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Caderno do Estudante

Uma parceria entre a


SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna

Ciências Humanas

Cultura, identidade e território

1º ano/4º bimestre
1º ano/4º bimestre
Caderno do Estudante
Uma parceria entre a
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna

Ciências Humanas
Cultura, identidade e território

Filosofia p. 03
Sumário

Geografia p. 10

História p. 16

Sociologia p. 27

Introdução

Caro(a) jovem,
Bem-vindo às aulas de Ciências Humanas. Neste Caderno do Estudante, você encontra as
orientações de aulas para o 4º bimestre do 1º ano do Ensino Médio. Este material tem o
objetivo de apoiar as atividades que serão propostas por seus professores.
Vamos lá?
Bom trabalho!

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 2


Filosofia
Ficha 1 – Retomada
1. Escreva algumas palavras-chave que retomem os assuntos trabalhados no componente
ao longo do 3º bimestre.

2. Escolha uma das palavras e, com a orientação do(a) professora(a), justifique sua escolha
e compartilhe com a turma.

3. Faça um primeiro exercício para construção de um mapa de palavras.

Para fazer um mapa de palavras

Podemos sintetizar um conteúdo e organizar as ideias de determinado assunto fazendo um


mapa de palavras. Existe mais de uma maneira de fazê-lo; a seguir, uma sugestão:

 Escreva uma lista de palavras-chave referentes ao assunto do qual fará o mapa.


 Você precisará de espaço na página, então posicione o caderno de lado (em formato de
paisagem).
 Escolha a palavra que considerar mais importante no contexto e escreva-a no centro do
seu mapa.
 Escolha outra palavra de sua lista que tenha relação com a palavra central do mapa;
pense na justificativa dessa relação.
 Escreva a segunda palavra ao redor da palavra central, não aproxime muito; desenhe
uma linha conectando-a com a palavra central.
 Repita o procedimento com uma terceira palavra.
 Mais uma vez: coloque em seu mapa uma quarta palavra, e assim por diante. Você não
precisa incluir no mapa todas as palavras de sua lista; o importante é que, no mapa, as
palavras estejam interligadas com sentido; assim, insira no mapa apenas as palavras
que fazem sentido e que você consegue justificar.
 É interessante que você consiga também desenhar linhas de ligação entre as palavras
e não apenas com a palavra central.
 As palavras, nesse tipo de mapa, não precisam ser complementares; ou seja, pode
haver palavras ligadas por linhas, mas que se contrapõem entre si.
 Você pode escrever ao lado das linhas outras palavras (não as da lista) que dão sentido
de ligação entre duas palavras do mapa. Essas novas palavras ajudam a justificar as
linhas e as ligações estabelecidas.

Seu mapa de palavras pode ser uma forma de estudar algum assunto e até mesmo
servir como esquema para a elaboração de um texto.

4. Com a mediação do professor, socialize e reconstrua, se necessário, seu mapa de


palavras.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 3


Filosofia
Ficha 2 – Doxa e episteme
Leia as imagens e elabore hipóteses acerca de suas mensagens:

Imagem 1

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em: bit.ly/protesto-1 Acesso: 22/05/2017

Imagem 2

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em https://bit.ly/protesto2 Acesso: 22/05/2017

Imagem 3

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/protesto3 Acesso: 22/05/2017

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 4


Filosofia
Ficha 3 – Doxa e episteme
Leia, com a mediação do professor, o fragmento do texto a seguir:

“[...] A opinião só pode ver as coisas sensíveis mergulhadas no devir — [...] o próprio agente
da opinião está mergulhado no processo de mudança constante do seu ser que o levará, em
última instância, a não mais ser —; a opinião só pode perceber as primeiras aparências. O
intelecto, ao contrário, tenta ver, para além das aparências e das mudanças, o que não muda,
portanto, o que é...”.1

1. Atividade individual:

a) De que trata o texto?

b) Consulte, no dicionário, o significado da palavra “devir”.

2. Atividade em dupla:

a) Segundo o texto acima, a “opinião” está relacionada à ideia de mudança, de inconstância,


enquanto o “intelecto” está ligado ao que permanece e, nesse sentido, ao que é verdade.
Procure justificar essa ideia com algum exemplo atual do seu cotidiano.

b) Com a mediação do professor, busque compreender a diferença entre doxa e episteme.

1Trecho retirado do texto “Doxa”, presente no E-Dicionário de Termos Literários de Carlos Ceia. Disponível em
bit.ly/descrição-doxa. Acesso: 11/04/2017

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Filosofia
Ficha 4 – Doxa e episteme
Leitura mediada pelo professor do texto “Doxa”, presente no E-Dicionário de Termos Literários
de Carlos Ceia.

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/descrição-doxa Acesso: 11/04/2017

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Filosofia
Ficha 5 – Avaliação – Doxa e episteme

1. Leia as Frases de sentido platônico:

“O mundo real é o mundo das ideias que contém as formas ideais de tudo”.

Nascemos com os conceitos O mundo “ilusório” em que vivemos –


dessas formas ideais na mente. o mundo dos sentidos – contém cópias
imperfeitas das formas ideais.

Reconhecemos as coisas no mundo, como os cães, porque reconhecemos que são


cópias imperfeitas dos conceitos em nossas mentes.

Tudo nesse mundo é uma “sombra” de sua forma ideal no mundo das ideias.

Representação de concepção platônica de verdade (o


mundo das ideias é o mundo real). Neste exemplo, os
cavalos que vemos na natureza não são os cavalos reais,
pois são diferentes entre si. O cavalo real é a ideia de
cavalo que temos na mente.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 7


2. Leia as frases de sentido aristotélico:

Vemos diferentes exemplos de cão no mundo à nossa volta.

Reconhecemos as características comuns dos cães no mundo.

Usando nossos sentidos e nossa razão, compreendemos o que torna um cão um


cão.

Encontramos a verdade a partir das evidências no mundo à nossa volta.

