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V. Araújo
Conteúdo
1 Introdução 1
1.1 Álgebra Linear em Dimensão Infinita . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Normas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 Dimensão (In)Finita 4
2.1 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Normas não equivalentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Compacidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Completamento 8
3.1 Isomorfismos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.2 Existência e Unicidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.3 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4 Topologia e Álgebra 18
4.1 Topologias fracas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.2 Álgebras de Banach e C∗ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1 Introdução
1.1 Álgebra Linear em Dimensão Infinita
O que é Análise Funcional?
Em termos simples, Análise Funcional é uma fusão de conceitos
de Análise, Topologia e Álgebra (mais elementarmente Álgebra Li-
near, mas mais profundamente Álgebra com toda a generalidade)
1
que estuda operadores lineares entre espaços vetoriais de dimensão
infinita.
Alguma história
Análise Funcional como a entendemos hoje é essencialmente uma
criação vinda da interação entre a Matemática e a Física na primeira
metade do século XX, especialmente a Física Nuclear, Física Quântica
e mais tarde a Física de Partículas. O formalismo matemático da
Mecânica Quântica, a teoria física que modela os fenômenos à escala
atômica, se exprime hoje com a linguagem da Análise Funcional, que
foi desenvolvida para atender a esta necessidade.
d2
− () + V()() = λ()
d2
onde λ é alguma constante, ou seja, queremos saber quais λ podem
ser usados para obter soluções não nulas ( ≡ 0 é sempre solução
para todo λ ∈ R dado...).
2
Note que se escrevermos a equação diferencial como
d2
− + V() () = λ()
d2
d2
vemos como autofunção de uma transformação 7→ − d 2 + V
linear definida em C2 ([0, 1], R), associada ao autovalor λ, e começa-
mos a perceber uma ligação com Álgebra Linear no espaço C2 ([ 0, 1], R).
Matrizes infinitas?
Como C2 ([0, 1], R) claramente é um espaço vetorial real com as
operações usuais de soma de funções e multiplicação de função por
escalar, mas não tem dimensão finita, poderíamos pensar em usar
uma “matriz infinita” para representar este operador, se tivêssemos
uma base!
Esta não é a melhor maneira de tratar o problema (isto de fato foi
tentado inicialmente pelos físicos, a Mecânica Quântica foi conhecida
como “Mecânica de Matrizes” até que Von Neumann mostrou aos físi-
cos que seria muito mais poderoso usar a linguagem dos operadores
lineares em espaços de Hilbert, e aí nasceu essencialmente e Análise
Funcional).
Mas num certo sentido estamos trabalhando com uma matriz infi-
nita!
1.2 Normas
Normas e completude: espaços de Banach
Uma norma k · k : E → R num espaço vetorial E é uma função não
negativa que satisfaz
3
homogeneidade: kλk = |λ| · kk, λ ∈ K, ∈ E;
kk = 0, ∈ E ⇐⇒ = 0.
4
2 Dimensão (In)Finita
2.1 Propriedades
Dimensão infinita versus finita
1. Todas as normas em espaços vetoriais de dimensão finita são
equivalentes e todos estes espaços são Banach. Veremos que
isto não é verdade em dimensão infinita.
2. Veremos que o fecho B̄(0, 1) = { ∈ E : kk ≤ 1} da bola B(0, 1) =
{ ∈ E : kk < 1} é compacto se, e só se, E tem dimensão finita.
3. Todo operador linear L : E → E dum espaço normado nele mesmo
é contínuo se, e só se, E tem dimensão finita.
4. Em espaços normados de dimensão infinita há subespaços ve-
toriais densos próprios (é possível que dois destes subespaços
se intersectem apenas no vetor nulo) e aplicações lineares de-
finidas nesses subespaços que não admitem extensões lineares
contínuas ao espaço inteiro.
Equivalência de normas
Dadas duas normas [·] e | · | no espaço vetorial E, dizemos que
elas são equivalentes se existem constantes 0 < c1 ≤ c2 tais que
c1 || ≤ [] ≤ c2 ||, para todo ∈ E.
É claro que esta é uma relação de equivalência na família das normas
de um dado espaço vetorial.
