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Responsabilidade Civil do Estado - Excludentes.

Francisco Bernardes Lage – Pós-Graduação Direito Administrativo

Para que o Estado possa configurar como responsável civil por danos causados é necessário que
todos os seus pressupostos sejam demonstrados cabalmente, quais sejam, o dano, a culpa do agente
e o nexo de causalidade. Porém, na responsabilidade objetiva, a culpa do agente não pode ser
considerada pressuposto.

Neste espaço será voltado para as ocorrências (fatos) que excluem o nexo causal, quais sejam, a
força maior, o caso fortuito, o fato de terceiros e a culpa exclusiva da vítima, de modo a afastar a
obrigação do Estado se responsabilizar por indenizar o particular (administrado).

No que concerne ao caso fortuito e força maior, a previsão é impossível de ser considerada, por isso
a responsabilidade do Estado é afastada devido à ausência do nexo causal entre o fato e o dano.

Os CASOS FORTUITOS, fatos imprevisíveis, da natureza, que ocorrem e que as pessoas não tem
como prevê-los e muito menos condições para enfrentá-los no momento da ocorrência, ainda que
conhecidos, mas impossível de evita-los. Os CASOS DE FORÇA MAIOR, ainda que previsíveis,
porém inevitáveis, intransponíveis para que os agentes possam executá-los.

A disposição legal para a mencionada verificação está disposta no Parágrafo Único, do art. 393, do
Código Civil, vigente:

“O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não
era possível evitar ou impedir.”

OS FATOS DE TERCEIROS não admitem o Estado assumir a obrigação pela indenização do dano,
salvo se houver participação e/ou envolvimento de agente público. Em havendo, o agente deverá ser
responsabilizado, conforme preceito do art. 942 do Código Civil, vigente:

“Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem


ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão solidariamente pela reparação.”
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as
pessoas designadas no art. 932.”
Do que se extrai do comando legal é que um terceiro quando sofre um dano praticado por outrem
não poderá se valer da responsabilidade objetiva do Estado para o seu socorro, para indenizá-lo.
Deverá buscar os meios legais necessários para comprovar a culpa de quem ocasionou o fato, bem
como a sua culpa, bem como a efetiva participação do agente público.

Também se enquadra nos FATOS DE TERCEIROS os danos causados por movimentos populares
quando em protestos e revolta contra o Governo ou quaisquer outros tipos de manifestações de
grande participação de pessoas e que hajam depredação dos bens particulares.

Neste ponto, existem divergências de entendimentos e julgados, inclusive do Supremo Tribunal


Federal, como a decisão do RE 237.561, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 05/04/2002, trazido na
apostila, quando “posicionou-se no sentido de inexistência de ofensa ao art. 37, §6º, da CF/88,
fundamentando a indenização no descumprimento de uma obrigação estatal, apresentando,
contudo, uma tendência à subjetiva” responsabilidade do Estado, e que se destaca:

“EMENTA: Responsabilidade civil do Estado por omissão culposa no prevenir


danos causados por terceiros à propriedade privada: inexistência de violação ao
art. 37, §6º, da Constituição. (...) ao Estado se fizeram imputáveis as consequências
da ocorrência do fato previsível, que não preveniu por omissão ou deficiência do
aparelhamento administrativo. (...) como ficou, definitivamente, nas instâncias de
mérito, a existência da omissão ou deficiência culposa do serviço policial do Estado
nas circunstâncias do caso – agravadas pela criação do risco, também imputável à
administração. (...) responsabilidade subjetiva. (C. Civ. Art. 15).”

Caso não houvesse estas possibilidades e o Estado fosse acionado para indenizar todos os danos
ocorridos com terceiros, por certo, seria impossível suportar as demandas desta natureza.

Os FATOS quando de CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA ou quando a vítima concorre com a


ocorrência vem ocasionar a quebra do nexo causal entre o Estado e o fato danoso, o que exclui a
responsabilidade civil do Estado, mas, obrigatoriamente que haja efetivamente a comprovação.

