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Resumo

Este trabalho tem como finalidade entender umas das teorias arqueológicas que teve
sua eclosão na década de 1960, aonde seus organizadores não viam contemplação das
teorias arqueológicas advindas do eixo algo-americanas nos contextos de seus países,
marcados pelo colonialismo das potências europeias. A Arqueologia Social Latino
Americana (ASLA), consolidada no livro: Arqueologia como Ciência Social de
Guilhermo Lumbreras, nasce em meio a uma onda de ditaduras militares por todo
América Central/Latina.

O trabalho percorre a literatura de quatro autores defensores dessa corrente


arqueológica: Guilhermo Lumbreras, Luis Felipe Bate, E. Vargas e + 1 autor. Tentando
criar base para o entendimento dessa teoria arqueológica diante de cada ponto de vista
desses autores, para que possamos entender qual o alcance e importância que essa teoria
pode trazer para países com um processo histórico diferente do mundo ocidental.

Objetivos:

Para a maior compreensão da corrente desenvolvida nas décadas de 1960 e 1970,


produzida por arqueólogos habitantes de países da América Latina, aonde se criou e
denominou como Arqueologia Social.

O trabalho tem como objetivo propor uma análise de quatro autores, defensores
da corrente arqueológica social. Autores esses que tiveram papel de destaque na
disseminação das ideias embrionárias que dão corpo a essa teoria. Assim analisaremos
como se estrutura a Arqueologia Social para esses autores a partir de conceitos
arbitrariamente pré-definidos, delimitando uma discussão entre os quatro autores - L. G.
Lumbreras, L. F. Bate, Iraida Vargas e Mario Sonoja – para compreensão dessa corrente
arqueológica.

Com isso os objetivos a serem alcançados no trabalho envolvem alguns termos


utilizados por esses autores para compreensão de como o seu objeto de estudos – a
sociedade – se comporta, quais caminhos a arqueologia deve tomar para compreender
historicidade social. Isso nos leva a três objetivos específicos para a melhor compreensão
da Arqueologia social para esses autores.
Analisar como o conceito de cultura está definido por cada auto e como os mesmos
trabalham esse conceito para a compreensão social.

Como eles delimitam e manipulam os conceitos de materialidade, restos materiais


e vestígios matérias.

E identificar a utilização dos conceitos de dialética, complexidade e de totalidade,


presentes em cada autor. Assim analisaremos o papel do objeto de estudo desses autores,
a sociedade, em seus mais diversos aspectos trabalho.

Justificativa:

Qual é o papel social do arqueólogo? Como a arqueologia ajuda na compreensão


nas nossas escolhas sociais futuras? Existe a possibilidade de uma ciência apolítica?

Na história da Ciência, nos defrontamos com o esforço defendido para manter a


neutralidade política científica, defendida no passado. O que se deixou de pensar, por
parte dos cientistas, é como os representantes da sociedade iriam se utilizar dos trabalhos
produzidos?

Como a história nos mostra muito se utilizou desses estudos científicos para dar
base aos pensamentos políticos; por exemplo, o arqueólogo, Gustaf Kossinna (1911) que
como outros cientistas alemães tiveram seus trabalhos utilizados como escopo científico
para a construção do estado totalitário, liderado por Adolf Hitler.

“ O motivo pelo qual talvez seja prudente duvidar do


julgamento político cientista enquanto cientista não é, em primeiro
lugar, a sua falta de “Caráter” – o fato de não se terem recusado a
criar armas atômicas – nem a sua ingenuidade – o fato de não terem
compreendido que, uma vez criadas tais armas, eles seriam os
últimos a ser consultados quanto ao seu emprego (...)” (Arendt,
2002, pág. 12)
Nos defrontemos com a questão política brasileira, e pensemos como a
arqueologia contribui para as questões políticas passadas, presentes e como contribuirá
nas futuras? Traremos agora para a discussão de: como ajudamos, nós arqueólogos, a
sociedade brasileira a discutir (refletir) sobre os mais de trezentos anos de exploração
colonial e as mazelas deixadas pelo sistema escravista, que dizimou negros e índios?
Como nós contribuímos para que essa estrutura social verticalizada, arraigada na
desigualdade, se perpetuasse por anos? E como ajudaremos a superá-la?

