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SOBRESP – FACULDADE DE

CIÊNCIAS DA SAÚDE

TEORIAS DA PERSONALIDADE II

PROFª Ms. NAYANA MARIA SCHUCH PALMEIRO


PSICOTERAPEUTA INDIVIDUAL, FAMILIAR E DE CASAL
ALBERT BANDURA
Panorama da teoria social cognitiva

• A teoria social cognitiva de Albert Brandura leva a sério os

encontros casuais e os eventos fortuitos muito embora


reconheça que tais encontros e eventos não alteram
invariavelmente a trajetória da vida de alguém.

• A forma como reagimos a um encontro ou evento inesperado

costuma ser mais poderosa do que o evento em si.


A teoria social cognitiva se apoia em vários pressupostos básicos:
1) Característica excepcional dos humanos é a plasticidade →
flexibilidade para aprender uma variedade de comportamentos em diversas
situações.

Bandura concorda com Skinner → as pessoas podem aprender e aprendem


pela experiência direta, ainda que dê muito mais ênfase à aprendizagem
vicariante → Aprender pela observação.

Brandura enfatiza a ideia de que o reforço pode ser vicariante → as


pessoas podem ser reforçadas observando outro indivíduo receber uma
recompensa. Esse reforço indireto explica grande parte da aprendizagem
humana.
2) Por meio de um modelo de causação recíproca triádica, que inclui
fatores comportamentais, ambientais e pessoais, as pessoas têm a
capacidade de regular suas vidas. Os humanos podem transformar
eventos transitórios em formas relativamente habituais de avaliar e
regular seu ambiente social e cultural. Sem essa capacidade as pessoas
meramente reagiriam às experiências sensoriais e não teriam a
capacidade de antecipar eventos, criar ideias novas ou usar padrões
internos para avaliar experiências atuais.

→Duas forças ambientais importantes no modelo triádico são:


ENCONTROS CASUAIS e os EVENTOS FORTUITOS.
3) Teoria social cognitiva assume uma perspectiva de agência → os
humanos têm a capacidade de exercer controle sobre a natureza e sobre a
qualidade de suas vidas. As pessoas são tanto as produtoras quanto os
produtos dos sistemas sociais. Um componente importante do modelo de
causação reciproca triádica é a AUTOEFICÁCIA. O desempenho tende a
ser melhorado quando a autoeficácia, ou seja, a confiança de que as
pessoas podem executar aqueles comportamentos que produzirão
resultados desejados em uma situação particular. Além da autoeficácia, a
agência por procuração e a eficácia coletiva podem predizer o
desempenho. Com a agência procuração, as pessoas podem depender de
outros para bens e serviços.
→ A eficácia coletiva refere-se às crenças compartilhadas dos indivíduos
de que são capazes de promover a mudança.
4) As pessoas regulam sua conduta por meio de fatores externos e
internos. Fatores externos incluem o ambiente físico e social e os
fatores internos inclui a auto-observação, o processo de julgamento e
a autorreação.

5) Quando as pessoas se encontram em situações moralmente


ambíguas, em geral tentam regular seu comportamento por meio da
agência moral, a qual inclui redefinir o comportamento, desconsiderar
ou distorcer as consequências do comportamento, desumanizar ou
acusar as vítimas do comportamento e deslocar ou pulverizar as
responsabilidades por suas ações.
Aprendizagem
• Um dos primeiros e mais básicos pressupostos da teoria social cognitiva de

Brandura é: os humanos são muito flexíveis e capazes de aprender inúmeras


atitudes, habilidades de comportamento e que boa parte dessa aprendizagens
são resultados de experiências vicariantes.

• Ainda que as pessoas podem aprender com a experiência direta, muito do que

elas aprendem é adquirido por meio da observação dos outros.

• Bandura afirmou: “se o conhecimento pudesse ser adquirido somente por

meio dos efeitos das próprias ações, o processo do desenvolvimento


cognitivo e social seria enormemente retardado, para não dizer
excessivamente entediante”.
APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO

• Bandura discorda de Skinner → acredita que o reforço não é


essencial para aprendizagem.

• Ainda que o reforço facilite a aprendizagem Bandura afirma que ele


não é uma condição necessária → as pessoas podem aprender por
exemplo observando modelos sendo reforçados.

