. O
agrimensor constata, ainda, que a construção de Manoel está sendo feita por
cima da nascente do rio “Uirapuru” que havia no lote de Fernando, fato esse
que é confirmado pelos vizinhos da direita do imóvel, Olavo Bilac, e o dos
fundos, Oswald Andrade. Fernando o procura em seu escritório para que
intente a ação judicial cabível para a recuperação da área do lote usurpada
por Manoel, além do ressarcimento dos prejuízos sofridos. Redija a petição
inicial.

14. (OAB/SP FEVEREIRO/2005) José Pedro, residente e domiciliado na cidade


de São Paulo, vendeu, em 15 de maio de 2003, por R$ 22.000,00 (vinte e
45
dois mil reais), um automóvel a André Luiz, residente e domiciliado na cidade
de São Paulo. José Pedro recebeu um sinal, no valor de R$ 5.500,00 (cinco
mil e quinhentos reais), e firmou com André Luiz documento escrito, no qual
este último comprometia-se a pagar o restante do preço devido, mediante
depósito em dinheiro a ser efetuado direto na conta corrente de José Pedro,
em três parcelas, cada uma no valor de R$ 5.500,00 (cinco mil e quinhentos
reais), com vencimento para os dias 15 de maio, 15 de julho e 15 de
setembro de 2003. Ocorre, entretanto, que José Pedro, até o presente
momento, não recebeu qualquer das parcelas avençadas, muito embora
tenha se esforçado para tanto, constituindo, portanto, em mora o devedor.
De assinalar-se que o documento foi assinado somente pelas partes.
QUESTÃO: Como advogado de José Pedro, tome a correta providência
judicial para que seu cliente receba a quantia a que tem direito, com os
acréscimos devidos, ou constitua o título executivo.

15. (OAB/SP FEVEREIRO/2005) João é proprietário de prédio residencial


localizado no Bairro de Santana, na capital de São Paulo. O prédio vizinho
ao seu é de propriedade de Flávio, que reside na cidade de Campinas. Há
dois meses, Flávio iniciou a construção de uma edícula nos fundos de seu
terreno. Ao invés de implantar novos alicerces para a estrutura, Flávio
aproveitou antigas colunas que faziam parte do terreno, tornando temerária a
construção, que ameaça cair sobre o prédio de João. QUESTÃO: Como
advogado de João, promova a medida judicial cabível para obstar a
construção e garantir que o mesmo não terá prejuízos no caso de ruína dos
prédios.

16. (OAB/SP FEVEREIRO/2005) José Maria, residente e domiciliado em São


Paulo, comprou de Marco Antônio, residente e domiciliado em Campinas,
uma imagem de Santa Rita de Cássia, de 25 cm de altura, toda em ouro,
pelo valor de R$ 58.000,00. O pagamento foi feito à vista e em dinheiro e
consta do recibo que a imagem era inteiramente forjada em ouro 18k. Ao
receber a imagem em sua residência, entretanto, José Maria pôde conferir
que a mesma não era em ouro maciço, e sim forjada em um metal inferior e
banhada a ouro. José Maria levou a estátua a um especialista, que a avaliou
em R$ 20.000,00. Então, José Maria contactou Marco Antônio, que se
46
recusou a devolver a quantia paga a maior. QUESTÃO: Sabendo que José
Maria deseja ficar com a imagem, como seu advogado, tome a providência
judicial indicada para que o mesmo receba a quantia paga a maior, obtendo,
assim, abatimento no preço.

17. (OAB/SP MAIO/2005) Em abril de 1993, Alberto ocasionou acidente de


trânsito e colidiu o veículo que dirigia com o veículo conduzido por Cláudio.
Na ocasião, Cláudio achara melhor não fazer nada, pois os danos foram de
pouca monta, mas decidiu, em março de 2005, propor a ação de
ressarcimento cabível. Proposta a ação, o feito prosseguiu com o
oferecimento de defesa e produção de provas, estas contundentes no
sentido de apontar a culpa de Alberto. A sentença, publicada há 10 (dez)
dias, acolheu preliminar de prescrição e julgou improcedente a ação; apesar
de o Código Civil anterior estipular o prazo prescricional de 20 (vinte) anos, o
novo Código, sob cuja égide a ação foi proposta, reduziu o prazo para 3
(três) anos. A sentença não apreciou nenhum outro ponto da lide, além da
prescrição. QUESTÃO: Como advogado de Cláudio, interponha o recurso
cabível. Considere que a ação tramita perante a 56ª Vara Cível Central da
Capital.

18. (OAB/SP MAIO/2005) A ação ordinária movida por ABC Empreendimentos


Ltda. contra Aristides da Silva foi julgada procedente, para condenar este ao
pagamento da quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a título de perdas e
danos causados por má prestação de serviços. Aristides recorreu e o recurso
aguarda distribuição no Tribunal competente. Enquanto isso, a ABC
Empreendimentos Ltda. descobriu que Aristides pôs à venda os dois únicos
imóveis desembaraçados de sua propriedade – um na cidade de Poá e outro
na cidade de Itu – e pretende dilapidar seu patrimônio para furtar-se ao
pagamento da indenização. QUESTÃO: Como advogado de ABC
Empreendimentos Ltda., tome a medida cabível para a defesa de seus
interesses. Considere que a ação tramitou perante a 20ª Vara Cível da
comarca de Santos, domicílio de Aristides e sede da ABC Empreendimentos
Ltda.

47
19. (OAB/SP MAIO/2005) José e Juscelino celebraram contrato de locação, por
meio do qual este locava àquele imóvel de sua propriedade, para instalação
de estabelecimento comercial mantido por José. Passados 6 (seis) anos de
relação contratual contínua e formalizada, houve significativa queda do preço
de mercado das locações nas vizinhanças do imóvel. Com isso, o preço justo
dos alugueres seria, no entender de José, R$ 3.000,00 (três mil reais)
mensais, ao invés dos R$ 5.000,00 (cinco mil reais) vigentes. QUESTÃO:
Como advogado de José, proponha a ação cabível para readequar o valor
locatício. Considere que José é domiciliado em São Paulo, no bairro da
Penha − local do imóvel −, ao passo que Juscelino é domiciliado em
Campinas.

