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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOFÍSICA
SALVADOR BAHIA
12 de Agosto de 2015
Interpretação básica de Pers geofísicos de Poços utilizando linguagem Fortran
95 e softwares livres
por
Departamento de Geofísica
do
Instituto de Geociências
da
Universidade Federal da Bahia
Comissão Examinadora
realizar cálculos quantitativos para a interpretação de Pers Geofísicos contendo uma certa
softwares livres auxiliares, como o Gnuplot para gerar os grácos, Libre Oce e o Kate
para editar o arquivo .dat de entrada. O programa é auto explicativo e necessita de dados
de entrada fornecidos pelo intérprete para funcionar. Como resultado nal, será impresso
em tela o valor do Net Pay (Espessura Efetiva), Porosidade efetiva média (φm ) e Saturação
média em água (Swm ). Adicionalmente serão gerados arquivos .dat para consulta posterior.
O propósito principal desse projeto foi criar um programa que pode ser utilizado para aju-
dar estudantes de Perlagem de Poços que não têm acesso aos softwares das companhias.
Nesse trabalho foram usados dois exemplos de pers de poços que podem ser comparados a
iii
ABSTRACT
A quick and easy basic Fortran language program was developed to quantitative calculations
of geophysical well log suites with a certain amount of mandatory curves. In addition to
the Fortran code, it was used free auxiliary softwares, like the Gnuplot to generate the cross
plots and the Libre Oce to edit the .dat les input. The program is auto explanatory and
it needs input data provided by the analyst to work. As a nal result, it is printed on the
screen the Net Pay (NP - Espessura Efetiva da rocha com hidrocarboneto), a Porosidade
efetiva média (φm ) e a Saturação média em água (Sw ). Additionally, it will be generate .dat
les for future reference. The main purpose of this project was to create a program that
can be used to help Well Logging course student that do not have access to the companies
softwares. In this paper it was used two examples that can be compared to bibliographic
iv
ÍNDICE
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii
ABSTRACT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv
ÍNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
ÍNDICE DE FIGURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1.1 Porosidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
v
2.5 A argilosidade (Vsh ) e os pers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7 Gráco φN x φD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
CAPÍTULO 3 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.1.1 Parâmetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.9 Cálculo de Sw . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.1.15 Mobilidade do HC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
CAPÍTULO 4 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
vi
CAPÍTULO 5 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Referências Bibliográcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
vii
ÍNDICE DE TABELAS
3.3 Exemplo de entrada de dados sem a presença do Perl Sônico, mas com RM SF L 27
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
1.1 Representação de três dos quatro tipos de porosidade listados acima. Fonte:
2.1 Exemplo de cross plot através do qual o valor de RwAmin é obtido. Estimativa
2.2 Exemplo de cross plot para obtenção dos parâmetros GRmin e GRmax . . . . 19
2.3 Exemplo de cross plot usado para estimar a densidade da matriz da rocha. . 20
4.1 Exemplo de cross plot gerado pelo programa. Observe no canto inferior es-
4.3 Curvas dos pers adquiridos no poço NA04, localizado no Campo de Namo-
rado (Bacia de Campos). Figura gerada e cedida pelo Me. Geraldo Girão
Nery . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
matriz da rocha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.14 Curvas dos pers adquiridos no poço Test Well 1 geradas e cedidas pelo Me.
matriz da rocha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
ix
4.17 Cross plot GR X RILD para determinação da resistividade do folhelho. . . . 44
4.25 Tabela com descrição litológica de alguns dos intervalos perlados do poço.
4.27 Gabarito mostrando o resultado obtido pelo autor do livro. Fonte: Darling,
2005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
x
INTRODUÇÃO
Desde o advento das técnicas de Perlagem de Poços, melhoramentos vêm sendo feitos em
prol de se obter um resultado mais preciso e aproximado da realidade geológica por trás
das curvas dos pers, por isso, estão disponíveis no mercado uma diversidade de softwares
desenvolvidos para atender a demanda industrial. Todavia esses softwares não são livres e
acessíveis a todos, e foi pensando nessa problemática que esse programa foi desenvolvido.
Ele foi escrito em linguagem Fortran 95 e também utiliza o Gnuplot, um software livre, para
gerar os mais diversos cross plots que serão mostrados ao usuário. Os dados de entrada
podem também ser editados em um software livre, o Libre Oce , disponível para Linux.
O programa segue o uxograma proposto pelo Me. Geraldo Girão Nery para uma interpre-
tação básica de Pers de Poços e necessita de um número mínimo de pers para funcionar.
Além do arquivo de entrada no formato .dat , o intérprete terá que comunicar ao programa
a existência ou não de determinadas curvas, inserir alguns parâmetros e extrair valores de
cross plots.
