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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE

FACULDADE DE DIREITO, CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS


CURSO DE DIREITO

ATIVIDADE DA DISCIPLINA DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL, PROPOSTA


PARA CUMPRIMENTO DO REQUISITO DE ADAPTAÇÃO PARA
OBTENÇÃO DO DIPLOMA

ALUNO: ANDRÉ CARVALHO DA SILVA LACERDA – 74784

GOVERNADOR VALADARES – MG
2019
EXTINÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

A personalidade se dá com o nascimento com vida, acompanhando o indivíduo


durante toda a sua vida. E termina com o fim da existência da pessoa natural,
ou seja, com a morte (art. 6º, CC).
Verificada a morte de uma pessoa, desaparecem, como regra, os direitos e as
obrigações de natureza personalíssima (ex.: dissolução do vínculo matrimonial,
relação de parentesco, etc.). Já os direitos não personalíssimos (em especial
os de natureza patrimonial) são transmitidos aos seus sucessores.
Num sentido genérico podemos dizer que há três espécies de morte:
1) Real;
2) Civil;
3) Presumida.
A doutrina acrescenta também a hipótese da Lei nº 9.140/95 que reconheceu
como mortos, para todos os efeitos legais (morte legal), os “desaparecidos
políticos”.

Morte Real
A personalidade civil termina com a morte física, deixando o indivíduo de ser
sujeito de direitos e obrigações.
A morte, portanto, é o momento extintivo dos direitos da personalidade. A morte
real se dá com o óbito comprovado da pessoa natural e o critério jurídico de
morte no Brasil é a morte encefálica (Lei 9.434/97 – Lei de Transplantes).
A regra geral é que inicialmente se exige um atestado de óbito (para isso é
necessário o corpo), que irá comprovar a certeza do evento morte, devendo o
mesmo ser lavrado por profissional registrado no Conselho Regional de
Medicina.
Com este documento é lavrada a certidão de óbito, por ato do oficial do registro
civil de pessoa natural, sendo esta a condição para o sepultamento. Na falta do
corpo, recorre-se aos meios indiretos de comprovação morte real (também
chamada de justificação judicial de morte real).
Isto está disciplinado no art. 88 da Lei nº 6.015/73 (Lei de Registros Publicos):
"Poderão os juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de
pessoas desaparecidas em naufrágios, incêndio, terremoto ou outra qualquer
catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não
for possível encontrar o cadáver para exame".
Se um avião explode matando todos os passageiros, há o óbito comprovado
de todos; entretanto, pode ser que não tenhamos os corpos de todos os
passageiros. Mesmo assim podemos dizer que houve a morte real, pela
justificação judicial: não foram encontrados todos os corpos, mas há certeza da
morte de todos.

Morte Civil
A morte civil era a perda da personalidade em vida. A pessoa estava viva, mas
era tratada como se estivesse morta. Geralmente era uma pena aplicada a
pessoas condenadas criminalmente, em situações especiais.
Atualmente, pode-se dizer ela não existe mais. No entanto, há resquícios de
morte civil. Ex.: exclusão de herança por indignidade do filho, “como se ele
morto fosse” (vejam esta expressão no art. 1.816, CC); embora viva, a pessoa
é ignorada para efeitos de herança.

Morte Presumida
Ocorre quando não se consegue provar que houve a morte real. O tema é
tratado inicialmente pelos arts. 6º e 7º, CC.
Vejamos primeiro o art. 6º, CC, que é bem mais complexo, pois exige a
declaração de ausência, que está prevista nos arts. 22 a 39, CC. Ausência é o
desaparecimento de uma pessoa do seu domicílio.
A pessoa que deixa de dar notícias de seu paradeiro por um longo período de
tempo, sem deixar um representante (procurador) para administrar seus bens
(art. 22, CC). Os efeitos da morte presumida são patrimoniais (protege-se o
patrimônio do ausente) e alguns pessoais (ex.: o estado de viuvez do cônjuge
do ausente).
A ausência só pode ser reconhecida por meio de um processo judicial
composto de três fases:
1. Curadoria de ausentes;
2. Sucessão provisória;
3. Sucessão definitiva.
Declaração de ausência
Ausente uma pessoa, qualquer interessado na sua sucessão (e até mesmo o
Ministério Público) poderá requerer ao Juiz a declaração de ausência e a
nomeação de um curador, obedecendo a ordem do art. 25, CC.
Trata-se da curadoria dos bens do ausente. Os bens são arrecadados e
entregues ao curador apenas para os mesmos sejam administrados (não há
efeitos pessoais). Durante um ano (no caso do ausente não deixar
representante ou procurador) devem-se expedir editais convocando o ausente
para retomar a posse de seus haveres.
Com a sua volta opera-se a cessação da curatela, o mesmo ocorrendo se
houver notícia de seu óbito comprovado. No entanto, se o ausente deixou um
representante para cuidar de seus interesses, aquele prazo (de um ano) eleva
se para três anos.