Neste sentido, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná não acolheu recurso contra sentença que
não possibilitou pagamento de indenização por danos causados em vítima de teve culpa direta na
ocorrência ao adentrar em espaço público, porém não aberto ao público. E mais, por não estar
aberto ao público e ser devidamente fechado não precisava ser vigiado:
“EMENTA: DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da 3ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. APELAÇÃO CÍVEL.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. QUEDA DE DEPENDÊNCIA DE VILA
OLÍMPICA MUNICIPAL. ESPAÇO CERCADO, MURADO E FECHADO. ÁREA
RESTRITA E NÃO ABERTA AO PÚBLICO. INGRESSO VOLUNTÁRIO E
DESAUTORIZADO. PROVA TESTEMUNHAL E FOTOGRÁFICA. CULPA
EXCLUSIVA DA VÍTIMA CARACTERIZADA. EXCLUDENTE A
RESPONSABILIDADE DO ESTADO. OMISSÃO AO DEVER DA VIGILÃNCIA.
INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DO DEVER DE CAUTELA. PRECEDENTES.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO.” (TJPR – 3ª C. Cível – AC
– 12963398-1, rel. Des. Vicente Del Prete Misurelli, 27/01/2015)

Em outra situação, sinalização de trânsito, em se tratando de um serviço de obrigação do Estado,


tanto com a manutenção de agente, bem como de equipamento próprio, mas, no entanto, o
particular se envolve em acidente por não respeitar adequadamente a sinalização, o que neste caso,
o Estado teria inicialmente a responsabilidade objetiva, porém, após o devido processo legal de
sindicância administrativa ficou configurada a culpa exclusiva da vítima, afastando por completo a
responsabilidade do Estado.

Em caso deste tipo o Tribunal de Justiça de São Paulo, bem como do Distrito Federal sentenciaram:

“EMENTA: RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO ESTADO.


ACIDENTE DE TRÂNSITO. EXCLUDENTE RESPONSABILIDADE.
DEMONSTRADA CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA QUE AVANÇOU EM
CRUZAMENTO CONTRA SINAL FECHADO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
Depoimento das testemunhas em sindicância administrativa na data do evento, que
são concludentes no sentido de que o autor deu causa ao acidente ao avançar o sinal
vermelho em cruzamento. Imprudência do autor que foi a única causa da colisão.
Culpa exclusiva da vítima demonstrada nos autos. Indenização indevida, Recurso
Improvido.” (TJSP – APL 0013159-66.2010.8.26.161, de 04/02/2015).

“EMENTA: APEÇAÕA CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. CULPA EXCLUSIVA
DA V´TIMA. EXCLUDENTE, SENTENÇA MANTIDA.
1 – Configurada a ocorrência de culpa exclusiva da vítima, como excludente da
responsabilidade objetiva do Estado, evidente a improcedência do pedido de
indenização. Recurso Desprovido.” (TJDF – 20130111766759, de 22/01/2016).

Caso a contribuição da vítima não seja comprovada para afastar o nexo causal, a responsabilidade
objetiva do Estado não será afastada, excluída, pois o fato poderia ocorrer independentemente da
participação da vítima.

“EMENTA: APEÇAÕA CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE FAZER –


RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO – NEXO CAUSAL – CULPA
EXCLUSIVA OU CONCORRENTE DA VÍTIMA – NÃO COMPROVAÇÃO.
INDENIZAÇÃO MORAL E MATERIAL. QUANTUM. APELO IMPROVIDO.
A responsabilidade da empresa pública é objetiva bastando a mera relação causal
entre o comportamento e o dano. Ocorrência, na espécie. Pode a parte eximir-se total
ou parcialmente da responsabilidade, caso comprove a culpa exclusiva ou
concorrente da vítima. Não comprovação no caso. Indenização moral e material
devidas aquela, no valor suficiente para diminuir a dor da alma, aflição e angústia a
que a vítima e submetida, esta, para recompor o patrimônio da vítima. Montantes
mantidos. Sentença mantida. Apelo Provido.” (TJBA – AP – 0001972-
81.2007.8.05.0248, de 06/08/2013).

Vê-se que existe dificuldade em conceituar a responsabilidade civil do Estado com causa de danos à
terceiros, por falta exclusiva ou concorrente da vítima, qual seja para afastar o nexo causal, pois
somente com a efetiva e real comprovação da sua não existência é que haverá o indicativo da
responsabilidade objetiva do Estado.

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