Para uma interpretação satisfatória utilizando o Programa em linguagem Fortran 95 é ne-
cessário que o usuário do programa tenha conhecimento dos pers utilizados, dos princípios
físicos por trás de cada ferramenta e discernimento para poder ignorar valores surreais e
Nesse trabalho, foi utilizado Perl de Poço NA04, do Campo de Namorado, na Bacia de
didático e possui numerosos trabalhos a cerca dele, foi possibilitada a comparação de resul-
lhe é solicitado. Ademais, o outro exemplo, por ter sido retirado do livro de Darling (2005),
1
CAPÍTULO 1
Embasamento teórico
Segundo Serra (1984) , o tamanho e forma dos grãos da rocha, seu grau de selecionamento, a
maneira que eles foram cimentados e a importância relativa da própria cimentação, tem três
decide a tortuosidade.
• Evaporitos - rochas de origem química, geradas a partir da precipitação dos sais dis-
O arcabouço corresponde à fração clástica principal, que dará sustentação a rocha e origem
ao seu nome.
ção. Esse material, geralmente, preenchem os espaços entre os grãos, sendo constituídos por
O cimento corresponde à parte da rocha que é precipitado quimicamente nos poros da rocha,
guir um cimento silicoso de uma matriz silicosa, bem como um cimento carbonático de uma
2
3
matriz carbonática, por isso, o modelo da rocha adotado na perlagem geofísica é diferente
duas partes:
• Poro - todo espaço vazio ocupado por um uido, seja ele gás, óleo ou água.
1.1.1 Porosidade
(i) A porosidade total, φt , denida pela razão entre os volumes de todos os intertícios ∆Up
e o volume total do EVR, ∆Uo ;
∆Up
φt = (1.1)
∆Uo
(ii) A porosidade interconectada, φi , que é dada pelo volume de vazios interconectados, ∆Up0 ,
sobre o volume do EVR, ∆Uo ;
∆Up0
φi = (1.2)
∆Uo
(iii) A porosidade efetiva, φe , denida pela razão entre o volume de vazios disponível para
uidos ∆Up00 (o que exclui os poros não conectados ou ocupados pelos uidos pelicular e
∆Up00
φe = (1.3)
∆Uo
função deles, ela pode ser classicada como: primária, quando gerada pelo próprio processo
(i) porosidade intergranular, constituída pelos vazios entre os grãos ou fragmentos clásticos;
4
(iii) porosidade ssural, inclui os vazios gerados por fraturamentos nas rochas; e
(iv) porosidade cárstica, que engloba os vazios criados por dissoluções químicas.
Figura 1.1: Representação de três dos quatro tipos de porosidade listados acima.
São três os parâmetros que caracterizam eletricamente uma rocha: permeabilidade magné-
tica, permissividade dielétrica e condutividade (ou seu inverso, a resistividade) (Nery, 2013).
dade.
A resistividade elétrica das rochas varia em muitas ordens de magnitude. Ela é controlada
principalmente por fatores tais como tipo de rocha, porosidade, conectividade dos poros,
As rochas são constituídas pela matriz (agregados minerais) e pelos poros, que contém os
uidos. A matriz, em grande parte dos casos, é isolante (resistividade muito elevada), por-
tanto, o papel de condutor da corrente elétrica é designado aos uidos que saturam a rocha.
(água doce ou salgada, óleo ou gás, ar, etc.), da saturação e da distribuição do mesmo.
Em seu histórico artigo de 1942 sobre condução elétrica em areias limpas, Archie sugeriu que
Ro ∝ Rw (1.4)
Essa tese fundamental para as equações de Archie é válida, se a salmoura/água nos poros
Como resultado da proporcionalidade no caso de uma rocha saturada de água, Archie intro-
Ro = F Rw (1.5)
Ro
F = (1.6)
Rw
Uma vez que os poros são os únicos condutores, uma correlação inversa do fator de formação
1
F = (1.7)
φm
A equação de Archie é aplicada em vários tipos de rochas. Em alguns casos, ela é modicada
a
F = (1.8)
φm
Há diversos tipos de onda sonora, cada uma caracterizada por um determinado tipo de
são:
6
cular à direção de propagação da onda. É mais lenta que a onda P e difunde-se apenas
em meios sólidos.
• Rochas densas sem poros (halita, anidrita, evaporitos no geral) com velocidade bem
• Rochas porosas com uma faixa de velocidades com intensa inuência da porosidade e
sólida (variando de rochas cimentadas fortes a rochas não consolidadas), bem como a
• Matriz (litologia);
• Porosidade; e
• Fluido intersticial.
Em vista disso, a medida do tempo que a onda acústica demora para percorrer um intervalo
bem denido em uma camada rochosa pode ser usada para determinar a sua porosidade.
