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“É necessário que Ele cresça e que eu diminua” – citação no Evangelho de
João cap. 3 vers. 30 durante o testemunho de João Batista acerca de Jesus
conforme a Bíblia de Estudo NVI – Nova versão Internacional, 2000 Editora
Vida.
Agradecimentos
T
oda boa ideia necessita dum bom começo; saber o que fazer
antes de realizar qualquer atividade é primordial. Pena que
mesmo sabendo disso, a Agnes e eu, achávamos que tudo estava
certo por conversar durante alguns dias sobre “criar” uma ONG
ou uma CIA de Teatro, para realizar as visitas nos hospitais e
instituições de Caçapava. Devido a burocracia para criar uma ONG
resolvemos, em curto prazo, formar uma CIA e dar início ao trabalho.
Mas começar por onde? Não queríamos ser apenas mais um grupo de
supostos “bons samaritanos”, que aparecem por um tempo e logo
depois, desaparecem. Este, sim, era um desafio: PERSEVERAR!
Num certo dia, após longa conversa sobre personagens e
figurino, entramos em contato com uma das casas de repouso de nossa
cidade, onde, de pronto, nos atendeu e marcamos a visita.
Tudo aconteceu numa tarde de tamanha criatividade por parte
do “Criador” [...] sei que poderia ser apenas minha imaginação
produzindo mais uma de suas belas ou “malucas” pinturas, mas tudo
parecia perfeito: as pessoas sorriam umas para outras; todos se tratavam
educadamente; as crianças brincavam livres pelas ruas sem a
preocupação urbana decorrente de seu crescimento [...] devo dizer que
até mesmo o sorriso “nervoso” da Agnes2, antes de adentrarmos à casa
visitada, parecia-me agradável e convidativo a desfilar sonetos
apaixonados. Ah! Como é bom fazer o que gostamos!
Fomos recebidos pela enfermeira responsável do dia e
conduzidos até a recepção. Já prontos, deixamos nossas
particularidades de lado para dar vida aos “Doutores do Amor”, ou se
preferirem, Dr. Bódin e a Dr.ª Tóinhonhóin, mais tarde,
carinhosamente chamada de Dr.ª TÓIN.
Ao sairmos pela porta da recepção, já dentro as instalações da
entidade, alguns residentes “abriram” um largo sorriso e teciam
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Mesmo com toda desenvoltura nos palcos e em meio a todo trabalho
apresentado pela Agnes, sua timidez e nervosismo são decorrentes da
vontade em fazer direito, perfeito e agradável ao próximo.
comentários como: “—Agora isso aqui virou uma palhaçada! Olha a
palhacinha, que bonitinha! Está acompanhada de um bode!” – algo me
fez imaginar que eles já sabiam meu nome ?!?!? mas [...] continuamos
em direção ao refeitório, pois, estavam terminando o café da tarde e
também comemoravam com todos os aniversariantes do mês; entramos
e já iniciamos com um “PARABÉNS PRA VOCÊ”, improvisado mas
muito bem acompanhado por todos. Fizemos algumas brincadeiras com
aqueles que nos permitiam a aproximação e cantamos outras canções
antigas. Achávamos que não seríamos bem aceitos por figurar o
“PALHAÇO” no meio de pessoas de maior experiência de vida. Graças
ao “Bom Deus”, estávamos errados! Todos nos recepcionaram com
muita alegria e carinho. O difícil mesmo foi deixar o local. Quando
saíamos de um grupo, éramos logo solicitados por outros dali. A Dr.ª
Tóin logo fez amizades e partilhou de um maravilhoso bolo que era
servido na ocasião. Eu estava intrigado nas histórias que uma senhora
fazia questão de me contar. Tudo durou, aproximadamente, quarenta
minutos. Mas foram os minutos mais reveladores para nós.
Aprendemos. Nos divertimos. Conseguimos transmitir alegria a outros.
Fomos presenteados com novas amizades. Construímos algo muito
importante naquele dia: O RESPEITO. Talvez você já deva ter ouvido
falar que respeito não se compra, mas se conquista; porém, notamos
que naquele dia havíamos, sim, construído uma plataforma de
sentimentos junto às pessoas de maior experiência
[...] tudo foi válido; nada desperdiçado;
alicerçamos o respeito dentro de corações firmes e
necessitados de colunas confiáveis. Invadimos um
lugar muito importante para o ser humano: “o
coração do próximo”. Sabemos do perigo que
corremos ao compartilhar os sentimentos. Mas
nossa maior proposta foi aceita. Decidimos quebrar
a barreira do orgulho para servir de humildade
àquele que nos pede. Talvez jamais consigamos
retornar; uma vez que nos dispomos a trilhar com
muita alegria e a desafiar o mau humor. Juntos, estamos vencendo!
Sorrir, ainda é o melhor remédio!
