Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Diante da maior facilidade de acesso ao crédito, seja através do uso de cartão de credito e do
limite do cheque especial, ou das diversas linhas de antecipação de restituição e décimo
terceiro, muitos consumidores não resistem e acabam optando pelo financiamento de suas
compras.
Neste contexto, não surpreende que um número crescente de pessoas acabe se atolando em
dívidas. Abaixo tentamos identificar 10 razões que levam as pessoas a se endividarem.
• Perda de renda sem ajuste nas despesas.
Curiosamente, pode-se observar que, quando o poder aquisitivo das pessoas aumenta, elas
rapidamente tendem a aumentar seu padrão de gastos, ajustando-se à nova realidade de
salário. Infelizmente, a contrapartida nem sempre é verdadeira, de forma que em geral o
consumidor não ajusta seus gastos com a mesma rapidez diante de uma retração na renda.
Acreditando que a situação seja temporária, muitas pessoas optam por equilibrar o
orçamento através do levantamento de dívidas. Porém, muitas vezes o temporário se
transforma em permanente, e abre-se a porta para uma situação de desequilíbrio financeiro.
• Dificuldade de poupar
A forma mais simples de evitar o endividamento é efetivamente poupar e formar uma reserva
para situações de emergência. Apesar disso, a maior parte das pessoas, independente de
faixa de renda, encontra dificuldades em estabelecer uma estratégia de poupança. É
exatamente esta reserva que permite que você não se endivide caso fique doente, perca o
emprego ou venha a se separar.
Lembre-se que é mais fácil encontrar pessoas arrependidas de terem consumido por impulso
do que reclamando de que deixaram de consumir para poupar. Não é preciso muito para
começar: sempre é possível separar 5% do que você ganha para investimento, basta adiar
por algum tempo outro gasto menos essencial. É como reeducação alimentar, depois de
algum tempo você se acostuma com os novos hábitos de consumo e se sente orgulhoso por
isso.
• Analfabetismo financeiro
Esta forma de analfabetismo atinge até mesmo os países mais desenvolvidos, onde uma
parcela significativa da população é incapaz de gerir suas contas. Independente do grau de
instrução, muitas pessoas simplesmente não apreciam a importância do planejamento
financeiro.
No Brasil, pode-se dizer que existe uma herança claramente negativa do período hiper-
inflacionário. Isso porque, diante de uma inflação mensal que chegou a superar 50%, o
planejamento financeiro de longo prazo se tornava impossível.
Se você faz parte deste grupo de pessoas, está na hora de investir na sua educação. Assim
como em qualquer outra área de ensino, o planejamento financeiro exige treinamento. A boa
vantagem é que já existe muito material publicado sobre o tema, que pode ajudá-lo
rapidamente a se tornar proficiente neste assunto.