Na natureza, há, pelo menos, vinte elementos que são radioativos. Entretanto, destes, apenas
De acordo com Lima (2014), a atividade radioativa das rochas depende da proporção de
ção de núcleos de certos isótopos instáveis pode produzir partículas elementares e radiações
As partículas α e β são fortemente absorvidas nos solos e rochas, de modo que somente a
7
radiação γ tem importância na geofísica aplicada. Nos dispositivos geofísicos que utilizam a
Nas rochas sedimentares, o principal elemento radioativo é o K 40 que está contido sobretudo
nas argilas (caulinita, ilita,etc.). Sequências evaporíticas podem conter silvita (cloreto de
se tratando de Urânio e Tório, cuja fonte primária são as rochas ígneas, podem ocorrer em
A história da perlagem geofísica de poços remonta aos irmãos Conrad e Marcel Schlum-
A perlagem constitui uma das últimas etapas do processo de caracterização de uma zona
potencial espontâneo, etc.). Os citados valores são obtidos através do deslocamento ascen-
De posse dos pers é possível avaliar e estimar o valor comercial de um prospecto, bem como
aRw
Swn = (1.9)
φm Rt
Para essa lei ter aplicabilidade é necessário a determinação dos parâmetros a, m, n e Rw que
são especícos para cada tipo de formação, cada tipo de ambiente deposicional, etc, bem
A porosidade pode ser determinada através dos pers Neutrônico, Sônico e Densidade, já a
resistividade da zona virgem pode ser obtida através do perl de Indução, um Lateroperl
emitir energia sob a forma de partícula ou energia eletromagnética após sua desintegração.
Aproveitando-se desse fato, o Perl de Raios Gama Convencional (GR ou RG) registra a soma
detectores que descem ao poço e são afetados pelos raios gama do meio ambiente.
Como os folhelhos apresentam alto teor de K 40 , esse perl é bastante empregado na distinção
litológica entre folhelhos e não folhelhos, ressalvadas as condições de enriquecimento eventual
Assim, o perl de raios gama pode ser utilizado como um indicador qualitativo e quantitativo
do conteúdo argiloso das rochas, desde que essa radioatividade dependa exclusivamente do
estabelecida pelo American Petroleum Institute (API) para evitar as possíveis divergências
O perl de raios gama pode ser utilizado como um indicador linear do teor de folhelho ou
GR − GRmin
IGR = (1.10)
GRmax − GRmin
a folhelhos puros.
Para calcular a argilosidade, uma das equações não lineares mais usadas é de Steiber (Asquith
e Krygowski, 2004)
IGR
VshGR = (1.11)
AGR − (AGR − 1)IGR
9
Onde AGR representa um fator correspondente à idade da rocha, sendo 2 para rochas Ter-
Todavia, esse perl também pode apresentar quanticações surreais devido a problemas
natural existente entre dois pontos: um eletrodo xado em superfície e outro deslocando-se
meio permeável e o ltrado da lama é impelido a adentrar nas formações rochosas devido à
(Ej ) e o potencial provocado pela passagem dos ânions através dos folhelhos, o Potencial de
Membrana (Em ).
a rochas impermeáveis (onde não ocorre invasão do ltrado nem difusão de sais), a curva do
SP mostrará tendência retilínea, sendo, por isso mesmo, denominada linha base dos folhelhos
(LBF).
Diante de zonas permeáveis (onde ocorre invasão do ltrado), a curva do SP mostra deexões
maior do que a resistividade do ltrado da lama (Rmf ); se a deexão for para a esquerda
(negativa) signica que que uido intersticial é menos resistivo que o ltrado. Assim, este
limites das camadas facilitando a correlação entre poços, além de ser indicador de argilosidade
das camadas localizadas entre um eletrodo que se desloca no poço e outro estacionário na
superfície, ou mesmo dentro do poço, a uma distância considerada innita (Nery, 2013).
10
∆E S
R= (1.12)
i L
Onde a diferença de potencial expressa em Volts é dada por ∆E , a corrente elétrica é
de lama muito condutiva) ou até adentrar em camadas mais condutivas. Para contornar
saídas de A0 não transpõem, para cima ou para baixo as posições de A1 e A01 sendo, portanto,
forçadas para dentro da camada, até uma certa distância do poço, quando iniciam seu retorno
à superfície para fechar o circuito. Isso proporciona uma maior profundidade de investigação
radial do que aquela observada nos macropers elétricos convencionais distorcíveis (Nery,
2013).
Apesar de suas boas intenções, o LL-3 ainda mostrava certas diculdades relacionadas aos
limites das camadas, ou seja, sofria inuência das camadas sobrepostas e sotopostas. Sua
corrente e de bloqueio. Os dois sistemas possuem sete eletrodos cilíndricos curtos. Um par
de eletrodos monitoram a corrente abaixo e acima do emissor (M1 ,M10 ,M2 e M20 ) e dois
A distinção entre o LL-7 e o DLL é a frequência da corrente utilizada. Um dos sistemas DLL
tem menor penetração (LLS, de shallow ) e o outro tem maior penetração (LLD, de deep ), o
técnica adotada para medidas de resistividades médias e rasas, a corrente de bloqueio passa
uma esfera (Figura 1.3). A corrente de medição ca então enclausurada diretamente para
sonda.
