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RO ene 68 INTRODUGAO AO Novo TESTAMENTO Este tipo de andlise reflete acertadamente o desenvolvimento cronol6gico geral do ministério de Jesus e preserva algumas distingdes geograficas- Mas baseia-se inteiramente numa selecao de consideragées tematicas e nao leva em conta os marcadores literdrios que Mateus nos deixou. Justamente porque, com modificagées de pequena monta, esse tipo de anélise pode ser aplicado a qual- quer dos evangelhos sinsticos, ele nao informa quase nada acerca dos objetivos peculiares a Mateus. . 2, Seguindo sugestées feitas por Stonehouse, Lohmeyer e Krentz, Kingsbury defendeu a existéncia de trés grandes segdes firmemente amarradas a0 desenvol- vimento cristolégico.' Dé a primeira 0 titulo de “A Pessoa de Jesus, 0 Messias’ (1.14.16) & segunda: “A Proclamaao de Jesus, 0 Messias” (4.17—16.20); e & terceira, “Sofrimento, Morte e Ressurreigdo de Jesus Messias” (16.21—28.20). Logo apés o fim das duas primeiras secgdes aparecerm 36 palavras decisivas dnd téte (apo tote, “desde esse tempo”), assinalando um avango no enredo da hist6ria. As duas wltimas secgdes contém cada uma trés trechos sumariantes (4,23-26; 9.36; 11.1; e 16.21; 17.22, 23; 20.17-19). Embora tenha conquistado adeptos (e.g., Kummel), esse esbogo padece de diversas fraquezas. Nao esta inteiramente claro que dm TOTE (apo tote) seja, do ponto de vista redacional, tao importante para Mateus que toda a estrutura do livro tenha de girar em torno da expresso; afinal de contas, Mateus a emprega em 26.16 sem qualquer quebra no ritmo da narrativa. Poderfamos argumentar que existem quatro resumos da paixao na terceira segao e nao trés (acrescente-se 26.2). Nas duas transigdes estruturais que faz, Mateus pode ter sido influenciado mais pelo fato de seguir Marcos do que por quaisquer outras consideragdes. De qualquer maneira, 0 esbogo proposto desfaz de modo inaceité- vel a importante passagem relativa a Pedro em Mateus 16. Ao contrario do que Sustenta Kingsbury, mesmo o desenvolvimento cristolégico nao ¢ tao claro: a pessoa de Jesus (se¢do primeira) ¢ ainda o centro da atencao nas segoes segunda ertorceira (e,g., 16.13-16; 22.41-46); dificilmente pode-se limitar a proclamagao de Jesus & segunda secao, pois dois dos trés discursos (caps. 18 e 24—25) ¢ varios dos entreveros importantes (caps. 21—23) estéo reservados & terceira segiio. 3. As estruturas propostas com maior freqiiéncia giram em torno da observa- gao de que 2 is e termina com uma formula que nao se encontra em nenhuma outra parte (lit, "E aconteceu, quando Jesus tinha terminado de dizer estas coisas. que ...” [Mt 7.28-29; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1)). Vincular marrati was-e discursos em cinco pares é uma proposta atraente. Bacon propos um SNed B. STONEHOUSE, The witness of Ma EHOUSE, ss of Matthew and Mark to Christ, p. 129-31; Ernst LonMever, Das Evangelium des Matthaus, ed, W. SCHMAUCK; E Known The Extent of Matthews's Prologue, JBL. 83: 409-14, 1964 , —_ * ‘J. D. KINGSBURY, Matthew: structure, Christology, kingdom. MATEUS 69 esquema exatamente assim, chamando as cinco segdes de “livros”.