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FAÇA COM QUE A FÉ DELES CRESÇA

Ralph Mahoney

Capítulo 1

Como Cresce a Semente de Mostarda?

Introdução

Uma das razões porque o Senhor nomeia discípulos, é para capacitá-los a lidar com o crente.
Quando Jesus foi a Nazaré, a cidade da Sua infância e da Sua adolescência, a Bíblia diz: “E não
podia fazer ali obras maravilhosas... E estava admirado da incredulidade deles...” (Mc 6:5,6).
Existe algo como incredulidade associada ou comunidade, que impede a obra de Cristo.
Seguindo este comentário no sexto capítulo de Marcos, vemos a afirmação direta: “E percorreu
as aldeias vizinhas, ensinando”. Por que? Porque o ensinamento é o antídoto para a
incredulidade.
Não amamos as pessoas que estão na incredulidade; nós as ensinamos a sair dela. Portanto,
precisamos ser ensinados na fé; no potencial de fé que está em nós; nos princípios que
governam o crescimento da fé e, particularmente, em como aumentar a nossa fé.
Quando Jesus fala sobre fé, Ele sempre Se refere ao nosso relacionamento com outras pessoas.
Se a nossa fé está crescendo, ela envolve o nosso relacionamento com outros crentes.
Em Lucas 17:3,4, Jesus ensina aos discípulos dizendo: “Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão
pecar contra ti, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes
no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe”.
Em resposta a este ensinamento sobre perdão e relacionamentos humanos, os apóstolos
suplicaram ao Senhor: “Acrescenta- nos a fé” (versículo 5).
E necessário que haja fé para se entender os santos adversos. Como disse o poeta há alguns
anos atrás: “Viver no céu com os santos que amamos será a glória. Viver na terra com os santos
que conhecemos... bem, isto é outra história!”
Quando Jesus começa a falar sobre “viver na terra com os santos que eles conhecem”,
imediatamente eles reconhecem a necessidade de aumentar a sua fé.

A. A FÉ CRESCE EM ETAPAS

O próximo versículo, Lucas 17:6 é, provavelmente, a mais incompreendida passagem sobre fé,
nas Escrituras: “E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta
amoreira: Desarraiga-te daqui e planta-te no mar; e ela vos obedeceria”.
A passagem paralela, em Marcos 11:23 menciona não somente árvores mas também montes:
“Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Erga-te e lança-te no mar;
e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será
feito”.
Não há muitos de nós reajustando a topografia (movendo montanhas); deste modo
“espiritualizamos” este conceito de fé que move montanhas.
Deus quer que a Palavra d’Ele seja cumprida. Ele diz em Jeremias 1:12: “...porque eu velo sobre
a minha palavra para a fazer cumprir”, ou, numa tradução melhor: “Estarei por trás da minha
palavra para fazer com que ela seja cumprida”. Precisamos encontrar este tipo de fé que “fala”
e as coisas acontecem.
Este é o ponto: há a fé que “fala”, disponível para os filhos de Deus – “a fé que diz”.
Os expositores da Bíblia interpretaram Lucas 17:6 deste modo: “é necessário somente um
pouco
de fé para fazer muitas coisas”. O problema com este tipo de doutrina é que não funciona!
“Pouca” fé nunca realiza muitas coisas.

1. A Fé de Semente de Mostarda

Há alguns anos atrás, encontrei a tradução de Weymouth que diz: “Se você tem fé que cresce
como um grão de semente de mostarda...” Quando li isto, o Espírito fez com que eu
compreendesse o ensinamento de Jesus, de uma nova maneira. Era uma maneira que eu jamais
ouvira antes, alguém explicar a fé.
Jesus não estava nos dizendo que tudo o que necessitamos é uma ponta minúscula de fé, como
a minúscula semente de mostarda para podermos mover árvores e montanhas, O Senhor estava
nos ensinando que a fé que CRESCE como o grão de semente de mostarda pode curar o enfermo,
expulsar demônios e ver os sinais que se seguem (Mc 16:17-20).
Há um comentário divino sobre como o grão de semente de mostarda cresce, em Mateus
13:31,32. São palavras do próprio Senhor: “Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos
céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando dele, semeou no seu campo; O
qual é realmente a mais pequena de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas,
e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos”.
Ora, a semente de mostarda é pequena mas Jesus disse que quando ela cresce é a maior entre
todas as plantas e que se torna uma árvore suficientemente grande para alojar os pássaros.
Compreendemos que não é pouca fé, mas fé crescente que faz muitas coisas e que este é um
conceito de fé radicalmente diferente. Pouca fé fará algumas coisas e muita fé fará muitas coisas
mas a fé que cresce era o ideal que Jesus ensinava. É de “fé em fé” (Rm 1:17) que progredimos
em direção ao resultado da fé amadurecida.

2. A Fé Remove Montanhas

Em l Coríntios 13:2, Paulo fala sobre a fé que remove montanhas: “E ainda que tivesse o dom de
profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de
maneira tal que transportasse os montes...”
Paulo reconhecia que era necessária toda a fé para remover montanhas. Você não remove
montanhas com semente de fé; você as remove com toda a fé. É necessária uma fé totalmente
desenvolvida para se transferir uma montanha para outro local! Paulo reconheceu isto e Jesus
o ensinou.