A Micro esférica focalizada é a ferramenta que fornece um valor de Rxo mais aproximado do
Em poços onde as ferramentas galvânicas não apresentam resposta adequada, por exemplo,
poços com lama excessivamente isolantes, tem-se como alternativa o Perl de Indução, com
das formações através da indução campos eletromagnéticos que penetram nas formações
O princípio físico desse perl tem por base o acoplamento eletromagnético (indutivo) entre
corrente elétrica que possui forma toroidal de eixo igual ao do poço. Tal corrente produz
A partir desse tipo de perl é possível obter a resistividade da zona virgem (aquela não
invadida pelo ltrado, que conserva o conteúdo original da rocha), presumir a litologia e o
13
conteúdo uido, bem como ter uma primeira noção da saturação em água da camada (Sw ),
s r
aRw F Rw
Sw = = (1.13)
φm Rt Rt
r
Ro
Sw = (1.14)
Rt
todavia, o Perl Sônico mensura uma propriedade acústica: o tempo de trânsito que uma
onda sonora leva para percorrer o espaço entre dois detectores localizados a distâncias xas
entre si.
A velocidade do som altera-se de acordo com o meio em que suas ondas se propagam. Sendo
maior em sólidos do que em líquidos e gases. Isso signica que quanto maior a velocidade
considerarmos duas rochas semelhantes, a que contiver menos uidos dentro de seu espaço
poroso terá um tempo de trânsito menor. Por outro lado, as zonas de fraturas também
podem ser identicadas devido a um maior tempo de trânsito do pulso para alcançar os
Em 1956, Wyllie demonstrou que o tempo de trânsito poderia ser usado para determinar
seguinte equação:
∆t − ∆tm
φS = (1.15)
∆tf − ∆tm
Onde φS representa a porosidade calculada com o uso do perl sônico, ∆t o tempo lido no
perl, ∆tm o tempo de trânsito da matriz sólida e ∆tf tempo de trânsito do uido.
Para o caso de rochas não compactadas, aquelas cujo o tempo médio de trânsito nos folhelhos
∆t − ∆tm 100
φScor = (1.16)
∆tf − ∆tm ∆tsh
14
Vale salientar, que apesar da validade das equações, alguns efeitos podem inuenciar nas
Além do cálculo da porosidade intergranular, o Perl Sônico tem outras utilidades, tais
auxílio à sísmica de superfície e cálculo das constantes elásticas (razão de Poisson, módulo
com nível energético da ordem de 0,662 MeV, pressionada contra a parede do poço para
Quando os raios gama saem da fonte e atravessam as formações, eles interagem com os
raios gama vão se dissipando ou sendo absorvidos, a intensidade do feixe inicial decresce.
então medida pelo detector. Assim, quanto menos densa for a rocha, maior a intensidade da
De maneira análoga ao Perl Sônico, a porosidade (φD ) pode ser obtida através de uma
relação entre as densidades da matriz (ρm ), do uido intersticial (ρf ) e da formação (ρB ),
assim:
ρm − ρB
φD = (1.17)
ρm − ρf
O cálculo da porosidade não é a única nalidade para a qual o Perl de Densidade é usado.
Ele também pode ser aplicado na determinação da litologia, quando em conjunto com o
Tal como os outros, o Perl de Densidade não está isento de problemas, tais como lama
é calibrado de acordo com uma litologia padrão para registrar diretamente os valores de
interação podem ocorrer entre os nêutrons e os núcleos atômicos. Esses nêutrons com alto
poder de penetração são emitidos continuamente de uma fonte química interagindo com
energia do nêutron está associada com o tamanho do núcleo com o qual ele se choca, sendo
Os nêutrons capturados podem ser de três tipos: rápidos, epitermais e termais, cujos níveis
energéticos são de 4,5 MeV a 100 KeV, de 100 KeV a 100eV e de 100 eV a 0,025 eV, respec-
que se deseja registrar. Assim para captar nêutrons de nível energético mais baixo, o detector
deve estar mais afastado da fonte, por outro lado, se a pretensão é capturar nêutrons de alta
O Perl Neutrônico pode ser corrido tanto em poço aberto quanto em poço revestido e em
conjunto com o Perl de Densidade pode ser indicador de hidrocarbonetos leves, porém
geofísicos, na indústria de petróleo, são úteis para quanticar alguns parâmetros do reserva-
Baseado nos dados disponíveis, como descrição de amostra de calha, testes de formação,
testemunhos e pers geofísicos, elegem-se as zonas de interesse que são viáveis e começa-se
a interpretação.
da área, dos princípios físicos que regem as ferramentas, de seus respectivos volumes de
e órgãos credenciados.
Depois de se vericar a conabilidade dos pers, os métodos de quick looks são realizados
para se adquirir uma estimativa inicial dos parâmetros e incógnitas das equações a usar nos
econômica do poço.
16
17
Ro
Rw = (2.1)
F
Contudo, se Sw <1 (rocha portadora de hidrocarboneto), pode-se usar o seguinte artifício
Rt
RwA = (2.2)
F
onde RwA é uma resistividade aparente da água da formação.
