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Se você contar uma piada no trabalho para descontrair e todo mundo rir,
provavelmente você vai contar essa história novamente.
Se você contar a mesma história novamente na sua casa, mas ninguém
rir, desta vez, você vai ser menos propenso a repetir a história
novamente no futuro.
2-
O artigo tem como foco o professor e a análise comportamental de
Skinner na aplicação do ensino das escolas. O autor começa explicando
a visão de Skinner sobre o processo de ensinar, que se relaciona
diretamente com o professor e o jeito de conduzir o ensino através de um
plano de contingências em oposição ao processo natural e espontâneo
das linhas das escolas tradicionais. Skinner acredita que o processo
intencional de contingência é voltado a sobrevivência da cultura
comportamentos úteis ao futuro para tornar o educando autônomo e
autogovernado. Uma das contingências seria a da vontade de aprender,
para ser possível estabelecer relações educacionais com o mesmo. É
necessário ao professor conhecer o repertório de seu aluno para se
planejar e saber o que é preciso mudar e o que se deseja alcançar. A
explicitação de objetivos e planejamento através da análise
comportamental está ligada diretamente a avaliação do processo de
aprendizagem. A avaliação do mesmo não é suficiente, e sim as
condições a ele oferecidas. Skinner vê o professor como ponto
fundamental para o ensino chegando a ser considerado por ele um
especialista em educação.
Em oposição a visão de Skinner, a escola tradicional pode comportar
métodos frequentemente aversivos, o que pode gerar ineficiência da
função escolar e frustração. Esse tipo de concepção tradicional retira da
escola e do professor a função de realmente promover uma mudança
relevante no comportamento dos educandos. Os métodos de ensino
derivados da análise são relatados pela literatura como eficientes mas são
negligenciados em troca de abordagens de autores preferenciais com
métodos específicos. Para Skinner existiria “uma conspiração de silêncio
sobre o ensinar como uma habilidade”. A formação do professor até os
dias atuais é vista como um processo natural de aprender com a
experiência, algo aparentemente louvável mas ineficiente e errado.
As habilidades que o professor deveria dominar para ensinar com base
na proposta analítico-comportamental de forma bastante sintética são:
-Conhecer previamente o aluno
- Determinar os objetivos
- Definir conteúdo, materiais e procedimentos de estudo.
- Avaliar o processo
O autor conclui que uma formação baseada na análise-comportamental
deve ter o objetivo claro de “ensinar a ensinar”. Um caminho de grandes
dificuldades e responsabilidade. Categoriza a função do professor e da
escola em capacitar o educando para a vida e tornar sua cultura
preservada. O professor deve ser uma espécie de “engenheiro”
comportamental sabendo aonde quer chegar e o que é necessário para
atingir seus objetivos.
De acordo com alguns autores (de Rose, 1993; Sidman, 1971, 1994), a
compreensão e o uso da linguagem estão ligados a capacidade de
agrupar estímulos (palavras, objetos ou eventos) em classes, o que
resultaria em um comportamento simbólico.
Símbolos são estímulos originalmente neutros que adquirem significados
arbitrários estabelecidos culturalmente. A maneira pela qual os símbolos
são utilizados é parte essencial de nosso processo de interação com o
ambiente. Por esse motivo, pode-se considerar um símbolo como algo
que é percebido pelos sentidos. O paradigma da equivalência de
estímulos proposto por Sidman e Tailby (1982) é considerado um modelo
experimental para estudo do comportamento simbólico, demonstrando
que o ensino de certos tipos de relações condicionais entre estímulos
resultava em novas relações derivadas das relações aprendidas
anteriormente.
Dentro dessas relações, alguns comportamentos necessitam de
intervenção para serem suportados numa relação organismo-ambiente
como parte de um conjunto de respostas adaptativas e funcionais. A
avaliação comportamental se faz necessária para analisar os
comportamentos que serão o foco de intervenção. A partir disso, é
possível analisar as variáveis por trás de alguns comportamentos. Em um
exemplo de indivíduos com autismo, diversos comportamentos são
mantidos por reforçadores que mantem e/ou aumentam sua frequência a
estimulação sensorial que os mesmos produzem. Os indivíduos com TEA
(Transtorno do Espectro Autista) podem apresentar grande necessidades
de intervenções de diferentes níveis tanto no âmbito clínico quanto no
ambiente escolar, que é o foco do trabalho.
A Análise do Comportamento relacionada a intervenção de pessoas com
autismo objetiva diretamente desenvolver habilidades sociais tendo como
base princípios comportamentais. Podem ser intervenções direcionadas
aos quadros de déficits (processo de aprendizagem no âmbito escolar) e
excessos no padrão comportamental. Oque se espera com a
implementação da análise é proporcionar intervenções voltadas para a
melhor qualidade de vida, que contribuam para conscientização sobre o
tema e possa proporcionar o processo de inclusão social da pessoa ao
ambiente escolar. A inclusão é possível quando há adaptação do
ambiente assim como recursos para sua estrutura e trabalho
multidisciplinar para proporcionar um bom aproveitamento do espaço.
Referências