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Como manejar o craving e os gatilhos para fumar: Prevenindo lapsos & recaídas 04/06/2019 05*21

Como manejar o craving e os gatilhos para fumar


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1. Prevenindo lapsos & recaídas

É possível prever e prevenir situações de Lapsos & Recaídas?

“Não importa o quanto se sinta em posição desfavorável;

não se desencoraje; não tenha medo; não se desespere.”

Helen Adams Keller (1880-1968), escritora.

Entende-se por lapso o uso de substância em pequena intensidade (ex. fumar um cigarro do maço do amigo), enquanto
recaída é o retorno ao padrão de uso anterior a abstinência (ex. retomar o uso de 1 maço de cigarro por dia como antes
da parada). O lapso é como uma encruzilhada: a pessoa pode seguir para uma interrupção do uso e, com isso, aumentar
sua autoeficácia, ou retornar para o padrão de uso anterior. O craving é fator de risco para ambos.

O craving ou fissura pode ser definido formalmente como um pensamento relativo ao desejo subjetivo pela experiência
geradora dos efeitos ou consequências do uso de substâncias. Na prática, os pacientes referem o craving como um
desejo intenso de uso da substância. Por vezes tão intenso que pode aparecer associado com sintomas autonômicos
como salivação, boca seca, aumento da frequência cardíaca, cólica abdominal. Determinantes internos ou externos,
como por exemplo, sentir-se triste ou estar com amigos que fumam, respectivamente, podem desencadear o craving
(gatilhos).

Um gatilho ou acionador é um estímulo que se associa, de forma repetitiva, com a antecipação do uso ou
preparação para ele, formando associações comportamentais. Estes estímulos podem ser:

Pessoas, coisas, lugares, horários do dia relacionados ao uso (socio-ambientais)


Lembranças, imagens cerebrais
Estados emocionais

Uma importante parte do tratamento envolve coletar informações relacionadas ao craving:

Identificar os gatilhos
Avaliar o grau de exposição atual aos gatilhos
Identificar as habilidades já desenvolvidas para enfrentar os gatilhos
Lidar com os gatilhos de um modo diferente, construindo estratégias de enfrentamento

Durante o ciclo de dependência, os gatilhos, pensamentos e o craving (urgência, ânsia por fumar) podem ocorrer
simultaneamente, de forma que para o paciente percebê-los pode ser necessário treinamento pelo profissional de
saúde. A sequência usual é:

Gatilhos → Pensamentos → Forte Desejo (craving) → Uso

Entre as estratégias para manejo do craving:

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Evitar locais, pessoas e ocasiões relacionados ao fumar, pelo menos no início, enquanto não se tem habilidades de
enfrentamento consolidadas
Esperar passar o craving. Ele é um estado transitório que, muitas vezes, pode durar alguns minutos, enquanto o
retorno ao padrão anterior pode demorar muito mais que isso, por vezes, a vida toda
Respiração diafragmática
Distração
Substituição por imagem positiva
Substituição por imagem negativa (consequências imediatas ou daqui a alguns anos)
Cartões lembretes com frases de incentivo e pensamentos mais racionais e realistas(frutos da reestruturação
cognitiva)
Beber ou comer algo alternativo e pouco calórico
Banho de 20 minutos
Contactar com amigo ou uma pessoa que já passou por isso e está em abstinência
Questionar os pensamentos automáticos frutos de crenças permissivas e expectativas positivas do uso

Transtornos psiquiátricos devem estar compensados ou em acompanhamento para que a pessoa consiga ter
autoeficácia no manejo do craving.

A depressão é uma das causas principais de recaída, sendo muitas vezes mascarada pelo tabaco. Por outro lado, os
efeitos do uso da drogas ou da abstinência podem mimetizar sintomas psiquiátricos.

Especificamente com relação ao fumo, podemos avaliar com o paciente a viabilidade das seguintes estratégias
substitutivas:

Situação relacionada a fumar Estratégia comportamental

Fumar logo após despertar Escovar os dentes e tomar banho

Tomar café Substituir por café com leite, chás, sucos

Após as refeições Dar uma volta; escovar os dentes; chupar


uma bala

Ao telefonar Rabiscar o papel enquanto fala

Botar algo na boca Substituir o cigarro por tiras de cenoura


crocante

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Outras orientações que ajudam os futuros não-fumantes são:

Evitar os colegas fumangtes ou pedir que não fumem na sua frente e que não o ofereçam cigarro
Avisar que parou de fumar (há pacientes que preferem não contar para não serem cobrados e recaírem pela irritação
decorrente disso)
Preferir áreas para não fumantes e evitar fumódromos
Não permitir que fumem em sua casa, carro ou local de trabalho
Estimular parentes ou amigos a pararem de fumar
Fazer uso de água, bala, goma ou pastilha de nicotina, como soluções de alívio para a fissura ou para saciar o
estímulo oral antes preenchido pelo cigarro
Buscar atividades manuais: artesanatos e trabalhos caseiros
Praticar exercícios físicos
Incluir na rotina diária atividades prazerosas ou lúdicas

A proibição de propaganda do cigarro e a lei dos ambientes livres do tabaco favorecem a diminuição da exposição do
ex-fumante a esses estímulos, facilitando assim a manutenção da abstinência. O profissional deve abordar os aspectos
socio-ambientais, comportamentais e emocionais e orientar o fumante a estar atento para percebê-los desde o início do
tratamento.

Sempre é útil reforçar que há uma “memória de fumar” e que ela pode ser ativada na primeira tragada, mesmo depois
de muito tempo abstinente. Se mesmo assim, o paciente apresentar um lapso ou recaída, sugerimos a abordagem:

“Tudo bem, só recai quem caminha e para. Quem se motivou a fazer a tentativa e conseguiu. Agora, conte-me o
que aconteceu...”

Além disso, é importante que:

Incentivemos o paciente a continuar o projeto de parar de fumar


Esclarecer o episódio como situação indesejável mas que faz parte com a metáfora da bicicleta: é preciso se
aventurar e, por vezes, caímos. Mas com a prática, aprendemos cada vez mais até que dominamos a habilidade de
andar bicicleta.
Usar o episódio de uso como experiência para prevenção de recaída (“O que podemos aprender com isso?)

Com base nessas técnicas de manejo, as sessões de manutenção quinzenais e mensais são estruturadas:

O nº de sessões quinzenais ideal são 4 até completar 12 semanas de tratamento.

5ª-6ª Sessões: abstinência recente, avaliar COex na 6ª sessão, discutir as questões que o paciente traz, realçar
benefícios iniciais, não pesar, ensinar técnicas respiratórias para combater o estresse e os gatilhos mais frequentes.

7ª-8ª Sessões: rever os mesmos tópicos do primeiro mês sem fumar, revisão ou solicitação de exames/resultados,
avaliar COex e peso (ver exercícios e dieta). Avaliar possível extensão do tempo de tratamento. Avaliar lapsos.

4º - 6º mês – Sessões Mensais: rever os mesmos tópicos do último mês, checar algum resultado de exame, peso,
COex, reforçar os novos ganhos físicos e econômicos. Manter acompanhamento presencial até 6º mês pelo menos.

7º - 12º mês – Sessões Bi/Trimensais: rever os mesmos tópicos do 6º mês e convidar para dar depoimento em algum
grupo, chamar para a entrega do certificado 1 ano sem fumar.

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sessões/consultas no tratamento ▶︎

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