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APELAÇÃO

CONCEITO/FINALIDADE: Via de regra é o meio hábil para insurgir-se contra a sentença


(art. 162, I, c/c arts. 267 e 269, CPC), isto é, contra o ato judicial que aprecia ou rejeita
o pedido e que concede ou nega a tutela jurisdicional postulada, visando a sua total ou
parcial reforma ou, ainda, sua invalidação, permitindo ampla atividade cognitiva pelo
órgão ad quem.

EXCEÇÕES IMPORTANTES:

- Recurso Inominado (art. 41 Lei 9.099/95) – é o meio hábil para insurgir-se contra
sentenças proferidas em Juizados Especiais, tem uma abrangência de conteúdo maior do
que a apelação do CPC, pois também pode discutir decisões interlocutórias proferidas ao
longo do processo, pois estas, em sede de Juizado, não são agraváveis.

- Recurso Ordinário Constitucional (art. 539 CPC, art. 109, II, CRFB/88 e art. 37 e 41-A,
Lei 8.038/90) - Meio hábil para insurgir-se contra sentenças em demandas que envolvam
Estados Estrangeiros ou organismo internacional contra Município ou pessoa residente ou
domiciliada no Brasil. Nesse caso, apesar de um juiz federal de 1º grau apreciar a
matéria inicialmente, eventual recurso quanto à sentença proferida será julgado pelo
STJ e não pelo respectivo TRF.

- Embargos Infringentes de Alçada (art. 34 da LEF, Lei 6830/80) – recurso cabível contra
sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50
(cinquenta) OTN.

- Art. 17, Lei 1060/50 – decisões acerca do pedido de gratuidade de justiça, embora a lei
diga que cabe apelação, em razão da sua natureza interlocutória, é pacífico o
entendimento pelo cabimento de agravo de instrumento.

- Arts. 99 e 100, LRF (lei 11.101/05) – sentença que julga o pedido de falência.

PRAZO / FORMA (art. 508, CPC): 15 dias, por escrito, junto com as razões.

Obs: Exceção - prazo de 10 dias quando versar sobre demanda em Vara da infância e
Juventude – art. 198, II ECA (Lei 8.069/90).

ENDEREÇAMENTO: conforme a regra do art. 514 do CPC, deverá ser dirigida ao juiz da
causa, que ao recebê-la, indicará os efeitos em que a recebe, abrindo o prazo de 15 dias
(sendo demanda de ECA, o prazo será 10 dias) para a parte contrária contrarrazoar o
recurso, sendo admitida a possibilidade de apelação adesiva, conforme a regra do art.
500 do CPC.

EFEITOS: de acordo com o art. 520 CPC, deve ser o recurso de apelação recebido, em
regra, nos efeitos devolutivo e suspensivo. Contudo, será recebido apenas no efeito
devolutivo nos casos previstos nos incisos I a VII do art. 520 CPC, bem como em outros
casos previstos em lei (ex: Apelação em Mandado de Segurança, Lei 12.016/09).

Ainda que a apelação seja recebida apenas no efeito devolutivo, conforme a regra do
art. 520 do CPC, poderá ser recebida com a atribuição também do efeito suspensivo,
desde que seja demonstrada a possibilidade de lesão grave e de difícil reparação, caso a
sentença produza seus efeitos, utilizando-se para tanto o teor do artigo 558, parágrafo
único, do CPC.

PREPARO: obrigatório no ato da interposição (art. 511 c/c art. 519, CPC)

Obs: tratando-se de Recurso Inominado do JEC, observa-se a regra do art. 42, Lei
9099/95).

Obs 2: não há a necessidade de preparo nas demandas relativas à Justiça da Infância e


Juventude – art. 198, I ECA.

POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃO: em regra, no recurso de apelação o juiz não pode se


retratar (art. 521, CPC). Contudo, nos casos dos arts. 285-A (apreciação liminar de
mérito) e 296 (indeferimento da inicial) do CPC, caso o autor apele e faça um pedido de
reconsideração, é facultado ao juiz se retratar e receber a inicial.