• Aprendizagem por observação é muito mais eficiente do que


aprendizagem pela experiência direta.
Modelagem

• A essência da aprendizagem por observação é a MODELAGEM.

• Modelagem envolve: somar e subtrair a partir de comportamento

observado e generalizar de uma observação para outra.

• Em outras palavras → modelagem envolve processos cognitivos e não

simplesmente mimetismo ou imitação. É mais do que combinar ações de


outra pessoa. Implica representar simbolicamente as informações e
armazená-las para o uso em momento futuro.
Processos que governam a aprendizagem por
observação
Bandura reconhece quatro processos que governam a
aprendizagem por observação:

1. Atenção

2. Representação

3. Produção do comportamento

4. Motivação
1) ATENÇÃO

• Antes que possamos modelar outra pessoa, precisamos prestar atenção nela.

Que fatores regulam a atenção?

1) Como temos mais oportunidades de observar indivíduos com quem


frequentemente nos associamos, temos mais probabilidade de prestar
atenção nessas pessoas.

2) Modelos atraentes têm maior probabilidade de serem observados dos que


os não tão atraentes → figuras populares na televisão, em esportes ou em
filmes tem a ser observadas de modo atento.

Além disso, a natureza do comportamento a ser moldado afeta nossa atenção:


observamos o comportamento que consideramos ser mais importante ou valioso
para nós.
2) REPRESENTAÇÃO

• Para que a observação conduza a novos padrões de resposta, esses padrões

devem ser simbolicamente representados na memória → REPRESENTAÇÃO


SIMBÓLICA não precisa ser verbal → algumas observações são retidas em
imagens e podem ser evocadas na ausência do modelo físico. Esse processo é
especialmente importante na infância, quando as habilidades verbais ainda não se
desenvolveram.

• A codificação verbal no entanto, acelera muito o processo da aprendizagem por

observação. Com linguagem, podemos avaliar verbalmente nossos


comportamentos e decidir quais deles desejamos descartar e quais desejamos
experimentar. A codificação verbal também ajuda a ensaiar o comportamento
simbolicamente, ou seja, diz repetidas vezes a nós mesmos como iremos realizar
o comportamento quando surgir a oportunidade.
3) PRODUÇÃO DO COMPORTAMENTO

• Depois de prestar atenção a um modelo e reter o que observamos, então

produzimos o comportamento.

4) MOTIVAÇÃO

• O desempenho é facilitado pela motivação para executar aquele


comportamento em particular. Mesmo que a observação dos outros possa nos
ensinar como fazer algo, podemos não ter o desejo de realizar a ação
necessária.

• Uma pessoa pode observar outra usando uma serra elétrica ou aspirador de

pó e não estar motivada para experimentar qualquer uma dessas atividades. A


maioria dos pedestre que observam uma obra em construção não tem o
desejo de imitar o trabalhador da construção.
Aprendizagem Enativa
• Bandura acredita que o comportamento humano complexo pode ser

aprendido quando as pessoas pensam a respeito e avaliam as consequências


de seus comportamentos.

As consequências servem a pelo menos três funções:

1) Consequências da resposta nos informam dos efeitos das nossas ações.


Podemos reter essas informações e usá-las como um guia para ações futuras.

2) Consequências de nossas respostas motivam nosso comportamento


antecipatório → somos capazes de representar simbolicamente resultados
futuros e agir em conformidade. Não só possuímos insight, como também
somos capazes de previsão.
3) Consequências das respostas servem para reforçar um comportamento,
uma função solidamente documentada por Skinner e outros teóricos do
reforço.

• Bandura discute que embora o reforço possa ser inconsciente e

automático às vezes, os padrões comportamentais complexos são bastante


facilitados pela intervenção cognitiva. Ele defendia que a aprendizagem
ocorre de forma muito mais eficiente quando o aprendiz está envolvido
cognitivamente na situação de aprendizagem e compreende quais
comportamentos precedem respostas de sucesso.
RESUMINDO:

• Novos comportamentos são adquiridos por meio de dois tipos

principais de aprendizagem:

1) APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO: o elemento central


dessa aprendizagem é a MODELAGEM que é facilitada pela
observação de atividades apropriadas, pela codificação apropriada
desses eventos para representação na memória, pela real execução do
comportamento e por estar motivado o suficiente.
2) APRENDIZAGEM ENATIVA: permite que as pessoas adquiram
novos padrões de comportamento complexo pela experiência direta,
pensando a respeito e avaliando as consequências de seus
comportamentos.

