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ÉTICA PROFISSIONAL: ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL NA


REGIÃO NORTE

Autor: Carlos André Sousa Rodrigues. Graduado em Administração pela Universidade Federal de
Rondônia, Brasil.

Autora: Rosália Maria Passos da Silva. Professora do Curso de Administração da Universidade


Federal de Rondônia, Brasil. Doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Brasil. Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil.
Graduada em Estatística pela Universidade Federal do Ceará, Brasil.

Autora: Bianca Moret Neubauer. Graduada em Administração pela Universidade Federal de


Rondônia, Brasil.

Autora: Vanessa Assumpção Millhomem. Graduada em Administração pela Universidade Federal de


Rondônia, Brasil.

RESUMO

A cobrança por posturas íntegras aos gestores pela sociedade evidencia a importância da ética no
âmbito da administração, inclusive considerando que os riscos de reputação representam reais
ameaças à sobrevivência das organizações e a integridade profissional dos tomadores de decisão.
Isto é, a ética deixa de ser um complemento para tornar-se uma necessidade para as organizações e
de seus respectivos profissionais. Esta realidade gera a necessidade cada vez maior de profissionais
que preencham essas lacunas na qual as organizações estão situadas, elevando a demanda por
profissionais compromissados com os princípios éticos e morais. O presente estudo foi realizado com
58 acadêmicos do curso de administração de uma Universidade Pública Federal, com o objetivo de
descobrir a percepção destes sobre a temática da ética profissional. Para isso foram definidos
objetivos específicos entre os quais buscaram identificar o perfil demográfico dos acadêmicos;
identificar a percepção dos acadêmicos no tocante a dilemas éticos e, compreender as posições dos
acadêmicos relativas a possíveis impasses éticos no futuro profissional. Os resultados desta pesquisa
constataram que os acadêmicos ao se defrontarem com situações de impasse ético demonstraram
possuir preocupação e consciência sobre as responsabilidades éticas e morais. Embora tenha sido
registrada situações de neutralidade, não houve índice que apontasse para condutas aéticas.

Palavras-chave: Ética. Ética nas organizações. Ética profissional. Ética na administração.


Responsabilidade social.
1 INTRODUÇÃO

A temática da ética tem sido cada vez mais requisitada aos gestores públicos e
privados pela sociedade. Não se tolera mais a cultura do egoísmo e do simples
interesse pessoal. O adequado trato com a coisa pública e a cobrança por
responsabilidade social levou novas demandas às organizações, onde há o
conhecimento que a imagem da organização e de seus profissionais impacta
consideravelmente em sua reputação. Esse novo ambiente de promoção e
valorização das boas práticas leva novos desafios aos gestores, os quais deverão
conhecer e praticar os princípios morais e éticos em suas atividades profissionais e,
é a partir disso que surge a necessidade da academia, pesquisadores e instituições
tangenciarem ao estudo da ética profissional.
Maruiti (2009) afirma que é fundamental que os futuros profissionais da área
de administração tenham o conhecimento do que é correto e o que não é, no
exercício de suas atividades, de forma que ao exercerem as suas funções estejam
cientes das punições que poderão ser sofridas em caso de agirem com
individualismo, com o intuito de obter benefício próprio mediante prejuízos ou danos
à coletividade.
Na visão de Bastos et al. (2015), o mundo atual inserido em um mercado
globalizado e competitivo exige que as entidades se preocupem cada vez mais com
a ética nas suas atividades, de modo que se mostrem preparadas e eficazes para
competirem e obterem resultados positivos e compensadores em suas vendas, bem
como aumentar o nível de satisfação dos funcionários, clientes, fornecedores e da
sociedade como um todo. Assim, se tem aumentado a procura por profissionais que
atendam aos princípios éticos.
A responsabilidade do curso de administração na preparação de profissionais
para cargos de liderança, leva à necessidade de orientação de acadêmicos no
sentido de ter uma conduta idônea e íntegra, propiciando a formação de um
administrador que supra às necessidades do mercado, bem como as necessidades
humanas, na premissa que os propósitos desta profissão devem estar alinhados ao
bem-estar da sociedade (MARUITI, 2009).
Diante do exposto, sabendo da relevância e impacto que a universidade pode
atuar na construção de uma cultura orientada aos princípios éticos e morais, assim
como das responsabilidades de um gestor, é que se busca responder a seguinte
pergunta: “Qual a percepção de ética profissional dos acadêmicos do curso de
Administração, de uma Universidade Pública Federal na Região Norte?”.
A fim de responder essa pergunta de pesquisa têm-se os seguintes objetivos:
Analisar a percepção sobre ética profissional dos acadêmicos de Administração de
uma Universidade Federal na Região Norte. E, para satisfazer esse objetivo geral é
que se coloca os seguintes objetivos específicos: Identificar o perfil dos acadêmicos
do curso de administração (1); Identificar a percepção dos acadêmicos no tocante a
dilemas éticos (2); Compreender as posições dos acadêmicos relativos a possíveis
impasses éticos no futuro profissional (3).
A partir das considerações e objetivos traçados é vital que se busque autores
dedicados ao estudo da ética, em especial da ética profissional, passando desde a
sua concepção histórica até a sua prática cotidiana profissional, tal como da
importância da ética para a administração. Com isso, será possível responder ao
problema proposto por meio da reflexão e confrontação de ideias, assim como
permitirá compreender o comportamento humano diante aos dilemas éticos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO

Diversos são os autores da temática ética, da mesma maneira que há


numerosas produções acadêmicas a seu respeito, o que demonstra a importância
da continuidade de seu estudo para valorização e contribuição científica, do mesmo
modo que é imperioso o levantamento de conteúdo bibliográfico que permita a
adequada compreensão da problemática.

2.1 Conceitos e diferenças entre ética e moral

Em se tratando de ética, são inúmeras as formas de definição, e isso


acontece tendo em vista a subjetividade da ética, até devido a sua origem filosófica.
No entanto, a ética entre tantas conceituações possui um ponto comum, isto é, de
todas as visões e conceituações da ética, algumas complexas e outras objetivas,
todas partem no sentido de afirmar que a ética representa o estudo do
comportamento humano em sociedade, “agir corretamente”, o bem comum, o
interesse coletivo, felicidade humana, entre outros.
Na visão de Alves (2005) a ética está focalizada no estudo de princípios
morais que direcionam grupos humanos em variados contextos, ao tempo que a
moral diz respeito ao conjunto de regras assumidas por membros de certo grupo
social. No mesmo sentido Vázquez (2006) cita que a ética é definida como “a teoria
do comportamento moral dos homens em sociedade”, isto é, a ciência da moral.
Finalmente Souza e Costenaro (2012) defendem que a ética é uma ciência
que tem como objetivo estudar os valores e virtudes do homem, com vistas a
determinar limites e condutas a serem perseguidas para o bom convívio em
sociedade. Os mencionados autores ainda citam que é imprescindível transmitir
valores morais para as futuras gerações.
A clarificação do verdadeiro significado dos termos “ética” e “moral” é
fundamental para uma efetiva compreensão do presente estudo, desta forma, na
ótica de Vázquez (2006), apesar da relação entre ambos, não é adequado confundir
os termos ética e moral, sendo que o mesmo cita: “A ética não é moral e, portanto,
não pode ser reduzida a um conjunto de normas e prescrições; sua missão é
explicar a moral efetiva e, nesse sentido, pode influir na própria moral”. O
mencionado autor ainda afirma que a moral é tida como objeto da ciência e por esta
estudada e investigada, a partir do qual é possível falar em “ética científica”, porém
não em “moral científica”.
E, finalizando, Barros (2010) afirma que apesar da confusão, ética e moral
são coisas bem diferentes. Sendo que a primeira significa a teoria ou o estudo do
caráter dos indivíduos na sociedade, ao passo que a segunda, tem como significado
o costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com o decorrer do tempo. A
ética é o aspecto científico da moral, tendo em vista que ambas envolvem a filosofia,
a história, a psicologia, a religião, a política e o direito, e toda uma estrutura que
cerca o ser humano.
Após a elucidação das diferenças entre ética e moral, finalmente o estudo se
direciona a duas modernas subáreas da grande temática da ética, sendo inclusive o
núcleo desta pesquisa. Assim sendo, o próximo subtópico tratará das conceituações
de ética aplicadas ao ambiente empresarial ou organizacional, bem como da ética
no desempenho profissional.
2.2 Ética empresarial e ética profissional

A ética empresarial e profissional possuem bastante proximidade pelo fato de


ambas estarem relacionadas ao ambiente de trabalho, considerando ainda que uma
organização com compromisso ético necessitará de profissionais que atendam esse
objetivo. Deste modo, é importante conceituar ambas vertentes, haja vista as
possíveis conexões nas atividades laborais.
Na ótica de Nalini (2006), o conhecimento da população sobre uma
determinada empresa que produz um bom produto ou presta um bom serviço não é
mais suficiente para sua satisfação. A sociedade exige que aqueles que extraem seu
sustento, sob a forma de lucro, de uma atividade regulamentada, mesmo que
vinculada ao princípio da livre iniciativa, devolva para a comunidade mais do que
manter o negócio em funcionamento. Com isso a importância da responsabilidade
social, que é um nome empresarial para a responsabilidade ética.
Já os autores Cunha e Colares (2014) trazem um entendimento mais
profundo da ética empresarial, ao afirmar que ela se trata da união entre os valores
éticos pessoais dos indivíduos e a conduta ética que a empresa espere de cada
pessoa, gerando assim uma harmonia com os objetivos que são perseguidos em
uma empresa.
Em se tratando de ética profissional, Sá (2005) menciona que no momento
que o exercício de alguma atividade profissional gera benefícios recíprocos a quem
pratica e a quem recebe, demanda-se, nessa relação, a preservação de uma
conduta adequada aos princípios éticos específicos. Em complemento, Nalini (2006)
cita que dentre as funções dos preocupados com a ausência de ética na sociedade
contemporânea está a de formar profissionais providos de consciência moral e aptos
a um desempenho sempre ético, seja qual for a função a ser exercida.
Na visão de Sá (2009), a ética profissional é definida como as normas de
comportamento que indicam a conduta mais adequada diante de determinadas
situações, visando à manutenção da harmonia no âmbito empresarial. Para o
mesmo autor, quando o colaborador aceita e reconhece a obrigação de cumprir tais
normas, ele passa a agir moralmente e a emitir juízos de valor condizentes com a
cultura de qualidade que a cada organização tenha pretensão de adotar.
Expostas as definições de ética empresarial e profissional, é fundamental que
se avance para as teorias, na ótica de estudiosos, que afirmam a importância da
ética dentro das organizações, assim como o impacto da formação ética sobre o
indivíduo no exercício profissional, em especial do administrador.