1. Em trio, crie um argumento a favor da concepção platônica de verdade.


2. Em trio, crie um argumento a favor da concepção aristotélica de verdade.
3. Podemos afirmar que há uma diferença epistemológica entre Platão e Aristóteles?
Justifique.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 8


Filosofia
Ficha 6 – Avaliação
Competências Desenvolvida Em qual Como evidenciamos
(sim ou não) atividade? que desenvolveu? Ou
porque afirmamos
que não?
AUTOCONHECIMENTO
(capacidade de usar o conhecimento de si, a
estabilidade emocional e a habilidade de interagir nas
tomadas de decisão, especialmente em situações de
estresse, críticas ou provocação).
COLABORAÇÃO
(capacidade de atuar em sinergia e responsabilidade
compartilhada, respeitando diferenças e decisões
comuns, adaptando-se a situações variadas).
RESPONSABILIDADE
(capacidade de agir de forma organizada,
perseverante e eficiente na busca de objetivos,
mesmo em situações adversas).
COMUNICAÇÃO
(capacidade de compreender e fazer-se compreender
em situações diversas, respeitando os valores e
atitudes dos envolvidos nas interações; capacidade de
utilizar criticamente as habilidades de leitura e
produção textual).
PENSAMENTO CRÍTICO
(capacidade de analisar ideias e fatos em
profundidade, investigando os elementos que os
constituem e as conexões entre eles, utilizando
conhecimentos prévios e formulando sínteses).
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
(capacidade de identificar problemas, desenvolver e
lançar mão de conhecimentos e estratégias diversas
para resolvê-los, bem como de aprender com o
processo, aplicando as soluções em outros
contextos).
CRIATIVIDADE
(capacidade de fazer novas conexões a partir de
conhecimentos prévios, de buscar soluções novas,
gerenciando variáveis aparentemente desconexas, de
dar saltos conceituais).
ABERTURA PARA O NOVO
(disposição para novas experiências; atitude curiosa,
investigativa e questionadora em relação à vida.
Envolve cultivar interesses e o desejo de aprender,
bem como a capacidade de crescer com as
diferenças, rejeitando rótulos e preconceitos).

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Geografia
Ficha 7 – “Esgotamento dos recursos naturais”
Acesse o texto “Esgotamento dos recursos naturais”, de Alessandro Greco e Denise Barros,
publicado no site da revista Super Interessante, e responda às questões a seguir:

a) Qual a relação entre este texto e as discussões realizadas em sala?


b) Segundo o texto, quais são as principais causas para o problema do esgotamento dos
recursos naturais?
c) Releia o trecho: “Ou seja: o homem criou uma necessidade, mas não sabe como supri-
la”. Explique esse trecho com as suas palavras e dê outros exemplos dessa contradição
que podem ser observados em seu dia a dia.

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/esgotamento-recursos. Acesso: 11/04/2017

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Geografia
Ficha 8 – Roteiro de trabalho em grupo
1. Leia o texto a seguir e responda às questões:

Potencialidades paisagísticas brasileiras

“Todos os que se iniciam no conhecimento das ciências da natureza – mais cedo ou mais
tarde, por um caminho ou por outro – atingem a ideia de que a paisagem é sempre uma
herança. Na verdade, ela é uma herança em todo o sentido da palavra... Num primeiro nível
de abordagem, poder-se-ia dizer que as paisagens têm sempre o caráter de heranças de
processos de atuação antiga, remodelados e modificados por processos de atuação recente.
[...] mais do que simples espaços territoriais, os povos herdaram paisagens e ecologias pelas
quais certamente são responsáveis ou deveriam ser responsáveis. Desde os mais altos
escalões do governo e da administração até o mais simples cidadão, todos têm uma parcela
de responsabilidade permanente, no sentido da utilização não predatória dessa herança única
que é a paisagem terrestre. Para tanto há que conhecer melhor as limitações de uso
específicas de cada tipo de espaço e de paisagem.”
Aziz AB’ Saber. Os domínios de natureza no Brasil – potencialidades paisagísticas. 7. ed. São
Paulo: Ateliê Editorial, 2012. p. 10.

a) Do que trata o texto?


b) Qual o sentido da palavra herança utilizada pelo autor Aziz Ab’Saber?
c) Segundo o autor, quem é responsável pela conservação do patrimônio natural?
d) Segundo o texto, o que é necessário para que ocorra essa conservação?

2. Acesse as charges indicadas nos links e, em seguida, responda à questão:

a) A partir dos seus hábitos diários na escola, descreva uma atitude ou exemplo que ajude na
conservação do meio ambiente e outra que o prejudique.

Charge – Mafalda

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Disponível em bit.ly/charge-mafalda . Acesso: 11/04/2017

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Charge – Calvin e Haroldo

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Disponível em bit.ly/calvin-e-haroldo . Acesso: 11/04/2017

3. Observe com atenção os dois mapas disponíveis nos links a seguir:

Mapa 1 – Índice de desenvolvimento humano (IDH)

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Disponível em bit.ly/mapa-idh . Acesso: 11/04/2017

Mapa 2 – Produção de lixo

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Disponível em http://bit.ly/mapa-lixo . Acesso: 11/04/2017

a) Escreva um pequeno texto relacionando as informações trazidas pelos dois mapas. Em


seu texto, deixe claro o que mostra cada um dos mapas (qual a informação, como ela é
representada, como o fenômeno se distribui no planeta) e o que eles revelam quando
comparados.

b) Explique, a partir de elementos discutidos nas aulas de Geografia, por que os fenômenos
representados se distribuem dessa forma.

c) Apresente uma solução para os problemas apresentados.

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Geografia
Ficha 9 – Desenvolvimento sustentável:
entenda esse conceito
Para ler o texto “Desenvolvimento sustentável: entenda esse conceito”, de Mariana Aprile,
publicado no site UOL Educação, acesse o link a seguir:

Desenvolvimento sustentável: entenda esse conceito, Mariana Aprile

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de QR-Code do seu celular!

