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Apresentação

Todo sonho nasce para aquele que cultiva esperança. Tal


acontecimento vem ocorrendo em nossas vidas de maneira “gritante”
aos nossos corações. Uma idéia simples, porém, eficaz. Trazer alegria
em qualquer ambiente, seja ele hospitalar ou não, força-nos a trabalhar
com nosso próprio ego. Deixar nossas prioridades abaixo da
responsabilidade de tornar agradável a vida do próximo tem nos
ensinado a viver melhor. Cada dia é um aprendizado, uma nova
amizade, um novo sorriso, e até mesmo, uma nova lágrima. Você verá
ao longo deste trabalho que a máscara do palhaço é, a meu ver, a mais
difícil tarefa de se assumir, ao contrário do que muitos pensam, quando
o assunto é transmitir alegria a outros. Todas as histórias aqui contidas
não seguem uma linha cronológica, devido ao tempo em que o livro foi
escrito. Muitas histórias ficaram de fora, não pela falta de importância,
mas porque decidimos colocar aquelas que nos marcaram de maneira
positiva.
O projeto “Terapia do Amor” nasceu em Junho de 2009, e
desde então nossas vidas tomaram um rumo diferente. Nossas escolhas
profissionais e pessoais deram maior importância a nossa própria vida
“ESPIRITUAL”. Acreditamos num crescimento diário e na diminuição
de nosso ser; plagiando João Batista – “É necessário que Ele cresça e
eu diminua. – João 3:301”. O maior exemplo de amor deixado por Jesus,
o Cristo, nos permitiu começar esse trabalho. Esperamos que se divirta
ao ler as histórias e também se emocione; como nós.

Val e Agnes de Paula.

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“É necessário que Ele cresça e que eu diminua” – citação no Evangelho de
João cap. 3 vers. 30 durante o testemunho de João Batista acerca de Jesus
conforme a Bíblia de Estudo NVI – Nova versão Internacional, 2000 Editora
Vida.
Agradecimentos

Agradecemos a Deus, nossos familiares, amigos deste e do outro


plano e a todos que, de uma forma ou outra, contribuíram com a
realização deste projeto e a todos os pacientes que nos incentivaram
com seus sorrisos e singelos agradecimentos.
A primeira vez ...

T
oda boa ideia necessita dum bom começo; saber o que fazer
antes de realizar qualquer atividade é primordial. Pena que
mesmo sabendo disso, a Agnes e eu, achávamos que tudo estava
certo por conversar durante alguns dias sobre “criar” uma ONG
ou uma CIA de Teatro, para realizar as visitas nos hospitais e
instituições de Caçapava. Devido a burocracia para criar uma ONG
resolvemos, em curto prazo, formar uma CIA e dar início ao trabalho.
Mas começar por onde? Não queríamos ser apenas mais um grupo de
supostos “bons samaritanos”, que aparecem por um tempo e logo
depois, desaparecem. Este, sim, era um desafio: PERSEVERAR!
Num certo dia, após longa conversa sobre personagens e
figurino, entramos em contato com uma das casas de repouso de nossa
cidade, onde, de pronto, nos atendeu e marcamos a visita.
Tudo aconteceu numa tarde de tamanha criatividade por parte
do “Criador” [...] sei que poderia ser apenas minha imaginação
produzindo mais uma de suas belas ou “malucas” pinturas, mas tudo
parecia perfeito: as pessoas sorriam umas para outras; todos se tratavam
educadamente; as crianças brincavam livres pelas ruas sem a
preocupação urbana decorrente de seu crescimento [...] devo dizer que
até mesmo o sorriso “nervoso” da Agnes2, antes de adentrarmos à casa
visitada, parecia-me agradável e convidativo a desfilar sonetos
apaixonados. Ah! Como é bom fazer o que gostamos!
Fomos recebidos pela enfermeira responsável do dia e
conduzidos até a recepção. Já prontos, deixamos nossas
particularidades de lado para dar vida aos “Doutores do Amor”, ou se
preferirem, Dr. Bódin e a Dr.ª Tóinhonhóin, mais tarde,
carinhosamente chamada de Dr.ª TÓIN.
Ao sairmos pela porta da recepção, já dentro as instalações da
entidade, alguns residentes “abriram” um largo sorriso e teciam

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Mesmo com toda desenvoltura nos palcos e em meio a todo trabalho
apresentado pela Agnes, sua timidez e nervosismo são decorrentes da
vontade em fazer direito, perfeito e agradável ao próximo.
comentários como: “—Agora isso aqui virou uma palhaçada! Olha a
palhacinha, que bonitinha! Está acompanhada de um bode!” – algo me
fez imaginar que eles já sabiam meu nome ?!?!? mas [...] continuamos
em direção ao refeitório, pois, estavam terminando o café da tarde e
também comemoravam com todos os aniversariantes do mês; entramos
e já iniciamos com um “PARABÉNS PRA VOCÊ”, improvisado mas
muito bem acompanhado por todos. Fizemos algumas brincadeiras com
aqueles que nos permitiam a aproximação e cantamos outras canções
antigas. Achávamos que não seríamos bem aceitos por figurar o
“PALHAÇO” no meio de pessoas de maior experiência de vida. Graças
ao “Bom Deus”, estávamos errados! Todos nos recepcionaram com
muita alegria e carinho. O difícil mesmo foi deixar o local. Quando
saíamos de um grupo, éramos logo solicitados por outros dali. A Dr.ª
Tóin logo fez amizades e partilhou de um maravilhoso bolo que era
servido na ocasião. Eu estava intrigado nas histórias que uma senhora
fazia questão de me contar. Tudo durou, aproximadamente, quarenta
minutos. Mas foram os minutos mais reveladores para nós.
Aprendemos. Nos divertimos. Conseguimos transmitir alegria a outros.
Fomos presenteados com novas amizades. Construímos algo muito
importante naquele dia: O RESPEITO. Talvez você já deva ter ouvido
falar que respeito não se compra, mas se conquista; porém, notamos
que naquele dia havíamos, sim, construído uma plataforma de
sentimentos junto às pessoas de maior experiência
[...] tudo foi válido; nada desperdiçado;
alicerçamos o respeito dentro de corações firmes e
necessitados de colunas confiáveis. Invadimos um
lugar muito importante para o ser humano: “o
coração do próximo”. Sabemos do perigo que
corremos ao compartilhar os sentimentos. Mas
nossa maior proposta foi aceita. Decidimos quebrar
a barreira do orgulho para servir de humildade
àquele que nos pede. Talvez jamais consigamos
retornar; uma vez que nos dispomos a trilhar com
muita alegria e a desafiar o mau humor. Juntos, estamos vencendo!
Sorrir, ainda é o melhor remédio!
LEMBRO D’ CÊ?