2.3 A importância da ética nas organizações e a formação ética

Os consumidores estão cada vez melhor informados e serão fiéis a marcas e


organizações que lhes deem motivos para confiar. A partir desta premissa que é
percebida a relevância da ética nas organizações. A impressão ou percepção que as
pessoas possuem da empresa está atrelada ao conceito de responsabilidade social,
ou seja, significa que a empresa não procura apenas o lucro. Surge a necessidade
de a empresa exercer seu papel social. Como um agente produtor, pessoas
dependem e interagem com o meio em que atuam. Não é conveniente permanecer
alheia às transformações que afetam a sociedade (NALINI, 2006).
De acordo com Nalini (2006), quando se fala em reputação, e principalmente
de boa reputação, significa falar de um ativo intangível, tendo em vista que diz
respeito à percepção que outros possuem quanto ao valor de uma organização ou
de um profissional. Esta deriva de uma percepção cristalizada, o qual vai sendo
forjada dia após dia, à medida que a organização ou o profissional satisfaz as
expectativas de seus stakeholders. Em síntese, a reputação é credibilidade. E não é
apenas a empresa que precisa dela, também o empresário, bem como os
profissionais. Para a empresa, representa uma vantagem competitiva. Sendo assim,
é possível afirmar que a ética dá lucro.
Da mesma forma para o indivíduo na sociedade, o custo de uma conduta
antiética nas organizações pode gerar variados prejuízos à sua imagem profissional
e para a organização tais como: penalidades legais, difamação da imagem da
empresa e danos nas relações com os clientes. Ao tempo que a conduta ética tem o
potencial para arruinar a empresa, o comportamento ético tem o de contribuir
substancialmente na obtenção da excelência empresarial (AGUILAR, 1996).
Em se tratando de formação ética, Moreira (1999) defende que a excelência
profissional advém da prática da ética dentro das empresas, sendo um
comportamento exigido e esperado pela sociedade como uma forma de alcançar o
lucro com mais transparência. Em complemento, Sousa (2010) diz que é precisar
haver uma educação voltada para ética que não se delimite a valores individuais, ou
seja, deve ser trabalhado uma educação para a prática dos valores sociais.
Assim sendo, no decorrer da formação do Administrador, é fundamental que a
instituição de ensino torne o aluno capaz de fazer reflexões críticas, analisando não
apenas o lado econômico, mas também o lado social (REATTO et al., 2010). No
mesmo sentido, Furter (1981) já afirmava que um plano de desenvolvimento de
educação não deve apenas considerar a necessidade de industrialização, mas
também as necessidades da população. Sendo assim, cada vez mais se torna
imprescindível desenvolver um acordo mínimo entre os homens, onde tal acordo
permitiria uma ética universal, sendo uma ética de todos e para todos.
Deste modo, apresentada as considerações teóricas e conceituais, o estudo
encaminha-se para descrever os procedimentos metodológicos utilizados, visando
clarificar as técnicas empregadas no levantamento e tratamento dos dados, de modo
que seja possível classificar a pesquisa aos padrões pertinentes.

3 METODOLOGIA

De acordo com Prodanov e Freitas (2013), o estudo científico requer um


conjunto de procedimentos intelectuais e técnicas para o alcance dos objetivos
traçados, o qual denomina-se como métodos científicos. Esses métodos
representam um conjunto de processos ou operações mentais que devem ser
empregados na investigação, isto é, uma linha de raciocínio adotada no processo de
pesquisa.

