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Segundo Bechara (2009) neologismos, em oposição aos arcaísmos, são palavras criadas
para dar conta das novas demandas sociais, sejam em relação ao comércio, às ciências, às
artes ou a qualquer outro campo da atividade humana:
No decorrer do tempo, pode ser que o neologismo seja integrado ao vocabulário dos
falantes e dicionarizado, deixando assim de ser percebido como uma inovação. Posto isso,
assumimos como neologismos palavras que ainda não foram dicionarizadas e que podem
ser criadas tanto a partir do léxico vernáculo (pelos processos de derivação e composição,
por exemplo) quanto a partir de empréstimos de línguas estrangeiras. Empréstimos e
estrangeirismos, portanto, também são fontes neológicas.
Natália Cristine Prado (2015) citando Alves (1990) afirma que tanto diacrônica quanto
sincronicamente ambos recursos são utilizados e classifica os neologismos da seguinte
maneira:
Fonológicos
São as criações totalmente inéditas, que não surgem apoiados em nenhuma base pré
existente na língua. Este fenômeno, segundo Alves (1990) é de ocorrência extremamente
rara nas línguas.
Sintáticos
Ainda citando Alves (1990) Prado (2015,p.33) afirma que se trata de formações criadas a
partir da combinação de formas que já existem “no sistema linguístico” e que podem ser
derivados (achismo), compostos (enredos-denúncias), compostos sintagmáticos (produção
independente) e compostos formados por siglas ou acronímicos (Partido Comunista do
Brasil).
Semânticos
Sempre na esteira de Alves (1990) Prado (2015) define como neologismo semântico aquele
que “surge quando ocorre qualquer transformação semântica num item lexical” e cita como
exemplo “Xuxa preparou um réveillon especial para sua turma de baixinhos” (p.33) em que
baixinhos não indica pessoas com pouca estatura, mas sim crianças.
Prado (2015,p.34) sempre ancorada em Alves (1990) ainda cita a truncação
(europeu>euro); a palavra valise (brasiguaio= brasileiro+paraguaio); a reduplicação (trança-
trança) e a derivação regressiva (amassar>amasso).
Empréstimos e Estrangeirismos
Segundo Prado (2015) o léxico se amplia não apenas a partir dos recursos disponíveis no