Disponível em http://bit.ly/desenv-sustentavel . Acesso: 11/04/2017

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Geografia
Ficha 10 – Roteiro para escrita do texto-síntese
Durante as últimas aulas foram discutidos aspectos importantes relacionados ao impacto da
ação humana sobre os recursos naturais do planeta, além de terem sido lidos textos, mapas
e infográficos. Agora, a tarefa é produzir um texto que sintetize as discussões do bimestre.
Para isso, siga as orientações abaixo.

O texto deve:

- Ser digitado, com letra Verdana 13, espaçamento 1,5 e justificado;


- Conter uma imagem e um mapa para ilustrar seus argumentos. Ambos devem ter legenda e
fonte;
- Possuir um título;
- Conter um box informativo (pode estar em qualquer lugar do texto): trazer dados e
informações relevantes sobre uma das conferências em defesa do meio ambiente pesquisada
por você.

Estrutura do texto:

1º parágrafo – Introdução. Apresentar o problema da escassez dos recursos naturais nos dias
atuais (justificar com dados).

2º parágrafo – Relacionar o problema da escassez dos recursos com o nosso atual modelo
de desenvolvimento econômico.

3º parágrafo – Apresentar o conceito de desenvolvimento sustentável e suas principais


características.

4º parágrafo – Demonstrar formas de conciliar o desenvolvimento com a conservação dos


recursos, seja do ponto de vista do indivíduo, seja das conferências globais em defesa do
meio ambiente.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 14


Geografia
Ficha 11 – Roteiro de trabalho “Jornal do Futuro
Como proposta de trabalho final deste ano, é proposta a elaboração, em times, de um “Jornal
do Futuro”. Trata-se de elaborar a primeira página de um jornal fictício publicado no ano de
2217 com notícias sobre a situação do meio ambiente neste ano.

Para tanto, lembrem-se dos conteúdos estudados e de como a relação entre homem e meio
ambiente em diferentes tempos históricos tem se alterado. Usem o conhecimento adquirido
ao longo do ano e abusem da criatividade para projetar o cenário ambiental do futuro!

Vejam algumas orientações para este trabalho:

Vocês serão responsáveis por elaborar a primeira página de um jornal. Esta primeira página
deverá conter os seguintes campos obrigatórios:

 Nome do jornal
 Data de publicação
 Manchete principal com imagem e introdução do tema da reportagem
 Manchetes secundárias com breve resumo sobre as reportagens
 Seções extras: um “anúncio”, previsão do clima, uma breve entrevista, curiosidades,
uma “errata”...

Atenção: a reportagem completa não precisa ser escrita, apenas seus respectivos resumos.

Observem um jornal na biblioteca da escola e vejam como a primeira página é organizada.


Usem essa pesquisa como referência para o time.

O tema principal do jornal deve estar relacionado às questões ambientais. Tentem


imaginar como estarão os recursos naturais, o clima e a cooperação entre os países para
pensar soluções aos problemas da “época”. Vocês podem (e devem!) inventar dados, projetar
ações e novos problemas. Tomem cuidado, todavia, para não se afastarem das discussões
realizadas ao longo do bimestre!

No primeiro encontro, pensem na “linha editorial” do jornal, ou seja, quais serão os temas e a
abordagem do que será estampado na primeira página do periódico. Discutam também as
perspectivas para os próximos 200 anos em relação aos problemas ambientais. A partir daí,
dividam tarefas e produzam rascunhos das seções deste jornal. Não se esqueçam de pensar
no layout desta página: isto é muito importante para comunicar, de forma clara e objetiva, as
informações que vocês pretendem elaborar.

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História
Ficha 12 - Texto para leitura mediada
IDENTIDADE TERENA

“Durante muito tempo na minha vida, eu comecei a ter vergonha de mim mesmo, de minha
origem, das minhas tradições, do meu povo, até mesmo de meus pais. Mas depois eu aprendi
que sem eles eu nunca seria nada, eu nunca seria um branco, vamos dizer assim... um branco
no sentido de pessoa da cidade, porque eu nasci índio Terena, e também morrerei um Terena.
Então, com esses princípios, eu procurei trabalhar minha formação de código indígena. Ao
mesmo tempo, eu procurei mostrar para a sociedade envolvente que o fato, por exemplo, de
não estar com a orelha furada, de não estar usando o beiço de pau, de não estar usando
cabelo comprido, não significava que eu tinha deixado de ser índio, mas, sim, que as
características de meu povo eram um princípio próprio de meu povo, e que não me identifica
na minha pessoa aquela generalização de ser índio, uma coisa que na verdade não existe.
Então eu peço que os educadores, eles contribuam com a formação do respeito mútuo desde
as crianças. [...]”

TERENA, Marcos. Identidade Terena em contextos pluriculturais. In: GUSMÃO, Neusa


Maria Mendes de (Org.). Diversidade, cultura e educação: olhares cruzados. São Paulo:
Biruta, 2003. p. 84

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História
Ficha 13 – Texto constitucional
OS DIREITOS E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 19882


Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte


para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada
na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
(...)
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-
estar e a justiça sociais.
(...)
Seção II
DA CULTURA
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às
fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações
culturais.
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-
brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os
diferentes segmentos étnicos nacionais.
§ 3º - A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao
desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem
à: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 48, de 2005)

2 O texto da Constituição está disponível em bit.ly/constituicao_brasil . Acesso: 25/04/2017.

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II produção, promoção e difusão de bens culturais; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 48, de 2005)
III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas
dimensões; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
IV democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 48, de 2005)
V valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
48, de 2005)

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o
patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação
governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores
culturais.
§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
§ 5º - Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências
históricas dos antigos quilombos.
(...)

CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças
e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo
à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução
física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos
nelas existentes.
§ 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a
pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas, só pode ser efetivado com
autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes
assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre
elas, imprescritíveis.
§ 5º - É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, “ad referendum”
do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional,
garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 18


§ 6º - São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto
a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das
riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse
público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a
extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às
benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
§ 7º - Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.

Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar
em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os
atos do processo.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 19


História
Ficha 14 - Leitura mediada em duplas
Leia o trecho abaixo, retirado do texto “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América
Latina”, de Aníbal Quijano.

