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BRUNO LATOUR

1 . Cinco fontes de incerteza:


(1) A primeira delas: não há grupos, mas apenas a formação deles - a difícil
proposta de desfazer uma ideia de social como um domínio da realidade.
Voltando-se à sabedoria etimológica da palavra, o autor sugere a recuperação da
ideia de associação ao invés daquela de ‘social’, oposta à de natureza;
(2) A ação é que constitui o ator/actante. O ator não é uma peça que já está no
tabuleiro e que depois age. Trata-se de um ente que se constitui apenas na ação –
actante. Ele não existe como repertório. A proposta de que se fuja da ideia de
que atores/atuantes estão esperando em algum lugar, prontos e definidos, a hora
de entrar em cena. Assim, a ação é pensada como um evento e não como um ato
– localizador/ativador de sujeitos e objetos;
(3) Os objetos também agem. Isso, é claro, não implica em pensá-los como
intencionais, mas como dotados de alguma subjetividade. Remete-se aqui,
novamente à ideia de associação e de rede – humanos e não humanos não são
aqui distribuídos na cena como sujeitos e objetos, respectivamente. Os objetos,
eles agem também. Pensar a rede é pensar numa série de ações (eventos)
distribuídas, e não pensadas em razão de causa e efeito. Aqui, tem-se novamente
subsídios para pensar numa natureza performatizada do social – seja lá o que ele
for, ele o é em ação;
(4) Assim como a natureza é uma construção dos cientistas da natureza, o social
também é uma construção do sociólogo – um feito e não um fato ou um modelo
de realidade.
(5) A desconfiança de nossos textos - escrever relatos de risco é aqui o que o autor
designa como a precariedade inescapável de nossos trabalhos. Seguir os atores –
rastrear e descrever associações, esse é o nosso trabalho – ou seja, tecer a própria
rede. A rede não está lá – não é o que está sendo descrito. Ela é uma ferramenta,
um método. Ela é um resultado e não um dado – a descrição de uma rede é uma
maneira de dispor os rastros deixados por atores no curso de suas ações.
(6) O social, os sujeitos e os objetos, são sempre resultados provisórios e instáveis
das muitas atuações em curso, passando-se da ideia de sociedade àquela de
coletivos. Um coletivo é pensado como o que pode ser constituído por diferentes
atores (humanos e não humanos) – a simetria.