As questões políticas, não só brasileiras, mas mundiais se perpassam pelo fato da


pouca compreensão dos fatos históricos ocorridos. Fernand Braudel entre outros
historiadores como Hobsbawm, tinham em mente essa questão histórica de como o
passado pode iluminar as decisões futuras, aprender com as escolhas que culminaram nas
ações do presente. E essa intenção de conscientizar as sociedades das escolhas feitas no
passado é que nos leva a reflexão de qual abordagem queremos nos projetar. E por que a
arqueologia não pode fazer esse papel de reconstruir a história em prol de uma sociedade
mais igualitária?

A arqueologia brasileira, tem seu começo “cientificista” com a chegada das


missões francesas e norte americana, na década de 1950 e 1960.

A missão francesa, capitaneada pelo casal Joseph e Annette Laming-Emperaire,


vieram ao Brasil para estudar a pré-história brasileira – pelo fato da pré-história francesa
já estar em ponto de “esgotamento” no velho continente – a partir das artes rupestres como
evidência da cultura humana. O casal francês trazendo o pensamento teórico de Levis-
Straus, Marcel Maus e Leroi- Gourhan. (Funari, Pág. 1), não só trabalharam em
escavações como também formaram arqueólogos brasileiros.

Financiados pela Simthsonian Institution (EUA) e pelo CNPQ (Brasil), o casal


Betty Meggers e Clifford Evans chega ao Brasil para liderar o Programa Nacional de
Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA), expedição que tinha como finalidade o
mapeamento sistemático dos dados arqueológicos presentes em território brasileiro,
possibilitando entender a variabilidade cultural presente em nosso país. Dados esses, que
contribuiriam para uma discussão já proposta por Betty Meggers que havia percorrido
alguns países da América do Sul e Central para uma melhor compreensão da
disseminação do homem no continente americano. A Nova Arqueologia ou Arqueologia
Processual, criada nos EUA na década 1960, tem como objetivo dotar a arqueologia de
um caráter científico. Essa corrente teórica é em contrapartida ao posicionamento dos
arqueólogos histórico-culturalista, defendendo que por trás dessa materialidade deixada
por esses seres humanos passados, há leis gerais e comportamentos implícitos
impregnados que os regiam. Essa amalgama teórica que chega com o casal norte
americano que não só estudou o território brasileiro como um todo, mas também formou
uma nova geração arqueológica que tinha como estandarte os princípios teóricos da
Arqueologia Processual.

A metodologia defendida não só pelo casal, mas também pela nova geração de
arqueólogos brasileiros, tinha como paradigma a metodologia de seriação Ford, proposto
por James Ford, para entender o contexto cronológico de um determinado sítio
arqueológico, tendo como amostra um material específico, que no caso de James foi a
cerâmica do território norte-americano. James Ford ao analisar o material cerâmico
depositado em cada camada geológica, notou que esse material remetia a uma cronologia
específica, onde seu grau de decoração (adorno) demonstrava o patamar de complexidade
(fase) que essa sociedade alcançou. Assim, o que estava mais superficial – o começo da
escavação arqueológica – a fase final evolutiva dessa sociedade e o fim da escavação seria
o seu começo.

“ Apesar de implícitas em vários aspectos importantes, as


classificações de cerâmica de James Ford para o sudeste dos Estado
Unidos constituem alguns dos melhores exemplos de classificação
orientada para um problema. Sua única preocupação era classificar
a cerâmica com o fim de construir cronologias mediante o uso do
método de seriação. [...] apenas as combinações de modos que
apresentavam distribuições curtas eram apropriadas. Suas opções
eram estilísticas. “ (Dunnell, 2007, pág. 209)

Essa metodologia advinda dos estudos de James Ford e trazida ao Brasil pela
expedição do casal norte-americano, foi explorada para entender a variabilidade cultural
presente no território brasileiro. Essa seriação permitiu que o material cerâmico – a
condição da maior parte dos solos brasileiros preserva essa espécie de material – fosse
analisado a partir de suas características estilísticas e pudessem ser caracterizadas as fases
e tradições – pelo cruzamento dos dados obtidos em campo, com outras escavações de
mesma visão teórica - indígenas presentes no Brasil. O que possibilitou o entendimento
da distribuição/disseminação das tradições indígenas em nosso território brasileiro.

O que se tem no Brasil, após a chegada desses dois casais, é o “inicio” de uma
arqueologia brasileira cientificista. O que presenciamos na arqueologia presente é a
continuidade nessa importação teórica tanto das potências europeias (Inglaterra/França)
quanto dos EUA. Por mais que após o Processualismo vieram outras correntes teóricas,
suas ideias ainda são vigentes no Brasil, com uma roupagem mais atual. As duas escolas
– americana e francesa – se misturam no decorrer do desenvolvimento da arqueologia
brasileira se adequando as necessidades arqueológicas do país, como defende Ondemar
Dias em uma entrevista.