3.1 Descrição metodológica da pesquisa

A natureza da presente pesquisa é básica, considerando que tem como


objetivo criar novos conhecimentos que serão úteis para o desenvolvimento da
ciência, porém sem aplicação prática prevista. Este tipo de natureza envolve
verdades e interesses universais (PRODANOV; FREITAS, 2013).
A forma de abordagem definida é a quantitativa, esse tipo de abordagem é
possível traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-
las. A mencionada abordagem é utilizada em diversos tipos de pesquisa, inclusive
em pesquisas descritivas, a qual permite analisar a interação de certas variáveis,
interpretar particularidades dos comportamentos ou das atitudes dos indivíduos
(PRODANOV; FREITAS, 2013).
A pesquisa, a partir de seus objetivos, estabeleceu-se como descritiva, pois a
mesma permite descrever as características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Na coleta de dados da
pesquisa descritiva, utiliza-se técnicas específicas, como a entrevista, o
questionário, o teste e a observação (PRODANOV; FREITAS, 2013).
Em se tratando de procedimentos técnicos, o estudo utilizou-se da pesquisa
bibliográfica, tendo em vista que o seu desenvolvimento foi constituído de materiais
já publicados, tais como livros, revistas, publicações em periódicos de artigos
científicos, monografias, dissertações, teses e internet. Outra modalidade utilizada
em conjunto com a pesquisa bibliográfica, foi o levantamento (survey), visto que o
mesmo envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento desejamos
conhecer por meio de algum tipo de questionário (PRODANOV; FREITAS, 2013).
De acordo com Gil (2010), no levantamento não há uma pesquisa sobre todos
os integrantes de uma população estudada, sendo antes promovida, por meio de
procedimentos estatísticos. Prodanov e Freitas (2013) citam que as principais
vantagens do levantamento consistem em conhecimento direto da realidade;
economia e rapidez e quantificação.

3.2 Instrumento de coleta de dados

Para coleta de dados foi utilizado um instrumento estruturado. Segundo Gil


(2008) o questionário pode ser conceituado como uma técnica de investigação
composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com a
finalidade de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos,
valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou
passado, entre outros.
Em relação ao formato das questões do instrumento aplicado, foi adotada
questões fechadas, onde o respondente escolhe uma alternativa entre as que estão
apresentadas em uma lista. As questões contidas no mencionado questionário
abordavam sobre fatos e atitudes. Parte das questões seguiu o padrão escala Likert
de cinco pontos pelo qual recolhe-se grande número de enunciados que manifestam
opinião ou atitude acerca do problema a ser estudado (GIL, 2008).
A pesquisa foi composta por 82 acadêmicos, isto é, discentes matriculados no
quarto, sexto e oitavo período nos dias coletados e com um total de 58
respondentes, sendo 20 no quarto período, 17 no sexto e 21 no oitavo, com
aplicação no dia 28 de novembro de 2018 aos do quarto e oitavo período e, 30 de
novembro de 2018 para os discentes do sexto período.
As perguntas do instrumento de coleta foram retiradas e adaptadas a partir de
dois autores, Srour (2014) e Cruz (2014), bem como a elaboração de algumas
perguntas pelos próprios autores da presente pesquisa.
Em seguida, será apresentada a análise e discussão dos resultados que é o
cerne de toda a pesquisa, de maneira que seja possível confrontar a teoria com a
situação real do objeto de estudo, possibilitando que a problemática e objetivos
tenham o devido respaldo e demonstre como as teorias reagem as situações
práticas e cotidianas.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Após expostos os procedimentos metodológicos, apresenta-se a análise e


discussão de resultados que responde ao problema de pesquisa, objetivo geral e
específicos. Primeiramente, o estudo delineou-se no levantamento do perfil
demográfico dos respondentes objeto de pesquisa, atendendo assim ao primeiro
objetivo específico. Em seguida, o estudo abordou sobre as questões específicas do
tema de pesquisa, de acordo com o segundo objetivo específico e, por fim,
comparou a bibliografia levantada com o posicionamento dos respondentes,
conforme o terceiro objetivo específico traçado.

4.1 Descrição do perfil demográfico dos respondentes

No presente tópico são apresentadas o perfil dos respondentes pesquisados.


São delineados o perfil dos 58 respondentes, demonstrando os dados
sociodemográficos, tais como gênero, idade e renda, bem como os períodos que os
respondentes estão no curso de administração da instituição de ensino pesquisada.
No que se refere ao gênero, têm-se que 59% são do sexo feminino e 41% do
sexo masculino, demonstrando discrepância entre ambos os sexos. Com relação a
idade, o estudo apontou que mais da metade estão entre 19 a 24 anos, com 53,4%,
o que demonstra a predominância de um público jovem. Em seguida, o segundo
maior índice estão compreendidos na faixa etária entre 25 a 30 anos, registrando um
percentual de 25,9%. E, finalmente, a faixa entre 31 a 36 e mais de 36 anos,
registraram, respectivamente, 12,1% e 8,6%.
A respeito da renda familiar bruta, registrou-se uma predominância na faixa de
renda acima de 1 até 3 salários mínimos e de 4 a 5 salários mínimos, com um
percentual de 39,7% e 24,5%, respectivamente. Na sequência, houve o mesmo
percentual para rendas de até 1 salário mínimo e acima de 7 salários mínimos,
ambos com 10,3%. Por fim, 5,2% dos respondentes disseram ter renda familiar bruta
entre 6 a 7 salários mínimos, registrando 5,2%.
Com relação ao período cursando, identificou-se que 36,2% da amostra está
cursando o oitavo período, seguido pelo quarto período com 34,5% e sexto período
com 29,3%, sendo possível verificar discrepância entre os acadêmicos pesquisados.
Imprescindível salientar que a definição do período cursado pelos respondentes a
partir do quarto período se deu em virtude da disciplina de Ética Empresarial e
Responsabilidade Social ser aplicada no mencionado período, o que é importante
para uma adequada compreensão das situações expostas pelo instrumento de
coleta.