Em Mateus 17, lemos que Jesus estava no topo do Monte da Transfiguração com Pedro, Tiago
e João. Durante aquele tempo, apareceu para os outros nove apóstolos que estavam embaixo
esperando, um certo homem que tinha um filho lunático.
Isto fazia com que ele caísse dentro do fogo e dentro da água.
Os nove apóstolos tentaram o exorcismo, mas não obtiveram sucesso. O homem, então, foi ao
encontro de Jesus que descia do topo do monte e disse: “E trouxe-o [o meu filho] aos teus
discípulos; e, não puderam curá-lo” (Mt 17:16). Que acusação! Eles não puderam curar o filho
do homem! “E repreendeu Jesus o Demônio que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou.
Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular disseram: Por que não pudemos nós
expulsá-lo” (Mt 17:18,19).
Consequentemente, os discípulos disseram: “Senhor, demos àquele rapaz o “tratamento
Carismático” completo: nós o sacudimos, dissemos “em Nome de Jesus”; fizemos tudo mas o
Demônio não saiu. “Por quê?”
A versão de “King James” diz, “E Jesus lhes disse: Por causa da vossa incredulidade ...” (Mt 17:20).
Portanto, no original em grego, a palavra é “incredulidade” mas, mais propriamente “pouca fé”
ou “fé pouco desenvolvida”.
Jesus não estava falando sobre incredulidade (uma força negativa). Aqueles discípulos não
teriam tentado expulsar demônios se eles estivessem em estado de incredulidade.
Incredulidade é uma coisa negativa que descrê, ao passo que o problema daqueles nove
apóstolos era “pouca fé”.
Eles tentaram fazer o trabalho, mas sem fé suficiente. Portanto, os discípulos não eram
incrédulos. Eles simplesmente não tinham a fé suficientemente desenvolvida para lidar com o
problema. Eles tinham “semente de fé” e um problema como “árvore de certo tamanho”.
Jesus seguiu ensinando-lhes que mesmo que a fé deles fosse pouco desenvolvida, e se eles
permitissem que ela crescesse como um grão de semente de mostarda, eles poderiam
eventualmente “dizer a este monte:
Passa daqui para acolá, e há de passar: e nada vos será impossível” (Mt 17:20).
Em outras palavras, nada deve ser impossível para você se você tiver fé desenvolvida, fé que
cresce e continua a crescer. O crescimento da fé é um conceito bíblico. Nos seus artigos Paulo
nos fala em metáforas. Ele diz que somos transformados “de glória em glória “ e de “fé em fé”
(2 Co 3:18; Rm 1:17). A fé cresce numa série de passos ou etapas.

3. Deus Dá a Fé

Paulo escreve em Romanos 12:3: “Porque pela graça que me é dada... conforme a medida [ou
semente] da fé que Deus repartiu a cada um.”
A fé começa com Deus dando a cada um de nós a medida da semente da fé. A palavra “medida”
vem da palavra grega metron, que significa “uma porção limitada”. Esta semente (porção
limitada ou medida) é a dádiva de Deus para todos os crentes.
Não há cristão que possa dizer “Eu não tenho fé”, porque as Escrituras dizem que Deus distribui
para cada homem, a medida ou semente de fé. Um apoio adicional para isto é encontrado em
Efésios 2:8,9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é [fé] dom
de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie”. Se você é um crente nascido de novo,
aquela semente, medida e dádiva foi concedida a você.

4. Dois Tipos de Fé

Há dois tipos de fé, e precisamos fazer a distinção entre elas.

a. Dádiva da Fé. É a “Dádiva da Fé” mencionada em l Coríntios 12:9. É a comunicação suprema


de uma Dádiva de Fé, de Deus para você.

b. A Fé Desenvolvida. É o desenvolvimento da fé em você. Na fé desenvolvida, se você começar


com “5 por cento” de fé e ela crescer para “75 por cento”, então você poderá lidar com qualquer
situação que encontrar acima de “75 por cento” de fé.
Por outro lado, se a sua fé não cresce progressivamente, mas você somente tem conhecimento
de uma dádiva repentina ou “comunicação” de fé em alguma ocasião particular, o crescimento
da sua fé continua no nível de 5 por cento.
Alguns cristãos, ainda hoje, narram aquele grande momento de fé quando um milagre
aconteceu através deles, talvez há uns vinte anos atrás; mas a fé deles não cresceu desde aquela
época até hoje.
A fé suprema pode vir a você numa dada situação e um grande milagre acontecerá. Mas, após
essa situação passar, e para a qual você
precisou da Dádiva da Fé, a fé que tomou conta de você pode não estar mais morando em você.
O desenvolvimento da fé é algo que permanecerá em você e funcionará para você em qualquer
situação em que você vier a se encontrar. Uma vez que o problema não exceda seu nível de
crescimento da fé, você sairá sempre vitorioso. Porém se, como os discípulos, você for contra
um problema maior do que a sua fé desenvolvida, você pode experimentar a derrota.
B. A FÉ CRESCE PELA OBEDIÊNCIA

Devemos descobrir como a fé pode crescer na vida do crente. Vamos (ou crescemos) de “fé em
fé” e de “glória em glória”.
Eis um preceito das Escrituras para ser lembrado: Você conhecerá a glória de Deus em sua vida
somente na proporção do desenvolvimento da fé na sua vida. A fé desenvolvida trará um
aumento da glória de Deus sobre a sua vida e sobre o seu ministério.

1. O Potencial de Uma Semente

O princípio do crescimento da fé pode ser ilustrado numa história sobre o túmulo do Rei Tut.
O Rei Tut (abreviação de Rei Tutank Hamon) foi um famoso faraó egípcio, enterrado por volta
de 1357 A.C., numa sepultura-pirâmide extremamente rebuscada. A sepultura foi descoberta
completamente intacta em 1922, por um arqueólogo inglês.
Dentro dela, entre os seus tesouros foram encontrados mel, trigo e milho. Curioso para ver o
que aconteceria após 3.279 anos, o arqueólogo plantou o trigo e o milho num solo fértil, próximo
ao rio Nilo, onde receberiam umidade e alimento adequado, provenientes do solo.
Dentro de período normal de maturação, uma colheita de trigo e milho surgiu – uma colheita
de semente com mais de 3.000 anos de idade.

Apesar de haver permanecido dormente por três milênios e meio, naquela semente havia o
potencial para produzir e reproduzir uma colheita notável. Tudo do que precisou para crescer,
foi do ambiente adequado.