20. (OAB/SP SETEMBRO/2005) João Macedo é desenhista (“designer”) de


produtos, na Cidade de São Paulo, onde é domiciliado. Ao ser contratado
para participar de um grande projeto, João adquiriu um microcomputador
portátil (“note book”) de última geração, da loja ABC Eletronics Ltda., sediada
na Cidade de Curitiba (PR), pelo valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). O
produto, fabricado pela empresa Pearl Inc., norte-americana, é importado
com exclusividade por algumas lojas no Brasil, como a ABC Eletronics. O
produto não possui qualquer prazo de garantia além daqueles informados no
Código de Defesa do Consumidor. João efetuou a compra do produto pelo
telefone e solicitou a entrega do mesmo em sua residência. O pagamento foi
debitado em uma única prestação em seu cartão de crédito. Três dias depois
da compra, o microcomputador foi entregue na residência de João. Seguindo
todas as instruções contidas no manual, João tentou ligar o aparelho, sem
sucesso, já que o produto simplesmente não funcionava. Quatro dias depois
da compra, João dirigiu-se à ABC Eletronics, em Curitiba (PR), para exigir a
substituição do produto, e foi informado de que a empresa, por ser
representante da marca do computador, possuía um serviço de assistência
técnica para onde o produto deveria ser encaminhado para verificar as
razões pelas quais não ligava. João assinou e recebeu cópia de uma ordem
de serviço para comprovar o envio do produto ao conserto. Trinta dias
depois, o produto retornou da assistência técnica. João testou o aparelho na

48
própria loja e constatou que, apesar do equipamento ligar, o monitor
apresentou defeitos na imagem. Irritado, João recusou-se a retirar o produto
e exigiu, dessa vez, a restituição da quantia paga. Ao ter seu pedido negado,
João deixou a loja, levando o aparelho defeituoso, após protocolar um
documento informando sua insatisfação e exigindo a devolução do dinheiro.
Como nada foi feito, João procurou um advogado para providências judiciais,
pretendendo receber tudo o que gastou, corrigido monetariamente, além de
perdas e danos. QUESTÃO: Como advogado(a) de João, promova a
demanda cabível, sabendo que, além do produto não funcionar direito, João,
para concluir o projeto para o qual foi contratado, precisou alugar um
equipamento similar, por trinta dias, pelo valor total de R$ 3.000,00 (três mil
reais).

21. (OAB/SP SETEMBRO/2005) João Macedo é desenhista (“designer”) de


produtos, na Cidade de São Paulo, onde é domiciliado. Contratado para
participar de um grande projeto, pelo qual receberia, ao final, R$ 50.000,00
(cinqüenta mil reais), João adquiriu um microcomputador portátil (“note
book”) de última geração, da loja ABC Eletronics Ltda., sediada na Cidade de
Curitiba (PR), pelo valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). O produto,
fabricado pela empresa Pearl Inc. norte-americana, é importado, com
exclusividade, pela empresa Brasil Connection Ltda., sediada na cidade de
Manaus (AM). O produto não possui qualquer prazo de garantia além
daqueles informados no Código de Defesa do Consumidor. João efetuou a
compra do produto pelo telefone e solicitou a entrega do mesmo em sua
residência. O pagamento foi debitado em uma única prestação em seu
cartão de crédito. Três dias depois da compra, o micro-computador foi
entregue na residência de João. Seguindo todas as instruções contidas no
manual, atento à voltagem do aparelho e da rede elétrica de sua residência,
João ligou o aparelho. Após alguns minutos de funcionamento, o aparelho
apresentou problema de superaquecimento, tendo iniciado um incêndio. Por
ter inalado a fumaça expelida pelo aparelho, João apresentou problemas
respiratórios que demandaram atendimento médico-hospitalar, que lhe
custou R$ 1.000,00, além de duas semanas de absoluto repouso que
impossibilitou a realização do projeto para o qual foi contratado. Seis dias

49
depois da compra, João entrou em contato telefônico com a ABC Eletronics,
em Curitiba (PR), para exigir a substituição do produto, que lhe forneceu o
endereço de uma empresa de assistência técnica autorizada em Curitiba,
para onde o produto deveria ser encaminhado. João providenciou o envio do
produto para a empresa de assistência técnica, tendo recebido uma ordem
de serviço, comprovando o envio do produto ao conserto. Trinta dias depois,
o produto retornou da assistência técnica, onde foi constatado defeito no
sistema de alimentação elétrica do aparelho, tendo sido enviado para a
residência de João, que imediatamente o testou, tendo constatado que,
apesar do equipamento ligar, o monitor apresentava defeitos na imagem.
Irritado, João exigiu a restituição da quantia paga, comprometendo-se a
devolver o aparelho defeituoso. Ao ter seu pedido negado, João enviou, por
carta registrada, um documento informando sua insatisfação e exigindo a
devolução de seu dinheiro. Como nada foi feito, João procurou um advogado
para providências judiciais, pretendendo receber tudo o que gastou, corrigido
monetariamente, além de perdas e danos. QUESTÃO: Como advogado(a)
de João, promova a demanda cabível.

22. (OAB/SP SETEMBRO/2005) Ana, modelo profissional, residente em


Manaus, viajou para São Paulo, para o casamento de sua filha. Para lavar,
pintar seus cabelos e realizar um penteado para o casamento, Ana procurou
os serviços de João Macedo, cabeleireiro e dono do salão de beleza “Hair”,
sediado na cidade de São Paulo, que lhe cobrou R$ 500,00 (quinhentos
reais) pela prestação do serviço. Após lavar os cabelos de Ana, João aplicou-
lhe uma tintura da marca francesa ABC, importada pela empresa Brasil
Connection Ltda. sediada na cidade de Curitiba (PR). Meia hora após a
aplicação da tintura, Ana sofreu uma reação alérgica, que demandou
atendimento médico-hospitalar, no valor de R$ 1.000,00, bem como dois dias
de absoluto repouso que impossibilitou sua presença no casamento de sua
filha. Além disso, perdeu grande parte de seu cabelo, tendo permanecido
com manchas em seu rosto, por dois meses, perdendo um ensaio
fotográfico, para o qual já havia sido contratada, pelo valor de R$ 50.000,00
(cinqüenta mil reais). Posteriormente constatou-se que a tintura utilizada
continha substâncias químicas extremamente perigosas à vida e à saúde
50
das pessoas e que a fabricante ABC já havia sido condenada pela justiça
francesa a encerrar a fabricação e comercialização do produto. Indignada
com os danos sofridos, Ana procura um advogado para pleitear o devido
ressarcimento. QUESTÃO: Como advogado(a) de Ana, promova a demanda
cabível.

