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CSH2019 Prof.

Daniel Santos 1

TE51 Cultura Semítica e Helênica (Parte 2)


Daniel Santos

4. Terra dos ancestrais


Em praticamente todas as sociedades do mundo antigo, o tipo mais importante de
propriedade era mesmo a terra. Ela poderia ser adquirida por uma comunidade ou por uma
pessoa apenas; a transferência de uma propriedade acontecia por meio de venda, presente
ou confisco. Os detalhes variam bastante de sociedade para sociedade, mas a essência é a
mesma: terra era o elemento chave para se obter estabilidade e prosperidade.
O antigo testamento não foge muito desse princípio geral, ainda que tenha uma visão bem
específica do direito de propriedade de uma terra. Por exemplo: Segundo as promessas de
Gênesis (12.1-9; 15:7-21; 28:13-15) e as pregações de Moisés em Deuteronômio (1.8, 21,
25; 7.12-16; 8.1-10; 28.1-14), a terra de Canaã era um presenteie Deus para os
descendentes de Abraão.
A expressão “a terra que o Senhor te dá” (incluindo alguma variação dela) é recorrente nos
códigos legais do Antigo Testamento (Ex 20.12; 23.20-26; Lv 20.24; 25.2, 38; 26.3-12; Dt
5.16; 12.1, 8-12; 15.4-6; 26.1-3).
Essa ideia foi ampliada, por ocasião da conquista da terra prometida, com a promessa “onde
quer que pisar a planta do vosso pé…” (Js 1.2-6, 13-21).
Assim sendo, a questão não é meramente um conceito teológico para origem do direito de
posse da terra Prometida; isso, embora não fosse muito comum, tinha paralelos em outras
nações no mundo antigo. Um caso específico é a inscrição na Pedra Moabita descrevendo
que a terra pertencia a Kemosh, dando a entender que ele determinava quem deveria ser os
moradores ali (COS 2:23).

No caso de Israel, o conceito da terra como tendo sido dada por Deus tinha uma implicação
econômica, já que envolvia o princípio da inalienação da terra de ancestrais (1 Rs 21.3) e a
responsabilidade de redimir a terra que havia sido vendida por motivos de extrema
necessidade (Rt 4.1-9; Jr 32.7-10). Tais atitudes não aconteciam nas nações do AOP onde a
terra era considerada como um bem alienável (vendível).
1. Efrom, o heteu, vendeu a caverna de Macpela a Abraão (Gn 23)
2. Os filhos de Hamor venderam um terreno a Jacó (Gn 33.18-20)
3. Araúna, o jebuseu, vendeu sua eira para Davi (2 Sm 24.18-25)
Esses exemplos mostram que a venda de uma terra era algo perfeitamente aceitável na
cultura do AOP. No Antigo Testamento, todavia, não há qualquer referência a um israelita
vendendo sua terra ou passando para alguém fora da sua tribo. Essa é a razão por que
Nabote se recusa a vender sua vinha a Acabe (1 Rs 21.1-4).

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Quando a mulher sunamita deixou a terra por causa da fome predita pelo profeta, ela não
vende a terra e retorna sete anos depois para reavê-la juntamente com todo o valor que ela
produziu enquanto esteve ausente (2Rs 8.1-6).
Está compreensão da terra dos ancestrais é o centro da preocupação tratada, por exemplo,
na lei do Jubileu.

4.1. Jubileu (Lv 25.8-17)


De acordo com a lei do Antigo Testamento, a cada sete dias celebrava-se o Sabbath e a cada
sete anos celebrava-se um ano sabático. Além disso, após ter comemorado sete vezes o anos
sabático, comemorava-se o ano de Jubileu.