2. Três Elementos Essenciais Para o Crescimento

A lei natural do crescimento nos ensina coisas espirituais. Um grão de trigo nunca crescerá num
ambiente inadequado. Contudo, dando-se as condições adequadas ele não somente crescerá
mas, através do replantio de cada colheita sucessiva, ele eventualmente reproduzirá milhares
de alqueires de trigo.
Este mesmo potencial está preso na semente da fé que Deus tem repartido com todos os
homens. O que fazemos com ela, determina se ela cresce ou se permanece uma semente.
Para se desenvolver, a semente necessita de alimento (solo fértil), água e luz do sol. Estes são
os três elementos essenciais para um crescimento natural e espiritual.
Metaforicamente, para crescer, a semente da fé deve ser alimentada no terreno da Palavra de
Deus [não pela escrita mas pelo Espírito de revelação (Ef 1:17) sobre a Palavra], regada pela
obediência à Palavra e banhada na luz do sol do amor de Deus derramado em nosso coração,
pelo Espírito Santo (Rm 5:5; Gl 5:6).

a. Solo – Ouvir a Palavra de Deus. Quando falamos da Palavra de Deus como sendo o solo no
qual a semente da fé cresce, não estamos nos referindo somente à Bíblia Sagrada. Romanos
10:17 diz: “...a fé é pelo ouvir... pela palavra [grego = rhema] de Deus”.
Nos livros proféticos do Antigo Testamento, encontramos a expressão freqüente:
“A palavra do Senhor veio sobre...” – sobre o profeta Jeremias, ou sobre o sacerdote Ezequiel,
ou sobre Oséias, etc. Isso significa que a voz ou a palavra de Deus foi transmitida do Céu para
um homem na terra, exata- mente como declara Romanos 10:17.
Em Ezequiel 33:7, Deus diz: “...ó filho do homem te constituí por atalaia sobre a casa de Israel;
tu pois ouvirás a palavra da minha boca e lha anunciarás da minha parte.” Deus não deu um
versículo das Escrituras a Ezequiel; melhor dizendo, Deus concedeu a Ezequiel uma revelação,
uma “palavra” que ele iria proclamar ao povo.
Pelo mesmo sinal, a palavra de Deus pode ser transmitida a você subjetivamente (no seu
espírito, na sua mente e nos seus pensamentos), de tal modo que Ele fará com que você saiba
que Ele está falando especificamente para você.
Ele pode fazer isso através das Escrituras, fazendo com que algum versículo queime em seu
coração ou se torne uma coisa viva dentro de você, cheia de significado, consolo ou direção para
você.
Ou Ele pode fazer como está gravado nas Escrituras – através de uma comunicação direta, de
um sonho, de uma visão, de uma visita angélica.
Deus pode falar com você através de uma voz audível ou de uma voz serena e limita- da, ou
simplesmente transmitir confiança interior a você. De qualquer uma destas maneiras Deus pode
e transmitirá a palavra d’Ele para você!

Temos três coisas estabelecidas:

• Deus concedeu a medida ou semente da fé a cada um de nós.


• A fé surge (é aumentada) ao ouvirmos as palavras de Deus para nós.
• Deus pode transmitir as palavras d’Ele para nós.
Como podemos ouvir a palavra e conseguir que a semente cresça no solo da palavra de Deus?

b. Água – Obedecer a Palavra de Deus. Em primeiro lugar, temos que entender o que significa
ouvir. Paulo diz em Romanos 10:17: “...a fé é pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus.”
Paulo não está falando sobre o ato passivo de escutar a pregação de um sermão da Bíblia. Ele
não está sugerindo que devemos ir à igreja cinco vezes na semana para fazermos com que a fé
cresça. Ele está dizendo que a fé surge ao ouvirmos o que Deus está nos dizendo.
Ouvir, neste exemplo, não significa percepção auditiva (ouvir os sons e as palavras) somente. O
conceito vai muito mais além,” significando “ouvir e agir sobre o que foi ouvido”.
A fé surge, cresce e é demonstrada e expressada pelo ouvir e depois, obedecida pelo que foi
ouvido.
Quando Deus fala, há sempre uma ordem autoritária no que Ele diz; ou você age ou você
desobedece.
Por exemplo, um pai pode dizer a um dos seus filhos: “Filho, tem um saco de lixo na cozinha.
Por favor, leve-o lá para fora e jogue-o na lata de lixo”.
A criança, contudo, continua a brincar com os seus brinquedos e cinco minutos mais tarde ela
corre para ir brincar lá fora, batendo a porta atrás de si. O saco de lixo continuou na cozinha.
Ele ouviu a palavra do pai dele? Ele teve percepção auditiva (seus ouvidos captaram o som e as
palavras) do que foi dito. Mas, no sentido bíblico, ele não ouviu porque não “agiu sobre” ou
“obedeceu” ao que lhe foi dito.

1) A Desobediência Impede o Crescimento da Fé. Freqüentemente agimos desta maneira