I. A América e o novo padrão de poder mundial

A América constitui-se como o primeiro espaço/tempo de um padrão de poder de vocação


mundial e, desse modo e por isso, como a primeira identidade da modernidade. Dois
processos históricos convergiram e se associaram na produção do referido espaço/tempo
e estabeleceram-se como os dois eixos fundamentais do novo padrão de poder. Por um
lado, a codificação das diferenças entre conquistadores e conquistados na ideia de raça,
ou seja, uma supostamente distinta estrutura biológica que situava a uns em situação
natural de inferioridade em relação a outros. Essa ideia foi assumida pelos conquistadores
como o principal elemento constitutivo, fundacional, das relações de dominação que a
conquista exigia. Nessas bases, consequentemente, foi classificada a população da
América, e mais tarde do mundo, nesse novo padrão de poder. Por outro lado, a
articulação de todas as formas históricas de controle do trabalho, de seus recursos e de
seus produtos, em torno do capital e do mercado mundial.

Raça, uma categoria mental da modernidade

A ideia de raça, em seu sentido moderno, não tem história conhecida antes da América
talvez se tenha originado como referência às diferenças fenotípicas entre conquistadores
e conquistados, mas o que importa é que desde muito cedo foi construída como
referências a supostas estruturas biológicas diferenciais entre esses grupos.

A formação de relações sociais fundadas nessa ideia produziu na América identidades


sociais historicamente novas: índios, negros e mestiços, e redefiniu outras. Assim, termos
com espanhol e português, e mais tarde europeu, que até então indicavam apenas
procedência geográfica ou país de origem, desde então adquiriram também, em relação
às novas identidades, uma conotação racial. E na medida em que as relações sociais que
se estavam configurando eram relações de dominação, tais identidades foram associadas
às hierarquias, lugares e papéis sociais correspondentes, com constitutivas delas, e,
consequentemente, ao padrão de dominação que se impunha. Em outras palavras, raça
e identidade racial foram estabelecidas como instrumentos de classificação social básica
da população.

Com o tempo, os colonizadores codificaram como cor os traços fenotípicos dos


colonizados e a assumiram como a característica emblemática da categoria racial. Essa
codificação foi inicialmente estabelecida, provavelmente, na área britânico-americana. Os
negros eram ali não apenas os explorados mais importantes, já que a parte principal da
economia dependia de seu trabalho. Era, sobretudo, a raça colonizada mais importante,
já que os índios não formavam parte dessa sociedade colonial. Em consequência, os
dominantes chamaram a si mesmos de brancos.

Na América, a ideia de raça foi uma maneira de outorgar legitimidade às relações de


dominação impostas pela conquista. A posterior constituição da Europa como nova
identidade depois da América e a expansão do colonialismo europeu ao resto do mundo
conduziram à elaboração da perspectiva eurocêntrica do conhecimento e com ela à

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 20


elaboração teórica da ideia de raça como naturalização dessas relações coloniais de
dominação entre europeus e não europeus. Historicamente, isso significou uma nova
maneira de legitimar as já antigas ideias e práticas de relações de
superioridade/inferioridade entre dominantes e dominados. Desde então demonstrou ser
o mais eficaz e durável instrumento de dominação social universal, pois dele passou a
depender outro igualmente universal, no entanto mais antigo, o intersexual ou de gênero:
os povos conquistados e dominados foram postos numa situação natural de inferioridade,
e consequentemente também seus traços fenotípicos, bem como suas descobertas
mentais e culturais.

Desse modo, raça converteu-se no primeiro critério fundamental para a distribuição da


população mundial nos níveis, lugares e papéis na estrutura de poder da nova sociedade.
Em outras palavras, no modo básico de classificação social universal da população
mundial.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. P. 117-118. Disponível


em: bit.ly/colonialidade-poder. Acesso: 11/04/2017.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 21


História
Ficha 15 - Música
Para conhecer a letra do samba “Cem anos de liberdade, realidade e ilusão”, acesse o link
abaixo.

Cem anos de liberdade

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/samba-enredo . Acesso: 11/04/2017.

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História
Ficha 16 – Texto Explicativo
Para ler o texto “PLANTATION, UM SISTEMA DE EXPLORAÇÃO COLONIAL”, de Tales dos
Santos Pinto, publicado no site Brasil Escola, acesse o link abaixo.

“PLANTATION, UM SISTEMA DE EXPLORAÇÃO COLONIAL”, Tales dos Santos Pinto

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/plantation-1. Acesso: 11/04/2017

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 23


História
Ficha 17 – Texto de Eduardo Galeano

PRIMEIRA PARTE: A POBREZA DO HOMEM COMO RESULTADO DA RIQUEZA DA


TERRA
FEBRE DE OURO, FEBRE DE PRATA. 3

O SIGNO DA CRUZ NOS CABOS DAS ESPADAS

Quando Cristóvão Colombo se lançou à travessia dos grandes espaços vazios a oeste da
Ecúmene, havia aceitado o desafio das lendas. Tempestades terríveis balançariam suas
naus, como se fossem cascas de nozes, e as arremessariam nas bocas dos monstros; a
grande serpente dos mares tenebrosos, faminta de carne humana, estaria à espreita. Só
faltavam mil anos para que os fogos purificadores do Juízo Final arrasassem o mundo,
como acreditavam os homens do século XV; o mundo era o mar Mediterrâneo com suas
costas ambíguas: Europa, África, Ásia. Os navegantes portugueses asseguravam que os
ventos do oeste traziam cadáveres estranhos e às vezes arrastavam troncos curiosamente
talhados, mas ninguém suspeitava que o mundo seria, logo, assombrosamente acrescido
por uma vasta terra nova.