Sucessão Provisória
Se o ausente não comparecer no prazo (um ou três anos, dependendo da
hipótese), poderá ser requerida e aberta a sucessão provisória e o início do
processo de inventário e partilha dos bens.
No processo de ausência a sentença do Juiz é dada logo no início do processo,
para que se inicie a sucessão provisória. Mas esta sentença determinando a
abertura da sucessão ainda não produz efeitos de imediato.
O art. 28, CC prevê uma cautela a mais. Ou seja, concede um prazo de mais
180 dias para que o ausente reapareça e tome conhecimento da sentença que
determinou a abertura da sucessão provisória de seus bens.
Assim, a sentença somente irá produzir efeitos 180 dias após sua publicação
na imprensa. Trata-se, digamos, de uma “última chance” que se dá ao ausente.
Após este prazo, a ausência passa a ser presumida.
Nesta fase cessa a curatela dos bens do ausente. É feita a partilha dos bens
deixados e agora são os herdeiros, de forma provisória e condicional (e não
mais o curador) que irão administrar os bens, prestando caução (ou seja, dando
garantias de que os bens serão restituídos no caso do ausente aparecer).
No entanto, se estes herdeiros forem descendentes, ascendentes ou cônjuge
do ausente, não necessitam prestar a caução.
Nesta fase os herdeiros ainda não têm a propriedade; exercem apenas a posse
dos bens do ausente. Apenas se antecipa a sucessão, sem delinear
definitivamente o destino dos bens desaparecido.
Por isso os sucessores ainda não podem vender os bens. Os imóveis somente
podem ser vendidos com autorização judicial. A sucessão provisória é
encerrada se o ausente retornar ou se comprovar a sua morte real.
Convém acrescentar que o descendente, o ascendente e o cônjuge (herdeiros
necessários) que forem sucessores provisórios do ausente e estiverem na
posse dos bens terão direito a todos os frutos e rendimentos desses bens.
Se seu pai retornar posteriormente, o filho não será obrigado a restituir os
aluguéis que recebeu com a casa e nem o que lucrou explorando a fazenda.
Já os demais sucessores terão direito somente à metade destes frutos ou
rendimentos.

Sucessão definitiva
O art. 37, CC preconiza que após 10 (dez) anos do trânsito em julgado da
sentença de abertura da sucessão provisória, sem que o ausente apareça, será
declarada a morte presumida. Nesta ocasião converte-se a sucessão provisória
em definitiva.
Os sucessores deixam de ser provisórios, adquirindo a propriedade plena (ou
o domínio) e a disposição dos bens recebidos. Porém esta propriedade é
considerada resolúvel. Isto é, se o ausente retornar em até 10 (dez) anos
seguintes à abertura da sucessão definitiva terá direito aos bens, mas no
estado em que se encontrarem.
Ou então terá direito ao preço que os herdeiros houverem recebido com sua
venda. Se regressar após esse prazo (portanto após 21 anos de processo), não
terá direito a mais nada. É interessante acrescentar que o art. 38, CCpossibilita
se requerer a sucessão definitiva provando-se que o ausente conta com 80
anos de idade e que de cinco datam as últimas notícias dele.
É nesta fase (na sucessão definitiva, ou seja, até 10 anos após o trânsito em
julgado da sentença de abertura da sucessão provisória) que também se
dissolve a sociedade conjugal, considerando-se rompido o vínculo matrimonial.
É o que prevê o art. 1.571, § 1º do CC. Neste caso o cônjuge será considerado
viúvo (torna-se irreversível a dissolução da sociedade conjugal), podendo se
casar novamente.
No entanto este cônjuge não precisa esperar tanto tempo para se casar
novamente. Mesmo antes de ser considerado viúvo ele pode ingressar com um
pedido de divórcio, atualmente, com a edição da Emenda Constitucional
nº 66/2010, muito mais simples e sem necessidade de aguardar prazos.
Divorciada, a pessoa já está livre para convolar novas núpcias.