” essa metodologia mesclada (cabocla) desenvolvida e


adotada pelo IAB, se desenvolveu no seio do PRONAPA e daí se
expandiu, acabando por misturar com sucesso as duas propostas.
Certamente que muitos outros procederam da mesma forma, mas o
depoimento se baseia naquilo que construímos ao longo dos anos,
acumulando experiência. “ (NETO. 2014, pág.8)

A década de 1960 foi o começo de uma arqueologia científica, “pondo em


obsolescência” a corrente teórica Histórico-Culturalista, duramente criticada por sua falta
de cientificidade e sua preocupação em somente descrever os materiais arqueológicos e
seu caráter particularista histórico.

“ Mucho se ha hablado y escrito en foros, seminarios,


simposia y otros, y en la literatura arqueológica de los últimos veinte
años, acerca de la importancia de definir lo que los autores han
denominado una teoría arqueológica, en un intento por confirmar el
carácter científico de la disciplina. ” (Vargas, 1986, pág. 5)

Assim, como exposto acima, o Processualismo ou Nova Arqueologia procurou


firmar a arqueologia como ciência, propondo, como Binford defende que a arqueologia é
uma ciência social e os arqueólogos devem ter como objeto de estudo os processos sociais
e que estes são regidos por leis – leis estas que são cognoscíveis – e que se a arqueologia
é uma ciência seus métodos devem ser explícitos.

No Brasil, a Nova Arqueologia foi muito utilizada com o programa citado acima
– PRONAPA – e outros trabalhos que vieram após essa grande expedição formadora
norte-americana, como exemplo o PRONAPABA, projeto que estendeu os postulados do
programa anterior para a bacia amazônica. Dando continuidade teórica ao que havia sido
disseminado pelo casal norte-americano.

Porém, em alguns países da América do Sul - como Peru, Chile, Venezuela e


México - questões levantadas sobre os métodos propostos pela Arqueologia Processual
foram postas em dúvida por parte de um grupo de arqueólogos, alegando a falta de
compromisso com o contexto histórico formador, desses países, marcados pela
exploração colonial de seus respectivos Estado-Nação.

“ De uma forma ou de outra, a experiência colonial durante


séculos sob controle ibérico e outras potências europeias criou um
modo particular de olhar não somente para o mundo, mas,
sobretudo, para seu próprio relacionamento na América Latina e na
ordem global. “ (BENAVIDES, 2011, pág. 3)

Em resposta à teoria Processual estadunidense, nasce a corrente teórica,


denominada Arqueologia Social.

“ Acá represento a una propuesta que se ha desarrollado


paralelamente a la "nueva arqueología" y que, si tiene algún mérito,
es que ha surgido originalmente como respuesta a la problemática
de la investigación arqueológica en "Sub América", es decir, del río
Bravo al sur. Que no es un recetario traducido de las lenguas de los
centros hegemónicos de dominación ideológica, política y
económica a los que se subordinan nuestros países. “ (BATE, 2000,
Pág. 22-23)

Que inicia seus postulados na década de 1960 e tem seu ponto chave com o livro,
Arqueologia como Ciencia Social de Lumbreras na década de 1970. A falta de
compatibilidade da Nova arqueologia nos contextos histórico desses países “periféricos”
dão base para a criação dessa nova vertente que denuncia a falta de compromisso com os
contextos dos países de terceiro mundo. “ Para la mayoría -que éramos pocos- se trataba
de una búsqueda de coherencia entre el compromiso político con la sociedad en que
vivimos y nuestro quehacer professional (...) “ (BATE, 2008). As teorias advindas das
economias mundo para países terceiro mundistas, era na visão desses autores, uma forma
de adequação e complementação com a história já produzida.

“ Con esa columna europea y la evidencia etnografica


oceanica y americana, se escribio la historia "universal", desde los
origenes del ser humano hasta nuestros dias, es decir, desde
nosotros, los primitivos contemporaneos, hasta los civilizados
europeos contemporaneos. “ (LUMBRERAS, 2006, pág.11)

Se o Processualismo procurava entender a variabilidade cultural, a Arqueologia


Social estava interessada em reconstruir o desenvolvimento das sociedades antigas,
estudar seus processos de transformação e entender como culminaram nas sociedades
presentes.