→ O controle, entretanto, depende da interação recíproca de


variáveis pessoais (cognição), do comportamento e do ambiente.

causação recíproca triádica


Causação Recíproca Triádica

Exemplo de causação recíproca triádica:


• Uma criança implorando ao pai por um segundo brownie é, do
ponto de vista do pai, um evento ambiental. Se o pai
automaticamente (sem pensamento) desse ao filho o que foi
solicitado, então os dois estariam condicionando o
comportamento um do outro no sentido skinneriano. O
comportamento do pai será controlado pelo ambiente, mas
também teria efeito de contra-controle em seu ambiente ou seja
o filho.
• Na teoria de Bandura, no entanto o pai é capaz de pensar sobre
as consequências de recompensar ou ignorar o comportamento
do filho. Ele pode pensar: “Se eu lhe der outro brownie, ele vai
parar de chorar por um tempo, mas em casos futuros, ele terá
maior probabilidade de persistir até que eu ceda. Portanto não
vou permitir que ele ganhe outro brownie”.

• Dessa forma, o pai tem um efeito sobre o ambiente (a criança)


e sobre o próprio comportamento (rejeitando o pedido do
filho).
• O comportamento posterior da criança (ambiente do pai) ajuda

a moldar a cognição e o comportamento do pai. Se a criança


para de insistir, o pai pode então, ter outros pensamentos →
Exemplos: Ele pode avaliar seu comportamento pensando: “Sou
um bom pai porque fiz a coisa certa”.

• A mudança no ambiente também permite ao pai buscar

comportamentos diferentes.

• Assim, seu comportamento posterior é parcialmente


determinado pela interação recíproca do ambiente, da cognição
e do comportamento.
Como a cognição do pai pode moldar diretamente o ambiente
sem antes ser transformada em comportamento?

• Não pode. No entanto, P não significa cognição apenas,

representa pessoa. Bandura levantou a hipótese de que as


pessoas evocam diferentes reações de seu ambiente social,
devido suas características físicas → idade, altura, sexo e
atratividade física → esmo antes de dizerem ou fazerem algo.

• O pai, então devido a seu papel e status como pai e talvez em

conjunção com seu tamanho e força, tem um efeito decisivo


sobre o filho. Assim, a ligação causal é completa (P E) p. 333
Encontros casuais e eventos fortuitos

• Ainda que as pessoas possam exercitar, e exercitem, uma dose

significativa de controle sobre suas vidas, elas não podem


predizer ou antecipar todas as mudanças ambientais possíveis.
Bandura é o único teórico da personalidade a considerar com
seriedade a possível importância dos encontros casuais e dos
eventos fortuitos.
ENCONTRO CASUAL → É um encontro não intencional de
pessoas que não são familiarizadas entre si.

EVENTO FORTUITO → É uma experiência ambiental


inesperada e não intencional.

A vida diária é afetada em maior ou menor grau por indivíduos


que as pessoas acabam encontrando por acaso e por eventos
aleatórios que elas não poderiam prever.
Agência Humana
• A teoria social cognitiva assume uma visão agêntica de personalidade,

significando que os humanos têm a capacidade de exercer controle


sobre a própria vida. A agência humana é a essência da humanidade.

• Bandura acredita que as pessoas são autorreguladas, proativas,

autorreflexivas e auto-organizadas e que elas têm o poder de


influenciar as próprias ações para produzir as consequências
desejadas.

• A agência humana não é uma coisa, mas um processo ativo de

exploração, manipulação e influência do ambiente para atingir os


resultados desejados.
Características fundamentais da agência humana

Bandura refere quatro características fundamentais da


agencia humana:

1) Intencionalidade

2) Antecipação

3) Autorreatividade

4) Autorreflexão
1) INTENCIONALIDADE

• Refere-se a atos realizados de forma intencional. Uma intenção

inclui um planejamento, mas também envolve ações. Não é


simplesmente uma expectativa ou predição de ações futuras,
mas um comprometimento proativo de provocá-las.

