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O tempo das Luzes:

princípios e difusão

Iluminismo

As várias dimensões históricas ao longo


do século XVII e início do século XVIII
A apologia da Razão e do progresso

A esperança no progresso

Vemos estabelecerem-se sociedades, formarem-se nações que, por sua vez,


dominam outras ou lhe obedecem. O instinto, a ambição, a glória mudam
perpetuamente a cena do mundo e inundam a Terra de sangue, mas, no meio dos
seus destroços, o espírito humano ilumina-se, os costumes suavizam-se, as
nações isoladas aproximam-se umas das outras, o comércio e a política reúnem
todas as partes do globo e a massa total do género humano, através de
alternativas de calma e de agitação, de bens e de males, caminha sempre, ainda
que a passos lentos, para uma perfeição maior.

Turgot, economista francês do século XVIII, in Phillipe Sagnac, La Formation de la Société


Française, (adaptado).

Iluminismo
(séc. XVIII)
Pormenor do frontispício da
Enciclopédia
ou Dicionário Racional das
Ciências, das Artes e dos Ofícios. Descrença nos valores tradicionais Crença no progresso da Humanidade,
Editada por Diderot e D’Alembert, a como a tradição e a ordem, que através da Razão e da liberdade para
partir de 1751, compilava todos os potenciam a diferenciação social atingir a felicidade
conhecimentos e ideias do século
XVIII, colocava-os à disposição do
público e defendia a Razão e a
Ciência.
A revolução científica contribuiu, ou não,
para o aparecimento de uma sociedade mais progressiva? Justifique.
A apologia da Razão

A Enciclopédia

A obra que começamos (e que pensamos acabar) tem dois objetivos:


como Enciclopédia deve expor, tanto quanto possível, a ordem e o
encadeamento dos conhecimentos humanos; como Dicionário Racional
das Ciências, das Artes e dos Ofícios, deve conter os princípios gerais
básicos e os detalhes mais essenciais de cada ciência e de cada arte,
seja liberal ou mecânica.

D’Alembert, «Discurso Preliminar»,


Rond D’Alembert Denis Diderot Enciclopédia, 1751.
(1717-1783) (1713-1784)

Iluminismo – apologia da razão

Defesa da Razão humana como único A Razão é a «luz» que esclarece o espírito
caminho para atingir a felicidade plena humano, permitindo uma evolução dos saberes

Sociedades mais equilibradas e perfeitas

O efeito seria um aumento do bem-estar de todos.


Condorcet, filósofo francês do século XVIII
O indivíduo e os direitos naturais

Os direitos naturais

Igualdade natural é aquela que existe entre todos os Homens


Papel fundamental da burguesia unicamente pela constituição da sua natureza. Esta igualdade é o
que aspirava a uma liberdade princípio e o fundamento da liberdade. A igualdade natural ou moral
comercial, intelectual e política tem, portanto, base na constituição da natureza humana comum a
todos os Homens, que nascem, crescem, subsistem e morrem da
mesma maneira. Uma vez que a natureza humana é igual em todos
os Homens, é evidente que, segundo o direito natural, cada um
deve apreciar e tratar os outros como seres que, por natureza, são
iguais a ele próprio, ou seja, que são tanto Homens como ele.
Valorização da instrução No entanto, não me façam a injustiça de supor que, por um espírito
de fanatismo, eu aprovo num Estado a quimera da igualdade
absoluta, que mal é capaz de produzir uma república ideal; aqui
apenas falo da igualdade natural dos Homens; conheço demasiado
a necessidade das condições diferentes, das graduações, das
Valorização do indivíduo honrarias (…); e chego a acrescentar que a igualdade natural ou
como parte integrante moral de forma alguma se lhes opõe. No estado de natureza, os
do progresso Homens nascem mesmo em igualdade, mas não podem nela
da Humanidade permanecer; a sociedade fá-los perdê-la, e é unicamente pelas leis
que tornam a ficar iguais.

Cavaleiro de Jaucourt, «Igualdade natural»,


Enciclopédia, 1751.
O indivíduo e os direitos naturais

Crença no progresso da
• Defesa dos direitos naturais do
Valorização Humanidade: todos os
Homem: liberdade, igualdade
do indivíduo indivíduos partilham os
• Defesa da Razão
mesmos direitos

Liberdade de consciência

Indique quais são os direitos naturais do Homem?