Una de ellas dice, por ejemplo, que la arqueología es una


ciencia social que explica fenómenos culturales ahistóricos y, en
consecuencia, debe basarse en la teoría general de la antropología
para lograr sus interpretaciones, definida ésta como la ciencia que
estudia la variabilidad cultural. Por otro lado, otra corriente de
pensamiento define también la arqueología como una ciencia social,
pero establece como su objetivo - al igual que el de otras ciencias
sociales - explicar los distintos aspectos que caracterizan al
desarrollo de la sociedade (VARGAS, 1986, Pág.5-6)

A reconstrução das sociedades antigas se dá pelos restos materiais culturais que


exprimem uma série de atividades humanas que transformam a natureza - por meio do
trabalho – para as suas necessidades “(...) las actividades de los hombres sólo pueden ser
entendidas en relación al trabajo. Los hombres para subsistir necesitan trabajar, es decir,
realizar actividades productivas aprendidas socialmente (...)” (VARGAS, 1986, Pág.8).
Cada momento histórico preserva uma determinada gama de material cultural que
remeteria em um determinado momento histórico e uma relação de trabalho específica,
segundo os arqueólogos sociais.
O ponto de vista proposto pela Arqueologia Social, é tão sutil e ao mesmo tempo
tão devastador que uma leviana reflexão torna essa corrente teórica banal.
O ponto que devemos observar é que a Arqueologia Processual ou Nova
Arqueologia promoveu um salto para a superação descritiva Histórico-Culturalista,
arraigando seu pensamento no idealismo filosófico, defensor dá máxima: que verdade só
existe se pudermos conhece-la. Portanto, todo seu corpo metodológico precisa corroborar
com sua teoria do conhecimento. O que explicaria o alento dos defensores da Nova
Arqueologia em se unir ao pensamento Antropológico. Assim o “ir mais para lá” da
materialidade estaria garantido, a Arqueologia estudaria a materialidade cultural e a
Antropologia daria as bases para entender como essa materialidade se comporta inserida
em uma determinada sociedade.
A Arqueologia Social ao contrária do que foi exposto acima, se solidifica como
teoria sobre o materialismo, teoria do pensamento (epistemologia) que prega: a realidade
existe independente do homem a conhecer ou não. Juntamente com o historicismo outro
pilar do pensamento arqueológico social, traçam um escopo teórico para entender a
sociedade.
Os arqueólogos sociais assim defendem que a arqueologia é uma ciência social,
capaz de compreender a história dessas sociedades a partir dos dados arqueológicos, esses
dados arqueológicos não estão restritos ao mero discurso cultural e sim uma Formação
econômica social, em termos materialista-histórico.
A Arqueologia Social como teoria para a compreensão das sociedades passadas
que culminaram na qual nos encontramos hoje, nos possibilita compreender os problemas
que estamos emergidos socialmente.
A crise identitária que vivenciamos atualmente no Brasil acarreta uma série de
problemas sociais que não apresentam nenhuma forma de superação. Como os
arqueólogos sociais defendiam/defendem que a disseminação da história de uma
sociedade ajudaria superar a desigualdade que os países latinos americanos estão
submergidos.
A proposta deste futuro trabalho é reconciliar a arqueologia brasileira com o
pensamento latino americano. Produzir um pensamento crítico acerca das condições em
que nossa sociedade está exposta. Retomar a história das minorias suprimidas pelo
pensamento predominante burguês na manutenção do status quo.
A compreensão dessa Arqueologia Social, se perpassa por vários autores e muitos
deles a uma certa divergência na construção desse pensamento teórico. Com isso o
trabalho analisará a proposta de quatro autores – Guilhermo Lumbreras, Luis Filipe Bate,
Iraida Vargas Arenas e Mario Sonoja – para uma Arqueologia Social na América Latina.
Com isso um dos objetivos almejados por esse trabalho é compreender como os
autores define e se utilizam do conceito de cultura em seus trabalhos.
Outro ponto a ser abordado na discussão entre os autores é de qual o alcance
possível que cada autor consegue chegar a partir da materialidade. E como eles se utilizam
dos termos como: restos materiais, materialidade e vestígios materiais.
O objeto de estudo da arqueologia social é a sociedade, entender como cada autor
define o que é sociedade e como ela está intrínseca em cada termo utilizado e que o
trabalho se propõe a analisar.

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