4.2 A percepção dos acadêmicos de administração diante de condutas e


dilemas éticos

Como meio de coletar a percepção dos pesquisados, solicitou-se aos


respondentes que assinalassem a sua posição diante de situações que
representavam condutas profissionais. Para isso, foram subscritas asserções ao
questionário para que fosse possível demonstrar o grau de concordância dos
respondentes às condutas expostas. Desta forma, foi possível identificar se a
conduta da amostra em análise tende a ser ética ou não. No presente tópico utilizou-
se questões do livro de Srour (2014), bem como do instrumento de coleta da
monografia de Cruz (2014), com adaptação para atender aos objetivos traçados da
pesquisa.
O instrumento estruturado aplicado ao presente estudo tinha em sua
composição 18 questões, sendo 4 questões de perfil demográfico e 14 afirmativas
em escala Likert de cinco pontos que delineava o ponto central do tema de
pesquisa.
O valor fixado em cada uma das respostas da escala foi: discordo totalmente,
com valor qualitativo muito baixo e quantitativo (1), discordo parcialmente, com valor
qualitativo baixo e quantitativo (2), não concordo e nem discordo, com valor
qualitativo neutro e quantitativo (3), concordo parcialmente, com valor qualitativo alto
e quantitativo (4) e concordo totalmente, com valor qualitativo muito alto e
quantitativo (5).
Os dados obtidos serão analisados por meio do método do Ranking Médio, o
qual, segundo Malhotra (2006) é adquirido por meio da divisão da Média Ponderada
alcançada mediante a frequência de respostas obtidas, bem como da pontuação
fixada na escala, na soma das frequências das respostas. A seguir expõe-se o
Quadro 9 com o Ranking Médio do bloco de questões que trata especificamente
sobre a percepção do tema em análise.

Quadro 1-Ranking Médio das afirmativas a respeito da percepção do tema em


análise
Valor atribuído às
respostas
Ranking
Questão 1 2 3 4 5 Média ponderada Médio
(RM)
Frequência das
respostas

Sendo eu um executivo, o que faço


fora do trabalho não interessa a
ninguém, é exclusivamente um (14*1)+(9*2)+(8*3)+(14*4)+(13*5)= 177/58=
14 9 8 14 13 177 3,05
assunto de foro íntimo, pois não
carrego o crachá da empresa nos
lugares que frequento.

Para agradecer o empenho de um


funcionário público no andamento
(35*1)+(6*2)+(12*3)+(5*4)+(0*5)= 103/58=
de um processo, é de bom-tom 35 6 12 5 - 103 1,78
convidá-lo a um restaurante fino e
ao final lhe oferecer um mimo.

Para que não haja dúvida sobre a


lisura das decisões de compra ou
de contratação, o fato de receber
presentes ou vantagens de
(11*1)+(6*2)+(17*3)+(10*4)+(14*5)= 184/58=
fornecedores ou clientes converte- 11 6 17 10 14 184 3,17
se em assunto delicado. Só podem
ser aceitos brindes ocasionais, que
não tenham valor comercial ou cujo
valor seja insignificante.

(Continuação)
Valor atribuído às
respostas
Ranking
Questão 1 2 3 4 5 Média ponderada Médio
(RM)
Frequência das
respostas
Como coordenador de RH, você é
responsável por um concurso
interno destinado a preencher
uma nova posição criada na
(38*1)+(5*2)+(9*3)+(2*4)+(4*5)= 103/58=
empresa. Um alto gestor lhe pede 38 5 9 2 4 103 1,78
sigilosamente para que um
funcionário da confiança dele seja
selecionado. Seria bobagem não
atender a um pedido desse.
Para aprovar a implantação de
um projeto de desenvolvimento
em um município que tem um
programa de incentivos fiscais
para a instalação de indústrias, os 81/58=
43 7 8 - - (43*1)+(7*2)+(8*3)+(0*4)+(0*5)= 81
1,40
vereadores exigem
“contribuições”. É o preço a ser
pago para criar empregos, gerar
imposto e impulsionar a economia
local.

Para atingir as metas, que são


desafiadoras, é preciso
empenhar-se a fundo, mas (32*1)+(4*2)+(13*3)+(9*4)+(0*5)= 115/58=
32 4 13 9 - 115 1,98
também cabe contornar as
normas que atrapalham a
obtenção do próprio bônus.