Se [·] e |·| são normas equivalentes em E, então (E, [·]) e (E, |·|)
como espaços métricos têm a mesma topologia (têm os mesmos
subconjuntos abertos) e também têm as mesmas sequências
de Cauchy e, portanto, as mesmas sequências convergentes, e com
os mesmos limites, seja com respeito a [·], seja com respeito a | · |.
Em particular, se [·] e | · | são normas equivalentes em E, então
(E, [·]) é espaço de Banach se, e só se, (E, | · |) é espaço de Banach.
Vamos denotar para = (1 , . . . , m ) ∈ Rm
1/ 2
kk2 = 21 + · · · + 2m
a norma euclidiana e para z = (z1 , . . . , zm ) ∈ Cm
1/ 2 1/ 2
kzk2 = |z1 |2 + · · · + |zm |2 = z1 z̄1 + · · · + zm z̄m
Æ
a norma euclidiana em Cm , onde || = R()2 + I()2 é o módulo
de um número (real ou) complexo = R(e) + I() ∈ C.
É bem conhecido da Análise que (Km , k · k2 ) é um espaço de Ba-
nach, para K = R ou C.
5
Prova: normas em Rm são equivalentes (1/2)
Vamos ver que toda norma [·] em Rm é equivalente à norma k · k2 .
Primeiro notemos que toda norma [·] é uma função contínua [·] :
Rm → R na norma euclidiana. De fato [] = [ − y + y] ≤ [ − y] +
[y] =⇒ [] − [y] ≤ [ − y] e trocando os papeis de e y obtemos
X X
|[] − [y]| ≤ [ − y] = [ ( − y )e ] ≤ | − y |[e ]
m
X
≤ mM | − y |, M = mx{[e1 ], . . . , [em ]}.
=1
1/ 2
| − y |2
P P
Mas também temos | − y | ≤ m logo
1
≤ [] = ≤ b, 6= 0
||2 ||2
6
Pela desigualdade de Cauchy-Schwartz temos
Z 1
2 Z 1 Z 1
2
|ƒ ()| d ≤ 1 d · |ƒ ()|2 d < ∞
0 0 0
e portanto
2αn + 1
p
|ƒn |1
= & 0.
|ƒn |2 αn + 1
Temos assim dois espaços normados (R2 , |·|1 ) e (R2 , |·|2 ) com normas
não equivalentes, mas a dimensão não é finita.
2.3 Compacidade
Para obter sequências sem subsequência convergente.
Lema de Riesz
Seja X subespaço vetorial fechado do espaço normado (N, k·k). Então
para 0 < α < 1 existe y ∈ N \ X com kyk = 1 e inf∈X ky − k ≥ α.
Demonstração. Seja z ∈ N \ X e c = inf∈X kz − k. Temos c > 0 porque
X é fechado. Portanto, para cada d > c existe ∈ X com c ≤ kz− k ≤
z−
d e o vetor y = kz−k está em N \ X e kyk = 1. Mais ainda, para ∈ X
vale
1
c c
ky − k =
z − ( + ky − k · )
≥ ≥ .
kz − k kz − k d
7
Compacidade da bola fechada e dimensão
Teorema
A bola fechada B̄(0, 1) num espaço normado (N, k · k) é compacta se,
e só se, dim N < ∞.
Demonstração. Se dim N < ∞ já sabemos que B̄(0, 1) é compacta.
Se dim N = ∞, seja y1 ∈ N com ky1 k = 1. Pelo Lema de Riesz existe
y2 ∈ N com ky2 k = 1 e ky1 − y2 k ≥ 1/ 2 (faça α = 1/ 2 e X = K · y1 ).
Agora {y1 , y2 } é fechado pois tem dimensão finita (exercício!). No-
vamente o Lema de Riesz garante que existe y3 com ky3 k = 1 e
ky3 − y2 k ≥ 1/ 2 e ky3 − y1 k ≥ 1/ 2. Sucessivamente construimos
sequência (yk )k≥1 , kyk k = 1, ∀k ≥ 1 e ky − yj k ≥ 1/ 2, ∀ 6= j. Logo
B̄(0, 1) não é compacta pois (yk )k≥1 não tem subsequência conver-
gente.