C
omo todas as outras visitas realizadas nas casas de repouso à
idosos de nossa cidade, esta foi mais uma oportunidade de
aprendizado junto as nossas “eternas crianças”.
Foi numa tarde um tanto convidativa: - os pássaros compunham
versões diversificadas para cada voo; a majestosa estrela solar insistia
em sorrir a cada passo que dávamos em direção à residência
comunitária dos velhinhos; carros e motos disputavam espaço nas ruas
com carroças e charretes que, incrivelmente, causavam
congestionamento no centro da cidade. Era um início da tarde de
sábado. Feirantes recolhiam suas mercadorias e já podíamos sentir o
cheirinho de fim de feira. O mercado fica próximo da casa onde
estaremos visitando e isto me lembra uma única coisa: “PASTÉL DE
CARNE”3 [...] hummm!!! Pois bem; voltando ao assunto, era um dia
perfeito para “jogar conversa fora”. Ao chegar à frente do portão
principal, aguardamos alguns participantes do projeto se unir ao grupo
para as últimas recomendações de conduta dentro da casa visitada.
Devido nossa movimentação e por ser um grupo de dez pessoas,
acabamos chamando a atenção de uma enfermeira que estava de plantão
no dia. A mesma veio nos receber com um sorriso desconfiado, porém,
um tanto curioso. Identificamo-nos e adentramos ao recinto. Quem
abriu o portão foi um simpático senhor que também era residente e
aparentemente, auxiliava na portaria nos fins de semana. Aquele senhor
não respondeu a saudação que o grupo lhe fez ao entrar, mas, por
insistência de alguns, ele permitiu um abraço das meninas do grupo.
Logo dali, observamos de longe alguns velhinhos que tentavam
descobrir quem adentrara na casa. Eles estavam sentadinhos na porta
do refeitório, pois acabavam de tomar o cafezinho da tarde. Podíamos
notar o sorriso de alguns, mas também um olhar perdido de outros por
perceberem que não se tratava de uma visita de seus parentes.

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Pastel de carne – nesta época a Agnes e eu não éramos vegetarianos;
apenas em 2011 que decidimos pelo mesmo.
Começamos a ir em direção onde estava a maioria deles, porém, cada
quarto que passávamos, nossos corações gritavam para agir com a mais
simples ação pessoal: - “Diga Olá! Boa tarde!” – e assim, cada uma de
nós começou a agir. Um a um, duplas, trios enfim [...] a maneira em
que não deixássemos de dar atenção a todos que nos permitissem ir até
eles. Aquela casa que até então se encontrava silenciosa, passou a dar
espaço aos sorrisos e abraços. Todos do grupo estavam ocupados
ouvindo causos ou puxando conversa. Claro; existe sempre alguém que
prefere a atenção de todos. Uma simpática senhora de olhos claros,
cabelos curtos, muito bem à vontade com suas roupas, um sorriso
contagiante e uma voz firme, porém, um pouco rouca, nos cativou logo
na recepção. Enquanto
adentrávamos, de longe
percebíamos seu largo abraço
vindo em nossa direção. Parecia
que iria “abraçar o mundo” com

Foto - Luine Rodrigues Martins


sua alegria e disposição [...] mas
aquele momento era único! Aquele
abraço era pra mim!!! Imagine-se
defronte a saudade [...] ao enorme
Foto - Luine Rodrigues Martins
pedido de carinho; ao momento
que irá fazer parte de sua história. Foi exatamente o que recebi naquela
tarde. Propus-me abraçar aquela linda senhora imaginando ter algo a
dar naquele momento, mas a única sensação que tive foi de receber!!!
Meu Deus! Que DELÍCIA! Minhas palavras se perdem ao descrever o
mundo em volta [...] parecia que nada mais existia além do que
ocorrera. Acreditem no que digo: - Cheguei a ouvir pássaros cantando
aleluia!!!
Logo após aquela recepção, voltei minha atenção para saber
onde estavam os outros participantes e o que faziam. Para minha
satisfação, todos já estavam empenhados a ouvirem histórias e a
conversar com aqueles que assim o permitisse. Para onde meus olhos
apontassem, meu coração parecia querer me dizer algo [...] logo, minha
atenção tornou-se para aquela senhora simpática e “faladeira”!!! Jesus
como ela fala!!! Porém, apenas uma frase despertava minha
curiosidade: - Lembro d’Cê! Lembro d’Cê! – aquilo me intrigava de tal
maneira [...] pelo simples fato de que, a senhora de quem falo, sofria de
esquecimento quase espontâneo. Ao mesmo tempo em que ela conversa
com as pessoas, de pronto, se esquece do que e com quem falara. Em
determinadas circunstâncias, mal acaba a frase e já pergunta “de onde
nos conhecemos? Porque você está falando comigo?” [...] mas então
porque ela dizia que se lembrava de mim? Inclusive lembrou-se de uma
visita que eu fiz, junto com a Agnes, em dezembro de 2009, trajando a
figura do palhaço. Acredito que foi a primeira visita do mês da
celebração natalina daquele ano. Para me lembrar disso, precisei olhar
minha agenda de alguns trabalhos feitos para ter certeza. Acredite ou
não, ela ainda me chama de “PALHACINHO”.
Como descrever atitudes que o homem julga ser impossível?
Para os mais descrentes, buscar uma opinião científica sem antes dar
oportunidade ao “coração pensante”, ou seja, ao sentimento mais antigo
e humano, me leva a acreditar na carência gritante por Amor [...] os
princípios familiares, muitas vezes esquecidos, parecem brotar no olhar
de cada idoso visitado. Fazer parte disso é ainda uma barreira
enfrentada pela nova geração que não encontra tempo para ficar com os
filhos, visitar os avós ou até mesmo, os pais (no caso dos casais). Para
quebrar esta barreira, e dar oportunidade, como já dito, ao “coração
pensante”, devemos antes entender que, TAMBÉM PRECISO DE UM
ABRAÇO, ou apenas de SUA ATENÇÃO. No começo tudo pode
parecer uma opinião própria de alguém que deseja impor suas idéias.
Mas peço-lhe que examine suas lembranças e procure pintar toda
imagem da semana passada: Onde estive e com quem conversei? Se
visitei meus parentes idosos, qual era o assunto principal ou até mesmo,
o que eles vestiam na ocasião? Será que tenho paciência para ouvir o
que meus avós dizem REPETITIVAMENTE mesmo não havendo
lógica em suas frases ou idéias??? Será??? Tudo pode parecer meio
esquisito [...] mas fazendo isto, estarei PERDENDO TEMPO ou
INVESTINDO TEMPO em minha vida??? Isso mesmo, EM MINHA
VIDA!!! Talvez nossas prioridades ainda estão voltadas não apenas as
nossas necessidades, mas também, a enriquecê-las! Quem sou para
julgar suas prioridades??? Posso afirmar apenas uma coisa: VOCÊ, e
somente VOCÊ poderá decidir o que fazer com teu tempo. Não deixe a
timidez ou palavras falarem mais alto que seu coração. Todos têm total
capacidade de ajudar ao próximo; Nunca é tarde! Faça isso ainda hoje!

Medo de palhaço.

“E xiste muita gente que pinta a cara e sai fazendo qualquer


coisa”. Com esta frase, gostaria de dar início a uma história
ocorrida numa visita realizada ao hospital de minha cidade.