Desenvolvendo-se:
Rt φm
RwA = (2.3)
a
que terá seu mínimo valor quando Rt =Ro , isto é, Sw = 1
Ro φm
RwAM IN = = Rw (2.4)
a
como
s
aRw
Sw = (2.5)
φm Rt
r
RwAM IN
SwA = (2.6)
RwA
Em que o RwAM IN pode ser obtido através da equação ( 2.4) ou através de métodos grácos
Em síntese, o método do RwA Mínimo é usado quando se deseja uma boa aproximação da
saturação em água de uma zona, mas não se dispõe de um dado conável de Rw . Porém
para que esse método funcione é necessário que se cumpra alguns pré requisitos: pelo menos
um perl de Rt , um de porosidade e uma zona com água no intervalo a analisar ou nas suas
Considerando-se que a saturação comercial máxima estimada de 50%, a Equação 2.6 esta-
Figura 2.1: Exemplo de cross plot através do qual o valor de RwAmin é obtido.
Para uma interpretação quantitativa apurada, os primeiros dados a serem observados são
São chamadas de parâmetros todas as constantes das equações. Alguns devem ser obtidos,
de preferência em laboratórios (a, m, n, ∆tm , ρm , etc.), muito embora possam ser também
determinados por meio dos pers e gráco correlacionados ( cross plots ). Alguns desses
parâmetros são:
19
• Constante da equação de Sw : n;
Alguns dos parâmetros supracitados podem ser obtidos em laboratório, outros parâmetros
exigem que o intérprete saiba ler e compreender grácos gerados pelos cross plots dos mais
Figura 2.2: Exemplo de cross plot para obtenção dos parâmetros GRmin e GRmax
Para uma denição mais exata dos valores de φe e Sw é substancial o reconhecimento dos
Uma gama de metodologias são utilizadas atualmente para a denição geológica por meio
dos pers, todavia, nesse trabalho será abordada apenas a utilização dos grácos auxiliares,
eixo das ordenadas, são colocados os valores inversos de um perl de Rt (RILD , RLLD , etc).
Figura 2.3: Exemplo de cross plot usado para estimar a densidade da matriz da
rocha.
• Folhelho estrutural: é uma espécie de pré-folhelho que substitui a matriz enquanto sua
permanece constante.
21
Pode haver uma diminuição da resistividade em camadas portadoras de água doce, uma vez
que a corrente elétrica será conduzida pela dupla camada, onde as águas são menos resistivas.
Em caso de formações portadoras de água salgada, as resistividade são ainda menores, pois
produtoras.
O efeito sobre o perl de ρB é o mais sutil, porque a densidade dos argilominerais se aproxima
Já nos pers neutrônicos, há uma elevação nas porosidades lidas pela ferramenta. A justi-
Para corrigir o efeito da argilosidade sobre os pers geofísicos, utiliza-se uma simples equação:
dele;
• Vsh = volume total de folhelho ou argila na rocha, escolhido como sendo, dentre os
Infere-se, então, que ao subtrair de φi o termo Vsh φsh , o efeito do folhelho sobre a porosidade
é eliminado de forma satisfatória.
• Raios Gama;
• Neutrônico;
Abaixo segue uma tabela dos indicadores de hidrocarbonetos e suas equações utilizadas no
programa.
Indicador Equação
GR VshGR = IGR
AGR−(AGR−1)IGR
φN vs φD VshN D =
φN −φD
φN sh −φDsh
φS vs φN VshSN =
φS −φN
φSsh −φN sh
φS vs φD VshSD =
φS −φD
φSsh −φDsh
φN VshN =
φN
φN sh
O procedimento para a obtenção dos valores de φN sh e φDsh serão discutidos na seção seguinte.
2.7 Gráco φN x φD
até atingir a porosidade de φ=1. Vale ressaltar que todos os pontos que estão sobre a bissetriz
O ponto de folhelho de coordenadas (φN sh , φDsh ) deve ser escolhido nesse gráco como
de argilominerais.
Analisando a distribuição dos pontos no gráco, temos que se uma coordenada cai abaixo da
bissetriz (φN >φD ), signica que ela é um ponto inuenciado pela argilosidade. Caso o ponto
caia acima da bissetriz (φN <φD ), signica que a inuência mais forte é a do hidrocarboneto.
A equação de Simandoux (1963) foi derivada com base em extensos estudos sobre materiais
φm Swn
Ct = + Vsh Csh Sw (2.8)
aRw
1 φm Swn Vsh Sw
= + (2.9)
Rt aRt Rsh
Sw2 Vsh Rt Sw
2
+ −1=0 (2.10)
SwA Rsh
o
A equação acima pode ser resolvida simplesmente como uma equação do 2 grau para en-
esses obtém informações a cerca de uma zona que já foi invadida e o interesse comercial
reside na zona virgem. No entanto, através desses pers do tipo RM SF L pode-se calcular
SxoA (Saturação de Archie de ltrado na zona lavada) e Sxo (Saturação de ltrado na zona
φm
e Rxo
RxoA = (2.11)
a
Usando o mesmo conceito do método do RwAM IN , pode-se também obter RxoAM IN através
r
RxoAM IN
SxoA = (2.12)
RxoA
2
Sxo Vsh Rt Sxo
2
+ −1=0 (2.13)
SxoA Rsh
o
Resolvendo-se a Eq.2.13 como uma equação de 2 grau aproveitando apenas a raiz positiva,
obtemos Sxo .