PROCESSAMENTO:

1- Interposição do recurso no órgão a quo: esse declara se recebe ou não recebe o


recurso e em que efeitos este é recebido (juízo de admissibilidade). Desta decisão
que recebe ou não a apelação e em quais efeitos ela é recebida, cabe agravo de
instrumento (art. 522, CPC).

Obs: por força do art. 518, § 1°, do CPC, o juiz não receberá o recurso quando a
sentença estiver em conformidade com súmula do STJ ou do STF.

2- Sendo o recurso recebido, será aberta vista ao recorrido para apresentar suas
contrarrazões. Recebidas as contrarrazões o juízo a quo realiza uma nova
verificação da sua admissibilidade, quando se dará ou se negará seguimento ao
recurso.

3- Se for dado seguimento ao recurso ele é remetido ao órgão ad quem. Nesta


instância o recurso é remetido a um relator, que realiza nova verificação do
recurso, dando ou negando seguimento ao mesmo (juízo de admissibilidade). Nos
termos do art. 557 do CPC, o relator poderá ainda julgar de imediato o recurso
(juízo de mérito).

4- Se o relator der seguimento ao recurso, este é remetido ao revisor, que não


realiza nenhum juízo monocrático, e é marcado dia para julgamento. Na sessão
de julgamento o órgão fracionário inicia a verificação do recurso por sua
admissibilidade (juízo de admissibilidade). Se esse primeiro julgamento for
positivo, o órgão fracionário passará ao julgamento da pretensão recursal (juízo
de mérito).

Obs: nas hipóteses previstas no art. 551, § 3º, do CPC, é dispensada a figura do
revisor.

INOVAÇÃO NO PROCESSO EM 2ª INSTÂNCIA: em regra, não se pode inovar trazendo


novas questões de fato neste momento processual. Contudo o art. 517 do CPC autoriza,
excepcionalmente, que parte inove no processo, quando provar o justo impedimento de
tê-lo feito anteriormente, como por exemplo, a ignorância do fato pela parte, ou
quando por circunstâncias alheias à sua vontade, a parte se encontrava impossibilitada
de comunicar o fato ao seu advogado ou este de levá-lo a tempo à consideração do juiz.

MATÉRIA APRECIADA NO RECURSO DE APELAÇÃO:

- art. 515, CPC (tantum devolutum quantum apellatum) – a apelação devolve ao tribunal
o conhecimento da matéria impugnada.

Conforme o seu § 1º, serão ainda apreciadas e julgadas pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por
inteiro, ou seja, poderá ser feita uma análise irrestrita dos autos, porém o tribunal fica
limitado apenas em decidir as questões suscitadas nas razões do recurso, não podendo
julgar além do que é pedido pelo apelante.

Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à sentença, ainda não


decididas (art. 516, CPC). Importante lembrar ainda que se o pedido ou a defesa tiver
mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um dele (princípio do livre
convencimento motivado), a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais
(art. 515, § 2º, CPC).

- teoria da causa madura – de acordo com o previsto no art. 515, § 3º, do CPC, quando o
processo é extinto sem julgamento de mérito, o tribunal pode julgar desde logo o mérito
de recurso, se a causa tratar de questão exclusivamente de direito e estiver em
condições de julgamento imediato. Esta regra consagrada no CPC desde 2001 procurou
dar maior celeridade às demandas judiciais, evitando um trâmite processual
desnecessário em situações que a causa já se encontra pronta para ser apreciada pelo
tribunal, não sendo caso em hipótese alguma de supressão de instância.

- o art. 515, § 4º, do CPC prevê a possibilidade de serem sanados eventuais vícios antes
da sessão de julgamento. Nesses casos, o tribunal poderá determinar a realização ou
renovação do ato processual, devendo as partes serem intimadas. Após o cumprimento
da diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. Tal
procedimento é possível, por exemplo, quando se constata a ausência de vista para a
parte contrária na juntada de um documento.

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