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Título da Peça: O Cego é aquele que não quer ver..

Autor: João Mourinho


Encenada no CF 1107 na Diocese de Bragança. Verão de 2009

Personagens (total: 10 + Narrador):


Jesus
Homem de negócios (gravata+mala+telemóvel)
Jovem (Com uma bola de futebol (balão a imitar – dar uns toques))
Noiva (Jovem)
Pai da criança
Criança (9 anos)
Mendigos (4). O segundo mendigo não tem que estar andrajosamente vestido, pois é um mendigo “espiritual”

Cenário: uma rua (Único)


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(Entra em cena o homem de negócio falando no telefone, reclamando com um dos seus empresários).
Empresário: O quê?? Eu não acredito! Como foi isso? Não sei nem quero saber! DE-SEN-RAS-CA—TE!

(O homem de negócio está conversando e não percebe que entra um menino com roupas sujas e rasgadas)
Mendigo 1: Por favor, ajude-me, estou com fome, frio e sem abrigo, ouvir dizer que você tem o remédio que
pode me curar!
Empresário: (Sem sequer olhar) Eu sou um homem ocupado… não posso perder tempo a falar contigo! Se
queres a cura… procura noutro sítio. Sai-me mas é da frente!! (Sai a falar ao telemóvel).

Mendigo 1: (Olha para um lado e para o outro da plateira e pergunta) Será que existe alguém que se preocupe
comigo? Que reza por mim? (Vai para o fundo e ajoelha-se).

(Entra o jovem, como a bola na mão).


Jovem: Hoje eu vou jogar bola! Já me escapuli das aulas… nada vai me impedir! (O jovem acaba de falar
quando vê uma criança com roupas sujas e rasgadas)
Jovem: O que é que tens?
Mendigo 2: Tu podes ajudar-me, estou com muita fome! Não fome de comida, mas de alguma coisa nova, algo
novo, preciso saber onde posso encontra alguém que possa me dar isso? Uma vez ouvi falar de alguém que foi
morto por nossos pecados? Tu conhece-lo?
Jovem: Hum (olha para cima, pensativo) Deves estar a falar de Jesus! Só que agora não posso te levar até lá por
que estou de saída (Olha pra o relógio) e já estou atrasado. (Sai).
Mendigo 2: (Levanta a cabeça e acena-lhe) Olha pra mim!! Será que sou tão feio, ou tu é que estás ocupado
demais para me levar até Jesus, sozinho não posso não tenho forças! (Vai para o fundo e se ajoelha-se).

(Entra a Jovem noiva, com a aliança no dedo).


Jovem noiva: Nem acredito, vou casar!! Mas que máximo!! Nunca pensei que me casaria, mas graça a Deus,
bem que minha mãe sempre me disse que um dia eu ia encontra alguém pra me fazer feliz! (Com muita alegria
começa então apensar no noivo, e entra um menino com roupas sujas e rasgadas).
Mendigo 3: (aflito)Socorro, socorro!! Ajuda-me.. Preciso de cura, alegria e amor.
Jovem noiva: Desculpa, estou ocupada de mais pra te ajudar (E mostra a aliança) tas a ver? Estou noiva! Aliás
– noivíssima (pavoneia-se orgulhosamente), por isso não posso te ajudar, logo vou casar, quem sabe depois
(Olha para cima a pensar) Ahh! Já sei!
Mendigo 3: Vais-me ajudar? (esboça um sorriso)
Jovem noiva: Não, mas eu tenho um amigo que pode te ajudar, ele mora na outra rua (aponta). Tenho que ir
por que meu noivo vai já me ligar para sairmos, tchau! (e sai, a empiriquitar-se toda)
Mendigo 3: (olha para a plateia) Quem pode olhar para mim sem antes olhar para si? Quem está disposto a
amar-me? Vós olhais todos com pena de mim, assim todo sujo e rasgado… mas vós estais com os corações tão
sujos como estas roupas. Ouvi dizer que os servos do Senhor têm as mãos limpas e coração puro… mas devem
ser são tão limpas e puras que não me podem ajudar! (Vai para o fundo e ajoelha-se).

(Entra o pai com uma criança).


Pai: Filho, hoje vamos ver aquele filme que tu queres ver!! O Harry Potter 137!!
Filho: Eh pai, que espectáculo!!! Vamos depressa senão esgota!
Pai: Bora!
(Quando o pai e a criança vão saindo notam que entra uma criança com roupas sujas e rasgadas, triste)

Filho: Pai olha uma criança, podemos convidá-la? Parece tão triste e sozinha!
Pai:( (puxa o filho pelo braço) Não filho, não te chegues perto… pode ter alguma doença, vamos embora...
(anda à volta mas mantém sempre a distancia do mendigo)
Filho: Mas pai, não és tu que dizes que devemos ajudar os necessitados!
Mendigo 4: Não vão embora! Esperem!
Pai: (Puxa pelo filho com pressa) Olha menino sinto muito mesmo, mas não posso te ajudar

(O pai sai puxando o filho que não queria ir).

Mendigo 4 (a pensar) / Narrador Fala: Olha este… só se preocupa consigo mesmo, com sua vaidade, com os
seus carros, com seus prédios e sem perceber tem-se tornado uma pessoa ambiciosa que só pensa nele…
esquece-se de Deus e quando se esquece de Deus esquece-se dos perdidos! E quando alguém quer ajudar
impede com medo da pessoa ser contaminada!

(O mendigo 4 Vai para o fundo e se ajoelha-se).

(Entra Jesus)
Jesus entra, tenta procurar com os olhos alguém na plateia e gesticula (NARRADOR FALA): Onde estão
aqueles que dizem ser meus irmãos?? Que dizem ser meus escolhidos e que fazem tanta questão da minha
presença?
Onde estão os sedentos de Deus? Que clamam todos os dias pelo meu nome? Que dizem que me amam de
coração, olhem para aquelas crianças, (aponta para as crianças) Estais a ver??! Elas vieram até vós mas o vosso
egoísmo é mil vezes maior que o vosso amor! E quantos de vós pregais o meu amor? Eu digo-vos… não vos
conheço!!

Quem eu chamarei para fazer a obra? Quantos jovens têm esse desejo no coração, mas tem pessoas que
impedem que esse chamamento se cumpra? Vós sóis fortes para tantas coisas, mas estais sempre cansados pra
ouvir a minha voz! Homens e Mulheres: preocupais-vos com tantas coisas mas nunca vos preocupais com o que
eu penso de vós!! Quereis ser tão religiosos que vos esqueceis de me agradar, comprais tanta roupa bonita e
cara mas nunca me perguntais o que eu acho! E olhai para os pobres, para os que sofrem, para os doentes, para
os presos…

Jesus: E tu, e tu, e tu, e tu, e tu, e tu (Jesus aponta para várias pessoas da plateia. Pausa entre os “e tu”..)…
consegues ser feliz assim??
(Todos se levantam e cantam: “Para mim, a chuva no telhado - Como posso ser feliz” ou “Não me reconheces
como homem”).

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