quando Deus fala conosco. Prosseguimos com o que quer que estejamos fazendo e, por
conseguinte, não fazemos o que Deus os disse. E, aí, ficamos imaginando porque não temos o
crescimento na fé. A fé não pode ser liberada e não pode crescer, enquanto não obedecermos.
Cada vez que você ouve e age, você dá um outro passo em fé. No momento que você
desobedece à palavra de Deus para você, o seu crescimento em fé para naquele nível. Deus
sempre traz você de volta para negociar com você, novamente, aquele nível, antes de aceitar
você em seu desenvolvimento de fé.
Em outras palavras, Deus sempre pede a você para voltar aonde você deixou o seu primeiro
amor e pegá-lo, e ir em frente a partir daquele ponto. Com efeito, Ele diz: “Aquele que tem a
minha palavra e a guarda [e age sobre ela] esse é o que me ama”. Portanto, a sua fé não pode
crescer além da sua obediência. Esta é uma imutável lei da fé!
Lembre-se de que você vai de glória em glória e de fé em fé. Deste modo, você precisa começar
onde você está, com o que você tem agora.
2) Comece Onde Você Está. Você não expulsa uma legião de demônios sem antes expulsar um
Demônio. Isso quer dizer que você não estende a mão para fazer alguma coisa além do
desenvolvimento da sua fé, tentando ir da semente da fé, ao crescimento total dela, num grande
salto. Não funciona desta maneira.
A fé cresce através de uma série de passos progressivos. A fé do Apóstolo Paulo levou 14 anos
para crescer e, só então, ele pôde ir ao mais alto reino da fé e cumprir o chamado de Deus (Gl
2:11). O desenvolvimento da fé de Paulo tinha que ser igual aos problemas e desafios que ele
iria enfrentar no seu ministério missionário.
À medida que a sua fé cresce, a sua capacidade de confiança em Deus cresce. Há alguns anos
atrás, eu e minha esposa começamos a viver “pela fé” confiando em Deus por US8.00 por
semana, para as nossas necessidades. A nossa fé cresceu ao longo do anos, em passos
progressivos e, hoje, em nossa comunidade missionária no World MAP, confiamos no Senhor
por milhões de dólares, para sustentar o ministério espalhado pelo mundo inteiro. Começamos
onde estávamos, com o que tínhamos (menos de dez dólares) e confiamos em Deus. A nossa fé,
então, começou a crescer à medida que obedecíamos à palavra d’Ele para nós.

3) Não Imite os Outros. Eis aqui uma advertência: nunca tente agir sobre a palavra de Deus
concedida a uma outra pessoa. Você não pode imitar a fé de um outro homem. Algumas pessoas
tentaram imitar ministérios de grandes curas e, muitas vezes, tiveram resultados trágicos.
Outras, tentaram seguir os passos de fé de alguém e tropeçaram e caíram completamente.
Portanto, quando a palavra do Senhor vem para você e você a obedece, as coisas acontecem.
Há alguns anos atrás, eu estava no México trabalhando com o irmão panamenho, Noel de Sousa.
Um dia ele me levou à casa de um homem apóstata, para que orássemos por ele. À medida que
orávamos por aquele homem, a palavra do Senhor veio para mim: “Ou ele se arrepende ou ele
morre”.
Que mensagem, para se dar a um homem que jazia enfermo! Mas era a palavra do Senhor – “se
arrepender ou morrer” – e isto foi o que eu disse ao homem.
Naquele momento eu não sabia que a esposa dele orava durante anos para que ele se
arrependesse e se voltasse para o Senhor.
Mas quando a palavra do Senhor veio para ele, ele sucumbiu, se comoveu e começou a chorar
como uma criança, se arrependendo e implorando ao Senhor que entrasse no seu coração. E o
Senhor entrou!
A seguir, a palavra do Senhor veio para mim, dizendo: “Diga-lhe que se levante e caminhe, no
Nome de Jesus”.
O irmão Sousa traduziu para o Espanhol a palavra de ordem. Assim que ajudei o homem a se
erguer, ele saiu daquela cama estreita, ergueu as mãos e dançou em volta do quarto regozijando
e louvando ao Senhor!
Mais tarde, descobri que as condições daquele homem eram tão graves e tão extremas, que o
médico havia dito que se ele se virasse muito na cama ele morreria. Se eu tivesse conhecimento
disso, provavelmente eu teria ficado receoso de erguê-lo daquela cama, em obediência ao
Senhor. Mas a palavra do Senhor veio e eu fui obediente e aquele homem saiu da cama curado!

Se eu tivesse ajudado aquele homem a erguer-se, com presunção ou por meio da fé de alguém,
eu teria matado aquele homem no ato.
Podemos ver, então, que um espírito obediente é uma chave inestimável para o crescimento na
fé.
Observamos, também, que a fé não pode crescer mais do que a obediência. Porquanto, “a fé é
pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” não podemos crescer na fé até que tenhamos ouvido
e agido sobre o que Deus nos falou.
Mostramos que Deus não espera e nem quer que vamos da semente de fé para a fé que move
montanhas, num salto gigante, mas por uma série de passos crescentes. Por meio disso nos
movemos de “fé em fé”.
Deus começa conosco de onde nós estamos, com a medida de fé que Ele nos deu
espontaneamente. Confie e aja sobre a palavra do Senhor para você, com um espírito obediente.
Então você verá que a semente de fé que está dentro de você cresce como um grão de semente
de mostarda e se transforma numa árvore de fé maravilhosamente desenvolvida, carregada de
muitos frutos preciosos.

c. Sol – Amar a Deus. Um dos elementos essenciais para o crescimento da fé é o amor. O


Apóstolo Paulo diz em Gálatas 5:6: “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a
incircuncisão tem virtude alguma; mas sim a fé que opera por caridade”(Amor).
Já descobrimos em Romanos 10:17 que “a fé é pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus”.
Podemos, então, resumir que os três ingredientes para o crescimento da fé são: ouvir, obedecer
e amar.

1) Obediência – A Prova de Amor.

Em João 14:21, Jesus trata do relacionamento do amor na obediência: “...Aquele que tem os
meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama’’. A obediência é a prova de amor e a
demonstração de amor.
Jesus continua, dizendo: “...Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará....”
O versículo 24 conclui:
“Quem não me ama não guarda as minhas palavras...”
Ouvimos a palavra d’Ele para nós e agimos sobre o que ouvimos, porque O amamos. Se não
obedecermos é porque não amamos e, então, a fé não funciona. Sem a execução da fé não há
crescimento de fé. A fé, portanto, cresce pela obediência que flui do nosso amor por Jesus, em
resposta ao ouvirmos a palavra do Senhor.

