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AO JUÍZO DA 2ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXXXXXXXXX - SC

XXXXXXXXXXXX, brasileira, casada, portadora do RG nº XXXXXX, inscrita no CPF sob nº


XXXXXXXXX, residente e domiciliada na Rua XXXXXX, Bairro XXXXXX, na cidade de
XXXXXXXX – SC, sem endereço eletrônico, CEP XXXXXX-000, vem, por seu procurador
abaixo assinado, com escritório na Rua XXXXXX nº XXX, Bairro XXXX, no município de
XXXXXX – SC, CEP XXXXX-000, endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, e-mail:
XXXXXXXXX@gmail.com, vem impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
SATISFATIVA
com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição Federal, na Lei nº 12.016/2009 e
demais normas que regem a matéria, contra ato ilegal do Gerente Executivo do INSS,
endereço pessoal desconhecido, estando a autoridade coatora vinculada à pessoa jurídica
do INSS, a saber, Agência nº XXXXXX, do município de XXXXXXX – SC, do INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com endereço na R. XXXXXXX, nº XXXXX, Centro,
XXXXXXX - SC, CEP XXXXXXXX, pelos fatos e fundamentos adiante expostos:
I. DOS FATOS
A impetrante realizou o protocolo administrativo de seu benefício de aposentadoria por
idade, com NB XXXXXX, em XX/XX/2018, perante a Gerência Executiva do INSS sediada em
XXXXXX- SC, nº XXXXX, na qual o impetrado atua na condição de Gerente Executivo.
O requerimento foi devidamente instruído com os documentos pertinentes, atentando-se
que, por se tratar de aposentadoria por idade, a análise do conjunto probatório não suscita
qualquer controvérsia.
Em que pese este fato, a Autarquia deixou de proferir qualquer decisão no prazo traçado
pela lei, o que se depreende do extrato CNIS emitido dia XX/XX/2018, onde se mostra
inexistir ato decisório, bem como do comprovante de requerimento, ambos anexos a estes
autos.
Relembre-se que, em tempos longínquos, quando sequer havia informatização
computacional, tais pedidos, justamente por sua simplicidade técnica, eram decididos
quase que instantaneamente.
Sendo assim, constitui-se direito líquido, certo e exigível da impetrante, o de ver seu
pedido decidido em tempo hábil, motivando a utilização do presente mandamus.
II. DO DIREITO
Conforme o que consta da Lei 9.784/99, a Administração Pública deve decidir o processo
no prazo de 30 (trinta) dias, excepcionando tal prazo apenas quando houver prorrogação
por igual período, motivada expressamente.
Veja-se:
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para
decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

O dever de emitir qualquer decisão, no âmbito dos processo administrativos, é


acompanhado do dever de fazê-la de forma explícita, consoante se depreende do art. 48, da
supracitada legislação.
A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações
ou reclamações, em matéria de sua competência.

De mais a mais, constitui princípio inerente à Administração Pública, como também é


requisito dos atos administrativos a motivação, pois somente deste modo poderia o
administrado compreender o teor do ato para se guarnecer das medidas cabíveis.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,
quando:
[...]
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante
do ato.

Destaca-se que o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias em que o INSS fundamenta seus
processos quando do requerimento administrativo de benefícios reflete, de fato, o prazo
para implantação do benefício, após o seu julgamento favorável.
Art. 41-A, § 5º O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarenta e cinco dias após a data da
apresentação, pelo segurado, da documentação necessária a sua concessão.

