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vestuário.
RESUMO
Palavra chave:
INTRODUÇÃO
De acordo com Weston e Brigham (2000), quatro fatores caracterizam a
importância da administração do capital de
giro: o tempo dedicada à administração do capital de giro; o investimento em ativos
circulantes; a relação entre crescimento
das vendas e os ativos circulantes; e a importância para as pequenas empresas.
No que diz respeito ao tempo, é unânime entre os autores consultados que a maior
parte do tempo de administrador
financeiro é dedicada à administração do capital de giro. (GENTRY et. al., 1979;
OPPEDAHL, 1990; KARGAR, 1994;
CHANG, 1995; COTE e LATHAN, 1999; BRIGHAM e HOUSTON, 1999; MOURA e
MATOS, 2003).
O investimento em ativos circulantes, por sua vez, representa um investimento
substancial em relação ao total dos
ativos, devendo ser bem gerenciado, a fim de que se torne um instrumento voltado
para a maximização do valor. De
acordo com Chang (1995, p. 106) e Kargar (1994, p. 4), em média, as empresas
investem 40% dos seus recursos em ativos circulantes. Acrescenta-se a isto o fato
de a gestão do capital de giro ser extremamente dinâmica, exigindo a atenção dos
administradores financeiros. Conforme Braga (1991, p. 1), [...]“qualquer falha nesta
área de atuação poderá comprometer a
capacidade de solvência da empresa e/ou prejudicar a sua rentabilidade”.
A administração do capital de giro é importante para as pequenas empresas,
principalmente, pela dificuldade de acesso
ao crédito que esse tipo de empresa enfrenta, conforme pode-se constatar em
Machado (2003).
As pequenas empresas são pequenos patrimônios que movimentam um volume
baixo de recursos, mas considerando-se
o conjunto, tornam-se relevantes na economia nacional. Representam a maior parte
das empresas espalhadas por todo o país.
As micro e pequenas empresas, segundo Santana (1994), respondem por 60% da
oferta de empregos, por 48% dos salários
pagos e por 98% do número de estabelecimentos produtivos.
De modo especial, as micro e pequenas empresas enfrentam grandes dificuldades,
em razão da complexidade do sistema
econômico, alta carga tributária e constantes alterações na legislação fiscal
vigente, além da falta de controle das atividades
administrativas e financeiras.
O controle financeiro na pequena empresa envolve todo movimento de caixa e
bancos, todas as aplicações do dinheiro,
receitas, despesas, crédito, cobrança e destino dos lucros. O controle financeiro é
exercido, basicamente, sobre os recursos
que recebe e aqueles que aplica, preocupando-se em proteger o disponível contra
desvios, perdas e más aplicações.
Diante do exposto, esse artigo, de cunho exploratório-descritivo, tem como objetivo
fazer uma síntese das principais
diretrizes que orientam as estratégias de ação das pequenas empresas comerciais
da cidade de João Pessoa/PB, no que
diz respeito às políticas de administração do capital de giro, com a finalidade de
refletir as opiniões e convicções dos
entrevistados (diretores e/ou gerentes financeiros), implícitas nas decisões de
investimento.
Além desta, o presente artigo possui cinco partes. Na seguinte, apresenta-se o
referencial teórico, onde se aborda a
administração do capital de giro. Na terceira parte, aborda-se a metodologia. Na
quarta, os resultados da pesquisa. Na quinta,
a conclusão. E, por fim, a referências.
Definição de finanças
36 – balanço patrimional
O balanço patrimonial tem como finalidade mostrar a situação patrimonial e financeira de
uma empresa em um determinado momento. Retrata não somente a posição dos bens e
direitos, como também a forma pela qual eles foram financiados.
O balançao patrimonial de uma empresa pode ser analisado em três diferentes dimensões: o
ATIVO (bens e direitos), o Passivo (obrigações com terceiros) e o PATRIMONIO
LIQUIDO (Investimentos dos proprietários mais os lucros auferidos)
Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa. Compreende os imóveis onde a
empresa estiver instalada, os equipamentos utilizados no processo produtivo, os veículos, os
estoques etc. E por direitos, as duplicatas a receber, as aplicações financeiras e todos os
outros direitos representados por valores devidos por terceiros a serem pagos em datas
futuras.
O ativo possui ainda como característica o fato que as contas que o compõe devem estar
dispostas em ordem de liquidez, ou seja, primeiro as que transformam em disponibilidade
com maior apidez
Contas do ativo
Ativo circulante
P66
INTRODUÇÃO
O capital de giro, representa o montante de recursos de curto prazo necessário para o
financiamento do ciclo operacional de uma empresa, que compreende o período que vai
desde a compra de matérias-primas até o retorno dos recursos provenientes das vendas dos
produtos fabricados com aquelas matérias-primas.
É basicamente representado pelas contas que compõem o ativo circulante de uma empresa,
que durante a condução normal dos negócios constituem o que se costuma chamar de Ciclo
das Operações Circulantes.
O ciclo das operações circulantes é formado pela movimentação dos itens do ativo
circulante, que se inicia com a saída dos recursos financeiros do disponível e se encerra
coma sua volta após a realização das vendas.
Outra característica do capital circulante é a sua baixa rentabilidade, o que a principio deve
fazer com que o administrador financeiro minimize o investimento nesse tipo de ativo.
O capital circulante liquido (CCL) normalmente é definido como, a diferença entre o ativo
circulante e o passivo circulante.
Positivo – quando o ativo circulante for maior que o passivo circulante, nesse caso o CCL
será a parcela do investimento de curto prazo, financiada por passivos de longo prazo
(exigível a longo prazo e patrimônio liquido).
Negativo – quando o ativo circulante for menor que o passivo circulante, situação em que o
CCL representa a parcela de ativos de longo prazo, financiada através de passivos de curto
prazo.