4.1.a. Antigo Oriente Próximo


O único código legal do AOP que contém algo parecido com a lei do Jubileu é LE (Leis de
Eshnunna):
Se um homem vier a se tornar pobre e, em decorrência disso, tiver vendido sua casa,
sempre que o atual proprietário colocar à venda, o antigo proprietário terá
preferência para redimi-la. (LE §39)
Embora seja possível ver alguma semelhança com o princípio geral do jubileu, não há
garantia de que o vendedor terá algum dia a sua propriedade de volta a menos que o
comprador decida coloca-la à venda e o dono original tenha recursos naquele momento
para comprar de volta.
Também não está claro se o preço que será estipulado para o resgate da propriedade será
determinado pela venda original, o que pode ter sido mais barato considerando a
dificuldade financeira do que vendeu, ou o preço de mercado.
O direito de resgatar uma terra é mencionado também em um texto nos arquivos do
período babilônico antigo em Tutub (atual Khafajah, no Iraque):
Se ele [Kalarum] conseguir o dinheiro por conta própria,
ele poderá redimir o campo.
Tirando esse elemento de resgatar um campo, é possível encontrar na Mesopotâmia
paralelos do conceito de jubileu nos decretos reais que estabeleciam o anduraru (liberdade,
libertação) e misaru (justiça, retidão), os quais eram proclamados de tempos em tempos
pelos reis como uma demonstração de bondade por ocasião da entronização. Tais decretos
incluíam medidas como a remissão de débitos, libertação de escravos, retorno de terras ou
casas para seus proprietários legais e anistia de prisioneiros.

4.1.b Código de Santidade


As leis do Antigo Testamento tratando do jubileu são encontradas em Levítico 25,
alternadas com leis tratando do ano sabático (vv. 1-7, 18-22) e empréstimos (vv. 35-38). Em
primeiro lugar, devemos observar que o capítulo inicia tratando de 3 assuntos principais:

• O quinquagésimo ano – o santo jubileu (vv. 8-12)

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• O grande retorno e as implicações para os preços da terra (vv. 13-17)
• O princípio básico de ser dono de uma terra (vv. 23-24).
Em seguida, os próximos três parágrafos tratam de forma mais específica sobre os detalhes
da venda e do resgate:

• Princípios gerais (vv. 25-28)


• Casas na cidade (vv. 29-31)
• Casas de levitas (vv. 32-34)

Finalmente, o jubileu é apresentado em relação com dois casos especiais:

• Trabalhadores escravos (vv. 39-43, 47-55)


• Terra dedicada ao Senhor (Lv 27.16-24)

Pela descrição desses textos, é possível discernir uma trajetória de três etapas em direção à
pobreza.
1. Primeiro, um fazendeiro em dificuldade é forçado a vender parte de sua terra para
pagar dívidas e comprar comida para a família (vv. 25-28).
2. Segundo, a situação piorava e o fazendeiro recebe ajuda de um israelita mais
próspero que lhe empresta dinheiro sem juros, provavelmente colocando o restante
da terra como garantia para o empréstimo. Isso tornava a terra do fazendeiro
arrendada (vv. 35-38).
3. Terceiro, o fazendeiro não consegue pagar o empréstimo nem dar de comer à sua
família, tornando-se eventualmente um escravo na casa do seu credor (vv. 39-43).
Há uma variante nesse terceiro cenário que é quando o fazendeiro se torna escravo
de um estrangeiro morando na terra (vv. 47-55).

O Quinquagésimo Ano – Santo Jubileu



Levítico 25.8–12
8Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete

semanas de anos te serão quarenta e nove anos.


9Então, no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta vibrante; no Dia da

Expiação, fareis passar a trombeta por toda a vossa terra.


10Santificareis o ano quinquagésimo e proclamareis liberdade na terra a todos os seus

moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à
sua família.
11O ano quinquagésimo vos será jubileu; não semeareis, nem segareis o que nele

nascer de si mesmo, nem nele colhereis as uvas das vinhas não podadas.
12Porque é jubileu, santo será para vós outros; o produto do campo comereis.