3 Completamento
3.1 Isomorfismos
Isometrias/Isomorfismos entre espaços métricos/normados
Dois espaços métricos (X, d), (Y, D) são isométricos se existe trans-
formação L : X → Y tal que L é bijetiva e D(L(), L(y)) = d(, y), ∀, y ∈
X
Exercício
Todo espaço métrico isométrico a um espaço métrico completo é
também completo.
Dois espaços normados (N1 , k · k1 ), (N2 , k · k2 ) são isomorfos se
existe isometria linear e bijetiva κ : N1 → N2 (ou seja, κ( + αy) =
κ() + ακ(y) ∀, y ∈ X, ∀α ∈ K, e as distâncias são aquelas induzidas
pelas normas).
8
Seja X̄ família das sequências de Cauchy (n )n≥1 de elementos de
X com respeito à distância d com a relação
(n )n≥1 ∼ (yn )n≥1 ⇐⇒ lim d(n , yn ) = 0.
n→+∞
está bem definido para ̃, ỹ ∈ X̃, onde escolhemos para (n )n≥1 e
(yn )n≥1 dois quaisquer elementos das classes ̃ e ỹ, respectivamente
(exercício).
Vamos denotar por π : X̄ → X̃ a aplicação canônica tal que π() a
classe ∈ X̄. Definimos agora κ : X → κ(X) ⊂ X̃ por κ() = π(̄) onde
̄ é a sequência constante (, , , , . . . ) em X̄.
Então d̃(κ(), κ(y)) = d(, y) e temos uma isometria de X com a
imagem κ(X). Mais ainda, κ(X) é subconjunto denso de X̃.
Densidade
De fato, para cada ỹ ∈ X̃ e ϵ > 0, seja (ym )m≥1 um representante
da classe ỹ. Então d(ym , ym+k ) < ϵ para algum m = m(ϵ) ≥ 1 e todo
k ≥ 1. Portanto, ȳm é um representante da classe π(ym ) e vale
Completude
De fato, se ỹn ∈ X̃ é uma sequência de Cauchy em (X̃, d̃), para
cada n ≥ 1 escolhamos n ∈ X tal que d̃(ỹn , κ(n )) < 1/ n. Então para
n, m ≥ 1
d(n , m ) = d̃(κ(n ), κ(m ))
≤ d̃(κ(n ), ỹn ) + d̃(ỹn , ỹm ) + d̃(ỹm , κ(m ))
1 1
< + d̃(ỹn , ỹm ) +
n m
9
e portanto, dado ϵ > 0, existe N ≥ 1 tal que para n, m ≥ N vale
d(n , m ) < ϵ.
Então (n )n≥1 ∈ X̄ representa algum ̃ = π (n )n≥1 ∈ X̃ e
1
d̃(ỹn , ̃) ≤ d̃(ỹn , κ(n )) + d̃(κ(n ), ̃) < + lim d(n , m )
n m→+∞
Unicidade
Se existe outra isometria : (X, d) → (Z, D) com (X) denso no
espaço métrico completo (Z, D), então ◦ κ −1 : κ(X) → (X) é uma
isometria bijetiva.
Esta isometria se estende de maneira única a uma isome-
tria entre (X̃, d̃) e (Z, D). Tome, para qualquer ̃ ∈ X, sequência
n ∈ X tal que κ(n ) → ̃ em (X̃, d̃), que é uma sequência de Cauchy
em (X, d), e tomando o limite z da sequência de Cauchy (n ) em
(Z, d), definimos aplicação ̃ 7→ z.
Esta aplicação está bem definida (não depende da escolha da
sequência n ∈ X tal que κ(n ) → ̃), é injetiva e sobrejetiva (pode-
mos inverter a construção) e é a identidade restrita a κ(X). Portanto
é uma isometria pela continuidade da função distância. Isto termina
a prova do Teorema de Completamento.
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3.3 Exemplos
Alguns completamentos
1. Os números reais (R, | · |) são o completamento dos racionais
(Q, | · |) com a norma dada pelo módulo.