O dia mal havia acordado, e o galo parecia


ter perdido a hora. Vizinhos conversavam sobre o
tempo, pois haviam de construir um muro de,
aproximadamente, doze metros (se não me falha a
memória). Mamãe coava um café torrado que
exalava um aroma indescritível, o que acabou se
tornando parte dos comentários dos “falantes”
vizinhos. Enquanto isso, conversava com meu pai
sobre as visitas realizadas anteriormente ao hospital
e sobre como os pacientes recebiam nossos
personagens com entusiasmo e alegria. Ao término
do café, preparei-me e despedi de meus pais. Fui ao encontro da Agnes
que reside no bairro ao lado do meu. Uma vez prontos, tomamos a
estrada em direção ao hospital. Porém é válido comentar que, todo
nosso trajeto só foi realizado graças a uma “motinha vermelha” que nos
acompanha desde o início da ideia Terapia do Amor. SANTA
MOTOQUINHA! Pois bem; chegamos ao hospital em quinze minutos.
No vestiário, enquanto me trocava, minha cabeça parece trabalhar com
entusiasmo [...] lembranças de visitas anteriores, pessoas que
conhecemos, a preocupação em saber se as encontraríamos novamente
ou se já receberam alta médica, enfim [...] quando já prontos, Agnes e
Eu, agora: Drª Tóin e Dr Bódin, afinávamos o violão enquanto
ensaiávamos alguma melodia infantil, pois iríamos direto para o PSI
(Pronto Socorro Infantil) quebrando um pouco da nossa rotina que era:
Clínica Médica, Maternidade, Alas B e C, Pediatria, UTI e finalmente
o PSI. Deixávamos por último o PSI devido a quantidade de crianças
que chegavam durante nossa permanência. O problema é que, às vezes,
causávamos tumulto com as crianças porque todas queriam brincar com
os palhaços. Mas neste dia, algo de especial estava por acontecer. Seria
normal se você presenciasse uma criança com medo de palhaço. Pois
bem, o PSI estava com aproximadamente, vinte e cinco crianças
esperando para serem atendidas ou medicadas. Começamos então por
onde havia o maior número: no atendimento. A recepcionista exibiu um
largo sorriso ao nos ver passando pela janela de vidro atrás da salinha
das crianças. Chegamos fazendo barulho para não surpreender os
pequeninos. Lembro-me de um menino que aparentava seus doze anos,
nos reprovando com o olhar. Procurei não constrangê-lo com
brincadeiras; apenas o cumprimentei e fui direto aos pequeninos.
Porém, a Drª Tóin, não havia percebido que o menino não estava bem
humorado (acredito que seja válido comentar que, com exceção dos
palhaços, NINGUÉM VAI SORRINDO para o hospital); e com toda
sua delicadeza profissional, a Drª Tóin começou a produzir bolhas de
sabão na cabeça daquele garoto. Alguns dos pequeninos começaram a
achar graça naquilo, outros ainda não sabiam o que estava acontecendo.
A Drª foi brincar com os menores e eu, tocando o violão, fui ao encontro
do menino que insistia em fazer “cara de pum”. Perguntei-lhe se estava
tudo bem; mesmo sabendo que ninguém comparece a um Pronto
Socorro por estar bem de saúde; o garoto tornou a lançar aquele olhar
que dispensa quaisquer palavras. Vendo que eu não o agradara, a Drª
Tóin chamou-me para ir tocar algumas músicas infantis para as outras
crianças que nos recebiam sem “rodeios”. Passamos entorno de dez
minutos naquele local; a medida que as crianças iam sendo liberadas,
aquele garoto não entrava na sala de espera. Pensei: - Ele deve estar
com vergonha de ficar perto de nós. - Conversei com a Tóin e saímos
de mansinho. Fomos então em direção a sala de medicação e espera,
onde também haviam crianças que aguardavam a liberação médica ou
sendo medicados. Brincamos com todos e quando saíamos em direção
a Pediatria, encontramos com aquele garoto novamente. Mas notamos
algo diferente em seu olhar. O “garotão de cara amarrada” parecia sentir
medo de nós. Não chegamos perto para não causar-lhe
constrangimento, assim como fazemos com os menores, mas sua mãe
nos fez um sinal com as mãos para esperarmos um pouco. Esperamos e
quando o garoto entrou para ser medicado, sua mãe veio até nós e
contou o motivo dele agir desta maneira. Uma experiência ruim quando
menor o fez ficar assim. Creio que ele nos via como aquele “palhaço”
que o assustou e envergonhou diante de seus convidados em um de seus
aniversários. Pensamos por alguns instantes [...] a Drª Tóin teve a
brilhante ideia de fazer-lhe uma espada de bexiga. Foi até onde estava
o “garotão”, pediu sua permissão para aproximar dele e o entregou a
bexiga com uma pequena brincadeira. Pude presenciar o sorriso mais
esperado daquele dia. Pode parecer exagero de minha parte, mas o Sol
parecia irradiar dentro daquela sala de Pronto Atendimento Infantil [...]
sua mãe nos agradeceu pelo presente dado ao filho, mas nós
agradecemos aos dois por poder demonstrar o nosso objetivo naquele
lugar: LEVAR A ALEGRIA PARA TODOS QUE NOS PERMITIR
FAZÊ-LO!
Mais um dia; mais um aprendizado. Amamos nosso trabalho!!!
DIA INTERNACIONAL DA TERCEIRA IDADE
1º de outubro de 2009

D iferente de tudo aquilo que já havíamos participado, o também


conhecido, “Dia do Idoso”, foi celebrado com um culto
evangélico realizado por uma instituição filantrópica de
Caçapava, que auxilia e estimula o tratamento contra a dependência
química. Fomos convidados por uma amiga responsável por trabalhos
sociais em nossa cidade; como já havíamos feito alguns trabalhos
juntos, resolvemos auxiliar da melhor maneira possível. Pegamos
“carona” com o ônibus que transportaria toda aquela “criançada de
oitenta anos” até o local da comemoração. Desde o momento em que
adentramos no veículo, houve muita participação e brincadeiras;
confesso que fiquei constrangido com algumas; a maioria dos
participantes eram mulheres que desfilavam simpatia e entusiasmo para
aquele dia.
Durante o percurso, a Dr.ª Tóin começou a elogiar as
vestimentas que elas usavam. Cada uma com sua particularidade e
acessórios. O engraçado era, cada vez que ouvia o elogio sobre uma
delas, rapidamente a Dr.ª Tóin era cobrada sobre a maneira em que a
outra amiga estava [...] a Dr.ª ficou em “maus lençóis” para elogiar a
todas. Procurei chamar a atenção das “meninas” para mim, de maneira
que a Dr.ª pudesse pensar em outras distrações até o momento do
desembarque. Ao chegar, ajudamos àqueles que precisavam de algum
auxílio para se locomover e adentramos aquela chácara maravilhosa.
Sentíamos uma certa paz e alegria ao ver aqueles jovens vindo nos
receber estampados de um largo sorriso e olhos brilhantes como se
fossemos seus parentes mais próximos. Estávamos muito bem
acompanhados e livres de toda sentimentalidade contrária àquele
encontro. No local existia uma escadaria que havia nos preocupado
muito, pois, alguns participantes utilizavam “cadeiras de roda” para sua
locomoção. Com todos já acomodados, foi dado início as apresentações
musicais. Lá havia um grupo bem disposto e afinado que entoavam
canções de “louvores” a Deus. Participamos com muita alegria e todos
recebemos algo de diferente naquela tarde; sabíamos das limitações dos
participantes e nos surpreendemos com tamanha participação e
interação no encontro promovido entre as diferentes gerações. Aqueles,
com maior experiência de vida, ouviam atentos cada palavra dita pelos
“garotos” que os recebiam. A Dr.ª Tóin e eu, já integrados àquela
comemoração, partilhamos de momentos musicais junto ao “Coral da
Terceira Idade” cantando músicas do passado e dançando ao som,
“meio desafinado”, da viola do “Seu Dito”. Sinto-me a vontade em
dizer que aquela viola despertou-me lembranças de minha infância; dias
em que ser criança, bastava apenas viver a vida [...] Porém, uma linda
lição ainda estava por vir. Ao término das comemorações (culto de
comemoração), haveria um almoço promovido pela direção daquela
instituição. O problema, a minha limitada visão, era: “—Como iremos
subir a escadaria até o refeitório com toda aquela gente?” Meus olhos
ainda lacrimejam ao lembrar da resposta simples que um dos rapazes
me deu: “—No braço, irmão!” disse ele, esbanjando alegria e satisfação
por poder ser útil naquele instante. Acreditem, foi exatamente o que
aconteceu naquela tarde: para cada pessoa com problemas de
locomoção, existiam três ou quatro rapazes “robustos” e cheios de
vontade em poder ajudar ao próximo. Cadeiras foram erguidas e
levadas de degrau em degrau até o refeitório. Eu não pude deixar de
participar daquela lição de caridade e companheirismo, e acabei
fazendo o mesmo. Um dos senhores preferiu se agarrar em meu pescoço
e ser levado nos braços até lá em cima. Ao fazer isso, pude perceber a
confiança em mim depositada por aquele simpático senhor. A figura do
“palhaço” já não mais importava, mas sim, o ser humano que o trajava.
É difícil descrever o sorriso de todos, mas jamais me esquecerei
de um; uma “senhorinha” de, aproximadamente, oitenta anos que me
olhou nos olhos e disse: “—Jamais me esquecerei de vocês. Posso até
não viver o bastante para a próxima, mas pra mim, hoje é o dia mais
feliz de minha vida!”. Voltamos para casa e como sempre, a Agnes e
eu, relembrávamos dos momentos inesquecíveis que passamos juntos
às pessoas mais incríveis que tivemos a honra de conhecer: NOSSAS
ETERNAS CRIANÇAS.
Adoramos nosso trabalho!
“A dor da saudade; quem é que não tem?”