A hipótese do Art. 7º do Código Civil


É bem mais fácil, pois permite a declaração da morte presumida sem
decretação de ausência. Isto é assim para melhor viabilizar o registro do óbito,
resolver problemas jurídicos e regular a sucessão causa mortis. Vejamos as
duas situações excepcionais:
 For extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.
 Pessoa desapareceu em campanha ou feito prisioneiro e não foi
encontrado até dois anos após o término da guerra.
A declaração de ausência nestes casos somente poderá ser requerida depois
de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data
provável do falecimento. Com a declaração de ausência nas hipóteses
previstas, abre-se a sucessão definitiva. O patrimônio do “morto presumido” se
transforma em herança, sendo que os herdeiros já podem ter a posse dos bens.

Comoriência
Comoriência é o instituto pelo qual se considera que duas ou mais pessoas
morreram simultaneamente, sempre que não se puder averiguar qual delas pré-
morreu, ou seja, quem morreu em primeiro lugar. Art. 8º, CC: “Se dois ou mais
indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum
dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente
mortos”.
Trata-se de uma presunção relativa (juris tantum), ou seja, que admite prova
em contrário. Aplica-se o instituto da morte simultânea sempre que houver uma
relação de sucessão hereditária entre os mortos. Se não houver esta relação
também não haverá qualquer interesse jurídico na questão.
A consequência prática é que se os comorientes forem herdeiros uns dos
outros, não haverá transferência de bens e direitos entre eles; um não sucederá
o outro.

Questão em debate
E se duas pessoas falecerem em locais diferentes, mas nas mesmas
circunstâncias de tempo?
Há autores que defendem a posição de que somente haverá comoriência se as
mortes se derem no mesmo acontecimento, lugar e tempo.
Outros afirmam, que embora o problema da Comoriência tenha começado a
ser regulado a propósito de caso de morte conjunta no mesmo acontecimento,
ele se coloca com igual relevância em matéria de efeitos nos casos de pessoas
falecidas em lugares e acontecimentos distintos, mas em datas e horas
simultâneas ou muito próximas.
A expressão na mesma ocasião não requer que o evento morte se tenha dado
na mesma localidade; basta que haja inviabilidade na apuração exata da ordem
cronológica dos óbitos.

Efeitos do fim da personalidade


São os principais efeitos do fim da personalidade:
 Dissolução do vínculo conjugal e do regime matrimonial;
 Extinção do poder familiar;
 Extinção dos contratos personalíssimos, etc.
Outro efeito de suma importância é a extinção da obrigação de prestar
alimentos com o falecimento do credor. Observem que o credor é a pessoa
que estava recebendo a pensão alimentícia; morrendo não faz mais jus ao
benefício e este não se transmite a seus herdeiros.
No entanto, no caso de morte do devedor (que é a pessoa que paga a pensão
alimentícia), os herdeiros deste assumirão a obrigação até as forças da
herança. Trata-se de uma inovação do atual Código, tratada no Direito das
Sucessões.
No entanto, não podemos aplicar o brocardo mors omnia solvit (a morte
dissolve tudo) no Direito Civil.
Como vimos, muitos dos direitos de personalidade se estendem após à morte
da pessoa. A vontade do de cujus, pode sobreviver por meio de um
testamento. Ao cadáver é devido respeito.
Os militares e os servidores públicos de uma forma geral podem ser
promovidos post mortem. Alguns direitos ainda permanecem (podendo sofrer
ameaça ou lesão) e devem ser respeitados, sendo tutelados pela lei, como o
direito à imagem, à honra, ao nome, aos direitos autorais, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito


Civil: V. 1. Parte Geral. 5. ed. São Paulo/SP: Saraiva, 2004.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, Volume 1: Parte Geral,


Livro Digital, 10. ed. São Paulo/SP: Saraiva, 2012.

___________, Carlos Roberto. Direito Civil, 1: Esquematizado: Parte Geral:


Obrigações e Contratos. Livro Digital. 6. ed. São Paulo/SP: Saraiva, 2016.

TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: Volume Único. 6. ed. Edição Digital.
Rio de Janeiro/RJ: Forense; São Paulo/SP: Método, 2016.

https://douglascr.jusbrasil.com.br/noticias/179350050/fim-da-personalidade-da-
pessoa-natural. <acesso em 30/06/2019>

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