23. (OAB/MG MARÇO/2005) Severino José da Silva, brasileiro, maior, solteiro,


taxista, domiciliado no município de Belo Horizonte, MG, na rua da Ordem, nº
100, bairro do Exame, CEP 30.000-100, é proprietário do veículo/táxi da
marca Fiat, modelo Pálio EX, ano 2004/2005, placa XYZ 0303, e
devidamente habilitado pelo DETRAN/MG. Percebe uma renda mensal
média de R$ 3.000,00 (três mil reais), no exercício de seu trabalho como
taxista. No dia 01 de fevereiro de 2005, domingo, às 05:00 h (cinco) horas da
manhã, quando saía para mais um dia de trabalho como taxista na cidade de
Belo Horizonte/MG e trafegava pela Avenida dos Advogados, sentido bairro-
centro, teve seu veículo abalroado pelo veículo particular de placa XXX
2121, marca Audi A6, dirigido por Jerônimo Augusto, brasileiro, maior,
solteiro, estudante de belas artes, inabilitado pelo órgão de trânsito para
direção de veículos automotores de qualquer natureza, domiciliado no
município de São Paulo/SP, na rua do Judiciário, nº 99, bairro da Justiça,
CEP 01.001-000, veículo esse de propriedade de seu pai, Cristiano Cebola,
brasileiro, maior, empresário, domiciliado no mesmo endereço. No momento
do acidente, por volta das 05:15 h. (cinco horas e quinze minutos), o veículo
dirigido por Severino encontrava-se parado em observância a um sinal
luminoso vermelho existente no cruzamento da Avenida dos Advogados com
Rua dos Magistrados, região central de Belo Horizonte/MG, quando então, o
veículo dirigido por Jerônimo Augusto, que retornava de um baile de
formatura onde houvera ingerido várias doses de uísque e trafegava à
velocidade de 120 Km/h, o atingiu, violentamente, na parte traseira do
veículo, destruindo-o quase que totalmente. Três frentistas, funcionários do
Posto de Gasolina “O Melhor de Minas”, localizado próximo ao local do
acidente, de nomes Fábio Júnior, Euller do Vento e Quirino da Massa, todos
maiores, presenciaram o ocorrido, tendo os mesmos, inclusive, acionado o
serviço médico de urgência, bem como a Polícia Militar, uma vez que
Severino, muito ferido e inconsciente, encontrava-se preso junto às ferragens

51
de seu táxi. Lavrado o Boletim de Ocorrência Policial, de nº 125/05,
constatou-se, entre outras coisas, que nenhum dos veículos envolvidos no
acidente possuía cobertura de seguro de qualquer natureza. Levado a um
hospital particular, Severino, que não possuía qualquer espécie de plano ou
seguro de saúde, lá permaneceu por quase dois meses, período em que fora
submetido a duas cirurgias, tendo recebido alta médica em 03 de abril de
2005, bem como a recomendação, expressa, de que somente após se
submeter a trinta dias corridos de fisioterapia, poderia retomar suas
atividades laborativas normais. Em razão de todos os fatos, bem como de
seus desdobramentos, Severino está tendo que se submeter, por ordem
médica, a tratamento psicológico particular duas vezes por semana, o que
tem lhe custado R$ 200,00 (duzentos reais) a consulta. Você foi procurado
em seu escritório por Severino que procura reaver todos os prejuízos por ele
sofridos, tendo lhe entregado a documentação que estava em seu poder
(entre outros documentos foram entregues os seguintes: documento do
veículo de sua propriedade, comprovante de Imposto de Renda, vários
orçamentos e Notas Fiscais emitidas pelo hospital, médicos, psicólogos,
fisioterapeutas e oficinas mecânicas). Elabore peça processual cabível à
espécie.

24. (OAB/MG AGOSTO/2005) Fernando Pessoa, brasileiro, solteiro, funcionário


público estadual, nascido em 31/03/1964, residente e domiciliado na cidade
de Juiz de Fora/MG, conheceu Florbela Espanca, brasileira, solteira,
bancária, nascida em 28/02/1971, com quem se relacionou sexualmente.
Desse relacionamento nasceu, Manuel. Após o nascimento da criança,
Fernando não a reconheceu como filho. Passado 10 (dez) anos, Florbela
passou a enfrentar dificuldades financeiras para sozinha sustentar o filho. A
mãe e a criança são residentes e domiciliados na cidade de
Uberlândia/MG.Você, como advogado(a), é procurado por Florbela, que
relata o caso acima. Elabore a peça processual cabível, arrolando os
documentos e as provas necessárias a serem produzidas com vistas a obter
os alimentos para a criança e regularizar seu estado de filiação. Assine com
pseudônimo de João OAB/MG 100.000.

52
25. (OAB/MG ABRIL/2006) COMÉRCIO ZZP LTDA., com sede na cidade de
Uberlândia-MG, é locatária de um prédio de dez andares, não residencial,
situado em Uberaba-MG. A locação vigora por prazo determinado, com
contrato escrito de cinco anos, sem cláusula de eleição de foro. O valor
mensal da locação, hoje, é de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). No momento
em que a locação chega, agora, no início do terceiro ano, o locador JUCA
CIPÓ (brasileiro, casado, comerciante, residente em Belo Horizonte), tendo
recebido proposta pela venda, objeto da locação, tentou, sem êxito, retomar
o prédio. O locador, contrariado, passou a dificultar o recebimento dos
aluguéis, injustificadamente. Em março de 2006, antes da data determinada
para o pagamento do aluguel daquele mês, um funcionário da locatária foi
até a imobiliária responsável (Imobiliária Bons Imóveis Ltda.) pelo
recebimento. No local, diante de testemunhas, houve a recusa ao
recebimento, ao argumento de que o locador havia dito para "não receber",
pois não se interessava pela continuidade da locação. No dia seguinte, data
do vencimento da obrigação, a locatária fez o depósito da quantia no Banco
do Brasil, em conta com correção monetária à disposição do locador. De
imediato o locatário cientificou o locador, por carta com aviso de
recebimento, assinando-lhe o prazo de dez dias para manifestação. Ocorre
que o locador manifestou, dentro do prazo, recusa expressa, aos
fundamentos de que não lhe interessa a continuidade da locação, além do
fato da proposta recebida pelo imóvel ser irrecusável, o locatário ter tido a
preferência e o valor da locação estar defasado. Diante disso, sabendo que
ainda não transcorreu o prazo de trinta dias do recebimento da recusa, fazer
a peça para o ajuizamento da ação que entender cabível. É permitido
inventar dados necessários à elaboração da peça, sendo defeso inventar
fatos.