P eço licença ao inesquecível Elpídio dos Santos para utilizar de


um trecho de sua música que foi imortalizada pela grande figura
do cinema brasileiro, Mazzaropi, e relembrar de uma paciente
que nos permitiu gozar de uma boa amizade durante alguns meses. A
chamaremos de Dona Guará.
Certo dia, assim como muitos, preparávamos para dar início as
visitas nos leitos e setores; a Dr.ª Tóin conversava com uma das
funcionárias da administração do hospital enquanto eu trajava o Dr.
Bódin. Pude perceber que a conversa era muito descontraída por ouvir,
à distância, a magia dos sorrisos que coloriam os corredores daquela
instituição. Já pronto, fui encontrar-me com a Tóin; decidimos o trajeto
do dia; por algum motivo “maior”, porém inexplicável, resolvemos ir
até a Clínica Médica antes de passar pelas crianças. Ao adentrarmos na
clínica, fomos recepcionados pela Enfermeira Responsável que
estampava o melhor ‘cartão de visita’ que o ser humano pode
apresentar: SEU SORRISO SINCERO. Respondemos àquela afeição
positiva e logo fomos intimados a visitar o leito de número sete. Lá,
havia uma senhora desanimada e muito doente; estava só no quarto. A
televisão estava ligada num programa infantil; observamos que ela
olhava para o teto, pensativa [...] logo, procuramos chamar sua atenção
na porta para que pudéssemos fazer a famosa pergunta: “podemos
entrar?” não houve resposta; apenas um olhar perdido como se quisesse
nos pedir algo. A enfermeira, toda animada, nos levou até aos pés da
cama, onde começamos com uma conversa mole para descontraí-la;
procuramos outras formas de produzir um sorriso em sua face cansada
e abatida, mas tudo parecia ser vago. Cantávamos; fazíamos
brincadeiras com a enfermeira, piadas sobre nós; mas nada. Parecia que,
ao invés de agradarmos, estávamos causando incômodo. A Tóin tirou
de sua mala uma bexiga para escultura e fez um cachorrinho;
oferecendo o mesmo para aquela senhora, nos surpreendemos pelo
“florir” de sua expressão. Um sorriso. Uma emoção. Uma lágrima nos
olhos da enfermeira. Nossos corações pareciam uníssonos ao ver a
receptividade da Dona Guará; daquele momento em diante, todas as
vezes em que visitávamos o hospital, nossa rota priorizava a Clínica
Médica, quarto sete, leito sete ponto três, o mais próximo a janela. A
Dr.ª Tóin, como sempre, é a queridinha dos pacientes [...] sempre
aguardada e paparicada! Mas também, a que mais simpatiza por teu
jeito simples e cativante ao conversar. Longas, foram as conversas que
tiveram. Por vezes passávamos até uma hora dentro da clínica para
depois visitarmos os outros setores. Lembro-me dos pedidos que Dona
Guará nos fazia, assim que entrávamos em seu quarto: “café com pão
...” ela não podia sair, pois sua saúde ainda era delimitada, e nós NÃO
podíamos atender seu pedido, embora o quiséssemos fazer; meus olhos
lacrimejam ao lembrar de sua voz roca e baixa, compreendendo que
nada podíamos fazer em relação ao seu pedido. Somos totalmente
leigos em relação aos tratamentos médicos ali realizado, mas éramos
orientados pelos profissionais de saúde a incentivá-los na continuidade
de sua medicação. Procuramos fazê-lo, sempre com muita
descontração. A Tóin nunca deixou de fazer uma escultura de bexiga
para dona Guará. Seus presentes duravam dias até se estourarem; as
enfermeiras eram proibidas por ela quando tentavam retirá-los de perto
de sua cama. Passamos alguns meses visitando-a; até que, num certo
dia, a luz do sol parecia ser opaco, não ouvíamos os pássaros cantando
como sempre, a alegria na face das enfermeiras, por algum motivo,
parecia ter desaparecido. Subimos uma elevação interna em direção à
Clínica Médica, e logo fomos recepcionados pela enfermeira chefe,
“FER”, que, de uma maneira sutil nos colocou a par da situação. – “A
dona Guará, faleceu. – nossos corações dispararam; meu violão
silenciou suas cordas; passamos quase sessenta segundos em silêncio
parados, em pé, no corredor; a Dr.ª Tóin quebrou o silêncio com suas
lamentações sobre o ocorrido [...] então me dei conta que havíamos nos
envolvido demais naquela relação. A notícia nos abateu de tal maneira,
que interrompemos nossa rotina para recuperar nossas forças e
continuarmos a visitar outros pacientes. Naquele dia as canções que
entoávamos parecia sentimentalizar os ouvintes de uma maneira
contrária a que propúnhamos. Os sorrisos davam lugar as lágrimas [...]
mas havia paz em tudo que acontecia. Nossos olhos também
transmitiam a perda de nossa amiga, por mais que disfarçássemos, as
brincadeiras tomavam um sentido mais profissional do que espontâneo.
No fim do dia, como de costume, agradecemos a DEUS pela
oportunidade dessa missão, mas ainda um aperto no peito nos trouxe
lembranças de momentos em que nos permite dizer: -“VALEU A
PENA!” – são gestos simples, porém, marcantes que digo a você,
querido leitor, pratique o BEM [...] pratique o AMOR AO PRÓXIMO!
Ame sem medo! Faça isso AGORA!!!
Dr. Bódin e Dr.ª Tóin