2) ANTECIPAÇÃO

• Para estabelecer objetivos, para antecipar os prováveis


resultados de suas ações e escolher comportamentos que irão
produzir os resultados desejados e evitar os indesejados.
3) AUTORREATIVIDADE

• Processo de motivação e regulação de suas ações. As pessoas não só

fazem escolhas, mas também monitoram seu progresso para cumprir


tais escolhas.

4) AUTORREFLEXÃO

• Elas são avaliadoras do próprio funcionamento; podem pensar a respeito

e analisar suas motivações, seus valores e o significado de seus


objetivos de vida, e refletir quanto à adequação de seu pensamento. Elas
também podem avaliar o efeito que ações de outras pessoas tem sobre
elas. O mecanismo autorreflexivo mais crucial é a autoeficácia, ou seja
as crenças pessoais de ser capaz de executar ações que irão produzir um
efeito desejado.
Autoeficácia
• A forma como as pessoas agem em uma situação em particular depende

da reciprocidade das condições comportamentais, ambientais e cognitivas


relacionadas às crenças de que elas podem ou não executar o
comportamento necessário para produzir resultados desejados em uma
situação específica → Bandura chama essas expectativas de
AUTOEFICÁCIA.

• De acordo com Bandura “as crenças das pessoas em sua eficácia pessoal

influenciam o curso de ações que escolhem seguir, o quanto de esforço


irão investir nas atividades, por quanto tempo irão perseverar em face de
obstáculos e experiências de fracasso e sua resiliência após contratempos.
• Apesar de a autoeficácia ter uma influencia causal poderosa sobre as

ações das pessoas, ela não é o único determinante. Em vez disso, a


autoeficácia se combina com o ambiente, o comportamento prévio e
outras variáveis pessoais, principalmente as expectativas de resultado,
para produzir o comportamento.

O que é autoeficácia?

Bandura definiu autoeficácia como “crenças das pessoas em sua


capacidade de exercer alguma medida de controle sobre o próprio
funcionamento e sobre eventos ambientais.
Agência por procuração
• Procuração envolve o controle indireto sobre as condições sociais

que afetam a vida diária.

• Bandura observou que “ninguém possui tempo, energia e os

recursos para ter domínio em todos os terrenos da vida diária. O


funcionamento de sucesso, necessariamente, envolve uma
combinação de confiança na agência por procuração em algumas
áreas de funcionamento”.
• Na sociedade americana moderna, por exemplo, as pessoas seriam quase

impotentes se dependessem unicamente das realizações pessoais para


regular suas vidas. A maioria não tem capacidade pessoal de consertar um
condicionador de ar, uma câmera ou um automóvel. Por meio da agencia
por procuração, no entanto elas podem realizar seu objetivo dependendo de
outras pessoas para consertar objetos.

• Procuração → Possui um aspecto negativo. Ao dependerem muito da

competência e poder dos outros, as pessoas podem enfraquecer seu senso


de eficácia pessoal e coletiva. Um cônjuge pode se tornar dependente do
outro para cuidar dos afazeres domésticos ; filhos no fim da adolescência
ou jovens adultos podem esperar que os pais cuidem deles; e os cidadãos
podem aprender a depender do governo para sanar suas necessidades da
vida.
Eficácia Coletiva
• Eficácia coletiva → é definida como “as crenças compartilhadas

das pessoas em seu poder coletivo de produzir os resultados


desejados”.

• Em outras palavras, eficácia coletiva é a confiança que as pessoas

têm de que seus esforços combinados ocasionaram realizações


para o grupo.
Autorregulação
• Quando pessoas possuem altos níveis de autoeficácia, são

confiantes em relação a suas procurações e possuem eficácia


coletiva sólida, elas tem capacidade considerável de regular o
próprio comportamento.

• Bandura acredita que as pessoas usam estratégias reativas e

proativas para autorregulação → elas reativamente tentam reduzir


as discrepâncias entre suas realizações e seu objetivo; mas depois
que acabam com essas discrepâncias, elas proativamente
estabelecem novos objetivos e mais altos para si.

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