LEMBRO D’ CÊ?
C
omo todas as outras visitas realizadas nas casas de repouso à
idosos de nossa cidade, esta foi mais uma oportunidade de
aprendizado junto as nossas “eternas crianças”.
Foi numa tarde um tanto convidativa: - os pássaros compunham
versões diversificadas para cada voo; a majestosa estrela solar insistia
em sorrir a cada passo que dávamos em direção à residência
comunitária dos velhinhos; carros e motos disputavam espaço nas ruas
com carroças e charretes que, incrivelmente, causavam
congestionamento no centro da cidade. Era um início da tarde de
sábado. Feirantes recolhiam suas mercadorias e já podíamos sentir o
cheirinho de fim de feira. O mercado fica próximo da casa onde
estaremos visitando e isto me lembra uma única coisa: “PASTÉL DE
CARNE”3 [...] hummm!!! Pois bem; voltando ao assunto, era um dia
perfeito para “jogar conversa fora”. Ao chegar à frente do portão
principal, aguardamos alguns participantes do projeto se unir ao grupo
para as últimas recomendações de conduta dentro da casa visitada.
Devido nossa movimentação e por ser um grupo de dez pessoas,
acabamos chamando a atenção de uma enfermeira que estava de plantão
no dia. A mesma veio nos receber com um sorriso desconfiado, porém,
um tanto curioso. Identificamo-nos e adentramos ao recinto. Quem
abriu o portão foi um simpático senhor que também era residente e
aparentemente, auxiliava na portaria nos fins de semana. Aquele senhor
não respondeu a saudação que o grupo lhe fez ao entrar, mas, por
insistência de alguns, ele permitiu um abraço das meninas do grupo.
Logo dali, observamos de longe alguns velhinhos que tentavam
descobrir quem adentrara na casa. Eles estavam sentadinhos na porta
do refeitório, pois acabavam de tomar o cafezinho da tarde. Podíamos
notar o sorriso de alguns, mas também um olhar perdido de outros por
perceberem que não se tratava de uma visita de seus parentes.
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Pastel de carne – nesta época a Agnes e eu não éramos vegetarianos;
apenas em 2011 que decidimos pelo mesmo.
Começamos a ir em direção onde estava a maioria deles, porém, cada
quarto que passávamos, nossos corações gritavam para agir com a mais
simples ação pessoal: - “Diga Olá! Boa tarde!” – e assim, cada uma de
nós começou a agir. Um a um, duplas, trios enfim [...] a maneira em
que não deixássemos de dar atenção a todos que nos permitissem ir até
eles. Aquela casa que até então se encontrava silenciosa, passou a dar
espaço aos sorrisos e abraços. Todos do grupo estavam ocupados
ouvindo causos ou puxando conversa. Claro; existe sempre alguém que
prefere a atenção de todos. Uma simpática senhora de olhos claros,
cabelos curtos, muito bem à vontade com suas roupas, um sorriso
contagiante e uma voz firme, porém, um pouco rouca, nos cativou logo
na recepção. Enquanto
adentrávamos, de longe
percebíamos seu largo abraço
vindo em nossa direção. Parecia
que iria “abraçar o mundo” com
Medo de palhaço.
“Falhas constantes”
Dr. Bódin
Amizade fraterna
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Cia Teatral EssênciArte – criada no final de 2012 início de 2013, dentro do
grupo de jovens participantes do Centro Espírita A Fé pela Razão, situada em
Caçapava SP, com fins de estudo sobre a arte teatral e apresentações
diversas.
nos maquiarmos, já nos alojamentos do local. Como sempre, elevamos
nossos pensamentos na petição de auxílio espiritual para o que viria a
acontecer [...] nossa vontade de fazer o melhor era tanta, principalmente
para o grupo de amigos que, pela primeira vez, faria algo parecido, que
era fácil ver nos rostinhos maquiados o nervosismo e ansiedade ao
entrar no primeiro quarto. Brincamos com os profissionais que
trabalhavam naquele dia e pudemos presenciar a alegria contagiante de
muitos deles ao nos ver. Talvez seja plágio o que digo, mas sorrir ainda
é o melhor remédio [...] muitos naquele instante, que apresentavam mal-
estar, passaram a compartilhar suas alegrias e, ao ver em seus olhos
brilhantes, a emoção tornou a nos tomar e nos mostrar a importância de
tudo aquilo [...] confesso que por mais uma vez, não posso conter
minhas lágrimas ao lembrar de tudo isso; mas [...] continuando,
adentramos na ala pediátrica onde haviam duas crianças em tratamento;
a primeira criança estava dormindo e, apenas com gestos, deixamos
nosso recado com seus pais que permaneciam no quarto preocupados
com sua filha [...] fechamos a porta e fomos para o quarto ao lado. Ao
anunciar nossa presença por meio de música e muita risada, um
pequeno personagem “correu os olhos sobre nós” que, por alguns
instantes demonstrava preocupação e estranhamento; sua mãe logo foi
nos recepcionando e solicitando que entrássemos no quarto; mas para
nossa surpresa, o menino fechou o semblante e nos repreendeu: “Pálaí
... não pótch!” – disse ele; paramos na porta, respeitando seu pedido.