“Falhas constantes”

T odo mundo já passou por situações constrangedoras. Eu não


ficaria de fora dessa, acredite. A Dr.ª Tóin se acaba em
gargalhadas ao me ver dar furos reais, dentro do hospital.
Vamos aos fatos (ou seja lá o que isso quer dizer):
Pela lógica, MATERNIDADE é lugar para??? Hein ??? Então
[...] creio que sua resposta também seja “gestante”. Acontece que ao
visitarmos todas as alas do hospital, passamos pela maternidade
algumas vezes, dependendo do andamento diário de nossa rotina. É
claro que todo local dentro do hospital é MUITO BEM SINALIZADO
e ORGANIZADO por seus responsáveis; o problema é que, havia uma
pessoa sentada num banco separado para as gestantes que realizam seus
exames naquele local [...] pois bem; visitamos os primeiros quartos que
haviam crianças recém-nascidas, dirigindo-nos até o final do corredor
onde, ao notar nossa presença, levantou-se e ficou de costas pra nós. Eu
estava tocando uma música religiosa que uma mamãe havia me pedido,
e dirigia-me até aquela pessoa em pé no corredor [...] para tentar puxar
papo com ela, fiz a famosa pergunta: - “É pra quando, mamãe?” – no
mesmo instante, aquela pessoa virou-se e com uma grave voz, me
respondeu: - “Cê ta Lôco, irmão?!?!?” – meu coração gelou e minhas
pernas deram um nó [...] aquela pessoa que eu imaginava ser mais uma
gestante, era, na verdade, UM PAI que aguardava a sua esposa ser
liberada junto ao seu filhinho. Mas, pensa comigo: gordinho;
segurando sua saliência estomacal com as duas mãos, massageando-
as [...] roupas largas e cabelo comprido preso em rabo de cavalo –
“FALA SÉRIO, NÉ!?!? O mais interessante é que, a Tóin, ao invés de
me ajudar com a situação constrangedora, debruçava-se em gargalhadas
incontroláveis. Imagine com que cara fiquei?
Se isso não bastasse, noutro
dia, ao visitar a mesma ala,
certifiquei-me de que a pessoa
fosse realmente do sexo
feminino, e tornei a perguntar:
“É pra quando, mamãe?” – ela
me respondeu,
carinhosamente: - Não estou
grávida, querido. Sou GORDA
mesmo. Foi minha irmã que
teve neném!
FALA SÉRIO!!!
Dr. Bódin e Dr.ª Tóin

Servir ou “ser servido”?

M uitas pessoas adotaram em seu vocabulário a palavra


SERVIR. Algumas destas, religiosos, políticos, professores,
etc; porém, o que me deixa muito insatisfeito ao ver seu
“EMPREGO” gramatical, são seus resultados. O desejo de fazer algo
de bom ao próximo já nasce nutrido da visualização de seus resultados
imediatos; dar alimentos a um faminto pode resolver sua situação
naquele instante, porém, o mesmo terá fome novamente. E então,
tornará sua necessidade algo constante [...] não entenda meu raciocínio
como uma COBRANÇA, mas pare e pense um pouco: - “uma AÇÃO
HOJE, mesmo que pequena, pode TRAZER MUDANÇA também
hoje!!! Amanhã, a mesma ação, e então a mesma e a mesma [...] um
pouco a cada dia e todos poderão UNIFICAR este auxílio ao próximo.”
– optar por uma atitude de auxílio à um desconhecido pode soar um
pouco fora dos “padrões” impostos por uma sociedade individualista,
mas, como uma lei universal, “toda ação causa uma reação”;
mudanças acontecem, principalmente, quando somos “agentes
causadores” dessas mudanças. Então por que não fazê-lo agora mesmo?
Quais são os impedimentos? Perguntas como estas surgem todos os dias
para metade da população voluntária espalhada no mundo todo. E
acredite, muitos “voluntários” realizam trabalhos como este apenas por
benefício próprio [...] reconhecimento junto a sociedade [...] realização
pessoal [...] enfim. Quando você, querido leitor, decidir realizar um
trabalho de visitações ou simplesmente “IR” até as casas de repouso,
hospitais ou instituições filantrópicas, procure dentro de si entender o
OBJETIVO do que se propôs fazer; ao sair do conforto de sua
residência para SERVIR ao próximo com seu tempo e disposição,
JAMAIS ESPERE POR UM APLAUSO ou RECONHECIMENTO
pela atitude tomada; você estará sujeito até mesmo a REPREENÇÕES
e PERSEGUIÇÕES. Aqueles mais próximos a você poderão reprovar
suas atitudes promovendo cobranças sobre sua participação em
reuniões familiares, por exemplo. Porém, você deverá manter um certo
equilíbrio quando der início as visitações, mesmo porque suas
PRIORIDADES serão colocadas à prova. Embora tudo que eu disse até
aqui pareça REDUNDANTE, eu o fiz propositalmente para que a ideia
de SERVIR e não SER SERVIDO prevaleça fixa nesta leitura, pois caso
você perceba que, conforme sua presença nas instituições se tornem
constantes, aqueles que recebem suas visitas farão de tudo para lhe
agradar e permanecer por lá [...] e o ser humano tem o costume de
oferecer hospitalidade e de presentear àqueles que lhes agradam para
que permaneçam sempre ao seu redor. Este é um momento crítico para
o voluntário! Muitos se perdem num envolvimento maior e deixam de
produzir mais, servindo mais a um e deixando de servir a “MUITOS”.
Não digo que exista maldade nisto, mas tal situação poderá inverter a
intenção primordial, fazendo com que VOCÊ SEJA SERVIDO ao invés
de SERVIR.
Val de Paula – Dr. Bódin

Foto – Luine Rodrigues Martins

A imagem acima nos transmite “n” pensamentos relativo a lembranças,


carinho, atenção, amizade, amor, etc. [...] todo ser pensante é
estimulado a explorar seus sentimentos mais profundos ao cuidado com
o semelhante [...] a presença da personagem “Clown”, Drª Tóin, não
muda o verdadeiro sentido em estar naquele local e naquele exato
instante; este simpático senhor não aguardava a visita de um palhaço,
mas sim, de um amigo [...] um amigo [...] amigo. Seja você agente desta
ação tão simples: AMIGO.
As “ZINFERMÊRAS” da alegria

Não podemos deixar de falar das heroínas da alegria que


nos privilegiou com seu bom ânimo e total respeito
pelo trabalho desempenhado durante toda trajetória
naquele hospital – as “zinfermêras” da alegria.

Todos os dias, antes de iniciarmos o expediente, nossa atenção


era voltada a expectativas e olhares de cada profissional que nos via
chegar no estacionamento que ficava atrás do hospital; desde o vigilante
ao médico de plantão [...] mas eram aquelas “guerreiras” da
enfermagem que anunciavam nossa presença. Deixaremos de citar
nomes para não sermos injustos com todos; foram muitos amigos que
cultivamos naquele local [...] saudades de muitos que não conseguimos
mais contato, porém, jamais serão esquecidos. E são estes que darão a
início a mais um dia de alegria.