C. A FÉ CRESCE PELO OUVIR

Quando as Escrituras dizem “a fé é pelo ouvir a palavra de Deus”, elas estão se referindo à
experiência subjetiva pela qual Deus fala conosco.
Os profetas ou ouviram perceptivelmente, ou inteiramente, ou através de sonho, de visão, de
uma visita angélica ou através da boca de um servo ungido; mas em qualquer dos casos Deus se
comunicou com eles. Essa comunicação é o que a Bíblia chama “a palavra do Senhor’’.

1. Deus Falou

a. A Palavra Escrita. A Palavra de Deus, escrita e

b. A Palavra Falada, a palavra viva do Senhor. Precisamos saber a distinção entre elas para
entendermos melhor o significado do ouvir a palavra do Senhor.
Paulo não está falando somente sobre a escrita das Escrituras, quando ele diz “a fé é pelo ouvir
a palavra do Senhor”.
Atos 17:11 sustenta este ponto: “Ora estes foram mais nobres... porque de bom grado
receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”. Conforme
foi usado neste versículo, “nas Escrituras” se refere aos livros do Antigo Testamento, de Gênesis
a Malaquias. Eles ainda não tinham o Novo Testamento, que veio mais de um século mais tarde.
Portanto, “a palavra” e “nas Escrituras”, neste contexto, não são as mesmas coisas.
“A palavra” era a mensagem ungida trazida pelos apóstolos. “A Escritura’’ era o Antigo
Testamento. Eles “receberam a palavra, examinando... nas Escrituras’’.
Em l Tessalonicenses 2:13, vemos outro exemplo da diferença entre a palavra falada e a palavra
escrita, de Deus: “...havendo recebido de nós a palavra... de Deus, a recebestes, não como
palavra de homens, mas segundo é, na verdade, como palavra de Deus...”
Aqui, “a palavra de Deus” se refere àquela que foi pregada e proclamada através da boca dos
homens ungidos de Deus, e que era recebida como a palavra viva vinda diretamente de Deus.
Quando Pedro disse ao homem coxo, na porta Formosa, em Atos 3:6, “...mas o que tenho isso
te dou... Em nome de Jesus Cristo o Nazareno, levanta-te e anda”, ele falou uma palavra viva
que trouxe cura àquele homem. Para o homem coxo ela se tornou “a palavra do Senhor” através
da boca de um instrumento humano, um servo ungido de Deus.

2. Deus Continua Falando

Deus continua falando pelo Espírito Santo através da Sua Palavra escrita, através dos Seus servos
ungidos e através de significados como sonhos, visões, confiança interior, Divina Providência ou
circunstâncias.
Deus nunca fala conosco em qualquer experiência subjetiva que esteja em contradição com a
Sua Palavra escrita. Todas as experiências devem ser julgadas pela Bíblia Sagrada e estar em
concordância com ela.
Precisamos abrir o nosso coração para receber a palavra do Senhor, não somente através da
Bíblia mas através de outros canais pelos quais Deus fala.

a. Escute a Voz d’Ele.

A advertência repetida sete vezes em Apocalipse 2 e 3 é para que prestemos atenção : “Quem
tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas...”. Observe o uso do presente do indicativo –
diz, significando “ouvir o que o Espírito diz e continua a dizer”.
O mesmo tempo de verbo é empregado por Jesus, em Mateus 4:4: “...Nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a palavra que sai [presente do indicativo] da boca de Deus”.
Caminhamos na vida pelo ouvir e pelo obedecer à palavra provinda do Senhor. Seja o que for
que signifique a escolha d’Ele para nos dizer aquela palavra.
Quando nos recusamos a aceitar que Deus pode falar através de um outro meio que não seja o
escrito nas páginas da Bíblia, podemos interromper a comunicação com Ele e, aí então, a morte
espiritual começa.

b. Não Rejeite a Voz d’Ele.

Quando Deus falou aos israelitas, Hebreus 12:19 declara que “... à voz das palavras a qual os que
a ouviram pediram que se lhes não falasse mais”. Quando eles rejeitaram a voz de Deus eles
perderam a fé e foram presos pela lei.
Por isso, Hebreus 12:25 adverte: “Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam
aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele
que é dos céus”.
Algumas pessoas dizem que os dias dos milagres já passaram. Elas estão tentando viver pelo que
Deus disse e se recusando a ouvir o que Ele está dizendo. Então elas estão rejeitando os milagres
de Deus.
Coisas como essas permanecerão na fé pouco desenvolvida, porque elas tentam trazer as
Escrituras para a sua experiência em vez de trazer a experiência para as escrituras.
Se vamos crescer na fé, nosso coração e nossos ouvidos devem estar abertos para Ele. Devemos
crer que a palavra do Senhor pode vir hoje, para nós.
Se não rejeitarmos a voz d’Ele (como fizeram os filhos de Israel) e a ouvirmos e a obedecermos,
a fé aumentará em nossa vida.
c. Esteja Preparado Para Ouvir a Voz d’Ele.

Não precisamos nos concentrar para ouvir a voz d’Ele. Não precisamos ir através de todos os
tipos de ritual e cerimônia para que Deus fale conosco. Deus pode e fala conosco quando menos
esperamos.
Uma das palavras mais importantes do Senhor para mim, veio numa manhã, no Novo México.
Foi num banheiro, quando eu estava me curvando sobre a pia para lavar o rosto e as mãos, para
o café da manhã. De repente, a voz de Deus veio a mim.
Numa outra ocasião, foi quando eu estava saindo do culto, num domingo pela manhã. A minha
mente estava concentrada na viagem de volta para casa. Inesperadamente, Deus me deu uma
“palavra de sabedoria”, para um dos membros da igreja, que havia resolvido um sério problema
em sua vida.

d. Sintonizar na Voz d’Ele.