26. (OAB/MG AGOSTO/2006) José João Nicolau Bezerra, brasileiro, casado


com Virgínia das Chagas Bezerra, e pai de dois filhos maiores, João Gilberto
Chagas Bezerra e José João Nicolau Bezerra Júnior, ajuizou, em 16 de maio
de 2006, perante a 27.ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, ação de
rescisão de contrato particular de promessa de compra-e-venda de imóvel
c/c cobrança, em face de Joaquim Ribeiro Chagas Leite, brasileiro, solteiro,
comerciante.Narrou o autor, na petição inicial, que celebrou contrato de

53
promessa de compra-e-venda de imóvel, em 20 de novembro de 2005,
referente ao imóvel constituído pelo lote n. 13, da quadra 17, do Bairro Vista
Alegre, em Belo Horizonte/MG, pelo preço certo de R$ 40.000,00 (quarenta
mil reais), a ser pago em 4 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas no
valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) cada uma, vencendo-se a primeira na
data de assinatura do contrato. O autor ainda narrou que o réu descumpriu
duas cláusulas contratuais: a cláusula quarta, que previa a obrigação do
promitente vendedor de quitar, até 20 de janeiro de 2006, todas as
obrigações fiscais relativas ao imóvel até a data da celebração do contrato; e
a cláusula décima primeira, a qual previa que, no dia 20 de dezembro de
2005, quando a posse do imóvel seria transferida ao comprador, aquele
deveria estar deveria estar completamente cercado.Para comprovar suas
alegações, o autor anexou à petição inicial: a) certidão emitida pelo
Município de Belo Horizonte em 1.º de fevereiro de 2006 comprovando haver
débitos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) do exercício 2004
relativos ao imóvel, b) recibo de entrega do imóvel no qual não se faz
referência à existência de cercas; c) fotos do imóvel demonstrando que o
imóvel não se encontra totalmente cercado. O autor requereu a procedência
do pedido para declarar rescindido o contrato de promessa de compra-e-
venda e a conseqüentemente condenar o réu a restituir o valor atualizado
das parcelas quitadas, acrescido da multa rescisória calculado no montante
de 50% (cinqüenta por cento) do valor do preço do imóvel, conforme
previsão na cláusula décima quinta do contrato. O autor pugnou, por fim,
pela produção de prova exclusivamente documental já anexada a petição
inicial, suficiente para comprovar a hipótese de descumprimento contratual.
O réu, citado, apresentou contestação. Argüiu, preliminarmente, sua
ilegitimidade para figurar no pólo passivo da demanda, haja vista que quem
firmou contrato com o autor e quem figura no cartório do registro de imóveis
como proprietária do imóvel é Kelsen Logística Ltda., empresa da qual o réu
é sócio-gerente com 90% das cotas. Quanto ao mérito, relativamente ao
alegado descumprimento do dever contratual de quitar débito tributários
passados, alegou o réu a exceção de contrato não cumprido, haja vista o
que autor quitou a segunda e terceira parcelas do preço apenas em 23 de
fevereiro de 2006, sendo que quarta e última parcela ainda não foi quitada.
Além disso, comprovou o réu o pagamento do débito do IPTU relativo ao ano
54
de 2004, ocorrido no dia 24 de fevereiro de 2006.No que se refere à segunda
questão de mérito, negou o réu o fato afirmado pelo autor na petição inicial.
Alegou, em defesa, que na data em que o autor recebeu a posse do terreno
o mesmo se encontrava devidamente cercado. Afirmou também que se não
houvesse cerca no imóvel o autor teria se recusado a recebê-lo ou mesmo
lançado ressalva no recibo de entrega. Alegou, por fim, que a retirada da
cerca por terceiros ocorreu posteriormente a tal data e deveu-se a culpa
exclusiva do autor por não zelar pela vigilância do bem imóvel, expondo-o a
invasões e depredações. Ainda em sede de contestação, o réu requereu
depoimento pessoal do autor e a produção de prova testemunhal para
comprovar que o terreno se encontrava totalmente cercado em 20 de
dezembro de 2005, e que a cerca foi suprimida após a transferência da
posse ao autor. O autor, intimado a manifestar-se sobre a preliminar, fez
referência aos recibos de pagamento das parcelas já juntados aos autos nos
quais o réu, Joaquim Ribeiro Chagas, em nome próprio, dava quitação pelas
duas primeiras parcelas quitadas. O juiz titular da 27.ª Vara Cível, em
seguida, acolhendo a preliminar suscitada pelo réu, extinguiu o processo
sem julgamento do mérito face à ilegitimidade passiva réu. Apenas dois dias
após publicada a sentença, o autor veio a falecer. Ainda antes da abertura do
inventário, e para que não houvesse perda de prazo, o filho do autor, João
Gilberto Chagas Bezerra, interpôs recurso em nome próprio, na condição de
herdeiro, requerendo o provimento do recurso para: a) afastar a ilegitimidade
passiva do réu, haja vista que este, de fato, foi quem contratou a venda do
imóvel; e b) apreciar imediatamente o mérito da demanda, uma vez que a
causa encontra-se devidamente instruída, e, assim, julgar procedente
integralmente os pedidos formulados na petição inicial. Não obstante o
recurso tenha sido interposto no último dia do prazo, o recolhimento das
custas ocorreu 72 (setenta e duas) horas após. A parte recorrida foi intimada
para apresentar contra-razões ao recurso interposto. Redija a petição de
contra-razões ao recurso interposto abordando todas as questões passíveis
de serem apreciadas pelo órgão jurisdicional “ad quem” no momento do
julgamento do recurso.

27. (OAB/SP FEVEREIRO/2006) Empresa de Cosméticos Cara-Pintada, situada


na cidade de Osasco (SP) é fabricante de toda a linha de maquilagem Beija-

55
Flor e fornece produtos para MM Loja de Departamentos, localizada em São
Paulo (SP). Suzana Costa adquire o kit vendido pela loja contendo batom,
sombra, rímel, perfume, cremes para o corpo e rosto e paga pelo produto R$
1.000,00. Todavia, o uso dos produtos provoca séria alergia em Suzana que
se vê obrigada a custear um tratamento dispendioso, necessitando de
internação hospitalar e repouso de duas semanas. Ingressa com ação de
reparação de danos contra as empresas e obtém a condenação solidária que
as obriga à indenização de R$ 300.000,00 em razão dos danos morais e
materiais sofridos. A ação é proposta em Santos (SP), local onde reside
Suzana. Na fase de execução definitiva do julgado, tem-se conhecimento
que as empresas confundiram seus patrimônios com os dos sócios,
baixaram suas portas e encerraram suas atividades de modo irregular. O
Juiz, aplicando o art. 28 do Código de Defesa do Consumidor entende por
bem desconsiderar a pessoa jurídica, ordenando que a execução prossiga
contra seus sócios, entendendo que todos eles são responsáveis
secundários pela dívida. Tal decisão foi proferida em janeiro de 2005. No ato
de penhora, é apreendido um imóvel residencial situado em São Paulo, na
Vila Olímpia, avaliado em R$ 400.000,00 de propriedade de Adriana Cruz,
que vive em regime de união estável há três anos com Paulo Torto, sócio que
detém 80% do capital social da 1ª empresa e 40% da 2ª. Adriana adquiriu o
imóvel quando era namorada de Paulo Torto em 2001, através de doação
que ele lhe fez. Após o nascimento dos filhos gêmeos, hoje com dois anos,
gravou o imóvel com usufruto em favor deles. QUESTÃO: Como
advogado(a) de Adriana e dos filhos menores, promova a ação cabível,
observando que Paulo e dois filhos menores do casal residem no mesmo
imóvel.