A América não só carecia de nome. Os noruegueses não sabiam que a haviam descoberto
há muito tempo, e o próprio Colombo morreu, depois de suas viagens, ainda convencido
de que tinha chegado à Ásia pela rota do oeste. Em 1492, quando a bota espanhola pisou
pela primeira vez as areias das Bahamas, o almirante acreditou que estas ilhas eram uma
ponta da fabulosa ilha de Cipango: Japão. Colombo levava consigo um exemplar do livro
de Marco Polo, coberto de anotações às margens das páginas. Os habitantes de Cipango,
dizia Marco Polo, “possuem ouro em enorme abundância, e as minas onde o encontram
não se esgotam jamais... Também há nessa ilha pérolas do mais puro oriente em grande
quantidade. São rosadas, redondas e de grande tamanho e superam em valor as pérolas
brancas.” A riqueza de Cipango tinha chegado aos ouvidos do Gran Khan Kublai, tinha
despertado em seu peito o desejo de conquistá-la: ele tinha fracassado.

Das fulgurantes páginas de Marco Polo esvoaçavam todos os bens da criação; havia
quase treze mil ilhas no mar da Índia com montanhas de ouro e pérolas, e doze tipos de
especiarias em quantidades imensas, além da abundância da pimenta branca e preta. A
pimenta, o gengibre, o cravo, a noz-moscada e a canela eram tão cobiçados como o sal
para conservar a carne no inverno, sem que se apodrecesse ou perdesse o sabor.Os Reis
Católicos de Espanha decidiram financiar a aventura do acesso direto às fontes, para se
libertarem da onerosa cadeia de intermediários e revendedores que açambarcavam o
comércio das especiarias e plantas tropicais, as musselinas e as armas brancas,
provenientes de misteriosas regiões do oriente. O desejo de metais preciosos, meio de
pagamento para o tráfico comercial, impulsionou também a travessia dos mares malditos.
A Europa inteira necessitava de prata: os filões da Boémia, Saxônia e Tirol já estavam
quase exaustos.

A Espanha vivia o tempo da reconquista. 1492 não foi só o ano do descobrimento da


América, o novo mundo nascido do equívoco de consequências grandiosas. Foi também
o ano da recuperação de Granada. Fernando de Aragão e Isabel de Castela, superando

3 GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Paz e Terra. São Paulo-SP, 1980, pág. 11

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 24


com o casamento a perda de seus domínios, tomaram em começos de 1492 o último
reduto dos árabes em solo espanhol. Custara quase oito séculos recobrar o que se havia
perdido em sete anos,1 e a guerra de reconquista esgotara o tesouro real. Mas, esta era
uma guerra santa, a guerra cristã contra o Islã, e não é por acaso, além disso, que neste
mesmo ano de1492 cento e cinquenta mil judeus declarados foram expulsos do país. A
Espanha adquiria realidade como nação; levantando espadas cujas empunhaduras
desenhavam o sinal da cruz. A rainha Isabel fez-se madrinha da Santa Inquisição.

A façanha do descobrimento da América não podia explicar-se sem a tradição militar de


guerra de cruzadas que imperava na Castela medieval, e a Igreja não se fez de rogada
para dar caráter sagrado à conquista de terras incógnitas do outro lado do mar. O papa
Alexandre VI, que era espanhol, converteu a rainha Isabel em dona e senhora do Novo
Mundo. A expansão do reino de Castela ampliava o reino de Deus sobre a Terra. Três
anos depois do descobrimento, Cristóvão Colombo dirigiu pessoalmente a campanha
militar contra os indígenas da Ilha Dominicana. Um punhado de cavaleiros, duzentos
infantes e alguns cães especialmente adestrados para o ataque dizimaram os índios.
Mais de quinhentos, enviados à Espanha, foram vendidos como escravos em Sevilha e
morreram miseravelmente. Entretanto alguns teólogos protestaram e a escravização dos
índios foi formalmente proibida ao nascer do século XVI. Na realidade, não foi proibida,
mas abençoada: antes de cada entrada militar, os capitães de conquista deviam ler para
os índios, sem intérprete mas diante de um escrivão público, um extenso e retórico
requerimento que os exortava a se converterem à santa fé católica: “Senão o fizerdes, ou
nisto puserdes maliciosamente dilação, certifico-vos que com a ajuda de Deus eu entrarei
poderosamente contra vós e vos farei guerra por todas as partes e maneira que puder,
vos sujeitarei ao jugo e obediência da Igreja e de Sua Majestade e tomarei vossas
mulheres e filhos e vos farei escravos, e como tais vos venderei, e disporei de vós como
Sua Majestade mandar, e tomarei vossos bens e vos farei todos os males e danos que
puder...”

A América era o vasto império do diabo, de redenção impossível ou duvidosa, mas a


fanática missão contra a heresia dos nativos confundia-se com a febre que provocava, nas
hostes da conquista, o brilho dos tesouros do Novo Mundo. Bernal Díaz del Castillo, fiel
companheiro de Fernão Cortez na conquista do México, escreve que chegaram à América
“para servir a Deus e a Sua Majestade e também por haver riquezas”.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 25


História
Ficha 18 – Atividade Avaliação
Leia, com atenção, a reportagem “O rolezinho como revelador do racismo e de estigmas
eufemizados no cotidiano”. Grife as principais informações e, em seguida, escreva um texto
dissertativo relacionando a reportagem com os conceitos de memória, racismo, resistência
e estereótipos debatidos ao longo do bimestre.

Para ler o texto “O rolezinho como revelador do racismo e de estigmas eufemizados no


cotidiano”, de João Paulo Aprígio Moreira, Marcio Rogério Silva, Maria Chaves Jardim e Thais
Joi Martins, publicado no Le Monde Diplomatique, acesse o link abaixo.

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em: bit.ly/rolezinhoracismo. Acesso: 03/05/2017.