Pediatria, 08hs 40min, terça-feira bastante tumultuada; crianças


expressavam seus sentimentos através de suas lágrimas e outros, com o
dom do “canto lírico” – pelo menos foi o que achei – a Drª Tóin dizia
que alguém estava virando lobisomem [...] confesso que quis rir mas
meu corpo reagia de outra maneira; as enfermeiras nos chamavam para
subir a rampa de acesso à pediatria, mas minhas pernas vibravam como
as cordas de meu violão e meu corpo respondia de outra forma [...] para
que você tenha ideia do que falo, pense na sirene das ambulâncias [...]
pois bem; era mais alto! Acredite! A telefonista nos olhava sem
entender porque estávamos parados na porta de sua sala, que ficara aos
pés da rampa citada, e não subíamos logo; a Tóin me olhou com certo
ar de – “e aí?” – juro que quis responder no mesmo tom, mas minha
única ação foi soltar pum [...] claro que isto foi apenas um descontrole
emocional; mesmo porque, a Drª Tóin solta mais pum do que eu [...]
mas é pra que você entenda que aquele ambiente estava muito difícil
para entrar. A Drª Tóin começou a subir; fui logo atrás [...] aliás, bem
atrás; ao chegar próximo aos quartos comecei a tocar uma música do
momento – sertaneja – e logo fui acompanhado por uma bela voz vinda
detrás do balcão de atendimento; era a enfermeira. Guerreira! Eu
reclamava pelo desespero daquelas crianças por ouvir aquilo por alguns
minutos, mas percebi o quanto estava sendo egoísta [...] imagine aquela
profissional que já estava ali por volta de 07 horas exercendo sua missão
[...] e cantando! Logo meu coração se encheu com a alegria transmitida
pela enfermeira e começamos um dueto de três vozes [...] isto porque
cantando mesmo estávamos a enfermeira e eu; a Drª Tóin apenas mexia
os lábios pra fazer graça para aqueles espectadores mirins que nunca
haviam estado tão próximos de um personagem tão estranho e, como se
não bastasse, dentro dum hospital. Parecia que todo aquele barulho
produzido pelas crianças naquela manhã não havia chamado tanto a
atenção quanto nós três ali [...] quebrando o protocolo [...] cantando [...]
e sorrindo. Familiares saíram dos quartos pra ver o que acontecia
naquele local que, como um passe de mágica, tornou-se um silêncio
uniforme. Logo as crianças foram se esquecendo de algumas
preocupações e nos permitindo visitar uma à uma; passamos momentos
agradáveis na pediatria. Brincadeiras e muita música aconteceu durante
todo tempo que passamos junto aquelas figurinhas; ao finalizar a visita,
saímos cantando e prometendo retorno da visita, caso alguém
necessitasse ficar por mais dois dias. Saímos em direção ao Pronto
Atendimento Infantil, mas durante todo o percurso meu respeito
aumentava por cada enfermeira que
cruzava nosso caminho. Seu sorriso, seu
olhar, seu jeito [...] todas diferentes,
porém, todas iguais [...] umas se vestem
de branco, outras ainda mais [...] todas
transmitem alegria, mas,
principalmente: PAZ. Nossa gratidão e
respeito a todas “ZINFERMÊRAS” da
alegria.

Dr. Bódin
Amizade fraterna

Muitas coisas são cultivadas durante anos; na agricultura o


investimento garante, ou não, o sustento da família. A educação
demonstra particularidades e opções relativas [...] guardar dinheiro é
um desafio diário [...] cultivar a amizade [...] amizade. Conquistar um
amigo talvez seja mais difícil do que fazer um desconhecido sorrir de
sua graça; manter uma amizade então [...] exige um despertar de suas
prioridades. Sobre este norte estaremos tentando desnudar o quanto a
amizade nos faz crescer cada vez mais.

P or algum tempo fomos obrigados a pausear as visitações ao


hospital de nossa cidade; mesmo assim, continuamos o trabalho.
Na Páscoa de 2013, recebemos o convite de uma amiga,
enfermeira, que sempre nos acompanhou durante as visitas no hospital.
Ela estava encarregada de tornar diferente, mesmo com recursos
escassos, a data comemorativa já citada. Graças a nossa amizade e ao
trabalho apresentado durante estes anos, esta pessoa maravilhosa
resolveu nos chamar para voltar, mesmo que apenas neste dia, com a
visita já conhecida. De pronto acordamos que faríamos a visita, como
antes, mas com uma novidade; com o passar dos anos fomos cultivando
amizades que, hoje, representam muito em nossas vidas [...] estes
amigos especiais se propuseram fazer parte de uma COMPANHIA
TEATRAL conosco. Diante a ideias muito produtivas e um
acompanhamento do Plano Espiritual, nasce a CIA Teatral
ESSÊNCIARTE4. Somamos esta ideia ao projeto Terapia do Amor e
marcamos o trabalho.
Na bela manhã de páscoa, 31 de Março de 2013, marcamos com
os integrantes da companhia recém formada, EssênciArte, na recepção
do hospital de nossa cidade para conversarmos sobre o que faríamos e

4
Cia Teatral EssênciArte – criada no final de 2012 início de 2013, dentro do
grupo de jovens participantes do Centro Espírita A Fé pela Razão, situada em
Caçapava SP, com fins de estudo sobre a arte teatral e apresentações
diversas.
nos maquiarmos, já nos alojamentos do local. Como sempre, elevamos
nossos pensamentos na petição de auxílio espiritual para o que viria a
acontecer [...] nossa vontade de fazer o melhor era tanta, principalmente
para o grupo de amigos que, pela primeira vez, faria algo parecido, que
era fácil ver nos rostinhos maquiados o nervosismo e ansiedade ao
entrar no primeiro quarto. Brincamos com os profissionais que
trabalhavam naquele dia e pudemos presenciar a alegria contagiante de
muitos deles ao nos ver. Talvez seja plágio o que digo, mas sorrir ainda
é o melhor remédio [...] muitos naquele instante, que apresentavam mal-
estar, passaram a compartilhar suas alegrias e, ao ver em seus olhos
brilhantes, a emoção tornou a nos tomar e nos mostrar a importância de
tudo aquilo [...] confesso que por mais uma vez, não posso conter
minhas lágrimas ao lembrar de tudo isso; mas [...] continuando,
adentramos na ala pediátrica onde haviam duas crianças em tratamento;
a primeira criança estava dormindo e, apenas com gestos, deixamos
nosso recado com seus pais que permaneciam no quarto preocupados
com sua filha [...] fechamos a porta e fomos para o quarto ao lado. Ao
anunciar nossa presença por meio de música e muita risada, um
pequeno personagem “correu os olhos sobre nós” que, por alguns
instantes demonstrava preocupação e estranhamento; sua mãe logo foi
nos recepcionando e solicitando que entrássemos no quarto; mas para
nossa surpresa, o menino fechou o semblante e nos repreendeu: “Pálaí
... não pótch!” – disse ele; paramos na porta, respeitando seu pedido.
Por algum tempo tentamos fazer graça a ele para entrarmos [...]
consegui entrar [...] mas ele não liberou a entrada da Dr.ª Tóin e os
demais; ficamos “jogando conversa fora” até nos despedirmos. No final
a Dr.ª Tóin entrou apenas para se despedir. Acredite: - ele não abriu um
sorriso para ela. Saímos e seguimos em direção a pediatria SUS; lá
encontramos duas crianças que, como sempre, nos olham com certa
precaução mas logo entram na brincadeira; ali todos os integrantes
puderam expressar sua arte, mas, principalmente, experimentar a
gratidão do novo amiguinho e sua família que ali estão [...] creio que
dizer isto agora seja meio redundante, mas: NÃO HÁ DINHEIRO QUE
RETRIBUA O SORRISO E OS ROSTINHOS QUE ALI
ENCONTRAMOS. Continuamos a visita no P.S. Infantil e Adulto, e
todos puderam viver aquele momento sem igual; uma lição a cada
pessoa com quem conversamos [...] um novo olhar sobre a vida. Saber
que tudo o que fizemos naquele dia não é nada perto do que podemos