Existe em Deus o poder para falar conosco diretamente do Céu, através do Seu Espírito Santo. E
existe em nós a capacidade para ouvi-Lo, através do nosso espírito.
Paulo se refere ao homem como espírito, alma e corpo (1 Ts 5:23). O espírito é aquela parte
interior do homem que o faz consciente de Deus. A alma (intelecto, vontade e emoções) é a
parte que o faz consciente de si mesmo. O corpo (que reage através dos sentidos) é a parte que
o faz consciente do mundo. Desse modo, então, por sermos um espírito e ser Deus um espírito,
podemos nos comunicar.
Por exemplo, uma sala está cheia de centenas de sinais de sons emitidos pelas estações de rádio
e de televisão, mas nós só podemos ouvi-los se ligarmos um rádio ou um aparelho de TV.
Assim que sintonizamos o aparelho na estação, os sons são transmitidos para alguma coisa
audível ou visível.
Da mesma forma, podemos “sintonizar” em Deus e receber os sinais d’Ele, alguns dos quais são
audíveis e visíveis!

1) O Jejum Aguça a Sua Audição.

Uma das maneiras de aguçar a nossa receptibilidade para os sinais de Deus, é através do jejum.
É como uma sintonização perfeita de um rádio.
Quando Jesus falou aos Seus discípulos sobre a necessidade do crescimento da fé, Ele deixou
claro (Mt 17:21) que a oração e o jejum eram, frequentemente, as chaves para uma fé maior.
O jejum é uma ajuda para aumentar a fé quando o nosso desejo é chegar mais perto de Deus
para que possamos ouvir melhor a palavra do Senhor para nós.

2) O Jejum Pode Ser Perigoso.

O conceito de que alguém possa torcer o braço de Deus através do jejum e forçá-Lo a fazer
alguma coisa que Ele não deseja, está totalmente errado.
Se o jejum é obstinado e de motivação questionável, você pode expor-se ao espírito errado.
Lembre-se que durante os Seus quarenta dias de jejum, Jesus deparou-Se com Satanás. Se você
está jejuando e orando para conseguir poder ou por outras razões erradas, você está correndo
o risco dos demônios do engano virem sobre você.
Portanto, Jesus não estava no deserto por Sua Própria obstinação de jejuar durante quarenta
dias. Não foi porque Ele decidiu forçar o Seu Pai a exibir poder sobrenatural para mostrar ao
mundo a Sua dinâmica.
Ele estava lá porque havia sido guiado pelo Espírito, para o deserto e para o jejum. Marcos 1:13
nos diz que “os anjos o serviam”. Você precisa da assistência dos anjos, num jejum de quarenta
dias!
Eu sei de três pessoas que morreram num jejum de quarenta dias. Não há dúvidas de que
morreram por não terem sido guiadas pelo Espírito mas, sim, pela obstinação humana. Nas
Escrituras, o jejum não prolongado jamais foi iniciado pela vontade humana mas, sempre, pela
providência divina.

Moisés (Êx 34:28) e Elias (1 Rs 19:8) jejuaram quarenta dias e quarenta noites mas foi Deus que
iniciou o jejum e não eles.
Algumas pessoas sobrevivem a um jejum de quarenta dias mas no final do jejum elas não têm
mais fé do que quando começaram. Por outro lado, conheço pessoas a quem Deus guiou para
tal tipo de jejum e que por estarem correspondendo à iniciativa divina, elas foram preservadas.
Elas encontraram Deus e por isso entraram para um autêntico ministério do Espírito Santo.
Um perigo muito verdadeiro dos quarenta dias de jejum, se ele for obstinado e egoísta, é que
pode resultar num contato com o demônio. Querendo o poder e a consagração para promover
o seu próprio interesse, a pessoa se exporá ao contato com qualquer espírito (certo ou errado)
e, consequentemente, ao poder de Satanás.
O espírito humano sintoniza mais facilmente a comunicação do Espírito Santo, durante o jejum.
Porém, você também fica mais suscetível e sensível aos maus espíritos, tanto quanto fica com
relação ao Espírito Santo. Portanto, você está em terreno seguro se o seu desejo é chegar mais
perto de Deus.
A abstenção de alimento para conseguir entrar na presença d’Ele sem distração, abre os canais
de comunicação.

3) O Jejum Necessita de Motivação Correta.

A motivação para jejuar, deve ser cuidadosamente avaliada. Algumas pessoas anseiam pelo
poder e consagração prematuramente, e são destruídas por eles. O caminho do ministério de
curas está coberto de destroços de homens que tiveram pressa para receber poder. Mas eles
não estavam preparados, em seus corações, para lidar com o poder e nem para controlá-lo.

A consagração é uma coisa muito perigosa!

Se nós tivéssemos poderes ilimitados à nossa disposição, faríamos uma série de coisas que Deus
não quer que sejam feitas; violaríamos todos os tipos de princípios divinos e, neste processo,
acabaríamos nos destruindo e destruindo a obra de Deus. Quando Deus fala, é sempre uma
expressão da Sua Vontade. Quando sabemos o que Ele quer que seja feito, a fé chega pelo ouvir
a palavra de Deus. Essa é uma fé segura.

D. A FÉ CRESCE ATRAVÉS DO FALAR.

A fé segura é baseada no ouvir, na obediência e no amor. Abrimos o nosso espírito para a voz
do Senhor, tendo o coração aberto e suscetível para ouvir e obedecer porque nós O amamos e
Ele nos ama. E é por causa desse amor que a fé funciona. Do contrário, a fé se reprime e para de
crescer.
Ouvir, obedecer e amar são, então, os três ingredientes centrais para o crescimento da fé. A eles
acrescentamos, hoje, um quarto ingrediente essencial – dizer.