Um texto dissertativo deve conter:

a) Introdução: um parágrafo que contextualize o leitor e apresente o raciocínio que o autor


pretende desenvolver.

b) Desenvolvimento: onde o estudante deve apresentar suas referências e argumentos


problematizados ao longo das aulas. (Máximo 2 parágrafos)

c) Conclusão: um paragrafo que conclua os argumentos e retome a introdução.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 26


Sociologia
Ficha 19 – Política de cotas raciais
Muitas vezes há polêmicas em relação às políticas públicas e aos direitos conquistados pelos
cidadãos. Por isso, o debate é importante: para que possamos desenvolver argumentos e nos
posicionar acerca de determinado assunto.

a) Você já ouviu falar sobre o direito das cotas raciais e sociais?

b) Observe as quatro imagens e manchetes disponíveis nos links a seguir. Com base nelas,
discuta e registre: o que elas dizem a respeito das cotas?

c) Respondam se vocês são: a) a favor das cotas, b) em termos (contra ou favor), c) contra.
Justifiquem as suas posições.

Imagem 1

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/imagem-cotas . Acesso: 11/04/2017

Imagem 2

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/imagem2-cotas . Acesso: 11/04/2017

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 27


Imagem 3

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/imagem3-cotas . Acesso: 11/04/2017

Imagem 4

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/imagem4-cotas . Acesso: 11/04/2017

Para saber mais, leia o texto “Lei das Cotas revolucionará acesso da população excluída a
universidade”, publicado no site Pragmatismo Político. Disponível em: http://bit.ly/lei-cotas .
Acesso: 11/04/2017

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 28


Sociologia
Ficha 20 – Diferentes posições sobre a política de
cotas raciais
Leia as entrevistas disponíveis nos links abaixo e descubra o que pensam Frei David e
Demétrio Magnoli sobre as políticas de cotas raciais.

Entrevista com Frei David, publicada na página Congresso em Foco.

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/frei-david . Acesso: 11/04/2017

Entrevista com Demétrio Magnoli

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/demetrio-magnoli. Acesso: 11/04/2017

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 29


Sociologia
Ficha 21 – Diferentes posições sobre a política de
cotas raciais
1. Em times, leiam o quadro abaixo:

Gênero textual entrevista jornalística

Sua finalidade é informar o público a respeito da posição de uma pessoa sobre determinado
assunto ou fato de interesse na atualidade. Importante lembrar que o entrevistador, embora
não deva fazer juízo de valor em seus comentários, não é neutro. Há sempre uma
intencionalidade nas perguntas e nos comentários; por isso, deve-se estar atento, não apenas
ao entrevistado, mas também a quem elaborou a entrevista e ao órgão que a publicou.

2. Escrevam o que entenderam sobre o gênero textual entrevista jornalística.

3. Leiam e analisem a entrevista designada para o time. Registrem esse processo de acordo
com as orientações abaixo.

REGISTREM:

a. Instituição responsável pela publicação da entrevista.


b. Data em que foi publicada
c. Quem faz a entrevista
d. Que são os entrevistados (procurem na internet mais informações sobre os entrevistados)
e. Analisem o título da entrevista. O que ele revela?
f. Destaquem os argumentos do entrevistado. Em que são fundamentadas as suas posições?
Justifiquem a resposta com trechos da entrevista.

Para socializar a leitura:

1. Para socializar as leituras das entrevistas, organizem, com o seu professor, as carteiras em
“U”.

2. Iniciem com a apresentação dos entrevistados, a instituição que publicou a entrevista e a data
em que foi publicada.

3. Apresentem e discutam as posições dos entrevistados e as argumentações de cada um.

4. Registrem o percurso da discussão.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 30


Para saber mais sobre a política de cotas raciais, leia a notícia “Pelo Sisu, USP terá
225 vagas em cota para pretos, pardos e indígenas”, de Ana Carolina Moreno,
publicada no portal G1.

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Disponível em: bit.ly/vagas-cotas . Acesso: 11/04/2017

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 31


Sociologia
Ficha 22 – Diferentes posições sobre a política de
cotas raciais
AVALIAÇÃO MODELO

Em duplas, leiam o texto do link a seguir, conforme procedimentos de leitura trabalhados.

Perguntas frequentes sobre o sistema de cotas – Ministério da Educação

Acesse o link a partir do leitor


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Disponível em bit.ly/perguntas-cotas . Acesso: 11/04/2017

1. Façam um mapa de palavras para extrair as ideias principais do texto e sua sequência
lógica.

2. Selecionem um aspecto que considerem mais significativo da Lei nº 12.711/2012.

3. Produza um texto de opinião para discutir a política de cotas raciais. Sigam as orientações
abaixo:

4. Faça um plano de texto.

 Introdução – apresentação do foco do texto (a posição da dupla sobre a política de


cotas raciais)
 Desenvolvimento - apresentação dos argumentos (concordam; não concordam;
ponderam). Para sustentação dos argumentos, recorram aos estudos realizados sobre a
política de cotas raciais: e registros das entrevistas de Frei Davi e Demétrio Magnoli.
Retomem as anotações das discussões em sala de aula.
 Conclusão – retomada do foco do texto (introdução) e, com base no desenvolvimento
do argumento, fechar a posição da dupla que escreve o texto.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 32


Sociologia
Ficha 23 – Desigualdades de várias ordens
Brasil, país das desigualdades?4

O tema das desigualdades sociais deu origem à sociologia. Esta sem dúvida uma afirmação
forte. Será que é consistente? (... ) O pensador que ficou mais famoso por tratar da questão,
e ao qual ela é sempre associada, é sem dúvida Karl Marx (1818-1883). Seu emprenho em
entender as causas da desigualdade social levou-o propor um modelo de sociedade no qual
as distâncias entre as pessoas não existissem mas e as carências da maioria não fossem tão
brutais. Marx conhecia a opinião de outro grande pensador do século XVIII chamado Jean-
Jacques Rousseau (1712-1778), que atribuía à instituição da propriedade privada a
responsabilidade pelo mal que se seguiu na história da humanidade: crimes, guerras, mortes,
misérias e horrores. A tese de Rousseau era que os homens nasciam iguais, mas eram postos
em situações de desigualdade na convivência com os outros.

O conceito de desigualdade sempre teve como par contrastante o de igualdade. Seria essa a
solução para os problemas que a situação de desigualdade social cria para a vida das
pessoas. Mas a este altura você já aprendeu que as respostas que a sociologia dá aos
problemas com os quais se defronta não são consensuais. Olhando para o mesmo fenômeno,
os teóricos deram respostas e sugestões não só distintas, como frequentemente
controversas. (...)