Por algum tempo tentamos fazer graça a ele para entrarmos [...]
consegui entrar [...] mas ele não liberou a entrada da Dr.ª Tóin e os
demais; ficamos “jogando conversa fora” até nos despedirmos. No final
a Dr.ª Tóin entrou apenas para se despedir. Acredite: - ele não abriu um
sorriso para ela. Saímos e seguimos em direção a pediatria SUS; lá
encontramos duas crianças que, como sempre, nos olham com certa
precaução mas logo entram na brincadeira; ali todos os integrantes
puderam expressar sua arte, mas, principalmente, experimentar a
gratidão do novo amiguinho e sua família que ali estão [...] creio que
dizer isto agora seja meio redundante, mas: NÃO HÁ DINHEIRO QUE
RETRIBUA O SORRISO E OS ROSTINHOS QUE ALI
ENCONTRAMOS. Continuamos a visita no P.S. Infantil e Adulto, e
todos puderam viver aquele momento sem igual; uma lição a cada
pessoa com quem conversamos [...] um novo olhar sobre a vida. Saber
que tudo o que fizemos naquele dia não é nada perto do que podemos
fazer juntos, você que passeia teus olhos nessas linhas principalmente;
fazer o bem ao próximo hoje [...] não deixar para depois. O amanhã tem
seu próprio cenário! Apresente agora teu abraço e sorriso às pessoas
que necessitam [...] seja diferente; FAÇA A DIFERENÇA.
Nossa gratidão mais singela aos amigos que acreditam neste trabalho;
seu companheirismo e disponibilidade nos comove e incentiva ao
crescimento e divulgação da CARIDADE.
Val e Agnes de Paula
Liberdade em sorrir
“Para cada dia, uma nova lição”. Com este ditado popular é fácil
desnudar o aprendizado diário que recebemos com as visitas. Gostaria
de partilhar mais uma experiência vivida neste ano de 2014 dentro da
instituição hospitalar de nossa cidade.
Muitos fatos só se tornam marcantes quando algo muito
especial acontece para que tome o “peso” da lembrança; neste ano
contamos com a participação da Dr.ª Corujinha nas visitas ao hospital.
Como sempre nos preparamos e nos orientamos sobre o que será feito
e qual será o possível trajeto percorrido pelos doutores palhaços
durante toda nossa permanência no local. Ao ir trajar o Dr. Bódin no
vestiário percebi que “outros olhos” já nos perseguiam pelos
corredores; olhos curiosos e com desejo de “comunicar” conosco ou de,
simplesmente, chamar nossa atenção para si. Fiz uma prece para que
fôssemos acompanhados por boas influências e aguardei as meninas
trajarem as doutoras; cai entre nós: mulher quando vai se trocar é um
teste de paciência! Mas depois de dois dias elas saíram do vestiário;
lindas e prontas para as visitas. Como diria meu vizinho: Glória à Deus!
Como tudo que é denominado diferente chama a atenção,
chegamos no horário de visita dos parentes dos pacientes e logo
“tomamos a cena”; ouvimos sorrisos e comentários sobre estes
palhaços [...] brincamos e seguimos em direção ao PSI – Pronto
Socorro Infantil – onde encontramos três pequeninos que estavam
sendo medicados. O curioso foi a maneira em que nos relacionamos
logo de entrada; uma menina bastante simpática foi logo abrindo um
largo sorriso, outro menino ficou um pouco receoso conosco; uma
menina especial5, devido ao efeito dos medicamentos, encontrava-se no
quinto sono, conforme a mãe havia descrito. Observamos por onde e de
que maneira nos aproximar deles e decidimos ir por onde o sorriso nos
permitia. A Dr.ª Tóin logo usou de balões esculturais para despertar a
curiosidade deles; a Dr.ª Corujinha estava no controle do “Kako”,
nosso macaquinho-fantoche; utilizei da música e da conversa mole para
aproximar-me daquele menino esperto. Enquanto as doutoras
brincavam com a menina simpática, tentei aproximar do menino
cantando músicas infantis [...] perguntei a ele sobre o que gostaria de
ouvir; respondendo-me disse: “cê q’ sabe”; cantei uma que as crianças
aprendem nas escolinhas. Logo depois tornei a perguntar e recebi a
mesma resposta: “cê q’ sabe”; resolvi perguntar se ele gostaria que
cantasse algo pra mamãe dele e recebi a mesma resposta. Tentei abrir
um pouco mais a conversa e sempre recebia a mesma frase [...] procurei
fazer perguntas mais diretas, como: qual o nome de sua mamãe? Você
gosta de cachorro? Está estudando onde? Mas para nossa surpresa a
resposta persistia: “cê q’ sabe”. A mãe do menino disse que ele era
muito esperto e não gostava de expor sua opinião em nada! Por isso
toda resposta era o mesmo bordão. Passamos alguns minutos por ali
aproveitando da insistente frase interagindo com a menina e nosso novo
amiguinho cê q’ sabe. Logo nos dirigimos a recepção do PSI e, para
nossa alegria, não havia quase ninguém; apenas duas meninas que
aguardavam sua vez para fazer inalação. Brincamos e nos despedimos.