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Duas palavras distintas para jubileu são usadas nesse texto, a saber, ‫“ ְדֹּרור‬libertação” e ‫ ֹיוֵבל‬
“jubileu”. A primeira está relacionada com o termo acadiano anduraru (liberdade,
libertação) e, no Antigo Testamento, ela segue o mesmo sentido, especialmente no contexto
do ano de jubileu (cf. Is 61.1; Jr 34.8; Ez 46.17). A segunda palavra é comumente entendida
como tendo sido originada do termo hebraico para a trombeta feita de chifre de carneiro
usada para anunciar o jubileu, no dia da expiação (cf. Lv 25.9).
Depois de sete ciclos de sete anos (v. 8), o quinquagésimo ano era designado como um tipo
de super-sabático (v. 10). Naquele ano, libertação era proclamada para todos os moradores
da terra, e terras que havia passado para a mão de outros deveriam ser retornadas ao seu
proprietário original. Como acontecia no ano sabático, no ano de jubileu não se podia arar a
terra e plantar, mas era permitido comer o que fosse produzido naturalmente (vv. 11-12). A
principal característica do jubileu, então, era a restauração da terra ao seu proprietário
original que havia sido designado por Deus quando Israel tomou posse da terra prometida.

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4.2. Limites (Dt 19.14)
Se uma terra fosse considerada como uma herança sagrada ou um bem negociável, as
demarcações dos limites de uma propriedade eram consideradas de fundamental
importância para a convivência harmônica entre os habitantes da terra.

4.2.a. Antigo Oriente Próximo


Uma das leis mais antigas tratando das demarcações de uma propriedade vem dos Hititas,
onde é estipulado que se alguém violar as fronteiras do campo de um vizinho ele terá o
direito a reaver aquela terra, mais a recompensa de uma ovelha, dez pães e um barril de
cerveja. A cláusula seguinte acrescenta que se a violação de uma demarcação ocorre na
ocasião de compra de uma propriedade, provavelmente de forma não intencional, o
comprador teria que oferecer oração especial para apaziguar o assunto (§169). Em ambos
os casos fica claro que esse tipo de transgressão ofendia não apenas o proprietário que foi
lesado, mas também a divindade local que teria designado aquela terra.
Nas leis Assírias encontramos uma punição bem mais severa para esse tipo de prática:
Se um homem incorporar uma grande porção de terra nos limites de seu vizinho, e
se a acusação for provada e o homem for culpado, ele terá que dar o triplo do
tamanho da terra que ele incorporou indevidamente. Além disso, eles cortarão um
de seus dedos, aplicarão a pena de 100 acoites com vara e, depois disso, prestará
serviço voluntário ao rei por um período de um mês (§B8).
Sem dúvida, a alteração dos marcos de uma propriedade era considerada uma grave ofensa
na sociedade assíria.

4.2.b. Leis Deuteronomistas


No Antigo Testamento, as leis tratando desse tema são encontradas em Deuteronômio.
Dt 19.14 (ARA)
Não mudes os marcos do teu próximo,
que os antigos fixaram na tua herança,
na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para a possuíres.

Sem estradas ou mapas para definir as fronteiras de uma terra, um fazendeiro lutando para
sobreviver poderia ser tentado a acrescentar um pouco mais de terra na sua propriedade
quando ninguém estivesse olhando. Até mesmo um fazendeiro próspero poderia ser
tentado a fazer o mesmo se percebesse que não seria pego nesse ato ilícito. Esse parece ter
sido o tipo de pecado que alguns profetas acusaram:

Isaías 5.8
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo,
até que não haja mais lugar,
e ficam como únicos moradores no meio da terra!

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Miquéias 2.2
Se cobiçam campos, os arrebatam; se casas, as tomam;
assim, fazem violência a um homem e à sua casa,
a uma pessoa e à sua herança.

Como podemos ver, a remoção e/ou manipulação indevida dos marcos era uma ofensa
grave nas leis do Antigo Testamento por causa de a demarcação ter sido feita por Deus.
Remover, alterar ou ignorar aquilo que foi estabelecido por Deus tornava uma pessoa
passível da maldição da lei:
Dt 27.17

Maldito aquele que mudar os marcos do seu próximo.


E todo o povo dirá: Amém!