28. (OAB/SP MAIO/2006) Israel Lima, proprietário e possuidor de uma fazenda


em Presidente Prudente (SP), depara-se, no dia 18.10.2005, com uma
barraca montada em frente à sua Fazenda. Nesse dia, apenas uma família
chega ao local, monta a barraca e passa a ali “residir”. Uma semana depois,
chegam ao local mais duas famílias e, ao final de um mês, o acampamento
conta com pelo menos quarenta famílias, todas com bandeiras e
designações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Israel toma
conhecimento de que a maioria das Fazendas, naquela região, já sofreu

56
invasões do grupo. Preocupado, Israel procura um advogado para realizar
uma consulta e saber se é possível precaver-se contra a ameaça que está
sentindo. Na consulta, informa o advogado que, até aquele momento,
nenhum dos trabalhadores do movimento atravessou sua propriedade ou
chegou até ela. Em fevereiro de 2006, Israel já não consegue prever o
número de pessoas que moram no acampamento. Israel é domiciliado em
Campinas e decide tomar uma medida que possa lhe dar proteção.
QUESTÃO: Elabore a ação cabível.

29. (OAB/SP MAIO/2006) Arlindo Luz é empregado da Metalúrgica Boa


Esperança, fabricante de Peças para Automóveis. Foi contratado em julho de
1990, e em abril de 2004 sofre acidente do trabalho. A empresa providencia
todos os documentos necessários, tanto para comunicação ao órgão
previdenciário, como para o tratamento de saúde. Em agosto de 2005,
Arlindo recebe alta médica, mas está incapacitado para as funções que vinha
exercendo na empresa. Ainda sem retornar ao trabalho, se dá conta de que
o INSS lhe paga auxílio doença, tendo entendido aquela Instituição que não
houve acidente do trabalho, mas sim doença profissional. Pretendendo rever
o benefício e o enquadramento da função, decide ingressar com a respectiva
ação, pois o INSS alega que não há qualquer situação para ser corrigida,
pois tudo foi feito com base nos laudos médicos e documentos passados
pelo seu empregador. Além de sentir-se prejudicado pelo enquadramento
equivocado e pagamento a menor daquilo que teria direito, Arlindo tem
necessidade de receber tratamento fisioterápico que lhe vem sendo negado
em razão da afirmação da entidade de que teria se recuperado. O fato é que,
segundo se constata nos atestados particulares, a demora no tratamento
poderá ocasionar-lhe, quiçá, a perda definitiva do membro atingido. Arlindo
reside em São Bernardo do Campo (SP) e procura um advogado para agir
em sua defesa, de modo a assegurar-lhe, não só a discussão pelo benefício
buscado, como também a garantia do tratamento fisioterápico. QUESTÃO:
Elabore a petição inicial.

30. (OAB/SP MAIO/2006) João Antunes, casado com Beatriz Valença, compra
um imóvel junto à CEF, em leilão de imóveis, por ela realizado, que
passaram à sua propriedade em razão do não pagamento do contrato de

57
financiamento dos anteriores proprietários. O casal paga pelo imóvel a
importância de R$ 208.000,00 e, diante da quitação do valor, recebe a chave
do imóvel com a respectiva escritura pública. O imóvel situa-se em Bauru, e
o negócio concretiza-se em junho de 2005. Em julho de 2005, quando
decidem tomar posse do imóvel, lá encontram residindo o anterior
proprietário, Sr. Arruda Albuquerque, sua esposa Naifa Tâmela e dois filhos,
um com 18 e outro com 16 anos. Frustradas todas as tentativas para
desocupação voluntária do imóvel, João e Beatriz não conseguem tomar
posse do que é deles e temem perder, inclusive, a quantia paga pelo imóvel.
Procuram um advogado para ver efetivado o contrato e ter garantido o direito
de tomar posse do imóvel ou, caso isso não seja deferido, que o valor pago
seja restituído. QUESTÃO: Como advogado de João e Beatriz, proponha a
ação cabível.

31. (OAB/MG DEZEMBRO/2006) Juca Cipó, passando por sérias dificuldades


financeiras, procura o Banco “A Fortuna”, com sede em Belo Horizonte, e
dele obtém um empréstimo, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais),
formalizado por meio de contrato de abertura de crédito em conta corrente,
que é por ele assinado juntamente com 02 (duas) testemunhas. Juca, no
entanto, não consegue honrar com o pagamento da dívida, o que leva o
Banco “A Fortuna” a mover, em seu desfavor, ação monitória, cuja petição
inicial, além do instrumento de mandato, é instruída com o contrato firmado
pelas partes e com o extrato de movimentação da conta corrente em nome
de Juca Cipó.
Ao analisar a petição inicial, o juiz da 72ª Vara Cível de Belo Horizonte a
indefere, de plano, ao fundamento de faltar ao Banco “A Fortuna” interesse
de agir, já que referido contrato, porque assinado por 2 (duas) testemunhas e
pelo devedor, constituiria título executivo extrajudicial.O representante legal
do Banco “A Fortuna”, Sr. Fortunato José, inconformado, o procura em seu
escritório, solicitando-lhe a adoção de medida judicial cabível contra referida
decisão judicial. Você, na qualidade de procurador do Banco, intente a
medida judicial cabível para a defesa dos interesses de seu cliente.

32. (OAB/SP SETEMBRO/2006) Deustêmio, de posse de uma sentença


estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada perante o

58
Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma
das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor,
tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. Ocorre que o bem penhorado
não é da propriedade de Zílio, pois se trata de veículo de propriedade da
empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da
profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em
desconformidade com o disposto na sentença. QUESTÃO: Como advogado
de Zílio, elabore a defesa cabível.

33. (OAB/SP SETEMBRO/2006) Horácio propõe contra Aldo ação de


reintegração de posse, pelo rito ordinário. Em contestação, Aldo alega a
ilegitimidade do autor, pois só quem poderia propor a demanda seria o seu
pai, legítimo proprietário e possuidor do imóvel (arts. 926; 267, inc. VI, CPC).
No mérito, alega que estaria na posse de forma regular em razão de
comodato. O juiz de primeiro grau rejeita a alegação de ilegitimidade, tendo
Aldo interposto agravo na forma retida. Meses depois, a demanda vem a ser
julgada procedente, tendo Aldo interposto apelação, requerendo que o
Tribunal conheça preliminarmente do agravo retido. Ao julgar a apelação, o
Tribunal de Justiça de São Paulo nega provimento por maioria de votos ao
agravo retido, apreciado preliminarmente e, por unanimidade de votos, nega
provimento à apelação, tendo apreciado integralmente todas as questões
debatidas. QUESTÃO: Como advogado de Aldo, interponha o recurso
cabível.