Mais uma vez, o questionamento é feito: qual a utilidade de se ter o valor de Rxo ? Um
dos usos desses valores é em conjunto com o valor de Sw para calcular a Mobilidade do
Sw
M obilidade = (2.14)
Sxo
Sw
• Se
Sxo
> 1, então a camada não é produtora de hidrocarboneto;
25
Sw
• Se 0.8 < Sxo
< 0.9, então essa camada deve ser testada para ser conrmada como
produtora ou descartada; e
Sw
• Se
Sxo
< 0.7, então a camada é uma potencial geradora, sem muita necessidade de
hidrocarboneto pode ser executada a taxa de uxos econômicos, é a etapa nal na interpre-
tação quantitativa.
O estabelecimento de tal espessura é feito com base nas escolhas dos cut o's, valores de
As profundidades que vão ser computadas para o cálculo da porosidade efetiva são aquelas
X
NP = (N P1 + N P2 + ... + N Pn ) (2.15)
P
(φi N Pi )
φm = (2.16)
NP
P
(φi N Pi Swi )
Swm = P (2.17)
(N Pi φi )
CAPÍTULO 3
Metodologia
tante, todavia, a grande parte desses softwares não estão disponíveis ao público, por isso o
fácil utilização, podendo ser, posteriormente, usado em treinamento dos alunos da disciplina
Para que o programa funcione é necessário que haja um número mínimo de curvas e parâ-
metros, tais como: profundidade, raios gama, resistividade profunda, entre outros.
Vale salientar que, nesse programa, os dados a serem lidos devem ser previamente editados e
salvos no formato .dat em qualquer editor de texto, seguindo a sequência de leitura observada
no código. Por exemplo:
3
Prof. (m) Dt (µs/m) GR(UAPI) Rt (Ω.m) PHIN(v/v) RHOB (g/cm ) RM SF L (Ω.m)
P rof1 Dt1 GR1 Rt1 P HIN1 RHOB1 RM SF L1
P rof2 Dt2 GR2 Rt2 P HIN2 RHOB2 RM SF L2
. . . . . . .
. . . . . . .
. . . . . . .
Se houver um excesso de curvas, ou seja, aquelas não citadas na tabela acima, esses dados
devem ser eliminados. Caso não exista registro de uma curva de resistividade de ferramenta
de pequena penetração tipo RM SF L , deve ser informado ao programa, tendo em vista que
esse perl é dispensável para o uso adequado do programa. Não obstante, o arquivo deve
26
27
3
Prof. (m) Dt (µs/m) GR(UAPI) Rt (Ω.m) PHIN(v/v) RHOB (g/cm )
. . . . . .
. . . . . .
Caso não haja os dados do Perl Sônico, o usuário deverá inserir os dados na seguinte
3
Prof. (m) GR(UAPI) Rt (Ω.m) PHIN(v/v) RHOB (g/cm ) RM SF L (Ω.m)
P rof1 GR1 Rt1 P HIN1 RHOB1 RM SF L1
P rof2 GR2 Rt2 P HIN2 RHOB2 RM SF L2
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
Tabela 3.3: Exemplo de entrada de dados sem a presença do Perl Sônico, mas com
RM SF L
Mas se o usuário não possuir ambos, RM SF L e Sônico, então a entrada de dados deve ser
3
Prof. (m) GR(UAPI) Rt (Ω.m) PHIN(v/v) RHOB (g/cm )
. . . . .
. . . . .
3.1.1 Parâmetros
1. Alguns serão diretamente solicitados ao usuário: a,m, ρf , AGR e ∆tf (o ∆tf so será
2. Os demais parâmetros serão escolhidos pelo usuário com base nos cross plots gerados:
o menor valor do GR, ou seja, a litologia mais limpa), Rsh , φN sh , φDsh e ∆tsh .
• VshGR
IGR
VshGR = (3.1)
AGR − (AGR − 1)IGR
onde
GR − GRmin
IGR = (3.2)
GRmax − GRmin
• VshN D
φN − φD
VshN D = (3.3)
φN sh − φDsh
onde φD foi calculado anteriormente pelo programa através da equação
ρm − ρB
φD = (3.4)
ρm − ρf
• VshSD
φS − φD
VshSD = (3.5)
φSsh − φDsh
onde φS e φSsh foram calculados anteriormente pelo programa através das suas equa-
ções:
∆t − ∆tm
φS = (3.6)
∆tf − ∆tm
Caso o ∆tsh > 100, então φS será calculada pela seguinte equação
∆t − ∆tm 100
φS = (3.7)
∆tf − ∆tm ∆tsh
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∆tsh − ∆tm
φSsh = (3.8)
∆tf − ∆tm
• VshSN
φS − φN
VshSN = (3.9)
φSsh − φN sh
• VshN
φN
VshN = (3.10)
φN sh
O menor Vsh , desde que positivo, será escolhido dentre os calculados anteriormente por uma
subrotina.
Através das equações listadas abaixo é possível remover o efeito da argilosidade sobre os
dados adquiridos.
