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A obra não pode ser lembrada apenas como o mais bem acabado exemplo de
novela passional, em que predomina o descabelamento amoroso e as paixões
desenfreadas. Deve-se também destacar o mérito de possuir uma narrativa
enxuta, concisa e extremamente criativa na invenção de obstáculos e
peripécias, tornando o texto dinâmico, ágil. Na introdução do romance, o
narrador-autor reproduz o registro de prisão de Simão Botelho nas cadeias da
Relação do Porto e antecipa o degredo do moço, aos 18 anos, em
circunstância ligada a uma paixão juvenil, bem como o desenlace trágico da
história. Falando diretamente ao leitor, imagina a reação que tal história pode
provocar: compaixão, choro, raiva, revolta frente à falsa virtude alegada pelos
homens em atos injustos e bárbaros.
Desenvolvimento
Biografia de Camilo Castelo Branco
Um dos mais influentes escritores portugueses, Camilo Castelo Branco nasceu
em Lisboa no dia 16 de Março de 1825 e ao longo de sua vida contribuiu como
historiador, tradutor, romancista, cronista, dramaturgo e crítico. O Rei D. Luís
ainda concedeu a ele o título de 1º visconde de Correia Botelho. Camilo
escrevia para o público, diferentemente da maioria dos escritores da época que
preferiam escrever algo mais pessoal, e acabou se sujeitando aos ditames da
moda naquele tempo, mas apesar disso ele conseguiu manter as suas
publicações bastante originais.
Enredo
Em Viseu (Portugal), a família Albuquerque e a família Botelho se odiavam. O
juiz Domingos Botelho dera uma sentença desfavorável aos Albuquerque.
Surge, apesar de tudo, uma grande paixão entre Simão Botelho e Teresa de
Albuquerque. Teresa deveria se casar com o primo Baltasar Coutinho.
Internaram-na em um convento para pôr um fim no romance proibido. Foi
levada para o Convento de Monchique, no Porto. Seu pai, Tadeu de
Albuquerque cuidou de tudo.
Um certo dia, Simão encontra-se com Baltasar. Discutem, brigam. Simão mata
seu rival, a tiro e se entrega à justiça. Com apenas dezoito anos é condenado à
morte. Seu pai, Dr. Domingos Botelho consegue que a pena de morte seja
mudada para exílio perpétuo na Índia. Em março de 1807 ele embarca. No
navio, tem notícias que sua amada Teresa havia morrido. Enlouquece. O
capitão e Mariana cuidam para que Simão não se suicide. Mariana sempre foi
apaixonada por Simão. Amor escondido, platônico. É de uma dedicação
extrema. Ao ficar sozinha no mundo, depois do assassinato do pai, ela vende
tudo e embarca no mesmo navio de Simão. Queria ficar perto do seu grande e
impossível amor. Amor infeliz, louco, sublime. Simão não se mata. Porém uma
febre violenta o leva à morte. Seu corpo é imediatamente amarrado e lançado
ao mar. Mariana, desesperada, se atira também. Quis acompanhar seu grande
amor.
Ironicamente, na água do mar sem fim, bóiam papéis. São cartas de Simão e
Teresa.
Análise da obra
É comum, na obra de Camilo Castelo Branco, o tratamento do amor
desenfreado e profundo entre jovens que lutam por suas paixões muito além
dos limites de suas próprias forças. Resistentes a toda sorte de obstáculos,
procuram a felicidade mas geralmente são desviados para a desgraça e, não
raro, para a morte.
Conclusão
https://www.infoescola.com/livros/amor-de-perdicao/
https://www.ebiografia.com/camilo_castelo_branco/
https://www.estudopratico.com.br/camilo-castelo-branco-biografia-e-obras/
https://www.passeiweb.com/estudos/livros/amor_de_perdicao
Amor de perdição
Heloísa Cristina de Souza Gabriel dos Santos Delôgo