A concorrência leal não existe no


Brasil porque aqui prevalece o
vale tudo. Basta lembrar a
generalizada sonegação de (19*1)+(9*2)+(12*3)+(11*4)+(7*5)= 152/58=
19 9 12 11 7 152 2,62
impostos e a crescente presença
do mercado informal, de maneira
que é preciso dançar conforme a
música.
As questões ambientais
constituem riscos organizacionais.
Elas precisam ser gerenciadas
(1*1)+(4*2)+(9*3)+(8*4)+(36*5)= 248/58=
com muito discernimento, pois 1 4 9 8 36 248 4,28
podem comprometer a
sustentabilidade do negócio e a
própria habitabilidade do planeta.

(Continuação)
Valor atribuído às
respostas
Ranking
Questão 1 2 3 4 5 Média ponderada Médio
(RM)
Frequência das
respostas
Uma vez que a vida não está fácil,
é importante ter uma atividade
paralela para complementar o
orçamento. Assim, não vejo mal (18*1)+(12*2)+(19*3)+(4*4)+(5*5)= 140/58=
18 12 19 4 5 140 2,41
algum em fornecer a colegas os
produtos de que precisem durante
o expediente. Isso evita que eles
os procurem nas lojas.
Um colega de trabalho, que é
também seu amigo, lhe pergunta
se você gostaria de ter uma cópia
de um software recém-adquirido (4*1)+(2*2)+(21*3)+(6*4)+(25*5)= 220/58=
4 2 21 6 25 220 3,79
pela empresa. Você recusa de
forma bastante assertiva,
argumentando em favor da
propriedade intelectual.
Seu gerente não considera que o
alcance de 100% das metas seja
um feito. Proclama sem ressalvas
que é preciso ir além a qualquer
custo, pensando “fora da caixa”. (3*1)+(7*2)+(15*3)+(19*4)+(14*5)= 208/58=
3 7 15 19 14 208 3,59
Seus colegas não medem os
meios numa espécie de vale-tudo
e são elogiados por ele. Você
denuncia o fato à diretoria
executiva.

A sociedade tornou-se cada vez


mais visual, onde o que importa é
a imagem que o indivíduo (3*1)+(3*2)+(16*3)+(9*4)+(27*5)= 228/58=
3 3 16 9 27 228 3,93
transmite, por isso a necessidade
de valorizar uma imagem íntegra
e idônea.

Penso que não cabe misturar


negócios e questões morais. (28*1)+(8*2)+(13*3)+(5*4)+(4*5)= 123/58=
28 8 13 5 4 123 2,12
Afinal, quem põe capital de risco
quer ganhar dinheiro.

(Continuação)
Valor atribuído às
respostas
Ranking
Questão 1 2 3 4 5 Média ponderada Médio
(RM)
Frequência das
respostas

A reputação de um profissional
está intimamente ligada à (3*1)+(1*2)+(9*3)+(16*4)+(29*5)= 241/58=
3 1 9 16 29 241 4,16
confiança coletiva nele
depositada.

