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Eça de Queirós foi um dos maiores expoentes do realismo português, nascido em 1845

em Portugal, o romancista é considerado, em questões de elaboração artística, a voz mais


significativa do movimento literário lusitano. Publica o primo Basílio em 1878, ao meio de uma
tendência realista de romances com temas relacionados à sociedade, casamento e o adultério,
alguns exemplares dessa voga são Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert, Anna Karenina
(1877) de Liev Tolstoi e La Regenta (1885) de Leopoldo Alas Clarín.

Para Massaud Moisés (19xx) as produções de Eça de Queirós são polarizadas em


tensões ideológicas da psique do escritor, o tom conservador é originário de suas raízes sociais
e o tom reformista é adquirido em suas aspirações sociais pequeno-burguesas, que são
reinvindicações comuns à sua época, oriundas de debates e leituras intelectuais.

Seu estilo literário inicial é o romantismo social, desapegado das mazelas


ultrarromânticas. A mudança ocorre gradualmente e pode ser notada a partir da presença de Eça
de Queirós nas Conferências dos Cassino Lisbonense, onde o autor afirmou: “O Romantismo
era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a
arte que nos pinta a nossos olhos – para condenar o que houver de mau na sociedade.”
(QUEIRÓS apud MOISÉS, 19xx, p. 111)

Na mesma conferência Queirós se referiu a Gustave Flaubert e a seu estilo realista como
a máxima representação do movimento literário. Para Eça o adultério aparece em Madame
Bovary de forma nua e crua, diferentemente do cinismo poético e mascarado originário do
ultrarromantismo. Na perspectiva do português ali o amor ilegítimo “surge aos nossos olhos
gotejando miséria e podridão, pavoroso como um espectro diante do qual instintivamente se
recua com repulsão e horror” (QUEIRÓS apud LOURENÇO, 2012, p. 414). Eça de Queirós
ainda afirma que o realismo se caracteriza veementemente pelo intuito de moral, justiça e
verdade que o autor se impôs a delatar.

1 EÇA COPIOU FLAUBERT?

Madame Bovary é indiscutivelmente o pilar dos romances de adultério, sua influência


ao realismo é onipresente, sendo assim, é aceitável que o estilo, que se tornaria um novo modelo
literário, influenciasse outros diversos autores pertencentes ao mesmo contexto histórico. Para
Lourenço (2012) algumas características flaubertianas se tornariam indispensáveis para
romances realistas:
Flaubert instaura, em suma, uma nova forma de narrar, já não
centrada num autor-narrador mais transcendente do que
simplesmente omnisciente, mas construída a partir da
colaboração do narrador com as personagens, que assumem
frequentemente a função de focos emissores da narrativa. Uma
grande parte da ação narrativa da ficção naturalista é, deste modo,
contada a partir da perspetiva das próprias personagens,
normalmente com especial realce para as personagens centrais da
intriga, como é evidente.” (LOURENÇO, 2012, p. 415)

Essa nova forma de narrar influencia Eça em suas obras conseguintes, a se destacar o
Primo Basílio, e é exatamente esse estilo pioneiro de narrador realista-naturalista – impessoal
e imparcial no julgamento da ação das personagens – que sofre dura censura e desaprovação
em questões de crítica literária. A reclamação temerária dos críticos da época à obra era de que
não havia uma certa repudia do autor e do narrador à conduta de Luísa no romance. Essa
perspectiva própria dos personagens em relação à ação que ocorre será fruto de inúmeras
reclamações ao longo da consolidação do realismo-naturalismo e seu novo estilo de narrar.

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