34. (OAB/SP SETEMBRO/2006) Alcides emprestou a Horácio a quantia de R$


100.000,00 (cem mil reais), aos 15 de março de 2006, tendo Horácio se
comprometido a devolver o referido valor até o dia 20 de outubro de 2006,
devidamente corrigido monetariamente pelos índices do IPC e juros de 1%
(um por cento) ao mês. Referido empréstimo foi celebrado verbalmente em
Campina Grande/MT, apesar de ambos residirem em São Paulo. Ocorre que
aos 28 de agosto de 2006, Alcides recebe uma carta de Horácio em que este
informa que está de mudança definitiva para a Espanha, em virtude de
problemas pessoais, mas que tentará honrar o pagamento da dívida, na data
aprazada, tal como combinado anteriormente, tendo anexado uma nota
promissória. Alguns dias após receber a carta, um outro amigo em comum

59
afirma que encontrou Horácio e que este informou que estava se separando
da esposa e que todo o patrimônio construído ao longo desses anos ficaria
para a sua esposa e seus dois filhos. QUESTÃO: Diante desses fatos, como
advogado de Alcides, tome a providência judicial cabível para resguardar os
seus direitos.

35. (OAB/RJ MAIO/2007) Paulo Castro (brasileiro, solteiro, administrador de


empresas, CPF 000.000.001-00) e Sílvia Brandão (brasileira, solteira,
secretária, CPF 222.222.222-22) mantiveram união estável entre janeiro de
2000 e abril de 2005, quando decidiram separar-se. O período de
convivência não foi antecedido de qualquer convenção sobre o regime de
bens dos companheiros. Como não haviam adquirido quaisquer bens
durante aquele período, e como Sílvia, ao tempo da separação, se achava
desempregada, Paulo anuiu à permanência de Sílvia, por tempo
indeterminado, no imóvel que até então servira de residência aos
companheiros, situado no Rio de Janeiro, na Rua Ministro Viveiros de
Castro, n.º 57, ap. 301, Copacabana. Tal imóvel fora adquirido por Paulo,
mediante pagamento integral do preço, no ano de 1997. Paulo retirou-se do
imóvel, passando a morar em outro, tomado por ele em locação, situado, no
mesmo bairro, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, n.º 245, ap. 501.
Passados dois anos do fim da união estável, Paulo promoveu a notificação
extrajudicial de sua ex-companheira, exigindo-lhe a desocupação, no prazo
de quinze dias, do imóvel situado na Rua Ministro Viveiros de Castro. A
notificação foi efetivamente recebida por Sílvia em 2/5/2007. O prazo
concedido na notificação extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha
deixado o imóvel, e Paulo deseja propor a ação judicial cabível para reaver o
bem. Diante da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado
constituído por Paulo, redija a petição inicial da ação a ser ajuizada pelo seu
cliente.

36. (OAB/VÁRIOS ESTADOS SETEMBRO/2007)1 Fernanda e Josiana se


conheceram no ano de 1998. Nessa época, Fernanda era professora e
Josiana, aluna, no curso de direito. Em março de 1999, elas iniciaram

1
Exame aplicado nos Estados de AC, AL, AM, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MS, MT, PA, PB, PE, PI,
RN, SE, TO e DF.

60
relacionamento afetivo e, em outubro de 1999, resolveram morar juntas.
Josiana, então, foi morar no apartamento em que Fernanda residia.
Inicialmente, mesmo contra a vontade de Josiana, o relacionamento não foi
assumido publicamente, pois Fernanda argumentava que tal revelação
poderia trazer conseqüências nefastas para ambas, no âmbito familiar,
profissional e social. A relação afetiva foi se tornando duradoura e, havendo
ânimo de perpetuá-la, no ano de 2002, Fernanda e Josiana resolveram, de
comum acordo, continuar a convivência em um apartamento mais espaçoso.
Para isso, adquiriram um imóvel ao preço de R$ 190.000,00, que foi
mobiliado com esforço comum, ao custo de R$ 38.000,00. Além disso,
adquiriram, também, o automóvel marca CPC, modelo F-1, ano 2001,
avaliado em R$ 25.000,00, para uso partilhado. Com o passar do tempo,
tendo o relacionamento ficado intolerável para Josiana, esta decidiu deixar
de conviver com Fernanda. Com base nessa situação hipotética, elabore, de
forma fundamentada, a petição inicial da ação judicial cabível para a defesa
dos interesses pessoais e(ou) patrimoniais de Josiana, considerando a
peremptória discordância de Fernanda em pôr termo ao relacionamento. (Os
dados ou elementos fáticos ausentes na situação hipotética apresentada que
sejam imprescindíveis ao desenvolvimento da peça devem ser
complementados, respeitada a pertinência fático-jurídica.)

37. (OAB/ VÁRIOS ESTADOS JUNHO/2007)2 José, brasileiro, por intermédio da


Administradora de Imóveis Maranhão Ltda., sociedade civil, representada por
Aluísio, contratou a locação da loja 10, da Quadra 100, lote 12, integrante do
Condomínio Bosque Piauí, de propriedade de Eduardo, maior, relativamente
incapaz, assistido por sua curadora Antônia. O pacto locatício fora instituído
por meio de instrumento particular firmado pelo locador, seu curador, bem
como pelo locatário e seus fiadores, Genésio e Clotilde, pessoas de
reconhecida idoneidade financeiro-patrimonial e suficientemente qualificadas
na citada avença. A vigência do pacto locatício mediava do dia 1.º de
setembro de 2006 ao dia 31 de agosto de 2008. Colhe-se da avença que o
locatário assumira a obrigação líquida e certa de pagar ao locador dispêndio
mensal de R$ 3.550,00, a título de aluguel, assim como ao ressarcimento
das despesas ordinárias de condomínio, pactuadas no valor de R$ 900,00
2
Exame aplicado nos Estados de AC, AL, AM, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MS, MT, PA, PB, PE,
PI, RN, SE, TO e DF.

61
por mês, além do imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU) e da
taxa de limpeza urbana (TLP), no valor mensal de R$ 500,00. Ademais, em
caso de descumprimento das obrigações pactuadas por qualquer das partes,
incidirá multa de 10% sobre todo o valor inadimplido. Ocorre, entretanto, que
Pedro, síndico do Condomínio Bosque Piauí, alega a existência de débito de
quotas ordinárias de condomínio da loja locada (loja 10), no valor de R$
9.000,00, relativas ao período de junho/2006 a abril/2007, além dos
acréscimos relativos a correção monetária (R$ 50,00), multa moratória (R$
180,00) e juros (R$ 120,00). O representante legal do condomínio ressalta
que expediu tempestivamente notificação epistolar endereçada ao devedor,
para o fim de cientificar-lhe do aludido inadimplemento, porém este se
quedou inerte quanto ao adimplemento das suas obrigações legais.
Considerando a situação hipotética apresentada, elabore a peça processual
cabível, visto que o(a) lesado(a) pretende, em sede judicial, acionar o(a)
devedor(a) remisso(a), visando ao recebimento das quotas condominiais em
atraso, além dos consectários legais, convencionais e(ou) contratuais
cabíveis. Os dados fáticos ou legais ausentes da situação hipotética, se
essenciais, deverão ser complementados pelo examinando, observando-se a
respectiva pertinência fático-legal.

