Sunteți pe pagina 1din 5

4 pontos para entender o comunismo

Bandeira do Partido Comunista do Vietnã. Foto: Beto Conte

Comunismo

Este é o sétimo texto de uma trilha sobre correntes de pensamento político. Veja os demais
textos desta trilha: 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 – 7 – 8

Ao terminar de ler este conteúdo você terá concluído 77% desta trilha �

O comunismo é uma ideologia política e socioeconômica que pretende estabelecer uma


sociedade igualitária, através da abolição da propriedade privada, das classes sociais e do
próprio Estado. Embora a ideia de igualdade baseada no fim das classes tenha sido defendida
por filósofos desde a antiguidade, o comunismo está associado sobretudo à teoria dos
pensadores Friedrich Engels e Karl Marx. Entenda como surgiu o comunismo e quais são as
principais ideias defendidas pelos adeptos a essa ideologia.

Se você preferir, também pode conferir esse conteúdo em formato de vídeo:

Os ideais de igualdade na antiguidade e na era medieval

Embora Marx e Engels sejam apontados como os precursores do comunismo, os ideais de uma
sociedade igualitária podem ser encontrados desde o período da antiguidade clássica. Em uma
de suas obras mais importantes, intitulada A República, Platão formula um modelo de sociedade
ideal, baseada na extinção da propriedade privada e da família. Segundo o filósofo, o fim da
propriedade privada causaria o fim do conflito entre o Estado e o cidadão em particular, e a
abolição da família teria como resultado uma maior devoção do indivíduo ao bem público.

Na sociedade idealizada por Platão, não existiriam vínculos matrimoniais e os filhos gerados
pelos cidadãos, além de desconhecerem os seus pais, ficariam sob o cuidado permanente do
Estado, que garantiria seu sustento e educação.

Com o passar do tempo, esses mesmos ideais foram constantemente reformulados. Entre os
séculos XII e XV, grupos dissidentes da Igreja Católica pregavam o repúdio à propriedade privada
e aos bens materiais em geral, a convivência humana em padrões de uma vida simples e a
necessidade de uma vida comunitária, onde todos deveriam trabalhar e conviver em igualdade.
Destacaram-se nessa corrente o abade Joaquim de Fiore, o franciscano frei Dolcino e o
protestante Thomas Munzer.

banner ead

O comunismo na idade contemporânea

No século XIX, a Revolução Industrial transformou o contexto econômico e social dos países
europeus. Ao mesmo tempo em que ocorria um pleno desenvolvimento do novo sistema
capitalista, boa parte da população vivia em condições de miséria e exploração. Buscando uma
solução para os diversos problemas que atingiam as sociedades na Europa, intelectuais da época
passaram a propor sistemas políticos e econômicos que fossem uma alternativa ao sistema
capitalista. Uma dessas proposições foi o comunismo, que está no cerne da teoria marxista.

Situado dentro do socialismo científico, o marxismo é uma corrente de pensamento criada por
Karl Marx e Friedrich Engels. Para eles, em todas as épocas da história a sociedade foi marcada
por uma luta de classes, sendo essa relação caracterizada pelo antagonismo entre uma classe
opressora e uma oprimida. Na sociedade capitalista, essas classes são representadas
respectivamente pela burguesia, que detém os meios de produção e por consequência boa parte
da riqueza gerada, e o proletariado, que nada possui além da própria mão de obra, vendida
como mercadoria ao proprietário do capital.

De acordo com a teoria marxista, os trabalhadores são tidos como uma mercadoria como
qualquer outro artigo comercial, submetidos à concorrência e às oscilações do mercado. Nas
fábricas, são amontoados e vigiados, tratados como servos da classe burguesa, do Estado
burguês e do proprietário da fábrica, que possui como único objetivo o lucro.

