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25 a 27 de agosto de 2014
Florianópolis – SC
Maíra Dzedzej 1
Afonso Henriques Moreira Santos 2
Edmilson Moutinho dos Santos 3
Rodolfo Mendes de Lima 4
Ivan Felipe Silva dos Santos5
RESUMO
ABSTRACT
Understanding the behavior of the energy distribution and the transportation sector in
an urban environment and the vulnerability of the city in relation to these utilities leads
us to theories of social ecology, and concepts such as resilience, adaptability,
transformability and vulnerability. Understanding the behavior of the energy distribution
and the transportation sector in an urban environment and the vulnerability of the city
in relation to these utilities leads us to theories of social ecology, and concepts such
as resilience, adaptability, and transformability vulnerability. Moreover, one can not
think of energy matter of a city as an isolated issue, but it is necessary to ponder and
evaluate relationships with other contexts such as the social, economic and ecological.
It is necessary to review the issue under the light of a systemic and non-reductive
theory, and for that, we took as the basis of ecological theories for the development
and application of concepts targeted to urban energy systems partner systems. The
objective of this study is to briefly describe the energy and transport issue in Sao Paulo,
focusing and applying on the points the theory of vulnerability.
Keywords: urban energy planning, urban energy resilience, urban vulnerability, spatial
planning.
1. INTRODUÇÃO
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estudo e lazer), de forma sedentária (dependente de veículos), o que representa
grandes consumos energéticos. Além disto, esta população urbana, em função da
rotina acelerada, necessita de utensílios que garantam a realização de suas atividades
de forma ágil e, atendendo cada vez mais, um nível alto de conforto (térmico, visual
com iluminação, por exemplo) o que representa maior consumo no setor residencial e
de serviços. Portanto, atualmente, as atividades das cidades modernas demandam
diversos serviços de energia, como aquecimento e refrigeração de edificações,
iluminação interna e externa, serviços de mobilidade, comunicação, dentre outros
(Rutter & Keirstead, 2012).
Portanto, este estudo, busca através de conceitos mais amplos, tomando como base
o desenvolvimento teórico e filosófico dos sistemas sócio ecológicos, a aplicação e
criação de conceitos que remetem a idéia de que as ações humanas e estruturas
ecológicas são estreitamente ligadas e dependentes, reciprocamente, e a separação
nítida dos sistemas naturais e sociais é arbitrária (Berkes et al. Apud Renaud et al.,
2010).
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2. METODOLOGIA
O setor energético é bastante amplo e, estudá-lo integralmente neste artigo não seria
possível ou faria com que este não apresentasse nível de detalhes suficiente sobre o
tema. Por isto, definiu-se, para este artigo, estudar os setores cativos de consumo de
energia elétrica e, de combustíveis. Dentro de cada um destes setores definiu-se pelo
setor residencial e de serviços e, o de transportes. As demandas destes setores são
desagregadas e estudadas da seguinte forma:
2.2. Método
O que será discutido no artigo são conceitos de ameaça, risco, fragilidade, resiliência,
adaptabilidade, transformabilidade e vulnerabilidade que serão essenciais para a
compreensão dos SEU e, para subsidiar a proposição de melhorias na mobilidade e
confiabilidade do sistema energético.
2. A ENERGIA E AS CIDADES
De acordo com o Institute for Energy and Transport (IET) (2013), os sistemas de
transporte e energia são complexos e a forma como o sistema é representado e
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compreendido deve ser simplificada por meio da relação entre os aspectos do sistema
complexo global com as responsabilidades e capacidades dos indivíduos
participantes, que podem ser reconhecidas e caracterizadas pela confecção e
aplicação de modelos.
De acordo com Walkeret al. (2004), três aspectos dos sistemas ecológicos sociais
governam suas trajetórias futuras, são eles: i) resiliência; ii) adaptabilidade e iii)
transformabilidade. Dado que a adaptabilidade é a capacidade de gerenciar a
resiliência do sistema, podemos empregar ferramentas de gerenciamento a fim de se
diminuir a vulnerabilidade de sistemas energéticos urbanos. Nos próximos tópicos
esses pontos serão adaptados para o contexto dos sistemas energéticos urbanos.