2. Seja p ∈ Z+ um número primo e defina o valor absoluto p-ádico
nos números racionais pelas propriedades:
1
|pn |p = pn
para n ≥ 1;
|m |
n p
= 1 para todos os m, n ∈ Z, n 6= 0 relativamente primos
com p.
Para este valor absoluto em Q vale a desigualdade triangular
forte: | + b|p ≤ mx(||p , |b|p ), ∀, b ∈ Q.
Obtemos assim o corpo Qp que é o completamento de
(Q, | · |p ).
Por um Teorema de Ostrowski (1916), existem apenas 3 classes
de valores absolutos em Q:
o valor absoluto trivial: em qualquer corpo podemos definir ||0 =
1 se 6= 0 e |0|0 = 0.
o valor absoluto real: || = se ≥ 0 e || = − se < 0.
o valor absoluto p-ádico para um número primo p.
Assim, os racionais podem ser completados usando um valor ab-
soluto de essencialmente três formas diferentes:
1. a trivial: neste caso d0 (, y) = | − y|0 é a métrica discreta e
sequências de Cauchy são finalmente constantes;
2. a usual, levando ao corpo dos números reais;
3. a p-ádica, levando a Qp .
Mostra-se que Qp é um corpo e é possível estudar Análise neste
corpo: continuidade, diferenciabilidade, funçoes analíticas com va-
lores em Qp etc.
Outros completamentos
Podemos obter (Rm , k · k2 ) como o completamento de (Qm , k · k2 ),
onde usamos a distância euclidiana usual.
Podemos construir o integral de Lebesgue num espaço de medida
via a extensão de um funcional linear definido num espaço de fun-
ções simples para seu completamento na norma do integral – veja
por exemplo
11
CASTRO, A. A. Curso de Teoria da Medida, Projeto Euclides, IMPA,
Rio de Janeiro, 2004.
Os espaços de Lebesgue
Podemos também mostrar que, para toda medida μ num espaço
de medida (X, A, μ), se tem que
Z
Lp (X, μ) = ƒ : X → K : |ƒ |p dμ < ∞
O espaço L e a seminorma k · k1
Seja (X, A, μ) um espaço de medida. O conjunto
Z
L(X, A, μ) = L(μ) = ƒ : (X, A) → R : |ƒ | dμ < ∞
O espaço L1
Para obtermos uma norma, vamos dizer que ƒ , g ∈ L(μ) são equi-
valentes se μ([ƒ 6= g]) = 0, isto é, se ƒ , g são igual em μ-qtp.. Deno-
tamos por [ƒ ] a classe de equivalência de ƒ por esta relação.
O espaço de Lebesgue L1 (μ) = L1 (X, A, μ) é o conjunto de todas as
classes de equivalência [ƒ ] de elementos de L(μ). Definimos k[ƒ ]k1
por kƒ k1 e obtemos que o espaço (L1 (μ), k · k1 ) é um espaço normado.
De fato, as operações no espaço vetorial são [λƒ ] = λ[ƒ ] e [ƒ +
g] = [ƒ ] + [g] para λ ∈ R, ƒ , g ∈ L(μ), com vetor nulo [0]. Portanto
a desigualdade triangular e a homogeneidade seguem como antes.
Mas agora k[ƒ ]k1 = 0 =⇒ ƒ = 0 , μ−qtp., logo [ƒ ] = [0].
12
O espaço L1 e as classes de equivalência
Nunca devemos esquecer que os elementos de L1 são real-
mente classes de equivalência!
Os espaços Lp
Analogamente ao caso L1 (μ), para 1 ≤ p < ∞ escrevemos
Z
Lp (μ) = Lp (X, A, μ) = ƒ : (X, A) → R, |ƒ |p dμ < ∞ / ∼
Os espaços ℓp
No caso particular X = N e μ = # medida de contagem, escreve-
mos ℓp para os correspondentes espaços que podem ser identificados
com
( )
X
ℓp = (n )n≥1 ⊂ R : |n |p < ∞
n≥1
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Desigualdade de Hölder
Lema (Desigualdade de Hölder)
Sejam ƒ ∈ Lp (μ), g ∈ Lq (μ) com p > 1 e p−1 + q−1 = 1. Então ƒ g ∈ L1 (μ)
e kƒ gk1 ≤ kƒ kp kgkq .