Após as crianças, sempre visitamos os internos temporários;
primeiro na maternidade onde vislumbramos os pacotinhos6 que
acabam de chegar ao nosso plano7; logo depois encontramos duas
simpaticíssimas crianças na ALA “B” que brincaram, cantaram que
quase, não nos deixaram sair para realizar outras visitas. Uma delas
entregou-se de tal forma as brincadeiras que parecia não mais existir
dor ou limitações a sua saúde; tudo ali era mágico [...] a Dr.ª Corujinha
5
Uma jovem com dificuldades na desenvoltura mental e física.
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Pacotinhos é a maneira carinhosa que nos referimos aos recém-nascidos.
7
Plano aqui descrito, entendam como a vida temporária carnal – Plano
Material – que ao seu término (morte) passa-se ao Plano Espiritual.
sorria mais que a criança a cada brincadeira. Esta criança nos chamava
a dançar e pedia-nos colo a todo instante; estar à vontade naquela
ocasião, parecia ser a frase mais cabível. Logo nos despedimos
comovidos pelo choro da pequenina que expressou a LIBERDADE EM
SORRIR em meio a dor e a saudade dos parentes. Sabemos que muitos
se encontram em situações similares a esta; crianças, adultos ou idosos
[...] mas entender a liberdade promovida pela amizade e dedicação dum
próximo, mesmo que desconhecido, nos faz participar da mais bela
maneira de expressar a alegria: o SORRISO.
A
amizade deve ser cultivada quando conquistada; por vezes
seleta e outras devido o atravessar de circunstancias similares.
Situações assim são comuns dentro do ambiente hospitalar.
Muitos enfrentam as dores da enfermidade ao lado de desconhecidos
que, aos poucos, tornam-se grandes amigos. Gostaria de falar sobre a
amizade de três jovens que, devido o tratamento de suas enfermidades,
foram locados juntos no mesmo quarto; mas antes, gostaria de falar
sobre um menino que encontramos no trajeto hospitalar a caminho deste
quarto.
8
Na Bíblia em Mateus 22:34-40 >> Cap. 11 do Evangelho Segundo
Espiritismo – O maior mandamento.
A GRANDE surpresa
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Workshop – Terapia do Amor com ênfase em visitas hospitalares; aberto a
interessados – duração de 10 horas e certificação.
logo nos disseram que era para uma filmagem da mocidade. Fomos
ludibriados!!! Fizemos tudo como nos pediram até a entrada no
corredor da casa [...] ao ver nossos amigos reunidos nos aguardando e
cantando; a emoção tomou conta. Fiquei travado na porta sem
conseguir andar por alguns segundos; minha visão ficou turva e não
mais controlava os músculos da face [...] olhei para a Agnes e seu lindo
rostinho já estava minando toda a gratidão e emoção contida nos
olhinhos de princesa; toda minha seguridade e seriedade desabou ante
a tanto amor sentido naquele momento. Embora estivessem tocando
uma música de entrada, pude ouvir apenas a larga gargalhada de meu
amigo Joaquim que, alguns dias atrás, havia me dito que eu iria gostar
muito deste dia [...] ele esta muito certo!!! Adorei [...] ADORAMOS!!!
Tudo transcorreu com muita perfeição; o cerimonial, as
comidas, as pessoas [...] senti falta de alguns amigos que não puderam
estar presentes por motivos maiores; mas estiveram em nossos
pensamentos o tempo todo.
Enfim, tudo aconteceu conforme haveria de ser; muita alegria,
emoção, gratidão; é difícil mensurar o que vivemos; sentir o que
sentimos é realizar nossos sonhos sem esforços [...] entrar em cena para
expressar algo já programado exige dedicação e muito estudo do
conjunto teatro; agora, viver junto aos amigos verdadeiros, nos trouxe
algo jamais experimentado nesta passagem corpórea; o amor de quem
se dedica a amar. É exatamente a finalidade deste projeto – AMAR e se
DEDICAR A FAZÊ-LO [...] uma terapia do amor; um ensino para a
vida.
***