A separação dos poderes

Divisão de poderes e soberania popular


Qualquer ação livre tem duas causas que concorrem para a produzir: uma moral, ou seja, a vontade que
determina o ato; a outra física, isto é, o poder que a executa (…). O corpo político tem as mesmas causas;
distinguimos do mesmo modo a força e a vontade, esta sob o nome do poder legislativo, a outra com o nome de
poder executivo. Nada se faz ou deve fazer-se nele sem o seu concurso.
O poder legislativo pertence ao povo e só a ele pode pertencer (…). O poder executivo não pode pertencer à
generalidade como legislador ou soberano, porque este poder apenas consiste em atos particulares que não são da
competência da lei, nem por consequência da do soberano, cujos atos apenas podem ser leis. Designo (…) por
governo, ou suprema administração, o exercício legítimo do poder executivo, e por príncipe, ou magistrado, o homem
ou o corpo encarregado dessa administração. (…)
O governo recebe do soberano as ordens que ele dá ao povo, e para que o Estado esteja num bom equilíbrio
é preciso, com todas as compensações, que haja uma igualdade entre o produto, ou o poder, do governo tomado em
si próprio e o produto, ou o poder, dos cidadãos, que são soberanos por um lado e súbditos por outro.

Jean-Jacques Rousseau, filósofo francês do século XVIII,


Do Contrato Social, 1762.

Considera que a soberania popular valoriza, ou não,


o poder do indivíduo? Justifique.
A soberania popular e a separação dos poderes

John Locke
[1632-1704]
Filósofo inglês, considerado o fundador
do liberalismo político que defendeu a igualdade,
a liberdade e a independência de todos os Homens
pela existência de uma lei natural.

Jean-Jacques Rousseau
[1712-1778]

Filósofo suíço que influenciou a afirmação


dos direitos do Homem, considerando que
a soberania era popular e que obedecendo
às leis o Homem realizava a sua liberdade.
Montesquieu
[1689-1755]

Filósofo francês que defendeu a separação


dos poderes (legislativo, executivo e judicial),
beneficiando a monarquia parlamentar.
A separação dos poderes

Separação dos poderes


(Montesquieu):
Existência de um contrato • Soberania popular
• Legislativo: redigia as leis
social entre governados • Defesa dos direitos naturais
• Executivo: ordenava o
e governantes do Homem: igualdade,
cumprimento das leis
(Locke e Rousseau) liberdade e propriedade
• Judicial: julgava os casos de
desrespeito às leis

Considera que a proposta de Montesquieu defendia, ou não,


uma sociedade mais equilibrada? Justifique.
A soberania popular

As críticas dos filósofos das Luzes ao absolutismo


O rei de França é o mais poderoso príncipe da Europa. Não possui minas de ouro como o seu vizinho, rei de
Espanha, mas possui mais riquezas que ele, porque as obtém do espírito dos seus súbditos (…). Contudo, este rei é
um grande mágico: exerce o seu poder até sobre o pensamento dos seus súbditos; fá-los pensar como ele quer. Se
apenas tem um milhão de escudos no seu tesouro, e tem necessidade de dois, apenas precisa de os persuadir que
um escudo vale por dois e eles acreditam. Se tem uma guerra difícil de sustentar e não tem dinheiro para ele, apenas
tem de os convencer de que um bocado de papel é dinheiro e, de imediato, os convence (…).
Montesquieu, Cartas Persas, 1721.

O contrato social
Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja, com toda a força comum, a pessoa e os bens de
cada associado e pela qual cada um, unindo-se a todos, não obedeça, contudo, senão a si mesmo e permaneça tão
livre como antes. É este o problema fundamental a que o contrato social dá a solução. (…)
Esta pessoa pública, que assim se forma pela união de todas as outras, tinha outrora o nome de cidade e tem
agora o de república, ou corpo político, que é chamado pelos seus membros Estado soberano, quando comparado
com os seus semelhantes. No que diz respeito aos associados, tomam coletivamente o nome de povo e designam-
se, em particular, cidadãos, como participantes da autoridade soberana, e súbditos, porque submetidos às leis do
Estado.
Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social, 1762.

Aponte as principais diferenças entre o absolutismo e o liberalismo.