De acordo com o Business Dictionary (2013), a ameaça pode ser definida como um
agregado do risco, sendo o risco definido como uma indicação de uma ameaça futura.
A ameaça pode ser um fenômeno natural, como um terremoto, inundação,
tempestade, ou fenômenos associados a uma ação antrópica tais como incêndio,
queda de energia, sabotagem, entre outros.
Amaro (2013) afirma que em face aos riscos ambientais, as sociedades desenvolvem
dispositivos para defesa ou reação, de acordo com suas capacidades tecnológicas, o
grau de ameaça e a possibilidade de previsão internalizada por experiências passadas
de eventos catastróficos. Arias (2012) desenvolve um modelo de gestão que integra
autoridades, população afetada e a fonte geradora de riscos.
2.1.2. Fragilidade
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2.1.3. Resiliência
Uma aplicação destes conceitos dos sistemas ecológicos sociais pode ser vista a
partir dos conceitos de mecânica dos materiais. Um material sujeito a um
carregamento axial sofrerá deformações. Se estas deformações não ultrapassarem o
limite chamado de região elástica, as deformações não serão permanentes e o
material voltará ao seu estado inicial. Caso estas ultrapassem a região elástica e
atinjam a região plástica, as deformações sobre o material serão permanentes:
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Neste contexto, a resiliência pode ser definida como toda região elástica do material,
na qual as deformações serão dissolvidas e ele voltará ao estado inicial. A energia
máxima necessária para que o material transponha a região elástica atingindo a região
plástica, pode ser definida com a resistência. A precariedade se refere então à atual
deformação do sistema com relação a deformação máxima da região elástica, sendo,
portanto uma função do tempo. Por fim, a panarquia se daria quando as características
descritas deste sistema fossem alteradas por variações bruscas e inesperadas em
variáveis externas ao mesmo.
A adaptabilidade tem sido discutida em diversas áreas da ciência. Como por exemplo,
em sistemas energéticos. Grubb e Minh Ha Duong (1995) afirmaram que os sistemas
e tecnologias energéticas se adaptam ao longo a fim de se acomodarem as pressões
externas. Walker et al. (2004)a definiu, dentro do contexto de sistemas ecológicos
sociais, como a capacidade dos agentes humanos de influenciarem a resiliência de
um sistema, mudando a latitude, resistência ou precariedade.
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2.1.5. Vulnerabilidade
De acordo com Calvo e Dercon (2005) o termo vulnerabilidade vem do termo latim
‘Vulverare’, que expressa à idéia de ser ferido e sofrer danos, associado, portanto a
perigos e ameaças e não a incertezas genéricas.
V = q. ∑ P
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Propõe-se outro conceito, a esperança de utilidade, para a avaliação do efeito de
vizinhança em uma cidade. Esta é definida como o somatório da utilidade de cada
cenário multiplicada pela sua respectiva probabilidade de acontecer. Este conceito é
proposto como forma de mensurar a vulnerabilidade em conjunto com a utilidade, ou
seja, permite avaliar de forma integrada a vulnerabilidade individual de cada região
levando em conta a integração dessas regiões e a influência dos fluxos energéticos
no comportamento do sistema como um todo.
3. CONCLUSÕES
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNOLD, M.; BARTH, V. Open Inovation in Urban Energy Systems. Energy Efficiency,
5:351-364, 2012.
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Business Dictionary. Disponível em: <http://www.businessdictionary.com/>. Acesso
em 27/11/2013.
COMMINS, S. Urban Fragility and Security in Africa. Africa Security Brief, Nº 12. Africa
Center for Strategic Studies. <http://africacenter.org/wp-
content/uploads/2011/04/ASB-12_Final-for-Web.pdf>. Acesso dia 27/11/2013.
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Institute for Energy and Transport. European Comission. Disponível em
<http://ses.jrc.ec.europa.eu/complex-system-science-smart-grids>. Acesso dia
27/11/2013.
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