φN C = φN − φN sh VshM EN OR (3.12)
r
φ2N C + φ2DC
φe = φG = (3.13)
2
Se φN C > φDC , então
φDC φN sh − φN C φDsh
φe = (3.14)
φN sh − φDsh
30
φm
e Rt
RwA = (3.15)
a
Para tornar a interpretação mais fácil e atenuar os possíveis erros, todos os valores de SwA
(saturação de água de Archie) que forem maiores ou iguais a 1 (100% saturado em água)
3.1.9 Cálculo de Sw
Sw2 Vsh Rt Sw
2
+ −1=0 (3.17)
SwA Rsh
Caso haja, o usuário deverá informar se há um perl conável de Rxo e seguir para o próximo
A partir do cross plot que será fornecido pelo programa, o usuário deverá escolher um valor
de Rx oAmin.
31
3.1.15 Mobilidade do HC
Sw
M obilidade = (3.21)
Sxo
A partir de cross plots gerados, será pedido ao usuário para estabelecer os valores dos cut
o's para Sw , Vsh e φe .
Embasado nos dados inseridos pelo usuário, o programa calculará automaticamente o Net
Pay através das equações (2.15), (2.16) e (2.17).
CAPÍTULO 4
Resultados
que serão inseridos manualmente. A princípio, esses parâmetros serão pedidos diretamente,
ou seja, sem auxílio de um gráco, pois supõe-se que o intérprete já possui conhecimento
acerca dos valores que essas variáveis assumem comumente ou no caso especico do perl
de poço estudado. Em seguida serão gerados grácos, chamados cross plots que auxiliarão
precisão na escolha, ao passar cursor sobre o gráco, no canto inferior esquerdo da imagem
Figura 4.1: Exemplo de cross plot gerado pelo programa. Observe no canto inferior
cursor.
32
33
A bacia de Campos localiza-se no sudeste brasileiro, sendo limitada ao norte pelo Alto de
Vitória, no estado do Espírito Santo e ao sul pelo Alto de Cabo Frio, no estado do Rio de
Janeiro. A bacia compreende uma área de aproximadamente 100.000km2 , com uma lâmina
Rio de Janeiro, sob lâmina de água de 110 a 250m. O reservatório, composto por arenitos
Morales, 1980), sendo vigorosamente subordinado a falhamentos gerados por halocinese. São
O arenito Namorado consiste de vários níveis de areias turbidíticas intercaladas com folhelho.
uxo. O principal tipo faciológico que ocorre na área do campo de Namorado é desprovido
de estruturação interna, fazendo com que as propriedades da rocha sejam muito semelhantes.
rochas são folhelhos depositados durante a fase rifte do Barremiano e os folhelhos apresen-
tam teores de carbono orgânico entre 4 e 9%. Grandes acumulações estão distribuídas em
et al. (1990)
tos é de grande valia na interpretação dos pers, mas, certamente os testemunhos são os
dados mais desejados, uma vez que informam diretamente a respeito da litologia de subsu-
como sua descrição faciológica e constituintes principais feitas pela Petrobras entre os anos
quartzo e feldspato;
gura 4.3.
Figura 4.3: Curvas dos pers adquiridos no poço NA04, localizado no Campo de
Na interpretação básica do perl do Poço N04 foram adotados os seguintes valores solicitados
• a=1
• m=2
• AGR=3
3
• ρf =1,0 g/cm
• ∆tf =189µs/f t
• ∆tm =55,5µs/f t
3
• ρm =2,65 g/cm
38
rocha.
• φN sh =0,3
• φDsh =0,065
• ∆tsh =91µs/f t
39
• RwAM IN =0,04Ω.m
aproximadamente
• Espessura Efetiva=43,6m
• φm =0,22
• Swm =0,26
Além do resultado impresso em tela, serão gerados arquivos de extensão .dat que mostrarão
Cruz (2003) diz que para as rochas reservatório do poço NA04, que os arenitos arcoseanos
em torno de 22%. Portando, tomando como base esse trabalho, o resultado obtido pelo
programa através dos valores inseridos pelo usuário mostrou-se coerente, podendo ser uma
Reforçando a validade dos valores obtidos pelo programa, Barboza (2005) diz que o Net Pay
médio, por poço, é de 60m. Em média a porosidade é de 26%, a saturação de óleo 75%.
Exceto pelo valor da Espessura Efetiva ( Net Pay ), que se distanciou dos valores médios,
reservatório possui valores similares àqueles descritos pela literatura, comprovando a ecácia
Retirado do livro de Darling (2005) , esse perl possui algumas informações a priori, como
por exemplo, a descrição litológica, além um gabarito confeccionado pelo autor, que servirá
O poço Test Well 1 possui os pers de GR, Cáliper, RILD ,RILS , RILM , ∆t , ρB e φN . As
Figura 4.14: Curvas dos pers adquiridos no poço Test Well 1 geradas e cedidas
Na interpretação básica do perl Test Well 1 foram adotados os seguintes valores solicitados
• a=1
• m=2
• AGR=3
• ρf =1,0g/cm3
• ∆tf =189µs/f t
• ∆tm =55,5µs/f t
• Rsh =4,2Ω.m
• ρm =2, 66g/cm3
45
da rocha.