A soberania popular

Contrato social
(povo e governantes)

Defesa dos direitos


do Homem: Abolição das
• igualdade e liberdade desigualdades sociais:
• proclamação da tolerância • suprimir a escravatura
religiosa • abolir os privilégios
• liberdade de expressão
e de pensamento

• Cidadão
• Soberania popular

Jean-Jacques Rousseau [1712-1778]

Na sua opinião, o contrato social promove, ou não,


a construção de uma sociedade justa? Justifique.
A defesa da tolerância: a liberdade de consciência

A denúncia da escravatura
Toda a política que fere a humanidade é uma política
detestável e deve ser punida, mais cedo ou mais
tarde. Esta verdade pode ser demonstrada com rigor
pelo raciocínio e pelos factos. Mas, logo que se creia
que a política deve estar de acordo com a
humanidade, é preciso propor-se a libertação dos
negros e um melhor tratamento para os libertos. É
tempo de deixarmos de ver nas colónias duas raças
de homens: a dos livres e a dos escravos;
esperamos o dia em que aí veremos apenas homens
livres, igualmente súbditos do rei e usufruindo de
iguais direitos de cidadania.

Saint-Lambert, filósofo francês do século XVIII, Cartaz francês apelando


Reflexions sur les Moyens de Render Meileur L’état des à libertação dos escravos
Nègres ou des Affranchis de nos Colonies, 1787 (adaptado). (c. 1790).
A defesa da tolerância: a liberdade de consciência

A respeito da tolerância
A tolerância daqueles que diferem de outros em matérias de religião é tão agradável ao Evangelho de Jesus Cristo e à
genuína razão da humanidade que parece monstruoso que os Homens sejam tão cegos, que não percebam de uma forma
bem clara a necessidade dela. Mas, sobretudo, que não possam alguns cobrir o seu espírito de perseguição e de crueldade
anticristã, fingindo cuidado com a segurança da República e a observação das leis e que outros, sob a capa da religião, não
possam procurar a impunidade do seu libertinismo e licenciosidade; numa palavra: que ninguém possa impor-se a si próprio
e aos outros, sob a capa da lealdade e obediência ao príncipe ou de dedicação e sinceridade no culto de Deus. Penso que
(…) é necessário distinguir exatamente o problema do governo civil, da religião e estabelecer os justos limites que existem
entre um ou outro. O bem comum parece-me ser uma sociedade de Homens constituída para a procura, conservação e
progresso dos seus próprios interesses civis. Chamo interesses civis à vida, à liberdade, à saúde e segurança corporal e à
posse de coisas exteriores como moeda, terra, casa, mobiliário e semelhantes.
John Locke, filósofo inglês do século XVII,
Carta Acerca da Tolerância, 1689.

Denúncia dos atos de


escravatura e de servidão:
• Mudança de perceção • Cesare Beccaria, em 1764,
da Natureza e do Homem na obra Sobre os Delitos e a
• Defesa do direito Penas, condenou a pena
Defesa da liberdade
natural - defesa dos mais capital e a tortura.
de consciência
desfavorecidos, tendo em
conta a valorização do
indivíduo Valorização:
• Dignidade
• Tolerância (religiosa)
• Fraternidade
A questão da tolerância: a religião

Críticas às guerras em nome da religião


Tem-se dito que não convém ao príncipe permitir várias religiões no seu Estado (…). Confesso que a História está
repleta de guerras de religião. Mas tenha-se em consideração que não foi a multiplicidade de religiões que produziu as
guerras, mas o espírito de intolerância que animava aquela que se julgava superior.
Montesquieu, Cartas Persas, 1721.

A tolerância religiosa
Existem poucos países em que os cidadãos têm as
mesmas opiniões sobre a religião; a questão põe-se do
seguinte modo: é preciso que todos os cidadãos pensem da
mesma maneira? Ou pode-se a cada um permitir que pense
livremente? (…) É evidente que o soberano não tem qualquer
direito sobre a maneira de pensar dos cidadãos (…). A
tolerância é tão vantajosa para as sociedades onde se
estabelece, como faz a felicidade do Estado. Desde que todo
o culto é livre, todo o mundo fica tranquilo, enquanto as
perseguições produziram as guerras civis mais sangrentas,
mais longas e mais destrutivas (…).

Frederico II, rei da Prússia, Testamento Político, 1752..

