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Departamento de História

Disciplina: Laboratório de Ensino de História


Professora: Renata Silva Fernandes
Aluna: Lísya Borges Gullo Couto Ramos Matrícula: 16/0132223

Dentro da disciplina de Laboratório de Ensino da História nos é proposto


o estágio obrigatório que tem como principal objetivo, levar o aluno da
graduação a vivenciar o espaço da escola, bem como o cotidiano do
profissional da área.

Dentro da experiência do estágio alguns desafios são propostos, pois ao


observar a aula de um outro professor, você tem que ser critico e em contra
partida tentar aprender com aquele profissional o que a realidade de uma sala
de aula e de uma escola. A escola escolhida por mim foi CESAS da 602 Sul,
uma escola de EJA, onde nas turmas estão concentrados alunos de diversas
idades, o que de um certo modo é enriquecedor para se notar os conflitos
geracionais quando algum debate dentro da aula de história é levantado.

Na aula observada o professor, mostrou que apesar de dar aula ainda


com um certo prazer, a frustração e o cansaço da profissão já estão se
aproximando, alguns alunos desinteressados, a constante desistência da
matéria parece algo sistemático na sala de aula, e algo que o professor não
sabe bem como evitar, quando eu cheguei na sala de aula o professor
ministrava o conteúdo referente a Ditadura Militar no Brasil, seu modo de
ensino é bem tradicional, onde ele escreve no quadro mapas mentais, tendo
um quadro excelente para esse tipo de abordagem, ao terminar o seu quadro
ele apenas explica os pontos levantados pelas anotações no quadro, contando
uma história bem factual e politica, centralizada nos presidentes e nas medidas
administrativas tomadas pelos mesmo, pincelando por questões sociais,
questões de gênero e sexualidade não são levantadas.

A questão social envolvendo a ditadura militar foi abordada a partir de


uma atividade feita com a ajuda do livro didático onde os alunos olhavam
gráficos do crescimento do PIB brasileiro nos anos 70 atrelados a gráficos da
distribuição de riqueza feita na mesma época, com o objetivo dos alunos
visualizarem que o crescimento do PIB não necessariamente significa uma
distribuição de renda mais justa para a população, atrelado a isso o professor
perpassou todas as medidas tomadas para que tal feito alcançado e como isso
de certo afetou o trabalhador brasileiro. As alunas mais velhas se
demonstraram extremamente interessadas, mas o professor esbarra no
desinteresse de alunos mais novos.

Uma das avaliações feitas pelo professor é a analise do caderno dos


alunos onde as atividades passadas através do livro didático são obrigatórias e
valem pontos, incrivelmente nesse dia a sala de aula se encontrava mais cheia
com rostos que até aquele dado momento eu ainda nem tinha visto, alunos
copiando o caderno na hora não foram poucos. Em especial me detive a um
aluno mais novo, que demonstra interesse apesar de não participar, sentando
na frente da sala de aula quando a aula começa e mantendo o caderno
aparentemente em dia, o que eu notei é que mesmo o aluno querendo estar na
aula e aparentando interesse algo o afasta do ensino ou algo não o estimula o
suficiente, e eu senti que o professor não busca uma relação interpessoal com
os alunos, fazendo com que a relação seja um pouco distante e o mesmo
muitas vezes não sabe nem o nome deles.

Ainda não acompanhei e nem tive acesso a nenhuma prova feita pelos
alunos, também estou procurando um dia ideal para ir para a coordenação de
professores e analisar essa outra face de ser professor da secretaria de
educação que está para além da sala de aula. Considerando ainda mais que o
educador reclama de forma sistemática das faltas dos alunos e a minha
curiosidade é se ele levanta esse problemática em reuniões como essa e se é
um questão do professor com a turma ou da escola em geral.

Já tive a oportunidade de ministrar a minha aula na turma que estou


acompanhando, a minha proposta foi mais voltado para um debate com os
alunos onde eu levei um livro da escritora Cassandra Rios, chamado Carne em
Delírio, onde meu objetivo era levar aos alunos a uma discussão sobre a
censura e a moral que a mulher teria que manter nos anos ditatoriais, sendo a
questão da censura voltada para o fato de que uma mulher escrever sobre
sexo naquela época era algo tão irreal que os livros da autora eram queimados
e retirados de circulação, sendo que alguns homens que escreviam algo assim
não passavam por esse tipo de situação, ao levar o livro de um autora
homossexual para sala de aula o professor me pediu que eu não levantasse o
ponto da homossexualidade tratada nos livros por medo da reação da turma
ser muito conservadora.

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