Fonte: Elaborado pelos autores

Na primeira asserção é possível identificar a partir do (RM=3,05) uma


neutralidade a respeito do comportamento fora do ambiente de trabalho, ou seja, há
uma certa dúvida a respeito de como deve se portar fora da empresa. E isso
demonstra um fator positivo, pois segundo Srour (2014) as pessoas têm o
conhecimento do local de trabalho do executivo. Deste modo, o comportamento fora
interessa, sim. Até porque as atitudes assumidas em público podem afetar a imagem
da empresa. É evidente o egoísmo nesta situação, pois se sobrepõe o interesse de
um único indivíduo ao de outros agentes.
A segunda asserção trazia uma situação de aliciamento e agradecimento ao
dever de um funcionário público, atentando grotescamente ao princípio da
impessoalidade que rege a administração pública. De forma positiva, os
respondentes foram incisivos na discordância de tal afirmativa, conforme mostra o
(RM=1,78). Em consonância Srour (2014) cita que o custo de um almoço ou jantar já
supera o limite do aceitável de um “brinde”, ainda mais com o oferecimento de um
“mimo” o que mostra um evidente aliciamento e parcialismo, tendo em vista a
intenção de gerar para si mesmo um bem restrito que é abusivo e particularista, pelo
fato de satisfazer interesses grupais em detrimento de demais interesses.
A terceira assertiva trouxe uma situação a respeito de presentes e brindes de
fornecedores e clientes. Os respondentes demonstraram não concordar e nem
discordar da citada assertiva (RM=3,17). Srour (2014) afirma sobre a necessidade
da empresa traçar com precisão a fronteira entre o favorecimento por meio de
presentes e brindes sem valor comercial ou ínfimo, seja doando o mencionado
presente para organização beneficente, sorteio entre os colaboradores, ou qualquer
destinação que dê publicidade e desestimule estas cortesias.
Abordando sobre uma polêmica situação de favorecimento, a quarta asserção
obteve elevado grau de discordância (RM=1,78), o mesmo da segunda assertiva,
apontando mais uma vez um resultado positivo à conduta ética dos acadêmicos. De
acordo com Srour (2014) a manipulação dos resultados para favorecer o
apadrinhado do alto gestor representa uma prática parcial, porém caso preserve as
regras do jogo estará sujeito a demissão ou perseguição resultando em uma prática
altruísta restrita, considerando que o mesmo não se submeteu aos ditames da alta
gestão, preservando a sua reputação profissional e da empresa, assim como não
prejudicando os demais candidatos do concurso interno.
A quinta asserção traz um problema comum na sociedade brasileira: a
corrupção. Os respondentes expuseram elevada repulsa à afirmativa (RM=1,40), a
maior entre todas as asserções, o que indica um resultado considerável na direção
de uma conduta ética dos acadêmicos pesquisados. Nessa mesma linha Srour
(2014) menciona que os vereadores estão extorquindo a empresa, o qual ao aceitar
tais “contribuições” compactuará com a corrupção. O mesmo autor ainda cita a
possibilidade de outros municípios oferecerem incentivos fiscais sem a necessidade
de qualquer tipo de cooptação.
Em se tratando de meios para atingir os fins, mesmo que em desobediência a
normas expressas, o resultado de oposição obtido pelos respondentes (RM=1,98) da
sexta asserção trouxe novamente mais um ponto à atitude ética dos acadêmicos em
análise. Em concordância Srour (2014) afirma que as normas são feitas para serem
obedecidas e não manipuladas para proveito pessoal. O mencionado autor ainda
cita que caso a norma esteja obsoleta ou inadequada, é cabível que o colaborador
proponha formalmente a sua revisão.
A sétima assertiva trouxe aos respondentes o famoso “jeitinho brasileiro”,
propondo que se deveria “dançar conforme a música” diante das inadequadas e
aéticas práticas quer permeia as atividades profissionais e empresariais brasileiras.
Embora a discordância dos respondentes não tenha sido tão expressiva (RM=2,62),
com tendências a neutralidade, ainda assim é possível considerar como resultado
positivo em virtude da maior proximidade a oposição da situação expressa. Srour
(2014) cita que ao aceitar “dançar conforme a música” significa defender interesses
particularistas com adesão à concorrência desleal, favorecendo alguns em
detrimento de outros, tais como a sonegação de impostos, o não registro de
empregados, o ato de corromper fiscais, operações com caixa dois e entre outros
que tanto dano provoca ao bem-estar coletivo.
Em conformidade a uma das demandas de responsabilidade social por parte
das empresas no quesito ambiental, a oitava assertiva coloca a sustentabilidade
como um risco para a própria sobrevivência da empresa e da habitualidade do
planeta. A mencionada assertiva registrou o maior grau de concordância (RM=4,28)
entre todas as afirmativas, o que revela e aponta novamente uma atitude ética por
parte dos acadêmicos. Na ótica de Srour (2014), a assertiva visa o bem comum, pois
os riscos organizacionais não se limitam a pressões da sociedade, mas a própria
existência da empresa, por exemplo em caso da falta de matéria-prima ou energia.
A nona assertiva aborda sobre uma situação de venda de produtos durante o
expediente, o qual registrou discordâncias por partes dos acadêmicos (RM=2,41),
apontando um fator positivo à conduta ética. No mesmo pensamento Srour (2014)
afirma que esse tipo de prática desperdiça tempo de trabalho e distrai os
colaboradores ao cuidar de assuntos pessoais, prejudicando o fluxo normal das
atividades.
Com fulcro na questão da defesa da propriedade intelectual, a décima
assertiva registrou neutralidade (RM=3,79), o que aponta sobre uma delicada e
polêmica questão de impasse ético. Na ótica de Srour (2014), a recusa da cópia do
software da empresa representa uma forma de evitar prejuízos para aqueles que a
conceberam, produziram e comercializaram, não atentando a propriedade
intelectual, o que é um bem universalista.
Abordando sobre os meios utilizados para alcance de metas, a décima
primeira asserção obteve neutralidade por parte dos respondentes (RM=3,59). É
compreensível que tal resultado tenha sido registrado, tendo em vista que se trata
de um impasse ético que envolve riscos ao denunciante. Srour (2014) cita que o ato
de denunciar um gestor que induz subordinados a alcançar as metas sem se
importar com os fins vai ao encontro dos interesses da empresa e dos que não
extrapolam os limites definidos pelas políticas e normas.
Enfatizando a questão da imagem do indivíduo, a décima segunda assertiva
registrou concordância dos acadêmicos, porém com tendências a neutralidade
(RM=3,92). Este resultado mostra que há o conhecimento por parte dos
respondentes da importância de uma conduta íntegra e idônea para preservação de
sua imagem e reputação. Na mesma direção Sá (2009) afirma que a reputação de
um profissional por ser enobrecida pela ação correta e competente e, pode também,
alcançar a desmoralização por meio de uma conduta inconveniente, com ausência
de preceitos éticos. Nalini (2006) também menciona que quando se fala em
reputação, e principalmente de boa reputação, significa falar de um ativo intangível,
considerando que diz respeito à percepção que outros possuem quanto ao valor de
uma organização ou de um profissional.
Na décima terceira asserção é abordado sobre a dispensabilidade de misturar
negócios e questões morais, considerando que o investidor arrisca o seu dinheiro e
quer apenas ganhar dinheiro, o qual obteve positivamente elevada discordância dos
respondentes (RM=2,12). Em consonância ao posicionamento dos acadêmicos
contra tal afirmativa, Nalini (2006) cita que os consumidores estão mais informados
sobre marcas e organizações que demonstrem confiança e exerçam um papel
social, isto é, ficar alheio às responsabilidades éticas e sociais significa colocar em
risco a incessante busca por lucro das empresas.
E, por fim, a décima quarta asserção tratou da ligação entre a reputação com
a confiança coletiva, pelo qual registrou substancial grau de concordância
(RM=4,16), o segundo maior índice entre todas as asserções, apontando mais uma
vez o conhecimento e consequente postura ética dos respondentes. A mencionada
premissa vai em concordância ao que afirma Nalini (2006) ao relacionar confiança
com reputação, isto é, a credibilidade, o qual é um fator indispensável para uma
confiança coletiva.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A importância da ética na sociedade tem sido cada vez mais evidenciada,