Cada dimensão do mundo social onde desigualdade está presente ajuda a fortalecer as
desigualdades de outros campos. Por essa razão se diz que as desigualdades se reforçam e
geral situações muito complexas. No mercado de trabalho brasileiro, as mulheres negras e
com baixa escolaridade formam um grupo que recebe os menores salários. Juntas, as
desigualdades de sexo, cor e instrução estão associadas à desigualdade de renda. É isso que
faz que esse grupo seja um dos mais suscetíveis à exclusão social no Brasil. E isso também
nos mostra como é difícil quebrar o círculo viciosos das desigualdades.

As desigualdades são conjuntos de processos e experiências sociais que fazem que alguns
indivíduos ou grupos tenham vantagens sobre outros. Existem muitas situações que nos
ajudam a compreender como alguns segmentos sociais são beneficiados no acesso aos bens
da civilização (educação, saúde, moradia, consumo, arte, esportes etc.). (...)

No Brasil as desigualdades são muitas. Um número expressivo de cientistas sociais tem


investido em pesquisas para apurar essas desigualdades no interior dos diferentes grupos e
na relação de um grupo com outro. Será que no interior dos grupos e das classes, distribuídos
em seus lugares específicos na estrutura social, homens e mulheres têm acesso semelhante
às oportunidades oferecidas? Há diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho,
por exemplo? Ou, pensando nas etnias, os diversos tipos brasileiros classificados por cor –
brancos, pretos e pardos – recebem tratamento semelhante ou se beneficiam das mesmas
chances?

4BOMENY, H, MEDEIROS, B. (Coords.). Tempos modernos, tempos de Sociologia. São Paulo: Editora do Brasil,
2010. p. 192-194

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 33


Sociologia
Ficha 24 – Desigualdades de várias ordens
Leiam a matéria jornalística “Mulher negra é a maior vítima da desigualdade, diz estudo”, de
Rosanne D'Agostino, publicada no UOL Notícias.

“Mulher negra é a maior vítima da desigualdade, diz estudo”

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/mulher-desigualdade . Acesso: 11/04/2017

Para compreender:

“A leitura de gráficos e tabelas pressupõe não apenas o conhecimento matemático para


ler números, mas também a capacidade de fazer uso das informações numéricas para
interpretar fenômenos sociais. Em um gráfico pode ficar mais evidente a tendência de
crescimento ou descenso de uma atividade econômica, da densidade populacional ou
ainda de aspectos relacionados à vida social. Vale lembrar que os jornais e outros meios
de comunicação frequentemente usam tabelas e gráficos para formular explicações sobre
fenômenos da vida social. Pode-se estimular o uso dessas informações e refletir sobre seu
significado”.

MONTELLATO, A.; CABRINI, C.; CATELLI. R. História MP, Projeto Velear. São Paulo: Ed.
Scipione, 2013. p. 205-6

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 34


Sociologia
Ficha 25 – Desigualdades de várias ordens
1. Leia o texto, utilizando os procedimentos de leitura estudados com o(a) professor(a).

Todos iguais ou muito diferentes?5

O tema da discriminação racial, ou da desigualdade social provocada pro cor da pele ou


por etnia é permanente nos estudos sociológicos. Que oportunidades são estimuladas ou
interditadas às pessoas por elas terem cor diferente da considerada branca? Em uma
competição, em condições semelhantes de qualificação e preparo, quem tem mais chance
de ganhar, uma pessoa negra ou uma branca? Pesa mais a cor ou a condição social? O
maior problema dos negros está na aparência física ou na pobreza e na carência de
oportunidades que sua posição social determina? O Brasil é um país racista ou, como
apostou um famoso sociólogo brasileiro, Gilberto Freyre, é um país onde etnias muito
distintas encontraram uma forma de convivência pacífica? A paz se dá porque aqui “o negro
conhece o seu lugar” ou porque é da índole cultural brasileira propiciar a mescla entre etnias
distintas? O que pesa mais, cor ou posição social? Um preto rico vira branco? Um branco
pobre vira preto? (...)

(...) Reconhecer que os pretos e pardos estão em posição de inferioridade não fez os
sociólogos interpretassem o problema da mesma maneira. Gilberto Freyre, por exemplo,
defendia a ideia de que no Brasil a população foi perdendo a divisão nítida entre cores pela
mistura, pela miscigenação. Aqui as raças teriam se fundido numa única comunidade
religiosa e emocional. Para outros, como Florestan Fernandes, o preconceito de raça seria
uma consequência da posição de classe que o contingente de pretos e pardos da população
brasileira ocupou em consequência da escravidão: “as deformações introduzidas em suas
pessoas pela escravidão limitavam sua capacidade de ajustamento à vida urbana, sob
regime capitalista, impedindo-os de tirar algum proveito relevante e duradouro, em escala
grupal, das oportunidades novas”. Para Florestan Fernandes, portanto, o problema tinha
origem na ordem econômica, e não cultural ou social. Resolvido o problema de classe ou
de condição social, estaria resolvido o problema da discriminação.