fazer juntos, você que passeia teus olhos nessas linhas principalmente;
fazer o bem ao próximo hoje [...] não deixar para depois. O amanhã tem
seu próprio cenário! Apresente agora teu abraço e sorriso às pessoas
que necessitam [...] seja diferente; FAÇA A DIFERENÇA.
Nossa gratidão mais singela aos amigos que acreditam neste trabalho;
seu companheirismo e disponibilidade nos comove e incentiva ao
crescimento e divulgação da CARIDADE.
Val e Agnes de Paula

Liberdade em sorrir

“Para cada dia, uma nova lição”. Com este ditado popular é fácil
desnudar o aprendizado diário que recebemos com as visitas. Gostaria
de partilhar mais uma experiência vivida neste ano de 2014 dentro da
instituição hospitalar de nossa cidade.
Muitos fatos só se tornam marcantes quando algo muito
especial acontece para que tome o “peso” da lembrança; neste ano
contamos com a participação da Dr.ª Corujinha nas visitas ao hospital.
Como sempre nos preparamos e nos orientamos sobre o que será feito
e qual será o possível trajeto percorrido pelos doutores palhaços
durante toda nossa permanência no local. Ao ir trajar o Dr. Bódin no
vestiário percebi que “outros olhos” já nos perseguiam pelos
corredores; olhos curiosos e com desejo de “comunicar” conosco ou de,
simplesmente, chamar nossa atenção para si. Fiz uma prece para que
fôssemos acompanhados por boas influências e aguardei as meninas
trajarem as doutoras; cai entre nós: mulher quando vai se trocar é um
teste de paciência! Mas depois de dois dias elas saíram do vestiário;
lindas e prontas para as visitas. Como diria meu vizinho: Glória à Deus!
Como tudo que é denominado diferente chama a atenção,
chegamos no horário de visita dos parentes dos pacientes e logo
“tomamos a cena”; ouvimos sorrisos e comentários sobre estes
palhaços [...] brincamos e seguimos em direção ao PSI – Pronto
Socorro Infantil – onde encontramos três pequeninos que estavam
sendo medicados. O curioso foi a maneira em que nos relacionamos
logo de entrada; uma menina bastante simpática foi logo abrindo um
largo sorriso, outro menino ficou um pouco receoso conosco; uma
menina especial5, devido ao efeito dos medicamentos, encontrava-se no
quinto sono, conforme a mãe havia descrito. Observamos por onde e de
que maneira nos aproximar deles e decidimos ir por onde o sorriso nos
permitia. A Dr.ª Tóin logo usou de balões esculturais para despertar a
curiosidade deles; a Dr.ª Corujinha estava no controle do “Kako”,
nosso macaquinho-fantoche; utilizei da música e da conversa mole para
aproximar-me daquele menino esperto. Enquanto as doutoras
brincavam com a menina simpática, tentei aproximar do menino
cantando músicas infantis [...] perguntei a ele sobre o que gostaria de
ouvir; respondendo-me disse: “cê q’ sabe”; cantei uma que as crianças
aprendem nas escolinhas. Logo depois tornei a perguntar e recebi a
mesma resposta: “cê q’ sabe”; resolvi perguntar se ele gostaria que
cantasse algo pra mamãe dele e recebi a mesma resposta. Tentei abrir
um pouco mais a conversa e sempre recebia a mesma frase [...] procurei
fazer perguntas mais diretas, como: qual o nome de sua mamãe? Você
gosta de cachorro? Está estudando onde? Mas para nossa surpresa a
resposta persistia: “cê q’ sabe”. A mãe do menino disse que ele era
muito esperto e não gostava de expor sua opinião em nada! Por isso
toda resposta era o mesmo bordão. Passamos alguns minutos por ali
aproveitando da insistente frase interagindo com a menina e nosso novo
amiguinho cê q’ sabe. Logo nos dirigimos a recepção do PSI e, para
nossa alegria, não havia quase ninguém; apenas duas meninas que
aguardavam sua vez para fazer inalação. Brincamos e nos despedimos.
Após as crianças, sempre visitamos os internos temporários;
primeiro na maternidade onde vislumbramos os pacotinhos6 que
acabam de chegar ao nosso plano7; logo depois encontramos duas
simpaticíssimas crianças na ALA “B” que brincaram, cantaram que
quase, não nos deixaram sair para realizar outras visitas. Uma delas
entregou-se de tal forma as brincadeiras que parecia não mais existir
dor ou limitações a sua saúde; tudo ali era mágico [...] a Dr.ª Corujinha

5
Uma jovem com dificuldades na desenvoltura mental e física.
6
Pacotinhos é a maneira carinhosa que nos referimos aos recém-nascidos.
7
Plano aqui descrito, entendam como a vida temporária carnal – Plano
Material – que ao seu término (morte) passa-se ao Plano Espiritual.
sorria mais que a criança a cada brincadeira. Esta criança nos chamava
a dançar e pedia-nos colo a todo instante; estar à vontade naquela
ocasião, parecia ser a frase mais cabível. Logo nos despedimos
comovidos pelo choro da pequenina que expressou a LIBERDADE EM
SORRIR em meio a dor e a saudade dos parentes. Sabemos que muitos
se encontram em situações similares a esta; crianças, adultos ou idosos
[...] mas entender a liberdade promovida pela amizade e dedicação dum
próximo, mesmo que desconhecido, nos faz participar da mais bela
maneira de expressar a alegria: o SORRISO.

Foto: Lays Francine


Amigos de quarto

A
amizade deve ser cultivada quando conquistada; por vezes
seleta e outras devido o atravessar de circunstancias similares.
Situações assim são comuns dentro do ambiente hospitalar.
Muitos enfrentam as dores da enfermidade ao lado de desconhecidos
que, aos poucos, tornam-se grandes amigos. Gostaria de falar sobre a
amizade de três jovens que, devido o tratamento de suas enfermidades,
foram locados juntos no mesmo quarto; mas antes, gostaria de falar
sobre um menino que encontramos no trajeto hospitalar a caminho deste
quarto.