O socialismo marxista propõe a abolição da propriedade privada, a socialização dos meios de


produção, o fim da divisão de classes e a abolição do trabalho. Para Marx e Engels, quando a
classe proletária fosse capaz de tomar consciência da sua situação e buscar uma organização de
luta, assumindo o poder e administrando o sistema de forma justa e em prol de todos, as classes
sociais seriam abolidas e com ela chegaria ao fim também o Estado. A partir desse momento, a
sociedade estaria preparada para o sistema comunista.

Veja também: o que é socialismo?

Qual a diferença entre socialismo e comunismo?

Partido Comunista Chileno. Foto: Coletivo Bandeira Vermelha

Comunismo

Embora o socialismo e o comunismo sejam frequentemente tratados como sinônimos, existem


algumas diferenças entre eles. Na teoria marxista, o socialismo é uma etapa para se chegar ao
comunismo.

No sistema socialista, o Estado e o governo se mantêm no controle da vida social. Contudo,


diferente do capitalismo, o Estado seria conduzido pelos trabalhadores e a produção e
distribuição de bens controlados nas mãos do governo, que organizaria um sistema de igualdade
e cooperação.

O comunismo, por sua vez, trata-se de um estágio posterior ao socialismo, quando já havendo
igualdade absoluta entre os cidadãos, o Estado poderia ser abolido, eliminando as formas de
opressão social, e a sociedade encontraria formas de se auto regulamentar. Assim, os
trabalhadores se tornariam proprietários do seu trabalho e dos bens de produção.

Qual a diferença entre comunismo e anarquismo?

Já entendemos que a sociedade sem classes, a abolição do Estado e o fim da propriedade


privada são importantes objetivos dos adeptos ao comunismo. Mas esses princípios podem ser
vistos também em uma outra corrente de pensamento: o anarquismo. Por apresentarem
propostas semelhantes do que seria uma sociedade ideal, pode ser um pouco difícil distinguir as
duas correntes ideológicas. Vejamos a principal diferença.
O anarquismo é uma filosofia política que busca a eliminação total de todas as formas de
coerção. Seus adeptos são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja socialmente
aceita e defendem uma organização baseada na livre associação.

A principal diferença entre o comunismo e o anarquismo está no processo por onde se atingirá a
sociedade ideal. No anarquismo, isso ocorreria de forma abrupta, em uma passagem direta do
capitalismo para o novo sistema. Alguns autores, como o russo Mikhail Bakunin, defendem que
essa mudança através de uma revolução violenta. Para Pierre-Joseph Proudhon, a passagem
deveria ser pacífica, baseada na fraternidade e na cooperação entre os homens.

Já no comunismo, a sociedade ideal seria alcançada através de um processo de transição


formado por três etapas: primeiro a superação do capitalismo através da revolução, decorrente
da tomada de poder pelo proletariado; em seguida, o socialismo seria estabelecido; e por fim se
chegaria ao comunismo. O comunismo só pode existir após o estabelecimento do sistema
socialista.

Continue aprendendo: tudo sobre o Anarquismo!

A sociedade idealizada por Marx e Engels nunca chegou a ser implementada em nenhum país.
Embora o sistema socialista tenha sido adotado por algumas nações, até então nenhuma delas
conseguiu atingir a etapa final, que é o comunismo. Muito se discute se esse modelo seria
possível ou apenas uma idealização. E você, acha que o comunismo pode ser implementado?
Comente!

GOSTANDO DO NOSSO CONTEÚDO?

Ficamos felizes em ver que o Politize! está fazendo a diferença para a democracia brasileira, mas
para chegarmos a todos os brasileiros com nossos projetos, precisamos de SEU auxilio! Entre
para o Clube Politize! você pode fazer uma colaboração pontual ou ser um colaborador mensal.

CONFIRA OS BENEFÍCIOS

Referências:

MARX, K; ENGELS, F. Manifesto do partido comunista. São Paulo: Martin Claret; 2014.
Publicado em 26 de janeiro de 2017.

Isabela Souza

S-ar putea să vă placă și