considerando que se tornou praxe a divulgação de condutas contrárias aos
princípios éticos e morais, tais como o conluio de empresas com o poder público no
sentido de defender interesses personalíssimos, não importando os meios para
obtenção dos fins, provocando prejuízos ao erário e da imagem das empresas e
profissionais envolvidos.
A partir dessa problemática que tem afetado significativamente a sociedade
brasileira é que o presente estudo buscou analisar por meio da percepção de futuros
tomadores de decisão a temática da ética profissional, ou seja, é fundamental que
seja compreendida a forma de pensar dos acadêmicos da área da administração e
negócios, haja vista que futuramente estarão em posições estratégicas passíveis de
algum tipo de dilema ético.
A princípio, atendendo ao primeiro objetivo específico da pesquisa, levantou-
se o perfil demográfico dos acadêmicos de administração da instituição de ensino
superior em análise, como forma de demonstrar informações referentes a gênero,
faixa etária, renda e o período que os respondentes estão cursando. Foi possível
verificar a predominância de acadêmicos do sexo feminino, embora com pequena
discrepância. Quanto a idade, a maior proporção encontra-se na faixa de 19 até 24
anos. Concernente a renda, a maior parte dos respondentes possuem renda familiar
bruta entre mais de 1 até 5 salários mínimos. E o período em curso dos acadêmicos
apresentou insignificante discrepância, porém o oitavo período foi o mais frequente.
Em atenção ao segundo objetivo específico traçado, buscou-se identificar a
percepção dos acadêmicos diante aos dilemas éticos por meio de situações
expostas ao instrumento de pesquisa, onde foi possível compreender o pensamento
dos acadêmicos concernentes aos possíveis impasses éticos que podem ser
vivenciados na prática profissional.
Em seguida, respaldando o terceiro objetivo específico, o estudo delineou-se
no sentido de comparar a ótica de diversos autores e estudiosos da temática ética
como forma de elucidar e classificar os posicionamentos auferidos dos acadêmicos
analisados. Diante disso, permitiu-se que o objetivo geral e a consequente
problemática tivessem a devida resposta.
Portanto, a presente pesquisa, por meio de dados levantados e comparados,
constatou que a maior parte dos acadêmicos possuem tendências a condutas éticas,
onde foi possível detectar que na maior parte das situações apresentadas, os
acadêmicos reagiram adequadamente seguindo os ditames éticos e morais. As
demais situações que apresentavam impasses éticos polêmicos registraram
neutralidade de parte dos acadêmicos, no entanto em nenhum dos dilemas foi
registrado um índice favorável as transgressões éticas e morais.
Desse modo, é possível constatar, analisando amplamente os
posicionamentos levantados, que o resultado da pesquisa foi positivo ao mostrar que
os acadêmicos estudados possuem uma preocupação e consciência referente as
responsabilidades éticas e sociais que deverão nortear as suas atividades laborais,
de forma que seja possível afirmar que poderão mitigar os impactos das condutas
aéticas, resguardando a sua reputação profissional e preenchendo as lacunas das
organizações diante da incumbência de preservar a sua imagem perante a
sociedade.
Em se tratando de limitações da pesquisa, menciona-se a dificuldade de
meios para a efetiva coleta da percepção dos respondentes, tendo em vista que
muitos dos acadêmicos podem ter respondido conforme o que a sociedade
preconiza como certo ou errado. Isto é, pode ter agido de acordo com as regras
morais vigentes, mas não em consonância a sua real atitude, o qual pode mudar
completamente o resultado do estudo.

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