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PORTUGUÊS 11.

O ANO – TESTE DIAGNÓSTICO

NOME_____________________________________________N.O______ TURMA_______

GRUPO I

Apresente as suas respostas aos itens A e B.

Leia com atenção o seguinte poema de Camões.

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Erros meus, má fortuna, amor ardente,


em minha perdição se conjuraram;
os erros e a fortuna sobejaram,
que, para mim, bastava o amor sòmente.

5 Tudo passei; mas tenho tão presente


a grande dor das cousas que passaram,
que as magoadas iras me ensinaram
a não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;


10 dei causa [a] que a Fortuna castigasse
as minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.


Oh! quem tanto pudesse que fartasse
este meu duro génio de vinganças!

Luís de Camões, Rimas, Texto estabelecido e prefaciado por


Álvaro J. da Costa Pimpão, Coimbra, Almedina, 2005 [1994].

1. Assinale como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações, corrigindo as falsas.


1.1. O poema apresenta uma reflexão do “eu” lírico sobre o Amor.
1.2. O sujeito poético elege a amada como principal causa dos seus males.
1.3. O recurso expressivo usado para enunciar os fatores do infortúnio do sujeito poético
é a metáfora.
1.4. Para o sujeito lírico, a tristeza do presente opõe-se à ventura do passado.
1.5. Os dois últimos versos do poema traduzem a revolta do “eu” lírico perante a dureza
da sua sorte.
1.6. A composição poética é um soneto decassilábico com rimas interpoladas e
emparelhadas nas quadras e interpoladas nos tercetos.

A equipa ASA, projeto SENTIDOS 11 − Ana Catarino, Ana Felicíssimo, Isabel Castiajo, Maria José Peixoto
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B
Leia o seguinte texto.

Era uma tarde do fim de novembro, já sem nenhum outono.


A cidade erguia as suas paredes de pedras escuras. O céu estava alto, desolado, cor de
frio. Os homens caminhavam empurrando-se uns aos outros nos passeios. Os carros
passavam depressa.
5 Deviam ser quatro horas da tarde de um dia sem sol nem chuva.
Havia muita gente na rua naquele dia. Eu caminhava no passeio, depressa. A certa altura
encontrei-me atrás de um homem muito pobremente vestido que levava ao colo uma
criança loira, uma daquelas crianças cuja beleza quase não se pode descrever. […]
Instintivamente o meu olhar ficou um momento preso na cara da criança. Mas o homem
10 caminhava muito devagar e eu, levada pelo movimento da cidade, passei à sua frente. Mas
ao passar voltei a cabeça para trás para ver mais uma vez a criança.
Foi então que vi o homem. Imediatamente parei. Era um homem extraordinariamente
belo, que devia ter trinta anos e em cujo rosto estavam inscritos a miséria, o abandono, a
solidão. […] Estreitamente esculpida pela pobreza, a cara mostrava o belo desenho dos
15 ossos. Mas mais belos do que tudo eram os olhos, os olhos claros, luminosos de solidão e
de doçura. No próprio instante em que eu o vi, o homem levantou a cabeça para o céu.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos Exemplares, “O Homem”. Porto, Figueirinhas, 1986.

2. Selecione a opção correta.


2.1. A ação decorre numa tarde de fim de novembro
(A) luminosa e fria.
(B) fria e triste.
(C) luminosa, mas triste.
(D) triste, mas amena.

2.2. O narrador parou ao aperceber-se


(A) da deterioração do vestuário do homem que se encontrava à sua frente.
(B) de que a multidão empurrava o homem.
(C) do aspeto do homem que caminhara à sua frente.
(D) da beleza da criança ao colo do homem que caminhara à sua frente.

2.3. Entre o movimento do homem e o movimento da cidade estabelece-se uma relação


(A) de contraste.
(B) de semelhança.
(C) de consequência.
(D) de causalidade.

2.4. O rosto deste homem é descrito como


(A) extremamente magro e excessivamente belo.
(B) banal de um homem de trinta anos.
(C) belo, mas evidenciando todos os sacrifícios do passado.
(D) muito belo, mas evidenciando desamparo e infortúnio.
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2.5. No segmento textual compreendido entre “Era um homem” (l. 12) e “ossos” (l. 15)
verificam-se as seguintes marcas da descrição:
(A) adjetivação, enumeração, metáfora, formas verbais no pretérito imperfeito e
frases relativas.
(B) adjetivação, enumeração, metáfora, formas verbais no pretérito perfeito e frases
relativas.
(C) adjetivação, enumeração, metáfora, formas verbais no pretérito imperfeito e
frases causais.
(D) formas verbais no pretérito perfeito e frases causais.

GRUPO II

Leia o seguinte texto. Nas respostas de escolha múltipla, selecione a opção correta.

A Voz de Cyrano no escuro

Cyrano de Bergerac de Edmond De Rostand, Teatro Maria Matos, Lisboa 9 de Outubro,