Outrossim, extrai-se da jurisprudência regional excelente dissertação acerca do tema, nos


seguintes dizeres:
Em casos análogos ao presente, tenho defendido que o administrado não pode ter seu direito inviabilizado pelo
fato de o Poder Público não dispor de recursos humanos suficientes para o efetivo processamento dos inúmeros
pedidos protocolados perante a Administração. Com efeito, a demora no processamento e conclusão de pedido
administrativo equipara-se a seu próprio indeferimento, tendo em vista os prejuízos causados ao administrado,
decorrentes do próprio decurso de tempo.
(TRF4, APELREEX 5019033-50.2012.404.7200, Sexta Turma, Relatora p/ Acórdão Vânia Hack de Almeida, juntado
aos autos em 22/05/2015)

Deste modo, a mora excessiva na resposta ao requerimento do benefício à segurada,


mormente quando o caso concreto demonstra ínfima complexidade, viola direito líquido e
certo da Impetrante, não amparado por habeas corpus ou habeas data, ensejando o
presente mandado de segurança.
III. DO PEDIDO LIMINAR
Segundo o art. 300, do CPC/15, e art. 7, III, da Lei 12.016/09, a tutela de urgência será
concedida sempre que houver elementos capazes de evidenciar a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Ademais, está prevista no parágrafo segundo do mesmo códex processualista a
possibilidade de sua concessão por meio liminar, antes mesmo da citação da parte
adversa, de modo a garantir a sua efetividade.
A probabilidade do direito (fumus boni iuris) é demonstrada pelos documentos acostados,
que garantem o próprio direito perseguido, pois delimita a data do requerimento e a
pendência de julgamento, tendo decorrido o prazo previsto na lei.
O perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora) é imanente aos
processos deste gênero, pois que o benefício possui caráter veementemente alimentar e a
Autora se encontra com 60 (sessenta) anos de idade.
Por medidas de justiça social, a morosidade do processo não pode ser imputada ao
jurisdicionado, que não enseja o acionamento do judiciário por mera liberalidade. A
provocação desta via dá-se por razões de indiferença da Autarquia Ré com os direitos da
segurada, devendo possuir a seu favor uma tutela célere e eficiente.
Por conseguinte, requer a este insigne juízo a concessão da tutela de urgência em caráter
liminar, inaudita altera parte, com vistas a guarnecer os direitos mais altíssimos da
vivência humana.
IV. DOS REQUERIMENTOS
Ante todo o exposto, requer:
a) Os benefícios da gratuidade da justiça, na medida em que a Autora não possui
condições de custear o processo sem prejudicar seu sustento ou de sua família, nos termos
do art. 5º, LXXIV, da CRFB/88 e do art. 98 e seguintes, do CPC/15, conforme os documentos
anexos;
b) A antecipação dos efeitos da sentença, pela concessão da tutela de urgência em
caráter liminar, determinando-se que a Autoridade Coatora proceda ao julgamento do
pedido administrativo, nos termos do art. 300 e seguintes do CPC/15, c/c art. 7º, III, da Lei
nº 12.016/09, sob pena de arcar com a multa diária (astreintes) de R$ 1.000,00, caso haja o
descumprimento da medida.
c) a notificaç ão da autoridade coatora para que preste as informações que entender
necessá rias, bem como a notificaç ão do órgã o ao qual a autoridade se encontra vinculada,
qual seja, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, agência nº xxxxxxx, para que tome
ciê ncia das negativas ora questionadas;
d) a procedê ncia do pedido, com a concessã o do presente writ, impondo ao INSS a
obrigaç ão de fazer para que decida no procedimento administrativo do benefício nº
XXXXXXX no prazo de 10 dias, fixando‐se penalidade de multa para caso de
descumprimento da obrigaç ão;
e) tratando-se de pedido de obrigação de fazer, requer, em caso de desobediência, seja
aplicada multa diária (astreintes) no valor de R$ 1.000,00, na forma prevista nos arts.
497; 536, § 1º; 537 do CPC, valor este que deverá ser revertido em favor da Impetrante;
f) a intimaç ão do Ministério Público Federal para que se manifeste nos autos.
Dá ‐se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para fins meramente procedimentais.
Nestes termos, pede deferimento.
XXXXXXXXXX, 31 de agosto de 2018.
João Leandro Longo
Advogado
OAB/SC nº 52.287.
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