• φN sh =0,33
• φDsh =0,087
• ∆tsh =70µs/f t
46
lhelho.
• RwAM IN =0,018Ω.m
• Espessura Efetiva=14,9m
• φm =0,11
• Swm =0,46
As guras a seguir são tabelas que listam as características petrofísicas do poço Test Well 1
e serão de auxílio na comparação dos dados.
Percebemos a partir da Figura 4.26 que a densidade da matriz escolhida através do cross
plot se assemelha bastante às densidades contidas informadas pelo autor.
Das Figuras e 4.26 e 4.27, especialmente na zona de óleo ( Zone 2 oil ) pode-se fazer um
comparativo com a Espessura Efetiva ( Net ), φm (Av. Por) e Swm (Sw ). Vê-se que tanto a
porosidade, quanto a saturação em água calculados pelo programa aproximam-se muito da-
quelas dadas pelo autor, entretanto uma discrepância signicativa é observada na Espessura
Efetiva. É sabido que essas discrepâncias nos valores adquiridos são devidas à diferenças
Figura 4.25: Tabela com descrição litológica de alguns dos intervalos perlados do
Figura 4.27: Gabarito mostrando o resultado obtido pelo autor do livro. Fonte:
Darling, 2005
CAPÍTULO 5
Conclusões
No âmbito da Perlagem Geofísica de Poços, assim como nas mais diversas áreas da ciência
O programa apresentado neste trabalho trouxe ambos. Promoveu uma interpretação rápida,
prática e interativa através do uso de grácos para se obter os parâmetros utilizados para
nalizar o programa, além do resultado impresso em tela, o usuário terá acesso a arquivos
.dat que mostrarão todos os valores calculados no decurso do programa, o que possibilita um
não. Em caso negativo, rapidamente, o usuário poderá executar o programa quantas vezes
curto.
Nos dois exemplos apresentados neste trabalho, os pers foram interpretados pela autora
responder o que foi prometido. No caso do poço NA04, do Campo de Namorado, foi-se em
conjuntura do poço Test Well 1, a averiguação dos resultados foi mais prática, uma vez que
continha um gabarito no livro do qual os dados para o arquivo de entrada foram angariados.
Há um grande desejo de que esse programa possa ajudar os futuros discentes da disciplina
Perlagem Geofísica de Poços a terem uma visão mais crítica e analítica dessa área da
geofísica, bem como há uma esperança que esse trabalho tenha continuidade, talvez nas
50
Agradecimentos
Agradeço a Deus por me presentear com uma mãe maravilhosa e abençoada que sempre me
apoia, ouve e me dá bons conselhos, reclama de vez em quando, mas é minha melhor amiga
e condente acima de tudo. Obrigada mãe por cuidar de mim a cada minuto de minha vida,
pois não deve ser fácil ser mãe, mulher, trabalhadora e ainda assim ser linda e diva.
À minha família eu agradeço, por ela ser grande e unida, repleta de tios, tias, primos, primas
que sempre torceram por mim e se alegram com minhas conquistas e também por meus avós,
pessoas sensacionais e muito sábias, a quem eu tanto amo. Também ao meu padrasto, Luiz,
passou horas e horas me ajudando nesse trabalho, ouvindo minhas reclamações e enxugando
minhas lágrimas de desespero. Sei que sem você o caminho seria muito mais ardiloso. Obri-
Aos professores desde o inicío de minha vida escolar, contando a partir daqueles do pré-escolar
ginásio e ensino médio que me marcaram e inspiraram. Aqueles professores da graduação que
foram gentis e pacientes, mas também aqueles que foram mais duros agradeço igualmente,
pois sempre há lições a aprender com todos. Em especial agradeço ao Prof. Me. Geraldo
Girão Nery, que me apresentou e ensinou o que sei sobre Perlagem Geosica de Poços e que
Também não posso me esquecer dos amigos, aqueles da infância e juventude que estudaram
comigo, me ensinaram e foram ensinados por mim, aqueles que me escutaram, os que eu
escutei e aqueles que deram risada comigo, alguns me cederam o ombro quando precisei
amigas da Geofísica, Paula, Tati, Marina e Dalila não podem ser esquecidas, meninas super
Há também espaço para agradecer aqueles que de alguma forma me inuenciaram positi-
vamente, minha Nina, meus colegas, vizinhos, ou qualquer outro que tenha sido gentil e
51
Referências Bibliográcas
Archie, G. E. (1942) The eletrical resistivity log as an aid in determining some reservoir
characteristics.
Asquith, G. & Krygowski, D. (2004) Basic Well Log Analysis, AAPG Methods in Explora-
tion.
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Federal Fluminense.
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fessional Well Log Analysis 10th Annual Logging Symposium Transactions: Paper A,
19pp.
Lima, O. A. L. (2014) Propriedades físicas das rochas: bases da geofísica aplicada, Sociedade
Nery, G. G. (2013) Perlagem geofísica em poço aberto: fundamentos básicos com ênfase
Schön, J. (2014) Propriedades físicas das rochas aplicadas à Engenharia de Petróleo, Elsevier.
formation.
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