Em 1979, mais um sociólogo dedicou-se ao tema. Trata-se de Carlos Hasenbalg, que então
publicou Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. Segundo ele, a cor importa muito
quando se está diante de uma escolha entre pessoas de cores diferentes; em todos os
planos, da economia, da educação e da hierarquia social, os não brancos são
desfavorecidos. Vê-se desde já que Hasenbalg está entre os autores que discordam da
tese de Gilberto Freyre, de que a “morenização” do Brasil seria resultado da harmonia das
relações inter-raciais. O termo impreciso “moreno” sugere que as classificações raciais
teriam pouca importância no Brasil, que as cores das pessoas não importariam tanto no dia
a dia de suas vidas e de suas relações sociais. Mas os efeitos da discriminação aparecem
em situações muito concretas. As pesquisas têm mostrado sistematicamente que as
oportunidades educacionais são mais limitadas para os não brancos do que para os
brancos: que os ganhos com os trabalhos de brancos ou não brancos são remunerados
diferentemente: que na escola social entramos as posições de maior prestígio ocupadas
por brancos em detrimento de não brancos, e assim sucessivamente.
5 NOGUEIRA, O. Tanto preto quanto branco: estudo de relações raciais. São Paulo: T.A. Queiroz, 1985. In
BOMENY, H, MEDEIROS, B. (Coords.). Tempos modernos, tempos de Sociologia, de São Paulo: Editora do
Brasil, 2010. P.196

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 35


Aprendemos assim que as explicações são distintas. Carlos Hasenbalg não concorda que
o problema da raça possa ser reduzido a um problema econômico de classe. Insiste que o
racismo seja entendido como uma atribuição social que não é exclusiva da escravidão.
Afirma que o capitalismo não redime o preconceito, mesmo não havendo mais escravidão
como regime de trabalho. Suas pesquisas mostraram que, na sociedade competitiva, o
racismo e as desigualdades permaneceram e, em muitos casos, se agravaram. Os não
brancos entram na competição menos aparelhados devido às diferenças de instrução, de
posição social e de renda. E a cor pesará, positiva ou negativamente.

Por fim, mais um sociólogo trouxe uma sugestão importante para o debate sobre racismo e
preconceito no Brasil. Para tratar do preconceito racial, Oracy Nogueira (1917-1996) buscou
comparar o Brasil e os Estados Unidos. Essa é uma comparação sempre lembrada, e
muitos de nossos intelectuais tentaram aproximar as experiências das duas nações, em
muitos aspectos semelhantes. O que se passa no Brasil pode ser comparado ao que
acontece nos Estados Unidos? Os negros aqui e lá enfrentaram situações semelhantes?
Como se dá a discriminação aqui e lá?

Preto na pele ou preto no sangue?

Oracy Nogueira não desconhecia nem discordava dos estudos que já mencionamos, mas
se esforçou para compreender outro aspecto: qual é o estado das relações entre os
componentes brancos e de cor, independentemente do grau de mestiçagem, da população
brasileira. Foi para isso que estabeleceu a comparação com os Estados Unidos. E o que
mais o impressionou foi a referência constante ao preconceito, em todos os estudos sobre
a situação racial. Qualquer que fosse o local da pesquisa, qualquer que fosse o tratamento
dado pelos pesquisadores às informações, em qualquer das teorias, o preconceito era
sempre mencionado. Era como se falar da questão racial fosse, necessariamente, falar de
preconceito. Foi nesse ponto que ele encontrou os conceitos que traduziriam a diferença
entre a situação brasileira e a norte-americana.

Nos Estados Unidos, a relação inter-racial chegou a extremos que não registramos no
Brasil. (...) Embora o Brasil também vivesse uma situação de discriminação e de preconceito
contra os negros, não havia aqui uma separação radical e legalmente garantida como na
experiência norte-americana. Nas décadas de 1950 e 1960, os americanos viveram uma
luta aberta em torno da convivência entre negros e brancos.

(...) Enquanto a questão racial voltava a sacudir os Estados Unidos em meados do século
XX, no Brasil, dizia Oracy Nogueira, tudo se disfarçava: “A tendência do intelectual brasileiro
– geralmente branco – a negar ou subestimar o preconceito, tal como corre no Brasil, e a
incapacidade do observador norte-americano em percebê-lo estão em contradição com a
impressão generalizada da própria população de cor do país”. O brasileiro seria o que ele
chamou de preconceito de marca; o norte-americano seria um preconceito de origem.

Preconceito de Marca e Preconceito de Origem

Considera-se como preconceito racial uma disposição (ou atitude) desfavorável,


culturalmente condicionada, em relação aos membros de uma população, aos quais se têm
como estigmatizados, seja devido à aparência, seja devido a toda ou parte da ascendência
étnica que se lhes atribui ou reconhece. Quando o preconceito de raça se exerce em relação
à aparência, isto é, quando toma por pretexto para as sua manifestações os traços físicos
do indivíduo, a fisionomia, os gestos, o sotaque, diz-se que é de marca: quando basta a

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 36


suposição de que o indivíduo descende de certo grupo étnico para que sofra as
consequências do preconceito, diz-se que é de origem.

2. Faça uma tabela para destacar as posições dos sociólogos Florestan Fernandes, Gilberto
Freyre, Carlos Hasenbalg, Oracy Nogueira sobre a discriminação racial.
Exemplo:

DISCRIMINAÇÃO RACIAL
Florestan
Gilberto Freyre Carlos Hasenbalg Oracy Nogueira
Fernandes

3. Analise o gráfico “Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por
cor ou raça, segundo as Grandes Regiões (2010)”.

Para realizar a análise do gráfico, veja o exemplo no texto “Mulher negra é a maior vítima de
desigualdade”.

“Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor ou raça,
segundo as Grandes Regiões (2010)”, disponível na página 6 do link a seguir:

Acesse o link a partir do leitor


de QR-Code do seu celular!

Disponível em bit.ly/ibge-analfabetismo. Acesso: 11/04/2017

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 37


Sociologia
Ficha 26 – Desigualdades de várias ordens
1. Escolha a alternativa correta e justifique a resposta com base nas diferentes posições dos
sociólogos Florestan Fernandes, Gilberto Freyre, Carlos Hasembalg e Oracy Nogueira.

Questão 54 do ENEM – 2004

A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes:


I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de novembro, ao invés da
tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que
hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social.
II. II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta
convivência harmoniosa entre as diversas etnias.

Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:

Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida
possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra.
Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela
cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o.
(Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)

[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração
das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco
numerosos os segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar, efetivamente,
na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)

Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto


aproximar

a) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes.


b) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II.
c) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II.
d) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes.
e) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes.

Disponível em bit.ly/enem-2004. Acesso: 11/04/2017.

Caderno do Estudante – Ciências Humanas – 1ºano/4º bimestre 38

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