Os índices p, q como acima dizem-se “conjugados”.
Para provar, seja 0 < α < 1 fixado e φ(t) = αt − t α . Então φ0 (t) < 0
para 0 < t < 1 e φ0 (t) > 0 para t > 1. Portanto φ(t) ≥ φ(1) e φ(t) =
φ(1) = α − 1 se, e só se, t = 1. Portanto temos
t α ≤ αt + (1 − α), t ≥ 0.
Se , b ≥ 0, fazemos t = / b e multiplicamos por b, vem
α b1−α ≤ α + (1 − α)b
com igualdade se, e só se, = b.
14
Desigualdades de Cauchy-Bunyakovskii-Schwarz e Minkowski
portanto ƒ + h ∈ Lp (μ).
kƒ kp kƒ + hkp/
p
q
+ khkp kƒ + hkp/
p
q
= (kƒ kp + khkp )kƒ + hkp/
p
q
.
kƒ + hkp−p/
p
q
≤ kƒ kp + khkp e p − p/ q = 1
15
Completude: Teorema de Riesz-Fischer
Teorema
Se 1 ≤ p < ∞, então (Lp (μ), k · kp ) é espaço normado completo.
Isto nos fornece uma classe de exemplos muito útil.
É muitas vezes mais simples considerar propriedades e afirma-
ções no caso particular de ℓp para ganhar intuição do significado de
muitas noções em Análise Funcional.
e faça ess sp g = inf Sg (lembre que inf ∅ = +∞), o supremo es-
sencial de g.
Notemos que, por definição, se β = ess sp g, para cada n > 1
temos que μ([g > β + 1/ n]) = 0 e como [g > β] = ∪n [g > β + 1/ n],
então μ([g > β]) = 0, e β ∈ Sg .
Definição de L∞ (μ)
Podemos agora definir, para cada função ƒ : X → [−∞, +∞] A-
mensurável
kƒ k∞ = ess sp(|ƒ |)
O espaço ℓ∞
Existe um espaço de sequências com esta norma: se (n )n é
sequência em algum espaço normado (X, k · k), então definimos
16
e o espaço das sequências limitadas
17
Mau comportamentoR da integral de Riemann
Então, é claro que ƒn () d = 0 para todo n ≥ 1, portanto |ƒn −
ƒm | = |ƒn () − ƒm ()| d = 0, mas o limite
R
¨
1 se ∈ Q
lim ƒn () = ƒ () =
n→∞ 0 se ∈ R \ Q
4 Topologia e Álgebra
4.1 Topologias fracas
A topologia fraca. Espaços de Hilbert e operadores auto-
adjuntos.
Para contornar o problema posto pela não compacidade de B̄(0, 1),
redefiniremos a topologia de um espaço normado de maneira que sua
bola unitária no espaço dual seja compacta.
Isso é um dos tópicos principais deste curso, e deduziremos resul-
tados muito gerais para operadores lineares usando esta topologia.
Finalmente especializaremos os resultados nos espaços de Hilbert
(que são espaços de Banach com uma norma induzida por um pro-
duto interno) para operadores compactos e auto-adjuntos, e estuda-
remos seu espectro.
e ainda
18
para , y, z ∈ X, λ ∈ K = R ou C.
Se K = C diz-se que X é um álgebra complexa e, se existir uni-
dade ∈ X para esta multiplicação, então X vira um álgebra com-
plexa unitária.
Álgebras de Banach
Uma Álgebra de Banach é uma álgebra complexa X com norma
k · k tal que (X, k · k) é espaço de Banach e a norma tem uma boa
relação com a multiplicação:
Álgebras C∗
Existe também uma abstração da operação de conjugação dos
número complexos dentro de uma álgebra de Banach.
Bibliografia: livros-texto
19
Bibliografia: livros-texto
Bibliografia: livros-texto
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Lista de referências bibliográficas
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