1. A Fé de Deus

Em Marcos 11:22 e 23 Jesus, ensinando aos Seus apóstolos, diz: “...Tende fé em Deus.” A
tradução literal é: “Tende a fé de Deus... Porque em verdade vos digo que qualquer que disser
a este monte...” A conclusão disso é que a fé de Deus é uma fé que fala.
No primeiro capítulo de Gênesis, Deus disse: “Haja luz. E houve luz.” Deus disse “Haja...” – e lá
estava! A fé de Deus é “falante” ou “declarante”.
A fé “declarante” é mais elevada do que a fé que pede. Tem que haver fé para pedir, mas existe
uma fé que vai além do pedir – é a fé que “fala”. “Porque em verdade vos digo que qualquer
que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar e não duvidar em seu coração, mas crer que
se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.”

2. Fale o que Deus Diz

A progressão e o desenvolvimento da fé estão relacionados com o que você diz ou fala com as
verdadeiras palavras da sua boca.
Provérbios 4:20-22 declara: “Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina
o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no meio do teu coração.
Porque são vida para os que as acham e saúde para o seu corpo.” Se você recebe as palavras de
Deus e as diz, elas se tornam vida e saúde para você.
Provérbios 6:2 diz: “Enredaste-te com as palavras da tua boca”
Salomão deixa evidente que o que dizemos pode nos amaldiçoar ou nos abençoar, e declara em
Provérbios 18:21: “A morte e a vida estão no poder da língua...”
Tendo enfatizado em Provérbios 10:11 que “A boca do justo é manancial de vida”, Salomão nos
diz que podemos ser traídos pelas palavras da nossa boca ou podemos ser liberados e
resgatados pelas palavras que falamos.
A fé encontra sua expressão à medida que começamos a dizer: “Isso é o que Deus disse.”
Apocalipse 12:11 fala de um grupo de santos que “...venceram [o diabo] pelo sangue do Cordeiro
e pela palavra do seu testemunho...” – que é a confissão falada deles. O diabo é contrariado
todas as vezes que confessamos o que Deus diz.
Paulo sabia do poder da palavra falada e em Romanos 10:8-10 nos lembra que “A palavra está
junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé que pregamos. Se com a tua
boca confessares ao Senhor Jesus e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos,
será salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a
salvação.”
A palavra “salvo” no versículo 9 é a palavra grega sou traduzida “Tu deves ser feito perfeito.”
Numa outra passagem do Novo Testamento, a mesma palavra significa... “Tu deves ser curado”;
e numa outra, “Tu deves ter os teus pecados perdoados.” Sozo é a palavra que o Espírito Santo
es- colheu para expressar todos os benefícios redentores que estão disponíveis para nós, filhos
de Deus. Tudo o que o Calvário proporciona é apropriado pela nossa confissão.

3. Creia no que Você Fala

Nós temos o que dizemos. No momento em que encaramos uma determinada situação, a
resposta em nosso coração é expressada pela nossa boca, e falamos o que cremos.

Jesus advertiu os fariseus sobre essa razão, em Mateus 12:34,37: “...do que há em abundância
no coração, disso fala a boca. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás
condenado’’.
Ao primeiro sintoma de enfermidade, confessamos, não duvidamos, cremos – e conseguimos!
Algumas pessoas solitárias e tristes usam a enfermidade para conseguir simpatia e atenção. A
vida delas é toda construída em torno da atenção que elas conseguem com uma determinada
enfermidade. Elas a possuem pela fé e a releem pela fé, confessando-a diariamente.
Pelo lado positivo, isto também pode funcionar para nós quando entendemos este princípio. Se
confessarmos com a nossa boca o que Deus diz e crermos em nosso coração, nós teremos o que
dissermos.
Se a palavra de Deus encontra guarida em nosso coração, imediatamente admitimos a vitória
em vez da derrota, quando surge um desafio. Aí, então, temos o que dizemos – a vitória!

4. Exemplos da Fé que Fala

a. Abraão. Podemos ver este princípio de confissão positiva de fé, nos registros bíblicos de
Abraão, em Romanos 4:17-22.
Deus prometeu fazer de Abraão o pai de muitas nações. Muito embora Abraão estivesse perto
dos 100 anos de idade, e mais distante de levar adiante uma descendência, ele não era fraco em
sua fé. Nem o entorpecimento do ventre de Sara fez a fé de Abraão vacilar. “E não duvidou da
promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificada na fé, dando glória a Deus”.
Isto significa que ele continuou louvando a Deus por todas as coisas que Ele havia lhe prometido,
admitindo o que Deus tinha dito, e dando glória a Ele.
Abraão ouviu a palavra de Deus: “E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido
também era poderoso para o fazer”. Abraão deu expressão verbal à palavra que estava nele.
Provavelmente ele tenha dito, “Aleluia! Deus me prometeu um filho e eu vou ter esse filho.
Mesmo estando eu com 100 anos de idade e Sara com 90, ainda vamos ter um filho. Glória a
Deus!” Por ter Abraão reconhecido a palavra de Deus, em vez de circunstâncias, “...lhe foi
também imputado como justiça” (versículo 2).

b. Deus. Em Romanos 4:17, temos este comentário sobre Deus: “...o qual vivifica os mortos, e
chama as coisas que não são como se já fossem.’’ Quando Deus diz que alguma coisa “é”, mesmo
que pareça “não ser”, Ele crê que “é”. Deus não tem dúvidas no Seu coração e, deste modo,
acontece exatamente o que Ele diz!
Se Deus faz isso, não devemos fazê-lo também? Não devemos, como filhos de Deus, fazer como
Deus faz? Se a palavra d’Ele vier para nós, nós podemos.

c. Jesus. Neste exato momento o Próprio Jesus está assentado em fé, chamando as coisas que
não são, como se elas fossem. Deus o Pai, disse ao nosso Senhor Jesus: “Assenta-te à minha mão
direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” (Sl 110:1).
Jesus teve essa promessa da eternidade.
A Bíblia diz que Ele está assentado à destra do Pai, esperando em fé, que os Seus inimigos sejam
feitos escabelo dos Seus pés.