Conclusão
Embora esse tipo de regulamentação aparece somente no livro de Deuteronômio, a
preocupação com o tema era muito recorrente nas leis do antigo oriente próximo, inclusive
com penas bem mais severas do que as que encontramos no pentateuco.

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4.3. Serviço militar (Dt 20.5-7)

5.

6. O conceito de Mandamento em Israel


A força de uma lei depende da autoridade do promulgador. Quando a lei toma a forma de
um mandamento, o relacionamento implícito entre o proclamador (não o promulgador) e o
ouvinte se torna evidente.
Quando um mandamento foi dirigido a um público específico, sua autoridade fica
completamente prejudicada se o público for diferente. Neste sentido, as leis mosaicas são
dirigidas ao israelita individualmente (Decálogo) ou ao povo em sua coletividade (Código da
Aliança).

6.1. Yahweh como promulgador da lei


Yahweh é o principal personagem nas narrativas do pentateuco. Quando o assunto é lei, a
sua participação se torna ainda mais central, como vemos em Ex 20.18-21.
O contexto da promulgação da lei no monte Sinai, há um cuidado intencional de Deus em
não deixar que a identidade daquele que dava a lei fosse duvidosa.

Êxodo 20.1–2 (RA)


1Então, falou Deus todas estas palavras: 2Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da

terra do Egito, da casa da servidão.



Êxodo 3.13–16 (RA)
13Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O

Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu
nome? Que lhes direi? 14Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim
dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros. 15Disse Deus ainda mais a
Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de
Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu
nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração. 16Vai, ajunta os
anciãos de Israel e dize-lhes: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o
Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me apareceu, dizendo: Em verdade vos tenho
visitado e visto o que vos tem sido feito no Egito.

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Êxodo 6.2–8 (RA)
2Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o SENHOR. 3Apareci a Abraão, a Isaque

e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui
conhecido. 4Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de
Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos. 5Ainda ouvi os gemidos dos filhos
de Israel, os quais os egípcios escravizam, e me lembrei da minha aliança.
6Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das

cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido
e com grandes manifestações de julgamento. 7Tomar-vos-ei por meu povo e serei
vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das
cargas do Egito. 8E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e
vo-la darei como possessão. Eu sou o SENHOR.

6.2. O caráter performativo da lei


6.2.1. A lei cria a nação de Israel


A formação da nação de Israel depende diretamente dos termos da lei usada na aliança,
como vemos em Êxodo 19.4-6.
Êxodo 19.4–6 (RA)
4Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos

cheguei a mim. 5Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a


minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos;
porque toda a terra é minha; 6vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São
estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.

6.2.2. A lei cria a bênção e a maldição


Deuteronômio 27 – 28. O modo como essas bênçãos e maldições deveriam ser promulgadas
ilustra bem o caráter performativo da lei.
Deuteronômio 27.9–14 (RA)
9Falou mais Moisés, juntamente com os sacerdotes levitas, a todo o Israel, dizendo:

Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje, vieste a ser povo do SENHOR, teu Deus.
10Portanto, obedecerás à voz do SENHOR, teu Deus, e lhe cumprirás os mandamentos

e os estatutos que hoje te ordeno. 11Moisés deu ordem, naquele dia, ao povo,
dizendo:
12Quando houveres passado o Jordão, estarão sobre o monte Gerizim, para

abençoarem o povo, estes: Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e Benjamim. 13E estes,
para amaldiçoar, estarão sobre o monte Ebal: Rúben, Gade, Aser, Zebulom, Dã e
Naftali. 14Os levitas testificarão a todo o povo de Israel em alta voz e dirão:

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6.2.3. A lei cria a missão de Israel
O projeto de expansão da fé israelita foi idealizado nos termos da lei em Deuteronômio. Foi
a partir desse pressuposto que a missão de Israel se desenvolveu em vários estágios de sua
história.
Deuteronômio 4.5–8 (RA)

5Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o SENHOR, meu

Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. 6Guardai-os, pois,
e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os
olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande
povo é gente sábia e inteligente. 7Pois que grande nação há que tenha deuses tão
chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? 8E que
grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu
hoje vos proponho?

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