Enquanto nos dirigimos de um lado a outro, sempre estamos


entoando músicas ou fazendo brincadeiras com os funcionários de
plantão; ao passarmos próximo a sala de medicação do PSI, avistamos
um menino franzino que logo transpareceu querer conversar ou brincar.
Fomos até ele e perguntamos o motivo de sua vinda até o hospital; ele
nos disse da maneira mais simples e direta possível: é que to cagando
amarelo! – naquele instante sua mãe parecia um camaleão por ter
mudado tão rápido de cor [...] a Dr.ª Tóin já estava passando mal por
não conseguir parar de rir; permaneci interessado no assunto mas era
interrompido pela mãe do menino que se envergonhara com a frase
proferida por ele. Brincamos e deixamos um cachorrinho de balão
escultural com ele e subimos para a sala de medicação adulta, onde se
encontrara os três amigos.
Como era de costume, procuramos orientações com as
enfermeiras de plantão sobre os quartos que não poderíamos estar
visitando e se haveriam precauções a serem tomadas sobre os demais;
feito a introdução, dirigimo-nos ao primeiro quarto onde três jovens, de
aproximadamente quinze a vinte e cinco anos, conversavam e assistiam
televisão. Na cama do meio, o mais velho, dormia devido a medicação
por haver saído a pouco de uma operação; nos extremos dois curiosos
adolescentes que estranhavam, porém, entravam na brincadeira que
promovíamos. Cantamos e jogamos conversa fora [...] o pai de um dos
meninos, quando resolveu entrar na brincadeira, passou a proferir
ditados populares e a tirar sarro da gente [...] mas sua voz era muito
parecida ao ex-presidente Lula; pensamos que era uma brincadeira do
mesmo; mas no passar dos minutos ali, notamos que realmente era a
voz daquele pai. Utilizamos de brincadeiras sobre esta observação e
fomos felizes [...] o homem brincou conosco mais do que os meninos.
Talvez por ver que seu filho sorria junto, ou simplesmente pela alegria
compartilhada. Falamos sobre assuntos diversos e sem conteúdo algum
[...] voltamos outros dias e criamos um laço de amizade com todos
daquele quarto. Ao nos ver andando pelos corredores do hospital,
somos cobrados por aquele pai a visitar o quarto “um”, onde seu filho
permanecia. Em uma visita mais recente, seu filho já havia saído e não
mais encontramos os dois [...] mas ainda havia outros dois corinthianos
em recuperação naquele quarto; ao tocar no assunto sobre pai e filho, o
mais velho disse que eles pediram para que se despedissem de nós.
Recebi aquele recado com tamanha felicidade por saber da conquista
de mais uma amizade sincera. Continuamos com as brincadeiras e com
o papo mole de sempre [...] procuramos a descontração como meio de
aproximação com aqueles que assim nos permitem. Não entendemos
absolutamente NADA de medicina; mas arriscamos falar um pouco
sobre a amizade. Todas que temos cultivado durantes estes anos apenas
SOMARAM para nosso conceito do que seria uma boa amizade para
nós. Trabalhar o que há de melhor em cada um, sempre favorável ao
próximo e a si [...] colher o sorriso sincero das pessoas que são inibidas
por problemas ou situações adversas que a vida nos empoe; tratar a
todos como iguais [...] ajudar a quem mais necessita, mesmo que o
estereótipo não declare com suas encenações [...] saber olhar nos olhos
daquele que procura a verdade, a amizade e o amor. Ser sincero e
simples. Dar continuidade a mais pura lição divina: Amar ao
PRÓXIMO como a ti mesmo8. Todas estas observações apenas nos fez
construir uma pequena base sobre a amizade. Ainda há muito que
aprender. Dispomo-nos a isto; hoje e sempre!!!

8
Na Bíblia em Mateus 22:34-40 >> Cap. 11 do Evangelho Segundo
Espiritismo – O maior mandamento.
A GRANDE surpresa

Caçapava, 13 de Dezembro de 2014


Sábado de Confraternização com a mocidade espírita A Fé Pela Razão
Pelo menos era isto que haviam nos dito [...]

T odos os anos a mocidade espírita do qual participamos, é


realizado a confraternização de fim de ano e término dos
trabalhos; combinamos onde seria realizado e horário [...] houve
duvidas devido o tempo chuvoso que o verão nos proporciona se seria
numa chácara onde reside a mãe de uma amiga ou se seria na casa de
um dos integrantes do grupo; devido ao tempo foi na casa de nosso
amigo da cidade. Porém, todos sabiam de algo que a Agnes e eu nem
desconfiávamos; sempre declaramos a vontade de nos casar trajando os
doutores [...] e como nossos amigos estão sempre por perto,
desenvolveram a ideia de um noivado e tramaram nos surpreender;
pensaram em detalhes como o bolo, a decoração, os narizes pintados, o
cerimonialistas, a música, as cores – que sempre me acompanham – as
alianças, os amigos que puderam estar presentes [...] tudo perfeito.
Ainda meus olhos me atrapalham quando penso no rosto de cada amigo
ali presente; todo o cuidado para que não descobríssemos [...] foi o
máximo.
Ao sairmos do estudo conduzido por uma linda jovem do
grupo, concordamos de no encontrar na casa onde tudo aconteceu, mas
antes deveríamos tomar um banho porque estávamos realizando um
Workshop9 do projeto e havíamos desgastado o físico durante os
exercícios de expressão corporal. Levamos uma amiga até sua
residência e combinamos buscá-la logo após. Foi algo meio enrolado
mas penso que tudo já fazia parte do combinado; a demora e o suspense
[...] enfim; adoramos!!! Ao chegar no local combinado, fomos
recepcionados por outros amigos que nos pediram para vestir o jaleco
do palhaço e o nariz; confesso que achei meio estranho a princípio, mas

9
Workshop – Terapia do Amor com ênfase em visitas hospitalares; aberto a
interessados – duração de 10 horas e certificação.
logo nos disseram que era para uma filmagem da mocidade. Fomos
ludibriados!!! Fizemos tudo como nos pediram até a entrada no
corredor da casa [...] ao ver nossos amigos reunidos nos aguardando e
cantando; a emoção tomou conta. Fiquei travado na porta sem
conseguir andar por alguns segundos; minha visão ficou turva e não
mais controlava os músculos da face [...] olhei para a Agnes e seu lindo
rostinho já estava minando toda a gratidão e emoção contida nos
olhinhos de princesa; toda minha seguridade e seriedade desabou ante
a tanto amor sentido naquele momento. Embora estivessem tocando
uma música de entrada, pude ouvir apenas a larga gargalhada de meu
amigo Joaquim que, alguns dias atrás, havia me dito que eu iria gostar
muito deste dia [...] ele esta muito certo!!! Adorei [...] ADORAMOS!!!
Tudo transcorreu com muita perfeição; o cerimonial, as
comidas, as pessoas [...] senti falta de alguns amigos que não puderam
estar presentes por motivos maiores; mas estiveram em nossos
pensamentos o tempo todo.
Enfim, tudo aconteceu conforme haveria de ser; muita alegria,
emoção, gratidão; é difícil mensurar o que vivemos; sentir o que
sentimos é realizar nossos sonhos sem esforços [...] entrar em cena para
expressar algo já programado exige dedicação e muito estudo do
conjunto teatro; agora, viver junto aos amigos verdadeiros, nos trouxe
algo jamais experimentado nesta passagem corpórea; o amor de quem
se dedica a amar. É exatamente a finalidade deste projeto – AMAR e se
DEDICAR A FAZÊ-LO [...] uma terapia do amor; um ensino para a
vida.

***

Agradecemos sua paciência durante esta simples leitura; gostaríamos


de convidá-los a colocar em prática seu lado palhaço de ser –
lembrando que, todo palhaço deve entender o ser humano que o traja –
e a prática do bem sempre!!! Desejamos muito amor em seus corações.
Rir, ainda é o melhor remédio!

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