Sunteți pe pagina 1din 8

Eu nasci de um grande encontro

De dois rios e suas tormentas: E aqui conto minha história


O Rio Negro de águas escuras Nestas páginas, é só abrir
E o Solimões de águas barrentas. Falo das pessoas, das riquezas
Dos nomes que recebi
Falo dos tempos de agora
Detalhes do dia a dia
Transformações que me erguem
Sou Manaus em Poesia

Sou Evany Nascimento


Professora é meu ofício
Pesquiso, leio e escrevo
E Manaus pra mim é um vício

Este é Valdemir Oliveira Esta é Clicia Vidal, Ilustradora


Artista do sul do país Designer de profissão
Manaus agora é seu lar Para Manaus que gosta tanto
Aqui ele vive e é feliz Essa é sua contribuição

2ª Edição
Ilustração e Diagramação
Clicia Vidal

Concepção e Direção de arte


Valdemir Oliveira

Revisão
Yama Talita Passos
Guilherme Bentes da Silva

Ficha Catalográfica
Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

N244m Nascimento, Evany.

Manaus em poesia/ Evany Nascimento. -- 2. ed. –


Manaus: Universidade do Estado do Amazonas, 2019.
52 p.: il. color.

ISBN: 978-65-80033-19-5

1. Poesia brasileira - poesia. 2. Geografia - Manaus. 3.

Evany Nascimento
História - Manaus. I. Nascimento, Evany. II. Universidade
do Estado do Amazonas. III. Título.

CDU: 82-1(811.3)

(Ficha catalográfica elaborada por Bibliotecário Thiago Giordano Siqueira CRB 11/878)

Todos os direitos reservados à autora.

2ª Edição
Manaus em Poesia
Por Evany Nascimento

Esta versão é apenas para


avaliação e não deve ser comercializada.
Apresentação
Este Manaus em poesia, em sua segunda edição, mantém-se como Na categoria do espaço, ainda há preocupação em registrar
proposta didática de revisitação, em versos, da história de um lugar. poeticamente os emblemas que a cidade foi perdendo,
O lugar que hoje conhecemos como Manaus, última derivação de especialmente aqueles de origem natural, como os igarapés e suas
uma história de nomeações, desde as mais oficiais, como Lugar da árvores. Vale registrar aí a crítica da autora às consequências que os
Barra do Rio Negro, até os mais informais e ainda assim de poderosa projetos de modernização mal dirigidos para o local trouxeram e
atuação como clichês: Cidade Sorriso, Paris dos Trópicos etc. Essas ainda trazem.
formas de dar e receber nome são mencionadas nos poemas de
Evany Nascimento, autora que, além de cultivar o gênero da poesia Por fim, resta assinalar (e retornar a ela) a principal base sobre a qual
didática, é artista visual e pesquisadora da história da espacialidade Evany Nascimento constrói sua poesia neste volume: sua gente.
e suas representações na cidade de Manaus. Mas os nomes que este Depois de pervagar pelas categorias acima elencadas, a
lugar teve e tem são apenas o ponto de partida. A história de modo representação das gentes locais ganha outras dimensões, nas quais
mais amplo é delineada pelos versos da autora. se percebe o entrelaçamento do espaço, da história do lugar, com a
própria formação do seu povo.
O próximo elemento que se destaca nesse caminhar poético é o da
própria gente do lugar. Inicialmente lembrando dos povos nativos e Por tudo exposto, convido o leitor e a leitora, especialmente aqueles
sua dizimação histórica, logo os poemas passam a marcar a presença que trabalham com a arte, a história e a literatura na Educação
dos que vieram como imigrantes, enfatizando-se assim o caráter Básica, sobretudo em Manaus, extensivamente no Amazonas, a
híbrido da constituição do lugar. Caberá ao leitor e à leitora se conhecer e fazer essa viagem no tempo e no espaço com seus
perguntar se essa característica de mestiçagem implicou em estudantes. Boa leitura!
processo de aceitação ou não.

Há também a tematização dos ciclos econômicos, talvez o tema mais


constante nos versos, talvez porque seja dos mais decisivos para a
própria história desse lugar, aquilo que a tem caracterizado,
infelizmente ou felizmente. Daí que, do ciclo da borracha ao
momento pós-ZFM, ao olhar da autora esse processo não passa
despercebido, intercalando-se euforia e estagnação na
representação dos processos de modernização locais.

Ainda referente ao elemento da modernização, os poemas dirigem


seu olhar para as marcas concretas desses processos, presentes nas
ruas, nas praças, nos monumentos, no patrimônio de forma geral,
onde podemos entrever o conhecimento que Evany Nascimento,
pesquisadora do tema, como já mencionamos, lança mão para
compor seus versos, dando fundo de conteúdo que ajudará
professores e professoras em sala de aula, em mais de uma área do
conhecimento.
Meu Nome
Eu nasci de um grande encontro
De dois rios e suas tormentas:
O Rio Negro de águas escuras
E o Solimões de águas barrentas.

Esse ponto era estratégico


E minha história começa aqui
Muitos nomes eu fui recebendo
Mas essa herança eu nunca perdi.

8 9
Comecei como fortaleza
Dos portugueses, um segredo
E a Igreja me batizou
São José da Barra do Rio Negro.

Não fui a primeira cidade


A nascer nas bandas do Norte,
Pois Belém nasceu primeiro,
Presépio era o nome do Forte.

Com os padres carmelitas


Uma mudança se narra
De Lugar passei à Freguesia
Da Virgem Conceição da Barra.

10 11
12 13
Meus filhos
Esses rios eram habitados por Dois povos, novo legado.
Muitos povos em suas margens. Um já estava, outro chegou:
Ponto de encontro, um comércio O índio, povo primeiro,
Refúgio depois das viagens. O europeu que aqui aportou.

Minha gente aqui vivia Mas não foi tão amistoso


Uma vida muito modesta O início dessa relação.
Da caça, pesca e coleta Aldeamentos indígenas
Das riquezas da floresta. Trouxeram ao índio escravidão.

14 15

S-ar putea să vă placă și