21h30 Casa cheia

Tal como se usa o preto e o branco para representar um passado que todos sabemos que
foi a cores, é bastante credível que exista uma Paris de 1700 onde todos falam em verso.
Apesar de fantasiosamente versejada, Cyrano de Bergerac assenta em ações dramáticas
que coincidem com ações físicas, ou não fosse esta uma peça de capa e espada. […]
5 Mesmo estas cenas, dependentes do jogo de vozes, precisam de certa materialidade para
que a comunicação entre atores e espetadores seja o mais completa possível. Na verdade, é-
lhe essencial, se tivermos em conta que esta peça é uma alegoria sobre a oposição entre
mente e matéria, paixão carnal e amor espiritual – uma cisão que, mesmo depois de
reconhecido o erro de Descartes, continua a fazer mossa na nossa cultura cristã de
10 casamentos com separação de carne e espírito.
Mas isso é a peça, ou, pelo menos, uma teoria sobre o que é a peça. Felizmente, para isso
temos, em parte, o filme com Depardieu, que, como outros, liberta o teatro da necessidade
de representar tal e qual o cenário das ficções originais. […] As escolhas da encenação para
materializar determinado texto, segundo o que crê, é que fazem distinto o seu labor. Neste
15 espetáculo, Bruno Bravo optou por eliminar a maior parte das coisas que deveriam estar à
vista, confiando nas referências que o texto faz, e eliminou também o movimento físico
implícito nas falas, colocando os atores a falar para a plateia, não entre si.
Boa parte da peça ficou por fazer, se considerarmos que para cada fala de uma peça há
movimentos e pensamentos possíveis que cabe aos atores definir. O texto foi apresentado na
20 sua pureza, diriam uns, ou na sua incompletude, diriam outros. Os aspetos dramáticos do
texto perderam a prioridade, para os aspetos líricos e narrativos. O que acontece é uma
espécie de audioteatro, a cuja récita assistimos sossegadamente. Cenário, adereços, figurinos
são também secundarizados. Para que isso impressionasse, no entanto, era preciso que os
atores interpretassem de tal maneira o texto que não se sentisse falta de espadas, capas,
25 penas, papéis, lágrimas e sangue. […]
Jorge Louraço Figueira,
In Púbico, 12 de outubro de 2014, p.35.

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1. A referência à técnica do preto e branco para representar o passado


(A) constitui uma crítica do enunciador a esta especificidade da arte.
(B) serve para aceitar como verosímil a forma versificada da obra Cyrano de Bergerac.
(C) introduz, no discurso, a ideia de que a arte é fantasiosa.
(D) remete o espetador para tempos remotos.

2. No contexto em que surge, a expressão “de capa e espada” (l. 4) significa que se trata de um
filme
(A) cuja ação se passa num espaço rural, no presente.
(B) onde todos os atores usam uma capa e uma espada.
(C) que inclui duelos de esgrima, retratadores da honra, entre adversários.
(D) muito violento, onde se mata com recurso a uma espada.

3. Segundo o autor, a peça encenada por Bruno Bravo


(A) é fiel ao texto original, criando, assim, uma ação gloriosa em palco.
(B) manteve-se fiel ao texto, embora fique aquém do filme de Depardieu.
(C) respeita o texto, mas elimina o acessório, o que não perturba a sua compreensão.
(D) embora respeite o texto, suprime aspetos necessários à sua total interpretação.

4. A encenação de Cyrano de Bergerac por Bruno Bravo


(A) secundariza os aspetos dramáticos, privilegiando os aspetos lírico e narrativo.
(B) coloca ao mesmo nível os aspetos dramático, lírico e narrativo.
(C) dá muito destaque aos adereços e aos cenários.
(D) privilegia o aspeto narrativo bem como os cenários e adereços.

5. O termo “também” (l. 16) no contexto em que surge tem um valor


(A) consecutivo.
(B) aditivo.
(C) disjuntivo.
(D) conclusivo.

6. O termo “audioteatro” (l. 22) exemplifica o processo de formação


(A) composição morfológica.
(B) composição morfossintática.
(C) derivação por prefixação.
(D) derivação por parassíntese.

7. Entre os termos “Cenário, adereços, figurinos” (ll. 22-23) e o vocábulo “peça” estabelece-se
uma relação de
(A) hiperonímia – hiponímia.
(B) holonímia – meronímia.
(C) sinonímia.
(D) paronímia.

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Responda aos itens seguintes.

8. Indique a função sintática do advérbio “Felizmente” (l. 11).

9. Classifique a oração introduzida pelo pronome relativo “que” na linha 12.

10. Indique a classe de palavras a que pertence o vocábulo “que” no seguinte excerto textual:
“[…] o texto que não […]” (l. 24).

GRUPO III

Por vezes, há momentos, situações e locais que não esquecemos graças aos sentimentos e/ou
sensações que despertam em nós.

Recupere um momento, uma situação ou um local que tenha sido marcante e escreva um texto
memorialista, contendo entre 120 e 170 palavras, respeitando os seguintes aspetos:
 narrador autodiegético;
 expressão de memórias/recordações;
 vocabulário sensitivo;
 utilização conotativa da linguagem;
 observância do seguinte plano de texto:

o Introdução
− Apresentação da situação/acontecimento vivenciado.
o Desenvolvimento
− Descrição do contexto espácio-temporal onde ocorreu.
− Exposição dos sentimentos, dúvidas, anseios experienciados.
− Enunciação dos motivos que os originaram.
o Conclusão
− Situação final/desenlace.

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PROPOSTA DE CORREÇÃO

Grupo I
A
1.1. F. Apresenta uma reflexão sobre a sua própria vida.
1.2. F. O sujeito poético atribui as culpas à Sorte, ao Destino e ao Amor.
1.3. F. Enumeração.
1.4. F. A recordação das tristezas do passado e da dor que provocaram leva o “eu” lírico a não buscar a
felicidade no presente.
1.5. V.
1.6. V.

B
2.1. B
2.2. C
2.3. A
2.4. D
2.5. A

GRUPO II
1. B
2. C
3. D
4. A
5. B
6. A
7. B
8. Modificador da frase.
9. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
10. Conjunção consecutiva.

GRUPO III
Resposta de caráter pessoal, mas que deverá ser classificada de acordo com os critérios de correção dos
exames nacionais.

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