2. Como cientistas produzem e fazem circular fatos científicos?


 Ao estudar os alegados problemas que estudantes de Cote D’Ivoire
teriam com a visualização de objetos em três dimensões, Latour conclui
que o problema estava nas maneiras de fazer circular o conhecimento
utilizadas pelos professores franceses.
3 . Estudo dos modi operandi da ciência e da tecnologia;
4. Rejeição de dicotomias clássicas: grupos do eu/grupos dos outros; natureza/cultura;
materialismo/idealismo; agência/estrutura; saber/poder; ativo/passivo/ humano/não
humano e verdade/falsidade;
5. Tudo e todos são relacionais.
O exemplo da palavra chapéu:
(a) Ela só existe como uma palavra e por causa da diferença de sonoridade e de
referentes correspondentes, em relação a outras palavras – papel, bordel,
tonel etc.;
(b) O chapéu condensa processos produtivos específicos – a disponibilização do
material de que é feito; os aprendizados de técnicas e habilidades necessárias
para sua confecção; origens dos modelos -; relações de troca – quais moedas
foram utilizada para pagá-lo; quais caminhões, estradas, lojas, comerciantes
precisaram existir e serem mobilizados para ligar o produtor do chapéu e o
seu comprador; os diferentes modos de usos – modelos de chapéus; quando e
onde se usa um certo tipo de chapéu;
 Chapéus, trens, pessoas, tudo no mundo condensa conjuntos específicos de
relações heterogêneas. Cada uma dessas condensações se relacionam com
diferentes conjuntos de relações heterogêneas condensadas.
6. Atores são pontos condensados de redes, que são tecidas pela interação de atores;
7 . A expressão Ator-Rede representa um fluxo contínuo entre os dois termos que a
constituem;
8 . A Teoria do Ator Rede/TAR (Actor-Network Theory/ANT) é principalmente uma
teoria da relacionalidade, com 4 principais consequências:
(1) Tudo e todos contribuem para a acontecência das interações – tudo possui
agência; tudo e todos são actantes.
 O exemplo do processo pelo qual Pasteur descobriu os micróbios: seguindo seus
rastros e provocando-os em seus apetites, modos de existência, navegação,
atuação no mundo e capacidade de reprodução, e, portanto de visibilização (e
consequente destrutibilidade);
 Se tudo e todos são agentes, através de que operações a agência é atribuída
apenas a alguns actantes e não a outros? Como indivíduos e grupos, em
contextos específicos, atribuem a agência e a responsabilidade por ela a apenas
alguns actantes;
Exemplo: Como aparelhos celulares parecem ativamente impedir algumas coisa
de acontecer e às vezes se transformam em extensões das pessoas?
 Alguém que usa a TAR/ANT evita estabelecer antes de começar a análise quais
actantes são relevantes; trata-se de ver como objetos e pessoas interagem;
(2) Deve-se prestar atenção para as bases históricas e materiais que tornam os
actantes diferentes – a forma como os actantes existem no mundo importa
(diferenças causadas pelos modos de micróbios e ovelhas serem: o tamanho, a
cor, a voz etc.)
 O exemplo das chaves de hotéis – de mais leves, para mais pesadas, para
eletrônicas – a matéria de que são feitos os actantes condensam
pressuposições sociais e as limitações materiais que dão forma às redes de
interações são também sociais.
(3) A TAR/ANT insiste que as performances criam a relações e os
objetos/pessoas/actantes constituídos por essas relações.
 Actantes e redes não existem antes de serem performatizados – a
instauração da incerteza;
 Alguns actantes só passam a existir quando ganham visibilidade em redes
de interações (o exemplo dos micróbios, que passam a existir quando
Pasteur cria um método para isolá-los e fazê-los visíveis. Eles são retirados
de uma rede formada por fazendeiros, solos e outros animais não humanos e
são. Quando Pasteur os coloca sob condições específicas, tornando-os
visíveis ao olho humano, compreende-se como eles agiam sobre outros
objetos. Só depois de serem vistos pelos humanos, em 1864, os micróbios
passaram a ser reconhecidos como actantes que sempre existiram)
 A repetição de certos modos de performatização de actantes/pessoas/objetos
permite sua indiciabilidade – sua capacidade de ser entendido em referência
a algum signo durável.
 Questões analíticasda TAR/ANT: Como actantes são performatizados e
como eles se perfomatizam em relações relativamente estáveis? Relações de
poder se constituem através da construção de relações duráveis.
(4) Os actantes não são monolíticos. Eles são heterogêneos e condensam relações
assimétricas. Portanto, nem todos os actantes heterogêneos têm a mesma
capacidade de navegar em redes, ou de mover-se através de redes diferentes –
relações de poder e os custos necessários para navegar em redes diferentes.
 O exemplo de Pasteur e os actantes das redes anteriores à emergência
dele enquanto o cientista que inventou as vacinas; as limitações dos
fazendeiros e ovelhas nas redes de cientistas; as limitações de Pasteur
na rede de políticos e secretários de saúdes etc.

9 . Os modos dos actantes se moverem dentro e entre redes e a tipologia dos actantes
(a) Intermediários – actantes que operacionalizam as redes sem afetá-las em
seus fluxos e contrafluxos;
(b) Mediadores – afetam os fluxos e contrafluxos das redes que os
atravessam enquanto pontos delas;
 Para Latour as redes são cadeias de mediadores, nos quais o
conhecimento e as redes são alterados.
(c) Actantes imutáveis – que se mantêm estáveis o suficiente para reter a sua
forma ou configuração enquanto se movem nas redes e entre redes;
(d) Actantes Caixas Pretas – dão sustentação e condensam redes ativamente
engajadas e complexas: a circulação de práticas científicas de criação de
teorias, modelos e paradigmas em redes de produção acadêmica.
10 . A rejeição de dualismos clássicos:
 a abertura para novas perspectivas sobre como os actantes influenciam
fluxos e contrafluxos de conhecimentos;
 a potencialização de outras possibilidades analíticas.
 O exemplo do global/local: o global sempre é um efeito do
funcionamento de atores-redes específicas e localizáveis – o
Banco Mundial, a ONU etc.;
 O local também desvanece como uma condensação de outros
lugares, outros tempos e outros actantes não locais, necessários
para que o local presente exista – uma sala de aula
11. Ao invés de conceber os actantes como puros e recombiná-los, reconhecer suas
heterogeneidade intrínseca e rejeitar as possibilidade de hibridez.

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