* O livro 1 trata de discipulado (narrativa, caps. 3—4; discurso, caps. 5—1); 0 livro 2, de apostola- do (narrativa, 8—9; discurso, 10); 0 livro 3, do ocultar da revelagao (narrativa, 11-12; discurso, 13); 0 livro 4, da administragao da igreja,(narrativa, 14—17, discurso, 18) e 0 livro 5, do juizo (narrativa, 19—22; discurso, 23—25). Isso deixa Mateus 1 e 2 como preémbulo e 26—28 como epilogo. O proprio Bacon achava que essa fosse, por parte de Mateus, uma resposta consciente aos cinco livros de Moisés e o cumprimento deles. Hoje em dia, os=vineulos=propostos=sio~extremamente=ténues» Os elos entre cada par de narrativa e discurso nem sempre sao muito fortes, além do que deve-se questio- nar seriamente qualquer esbogo que relegue toda a narrativa da paixao e da ressurrei¢ao & condigao de epilogo. Contudo, pode-se salvar algo do esquema. O fato de que Mateus relata longos trechos didaticos de Jesus fora dos cinco discursos nao é de forma alguma uma critica ao esbogo: a seqiiéncia quintupla de narrativa e discurso nao pressupde que nos trechos narrativos Jesus nao seja apresentado como alguém que fala. Ele pode fazé-lo, mesmo longamente (e.g., caps. 11, 21). Na verdade, a questo é que os cinco discursos encontram-se, de um ponto de vista literario, tao claramente assinalados, que é praticamente impossivel crer que Mateus no os tenha ~, planejado. Os capitulos 1 e 2 constituem de fato um preambulo ou prologo: todos os quatro evangelhos canénicos preservam algum tipo de introducao independen- _~ te, antes de passar para a primeira etapa apresentada em comum, a saber, 0 7 ministério de Joao Batista (em Mateus, comegando em 3.1). Certamente nao se deve considerar Mateus 26—28 um mero epflogo. E bem possivel que Mateus pensasse nesses capitulos como o climax, 0 trecho narrativo da sexta se¢ao, com < 0 correspondente trecho de “ensino” ou: deixado por conta dos discfpulos (28.18- 20), estando, portanto, em aberto. ‘Sobrepondo a esses marcadores literérios o desenvolvimento transparente do_¢ enredo, chegamos a um esbogo de sete partes. iS 23). Essa parte 6 divisivel em seis secgdes, que tratam da ‘< genealogia de Jesus (1.1-17), seu nascimento (1.18-25), a visita dos magos (2.1- 12), a fuga para o Egito (2.13-15), o massacre de Belém (2.16-18) ¢ a volta a Nazaré (2.19-23). Umaneitagdo-do~Antigo~Pestamento;-introduzida--por--uma formula:correspondente-de eumprimento,dominaas’eineotltimas dessas-seqoes. ici eoservirdoode-base-ao-ministério-de-desus (3.1—4.11), quais sejam: 0 ministério de Joao Batista (3.1-12), o batismo de Jesus (3.13-17) e a tentagdo de Jesus (4.1-11) — e o inicio do ministério de Jesus, na Galiléia (4.12- —_ 25). O-primeiro-discurso (5:17:29) eeSermaoterMontanita. Depois de definido (A. 5B. W. BACON, The “Five Books” of Moses Against the Jews, ExpT, 15: 56-66, 1918. A idéia 6 detalhada por Bacon em Studies in Matthew. 70 INTRODUGAO AO NOVO TESTAMENTO o contexto (5.1-2), 0 reino dos céus ¢ apresentado, com suas normas (5.3-12) e seu testemunho (5.13-16). O-grande-bloco: : 4 ‘ 4 ”. Esse 6 0 tema especialmente de 5.17-48, com eua explicagao inicial (5.17-20) e as antiteses dependentes (“ouvistes... eu, Ree ses eee : porém, vos digo” (5.21-48]). ipocrisia na avaliagao da importéncia das pessoas (6.1-18), com especial atengéo para a maneira correta de exercitar as trés manifestagdes tradicionais da religiosidade judaica: esmolas (6.2-4), ora¢ao (6.5- 15) e jejum (6.16-18). Para manter tal postura, 6 i i i o que inclui a lealdade absoluta aos valores do reino (6.19- 34) e uma confianga inabalével em Deus (6.25-34). A exigéncia de equilibrio e perfeigao, que cumpre as expectativas do Antigo Testamento (7.1-12), segue-se vena comelusao que apresenta dois caminhos (7.13-14), duas arvores (7.15-20), Guas afirmagses (7.21-23) e dois construtores (7.24-27): 0 leitor tem de fazer sua escolha, Os versiculos finais (7.28-29) nao s6 apresentam pela primeira vez a formula que conclui os cinco discursos, mas também reafirmam a autoridade de ‘Jesus, dessa forma preparando o leitor para a série de milagres marcantes que dominarao os préximos dois capitulos. ératam-de-nigum-aspecto-de-reino.