38. (OAB/SP FEVEREIRO/2007) Túlio celebrou com Caio contrato de compra e


venda de bem imóvel situado em área rural, destinado à agricultura e à
pecuária. A área da posse entregue a Túlio correspondia àquela que
constava da escritura de compra e venda. Ocorre que, com a obrigação de
que fosse realizado o georreferenciamento do imóvel rural, descobriu-se que,
no interior de seu perímetro, havia terras devolutas, pertencentes ao Estado
de Minas Gerais. Insatisfeito, Túlio foi obrigado a ingressar com ação judicial,
buscando defender seus interesses. QUESTÃO: Como advogado de Túlio,
elabore a petição inicial da ação cabível.

39. (OAB/SP FEVEREIRO/2007) A Agência Nacional de Saúde Suplementar,


insatisfeita com as demonstrações financeiras apresentadas por uma
operadora de planos de saúde, decide impor a alienação compulsória da
carteira de clientes dessa empresa, a ser feita no prazo de 15 (quinze) dias,
sob pena de liquidação extrajudicial. Inconformada, a operadora de planos

62
de saúde ingressa com ação judicial e obtém sentença favorável que é,
posteriormente, alterada no Tribunal de 2.º grau, que julgou a ação
improcedente. Contra tal acórdão, foram interpostos recursos especial e
extraordinário. É necessário, contudo, que seja obtida a suspensão dos
efeitos do acórdão do tribunal de 2.º grau, até a apreciação dos recursos
encaminhados para as Cortes Superiores. QUESTÃO: Escolhida a
providência adequada para os efeitos pretendidos pela Operadora, redija a
peça correspondente à petição inicial da ação devida.

40. (OAB/SP FEVEREIRO/2007) Emitido um cheque para futura apresentação,


não foi levado a depósito na data devida, nem cobrado mediante processo
de execução por Marco, beneficiário original do crédito. Marco, na verdade,
transferiu o título, por endosso, para Leônidas, terceiro de boa-fé, como
garantia de obrigação que acabou, também ela, por ser inadimplida.
Leônidas ingressou com a ação judicial adequada para a satisfação de seus
interesses, a qual, todavia, foi julgada extinta, sem julgamento de mérito, sob
o fundamento da falta de interesse de agir, pela inadequação do meio
processual adequado para a finalidade pretendida. QUESTÃO: Indique o
recurso adequado contra essa sentença, formulando os pedidos possíveis.

41. (OAB/SP MAIO/2007) Elisa, menor impúbere, nascida aos 13.08.2006,


representada por sua mãe, Maria José, propôs demanda pretendendo a
condenação de Luiz Otávio ao pagamento de pensão alimentícia no importe
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais, sob o fundamento de que o réu é
pai da menor e tendo em vista a necessidade da menor e a possibilidade do
réu. Referida demanda está em curso perante a 1ª. Vara da Família e
Sucessões do Foro Central de São Paulo/Capital. Citado, Luiz Otávio
procura um advogado e afirma que não está preocupado com a verba
alimentar, e sim com os reflexos da paternidade, já que a menor poderá
pleitear posteriormente o seu quinhão na herança e, por isso, quer que o
advogado tome as iniciativas necessárias, dentro do processo em curso,
para que a paternidade seja afastada e essa questão não possa mais ser
discutida em nenhum outro processo. QUESTÃO: Como advogado de Luis
Otávio, elabore a peça processual adequada para satisfazer o interesse do
cliente tal qual pretendido por ele.

63
42. (OAB/SP MAIO/2007) Elisa, menor impúbere, nascida aos 13.08.2006,
representada por sua mãe, Maria José, propôs demanda pretendendo a
condenação de Luiz Otávio ao pagamento de pensão alimentícia no importe
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais, sob o fundamento de que o réu é
pai da menor e tendo em vista a necessidade da menor e a possibilidade do
réu. Referida demanda está em curso perante a 1ª. Vara da Família e
Sucessões do Foro Central de São Paulo/Capital. Citado, Luiz Otávio
apresentou defesa e, ato contínuo, seguiu-se a fase probatória.
Posteriormente, a demanda veio a ser julgada procedente, tendo sido
condenado o réu ao pagamento de pensão alimentícia no importe de R$
5.000,00 (cinco mil reais) mensais, devidos a partir da propositura da
demanda e corrigidos monetariamente a partir da citação e juros de mora de
1% (um por cento) ao mês, também a partir da citação. Referida sentença
transitou em julgado, não tendo o réu cumprido espontaneamente com o
pagamento das verbas a que foi condenado. QUESTÃO: Diante dessa
situação e sabendo que as partes nesse ínterim não alteraram seu domicílio,
como advogado da menor, proponha a demanda cabível através do processo
adequado, para a satisfação da obrigação líquida, certa e exigível, que
monta atualmente a quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

43. (OAB/SP MAIO/2007) Joaquim, contribuinte do INSS (Instituto Nacional da


Previdência Social), veio a falecer. Joana, alegando ser sua companheira,
pleiteia em juízo que o INSS realize para si o pagamento das pensões
previdenciárias. Referida demanda tramita perante a 3ª. Vara Federal de São
Paulo/capital. Maria, esposa de Joaquim, tomando conhecimento de referida
demanda, antes mesmo do INSS contestá-la, procura advogado,
pretendendo que este defenda os seus interesses, para que a entidade
previdenciária seja condenada a lhe pagar as pensões devidas e não para
Joana, em razão do falecimento de seu marido, que era contribuinte.
QUESTÃO: Como advogado de Maria, apresente a peça processual
adequada e incidente ao processo já proposto, na defesa dos interesses de
Maria.