Nulo – quando o ativo circulante for igual ao passivo circulante e então, estará sendo
financiado totalmente por recursos de curto prazo.
A quantidade dos recursos alocados nos itens circulantes da empresa devem destinar-se
somente a sustentação de sua atividade operacional, visto que o ativo circulante é pouco
rentável.
Os recursos aplicados em caixa devem ser suficientes para fazer frente aos desembolsos
previstos e alguns não previstos
Adotar uma política de duplicatas a receber que permita o crescimento ou, a manutenção
das vendas sem aumento dos níveis de inadimplência.
Manter estoques mínimos porém, sem correr riscos de perder vendas ou provocar atrasos no
processo produtivo
Necessidades permanente:
São as necessidades de financiamentos que se mantém fixas ao longo do ano, e são
representadas pelos ativos permanentes somados à parte do ativo circulante que não
representa alterações durante o período.
Necessidades sazonais
ESTRATÉGIA AGRESSIVA
É a estratégia que utiliza basicamente recursos de curto prazo para o financiamento de todas
as necessidades sazonais e ainda uma parcela das necessidades permanentes
implicações
Quando a empresa mantém esse tipo de postura, reduz seu custo, pelo fato dos recursos de
curto prazo serem mais baratos que os de longo prazo. Porém o risco tende a aumentar em
função da empresa se, nesse tipo de estratégia, trabalhar com um CCL muito pequeno e em
alguns casos até nulo.
ESTRATÉGIA CONSERVADORA
Implicações
Normalmente, essa estratégia é utilizada para minimizar o risco, devido ao fato de a
empresa trabalhar com alto nível de CCL.. Por outro lado, essa estratégia faz com que a
empresa arque com despesas financeiras sobre recursos em excesso e de maior custo
afetando, inevitavelmente, sua rentabilidade.
A maioria das empresas, quando elabora sua estratégia para administrar o capital
circulante, utiliza-se de uma situação intermediária entre a conservadora e a agressiva,
buscando um custo de dimensões que não comprometa sua rentabilidade, e um nível de
risco que não prejudique sua estabilidade, conseguindo assim, um equilíbrio aceitável no
dilema RISCO x RETORNO
A Cia. Têxtil XYZ preparou uma projeção de suas necessidades de financiamentos para o
próximo ano e solicitou aos administradores financeiros da empresa uma análise do custo
desses financiamentos através das estratégias agressiva e conservadora
Reposta
Estratégia Agressiva
R$ 5.500.000,00 / 12 = R$ 458.333
Custo das necessidades sazonais médias
R$ 25.200.000 / 12 = R$ 2.100.000
Estratégia conservadora
ANÁLISE
Custos
Estratégias agressiva = R$ 488.750
Estratégia conservadora = R$ 680.000
CCL
Ativos circulantes financiados com recursos de longo prazo
Estratégia agressiva
Financiamentos de longo prazo R$ 2.100.000
(-) Ativos permanentes R$ 1.500.000
CCL R$ 600.000
Estratégia conservadora
Financiamentos de longo prazo R$ 3.400.000
(-) Ativos permanente R$ 1.500.000
CCL R$ 1.900.000
CONCLUSÃO:
REFERÊNCIA:
http://www.economia.aedb.br/seget/artigos08/358_GESTAO%20E
%20FINANCIAMENTO%20DO%20CAPITAL%20DE%20GIRO.pdf acessado em
21/09/2010
http://www.fiesp.com.br/competitividade/downloads/referencias_3.pdf acessado em
21/09/2010
http://www.dpaconsultoria.com.br/artigos/Artigo%20-%20A%20import%E2ncia%20da
%20administra%E7%E3o%20do%20capital%20de%20giro.pdf
www.ufpel.edu.br/cic/2005/arquivos/CH_01073.rtf - Similares acessado em
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No que se refere ao perfil das empresas consultadas, constatou-se haver certa
semelhança em sua forma de organização e gestão, havendo grandes diferenças apenas
no
tocante ao tipo de venda (varejo x atacado) preponderante em cada uma delas. Quanto
ao
tempo de atuação no mercado, percebeu-se certa maturidade dos empresários, uma vez
que
todos eles atuam no mercado a mais de cinco anos.
Sobre a função financeira, verificou-se que, como na maioria das pequenas empresas,
a atividade financeira ainda encontra-se bastante centralizada na figura de seu
proprietário e
de seus diretores ou gerentes que respondem por todas as áreas da empresa. Embora
tenha
sido evidenciado que a maioria dos responsáveis pela área financeira da empresa
dispõem de
conhecimentos adequados acerca da gestão do capital de giro, na maior parte das vezes
essa
administração é realizada de forma empírica devido à falta de formalização das políticas
de
gestão de curto prazo e dos processos administrativos.
Diante dos resultados obtidos, constatou-se em algumas empresas problemas e
dificuldades referentes à função financeira, à gestão do capital de giro e à consecução de
financiamento de curto prazo, que em sua maioria podem ser minimizados ou até
mesmo
SEGeT – Simpósio de Ex celência em Gestão e Tecnologia 1 3
sanados com a adoção das seguintes medidas: a descentralização da função financeira; a
elaboração de demonstrações do resultado e de balanços patrimoniais; a reavaliação e
formalização de suas políticas de gestão do capital de giro; a aquisição de softwares
para a
função financeira e gestão dos estoques; a definição de um saldo mínimo de caixa; o
planejamento do montante de material a ser adquirido; a negociação de melhores prazos
com
seus fornecedores; relacionar-se de forma mais efetiva com alguma instituição
financeira e
realizar um planejamento financeiro mais eficaz com a utilização do orçamento de
caixa.