5. Assuma a Sua Posição de Fé

Você também pode assumir uma posição de fé, pelo que você diz em fé. Quando você conhece
a vontade de Deus, você pode chamar algumas coisas que “não são” como se “elas fossem”.
Finalmente, você pode vê-las executadas em sua vida.
Se você aceita a palavra de Deus para você, você pode sustentar e confessar essa palavra (como
Abraão) na cara dos espíritos das trevas, nas opiniões, nas circunstâncias e em todas as coisas
contrárias. Deus disse: “...velo sobre a minha palavra para a cumprir” (Jr 1:12). Deus está
esperando que você receba a palavra em sua boca e que você a exprima publicamente
acreditando nela com todo o seu coração!

a. Seu Defensor.

A chave para entender o poder da confissão falada está em Hebreus 3:1: “Pelo que, irmãos
santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote
da nossa confissão”.
Jesus é o Sumo Sacerdote do que você diz! Quando descobri essa verdade um dia enquanto lia
Hebreus eu vi, repentinamente, a cena no Céu. Jesus estava lá na presença de Deus, como Sumo
Sacerdote do que eu dissera.
A cena se ampliou e eu vi diante de mim uma sala de tribunal com Deus o Pai, o Juiz de toda a
terra, sentado atrás da bancada. Em ambos os lados do banco da testemunha, o promotor
público e o advogado de defesa ouviam atentamente o depoimento do acusado.

b. Seu Acusador.

O promotor público é o “acusador”, ou Satanás. Em Apocalipse 12:10, ele é descrito como


acusador dos irmãos, perante Deus, dia e noite.
No primeiro capítulo de Jó, Satanás apareceu com os filhos de Deus diante do Senhor, esperando
pela oportunidade de acusar Jó. Em todos os tormentos e provações que Jó sofreu por causa
das acusações de Satanás, ele jamais cobrou a Deus; jamais questionou a Sua sabedoria e jamais
pecou com os seus lábios (Jó 2:10).
Quando Jó perdeu tudo o que possuía, ele prostrou-se e adorou a Deus. Ele jamais fez a Satanás,
qualquer confissão errada para enfraquecer o propósito de Deus.

c. Seu Ajudante.

Na cena do tribunal, Jesus é o Advogado de Defesa, 1 João 2:1 declara: “se alguém pecar, temos
um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o jus- to.”
No Inglês moderno, a palavra para “defensor” é “advogado”. É a palavra grega paracleto, que é
traduzida como “consolador” em João 14:16.
Jesus disse em João 14:16,17: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador [advogado]
para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade”. Isto significa que não temos
somente um advogado com o Pai no Céu “Jesus Cristo, o reto” mas temos, também, um conosco
aqui na terra, o Espírito Santo. Estamos bem representados no tribunal de Deus.

d. Seu Depoimento. Agora, podemos usar esta cena do tribunal. Sentado na cadeira da
testemunha está o acusado – VOCÊ; Jesus é o Advogado de Defesa; Satanás é o promotor
público e DEUS o Pai é o Juiz. Todos os presentes esperam para ouvir o que VOCÊ dirá – o seu
depoimento.
Ao defender a sua causa, o seu depoimento é a melhor arma que o Advogado de Defesa (Jesus)
tem, contra o acusador (Satanás). O que você disser definirá o resultado do caso.
O seu advogado apresenta a causa d’Ele perante o Juiz, baseado no seu testemunho positivo e
perfeito. O promotor público, pela mesma indicação, apresenta suas acusações ao Juiz, baseado
em quaisquer declarações contraditórias da sua parte.
Ambos, o defensor (Jesus) e o promotor (Satanás) trabalham com o que você diz.
Você deve dar a Jesus, o Sumo Sacerdote da sua confissão, um testemunho que Ele possa
reiterar para a sua defesa.
A sua confissão deve ser uma boa confissão de fé. Se você fizer uma confissão negativa, você
estará carregando o revólver de Satanás para que ele atire na face de Deus.
Deus o Juiz pode absolver, preservar e proteger você, somente ouvindo você dizer o que Ele
Próprio diz. O que Deus diz é sempre verdadeiro. Se você disser o que Deus diz, o seu
testemunho será verdadeiro. Como um Juiz imparcial, Ele permanece por trás da Sua Própria
palavra para cumpri-la.

6. A Vitória Está em Sua Boca!


Você diz o que Deus diz e você vencerá o diabo “pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do [seu]
testemunho”. Parafraseando: “Se confessares com a tua boca, deves ser libertado; deves ser
salvo; deves ser curado”. Todas essas coisas maravilhosas que estão em redenção são suas,
através da sua confissão.
Existe uma força verdadeira no que você diz. A sua confissão o leva à vitória!

E. CONCLUSÃO
Quando você repete a palavra de Deus e aprende a caminhar através da fé, e não pela visão, a
sua fé aumenta.

A fé surge pelo ouvir a palavra de Deus e pelo obedecer ao que você ouviu, com todo o seu
coração e por amor a Ele; e confessando, mesmo na adversidade, exatamente o que a palavra
d’Ele diz.
Aprendemos nesse estudo que aumentamos a fé através desses quatro elementos essenciais:
ouvir, obedecer, amar e dizer.
Unamo-nos a Abraão que “...foi fortificado na fé, dando glória a Deus; E estando certíssimo de
que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer” (Rm 4:20,21).
Abraão ouviu a palavra do Senhor que havia sido dita a ele. Ele agiu em obediência e obedeceu
por amor. Ele disse que aquelas coisas “... não são como se já fossem” – e elas eram! Vamos
estimular a nossa fé e fazê-la crescer, praticando continuamente estes princípios: Ouvir!
Obedecer! Amar! Dizer!

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