64
44. (OAB/SP SETEMBRO/2007) “46.ª Vara Cível – processo n° 000.111.222-3
Vistos, etc. Proposta ação de cobrança, por José Pedro contra João Paulo,
com o objetivo de receber R$ 32.000,00 (trinta e dois mil reais), o réu, citado,
apresentou tempestiva contestação, aduzindo, em preliminar de ilegitimidade
passiva de parte, que ele nada devia, pois não era sua a assinatura no
documento juntado pelo autor para fundamentar o pedido inicial. Em réplica,
o autor sustentou que a assinatura é do réu e requereu prova pericial.
Observo, realmente, que a assinatura aposta no referido documento é
completamente diferente da assinatura do réu no instrumento de mandato de
fls., razão pela qual entendo que a primeira é nitidamente falsa. Diante desse
fato, desnecessária qualquer prova, acolho a preliminar argüida, extinguindo
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 267, VI, do
Código de Processo Civil. O autor arcará com as custas do processo e com
o pagamento de honorários sucumbenciais de 10% (dez por cento) do valor
da causa. Publique-se e intime-se”. QUESTÃO: Como Advogado da parte
vencida, interponha o recurso cabível, no último dia do prazo, sabendo-se
que a decisão foi publicada numa quinta-feira, dia 1.º de abril, que o dia
seguinte foi feriado estadual e que houve greve nos serviços forenses, com o
fechamento do fórum, nos dias 6, 7 e 8 de abril, respectivamente terça,
quarta e quinta-feira. O recurso deverá indicar, ao final, a data de sua
interposição, que deve, necessariamente, corresponder ao último dia de
prazo.

45. (OAB/SP SETEMBRO/2007) “46.ª Vara Cível – processo n° 000.111.222-3


Vistos em saneador. Proposta ação renovatória de contrato de locação por
Farmácia ABC Ltda. contra o Espólio de João da Silva, a contestação trouxe
preliminar de carência de ação, por impossibilidade jurídica do pedido, uma
vez que entre o primeiro e o segundo contrato de locação há um interregno
verbal de seis meses, que inviabiliza a soma dos prazos contratuais para
cumprir o requisito do artigo 51, II, da Lei n.° 8.245/91. Decido. Efetivamente,
existe o interregno verbal de seis meses entre os dois contratos, mas ele não
inviabiliza o exercício da renovatória porque nesse período a locação não
sofreu solução de continuidade. Fica, portanto, rejeitada a preliminar. Defiro
a prova pericial requerida pela autora da ação, devendo as partes, metade

65
cada uma, depositar o valor provisório dos honorários periciais, ora fixado
em R$ 10.000,00 (dez mil reais), no prazo de 5 (cinco) dias, ficando ambas
advertidas que a ausência do respectivo depósito implicará na proibição à
parte inadimplente de indicar assistente técnico e de formular quesitos.
Publique-se”. QUESTÃO: Como Advogado do locador, interponha o recurso
cabível, observando rigorosamente os seus requisitos formais.

46. (OAB/SP SETEMBRO/2007) Antônio adquiriu por R$ 500.000,00 a posse de


um imóvel localizado em Ilhabela (SP), onde construiu a sua casa de praia.
O instrumento particular de aquisição onerosa de direitos possessórios foi
registrado no Cartório de Títulos e Documentos da comarca e nele os
vendedores, descendentes de pescadores da região, declararam exercer
posse mansa e pacífica no local por mais de 30 anos ininterruptos. Um dos
vizinhos de Antônio, de nome Pedro, revoltado por ter sido preterido na
compra dessa posse, invadiu o imóvel adquirido por Antônio, destruiu os
marcos divisórios, várias plantas e diversos objetos decorativos que se
encontravam no jardim. O ato foi presenciado por Luiz, caseiro de Antônio, e
por Mário, amigo de Luiz. Os dois nada puderam fazer para conter o ato de
vandalismo porque Pedro estava acompanhado por duas pessoas armadas.
O invasor ainda disse em alto e bom tom que de nada adiantaria reconstruir
o que fora destruído, porque ele faria tudo outra vez e que, por bem ou por
mal, iria tomar posse da área toda. “É só questão de tempo”, prometeu antes
de deixar o imóvel. Sabendo que: a) Antônio reside em São Paulo, Capital,
no bairro do Jabaquara; b) ele, depois de sofrer um acidente, está interditado
por sentença judicial já transitada em julgado e a sua curadora é Maria, sua
irmã; c) Pedro é casado pelo regime da separação total de bens com Ana e
ambos têm residência em Campinas (SP). QUESTÃO: Como Advogado de
Antônio, proponha a medida possessória mais adequada, sem esquecer os
danos já causados ao autor.

47. (OAB/MG AGOSTO/2007) Você foi procurado pela Sra. MARIA DAS
COUVES CIPÓ, brasileira, viúva, empregada doméstica, residente na Rua
Silva, nº 10, Betim/MG, que lhe relatou o seguinte: “No dia 05.04.2007, às
12:00 h., meu marido JUCA CIPÓ faleceu em decorrência de atropelamento,

66
ocorrido em Contagem/MG, na Av. João César de Oliveira. JUCA e o nosso
filho único, de nome JOSÉ DAS COUVES CIPÓ, de 10 anos de idade,
estavam voltando para casa, no ponto de ônibus, na calçada, quando foram
atingidos pelo caminhão AAA-2323 de propriedade da Empresa WC Ltda.,
CNPJ tal, com sede em Belo Horizonte/MG, na Rua Palmira, nº 9999, bairro
Serra. Na ocasião o veículo era dirigido pelo motorista da empresa, Sr.
ROLANDO LERO, brasileiro, casado, motorista, residente em Belo
Horizonte/MG, na Rua 10, nº 2000, Apto. 801. O motorista, após o acidente,
evadiu-se do local, não tendo prestado qualquer socorro ou auxílio a meu
marido e meu filho. Conforme a perícia, o acidente se deu em razão da
imprudência do motorista da empresa que, desenvolvendo alta velocidade,
perdeu o controle do veículo ao fazer uma conversão, e, após subir no
passeio, atropelou e matou JUCA, além de ferir meu filho. Tive despesas no
funeral de meu marido no valor de R$ 3.800,00 (três mil e oitocentos reais)
obtido com a ajuda de amigos e familiares. Além disto, meu filho, em
decorrência do acidente, teve que amputar a perna direita. A empresa ou o
motorista jamais me procuraram para saber se precisavam de algo ou
oferecer alguma ajuda de qualquer natureza. Meu marido era jovem, com
apenas 32 anos de idade, era mecânico e ganhava, aproximadamente, R$
2.000,00 (dois mil reais) mensais como encarregado de uma oficina em
Contagem/MG, e após o acidente, estou passando por sérias dificuldades,
uma vez que apenas meus rendimentos não são suficientes para meu
sustento e de meu filho, que ainda está sob tratamento médico e psicológico.
Não posso deixar de trabalhar, não tenho com quem deixar meu filho e estou
sobrevivendo à custa de favores e doações de amigos e parentes”. Ajuizar a
ação que entender cabível, objetivando a reparação e a compensação dos
danos sofridos pela Sra. Maria e por seu filho, e seu sofrimento e
necessidade atual.

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