Frederico II, rei da Prússia


(1712-1786)
A questão da tolerância: a religião

O deísmo
O deísta é um homem firmemente persuadido da existência de um ser supremo, tão bom como poderoso, que
formou todos os seres extensos, vegetantes, sensíveis e reflexivos; que perpetua a sua espécie, que pune sem
crueldade os crimes e recompensa com bondade as ações virtuosas. O deísta não sabe como Deus pune, como
favorece, como perdoa; mas sabe que Deus atua e que é justo. As dificuldades contra a Providência não abalam a
sua fé, porque são somente grandes dificuldades, e não provas (…). Reunindo neste princípio com o resto do
Universo, não abraça nenhuma das seitas, que todas elas se contradizem. (…). Crê que a religião não consiste nem
nas opiniões duma metafísica ininteligível, nem em vãos aparatos ou solenidades, mas na adoração e na justiça
(…). O maometano grita-lhe: «Tem cuidado, se não fazes a peregrinação a Meca!» «Desgraçado de ti, diz-lhe um
franciscano, se não fazes uma viagem a Nossa Senhora do Loreto!» Ele ri-se de Loreto e Meca; mas socorre do
indigente e defende o oprimido.
Voltaire, filósofo francês do século XVIII, Dicionário Filosófico, 1764.

 separação da Igreja e do Estado


(John Locke na Carta Acerca da Deísmo (Voltaire)
Tolerância, argumentou a favor da Tolerância religiosa Defende a existência de
tolerância e da caridade cristã) Deus na Natureza, num
 defesa das leis civis, da paz, da mundo regido pelas leis
segurança e da propriedade privada físicas e naturais
 aceitação de outros cultos espirituais

Explique de que forma o Iluminismo promoveu o respeito pelo outro.


O pensamento das luzes

Clubes
culturais

Livros e jornais Associações


Difusão do e Academias
Cafés pensamento
das Luzes

Maçonaria
Panfletos e folhas Salões
avulsas

Na sua opinião, a difusão do conhecimento promoveu


a divulgação das ideais liberais? Justifique.
O Património no Horizonte

@ A Enciclopédia de Denis Diderot e D’Alembert

@ As Cartas Persas de Montesquieu

@ Maçonaria Portuguesa
Séculos XVII e XVIII
Tempo das «Luzes»

Filósofos iluministas
Meios de difusão
• Locke – liberdade dos cidadãos
• Publicações de
Princípios e consciência política e religiosa
jornais, livros
• Crença na Razão (tolerância)
(destaque para a
e no progresso • Diderot e D’Alembert – defesa da
Enciclopédia),
• Defesa dos Razão e da ciência
folhetos, folhas avulso
direitos naturais do • Rousseau – contrato social entre
• Fundação de
Homem: liberdade e governados e governantes
associações e clubes
igualdade (soberania popular)
culturais
• Liberdade de • Montesquieu – separação dos
• Debates em salões,
consciência poderes (legislativo, executivo e
cafés e clubes
• Soberania popular judicial)
• Criação de lojas
• Voltaire – tolerância religiosa
maçónicas
(deísmo)
A avaliação no Horizonte…

1. Leia os documentos.

Doc. 1 A liberdade humana


O Homem nasce livre e senhor da sua própria vontade e não pode ser governado por quem quer que seja sem
o seu consentimento. Decidir que o filho de um escravo nasce escravo é decidir que ele não nasce Homem.
Jean Jacques Rousseau, Do Contrato Social, 1762.

Doc. 2 O poder do rei britânico


A Inglaterra é, presentemente, o mais livre país do mundo, sem exceção alguma. Considero-o livre, porque o rei
não pode ordenar seja o que for, ou seja contra quem for, sem se sujeitar às leis fundamentais do Estado. No entanto,
se a Câmara dos Comuns dispusesse, para além do poder legislativo, também do poder executivo, ela disporia de um
poder absoluto. Assim, o poder é partilhado entre o Parlamento e o rei.
Montesquieu, O Espírito das Leis, 1748.

Doc. 3 Reconhecimento britânico das liberdades humanas


Eis ao que, finalmente, chegou o sistema inglês: cada Homem é livre, dispondo dos direitos naturais que, na
maioria dos Estados, lhe são negados. Esses direitos são: a liberdade de dispor da sua pessoa e dos seus bens; o
direito de se exprimir livremente; o direito de apenas ser julgado, em matéria criminal, por um júri formado por homens
independentes e apenas de acordo com os termos estritos da lei; o direito de professar a religião que entender.
Voltaire, Dicionário Filosófico, 1764.

1.1 Esclareça o conceito de direito natural, segundo os iluministas.


1.2 Explique o que, segundo os autores, torna a Inglaterra um país livre.

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