-de-cau-rei, mas também 0 chamado de us em comer com pecadores publicamente enquanto anuncia que o reino que surge, venifesto em sua prépria presenca, era um tempo de alegria (9.14-17). Os Inilagres, bem como a audécia de Jesus, esto fazendo as fronteiras das trevas retroceder, mas a narrativa termina com a necessidade de oragao para que haja mais trabalhadores (9.35-38) e o comissionamento dos Doze (10.1-4). Isso conduz Q\ naturalmente ao 5 SID, que, parte do projeto imediato (10.5b-16), passa por adverténcias de sofrimento futuro (10.17-25) e por uma ordem de nao ter medo, tendo em vista a providéncia do Pai (10.26-31), e vai até uma descricao mais genérica do discipulado auténtico (10.32- 39). Reagir, bem ou mal, aos discipulos, equivale a reagir ao préprio Jesus (10 40-42). A conclusao transicional (11.1) aponta para 0 ministério crescente de Jesus. Onsinsino-eapregaeior do “evangelho' dor reino a ‘opasigaorerescerite, (dd-2=10268).dememvative(11.2—12;50)ndo apenas-apresente-os-papéis relatives deJoaoBatista-cdedesusno-andamento-da historia de-redengio(112-19) como stambém-reverte a-expectativade-povo-aorelatar-e-incisiva-condenagao que Jesus faz-dasreidades“boas"yjudaicas;-religiosas; der Gal nye P lil¢ia-(que-na-mente-dedJesus ‘estao~lado~a~lado-com=eidades=pagas como Tiro e Sidom ou com um centro proverbialmente impio como Sodoma) e ao anunciar alivio e descanso aos exaustos e destrogados — contanto que o encontrem no contexto do “jugo” do a ‘ ee a aumenta quando explode 0 conflito sobre o sabado ; sus mostra que é bem mais um servo manso e sofredor do Mateus (9.9) e a insisténcia de Jes reconhecidos como tais (9.10-13), Mateus. 71 que um rei visivelmente conquistador (12.15-21) e quando surge o confronto nao as entre Jesus ¢ os fariseus (12.22-45), mas entre Jesus e sua propria familia (12.46-50). i siovuroonpesstantctaiang.spreliehenneeteapenienn 3.1-53; veja esboco abaixo). -que-refletem~a~polarizaga: jeigao em Nazaré, 13.54-58; Herodes- e Jesus, 14. 1- 12; exigéncias de um sinal, 16.1-4) ou que, io (e.g., a multiplicagao dos paes, 14.13-21, e a caminhada sobre as Aguas, 14.22-33; Jesus e a tradigao dos anciaos, 15.1-20; a transfigura- 40, 17.1-13; a cura do menino epiléptico, 17.14-20(21}). O-ponto-altodanarrati- wa~6ea-confissio-que-Pedro-faz-sobre-Jesus (16.13-20), mas 0 que acontece em seguida — a primeira predi¢ao da paixao (16.21-23; ef. a segunda em 17.22-23) — mostra quéo pouco o proprio Pedro havia compreendido. poucos pecados sao mais repulsivos do que fazer os crentes, os “pequeninos” de Jesus, pecarem (18.5-9); salvar ovelhas perdidas é mais importante do que providenciar alimento a ovelhas que estao em seguranga (18.10-14); a exposigao sobre a prioridade do perdao e a importancia da disciplina na comunidade messianica so apresentadas (18.15-35). A conclu- so (19.1-2) serve de transicdo e introdugao ao ministério na Judéia.

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