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A DINÂMICA DA TRANSFERÊNCIA/1912
A atuação da transferência e a sua relação com as forças que lhe dão causa.
Neurose: conceito freudiano, a partir de 1893, empregado para designar uma doença
nervosa cujos sintomas simbolizam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil.
Divisão da neurose:
Histeria e neurose obsessiva e neurose atual (neurose de angústia e a
neurastenia);
Divisão da psiconeurose:
Neurose de transferência e neurose narcísica.
A causa da oposição entre neurose e psicose:
A resposta do neurótico e a do psicótico originadas da clivagem do Ego
Na neurose, há um conflito entre o Ego e o Id e a coabitação de uma atitude que
contraria a exigência pulsional com outra que leva em conta a realidade;
Na psicose, há uma perturbação entre o Ego e a realidade exterior traduzida
na produção de uma realidade delirante e alucinatória — a loucura.
Modelo clássico freudiano — a estrutura tripartite psíquica na clínica
psicanalítica:
Neurose: efeito de um conflito com recalque;
Psicose: reconstrução de uma realidade alucinatória;
Perversão: renegação da castração, com uma fixação na sexualidade
infantil.
Mecanismos de defesa da Neurose, Psicose e da Perversão,
respectivamente:
Recalque: designa o processo que visa a manter no inconsciente todas as
ideias e representações ligadas às pulsões e cuja realização, produtora de
prazer, afetaria o equilíbrio do funcionamento psicológico do indivíduo,
transformando-se em fonte de desprazer. Freud considera o recalque o núcleo
constitutivo original do inconsciente. No Brasil também se usa
“recalcamento”.
Forclusão: Jacques Lacan o forjou para designar um mecanismo específico
da psicose, através do qual se produz a rejeição de um significante
fundamental para fora do universo simbólico do sujeito. Não é integrado no
inconsciente, como no recalque, e retorna sob forma alucinatória no real do
sujeito. No Brasil também se usam “forclusão”, “repúdio”, “rejeição” e
“preclusão”.
Denegação: mecanismo através do qual o sujeito exprime negativamente
um desejo ou uma ideia cuja presença ou existência ele recalca. No Brasil,
também se usam “negação” e “negativa”. Na perspectiva freudiana, a
denegação é diferente da renegação.
Associação livre:
Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que
ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado [palavra, número, imagem
de um sonho, qualquer representação], quer de forma espontânea.
Sobre o termo livre:
Mesmo a partir de um elemento dado (palavra indutora ou um elemento do sonho)
pode- se considerar “livre” o desenrolar das associações, na medida em que esse
desenrolar não é orientado e controlado por uma intenção seletiva.
Essa “liberdade” acentua-se no caso de não ser fornecido qualquer ponto de partida
(a regra fundamental). O processo de associação livre é constitutivo da técnica
psicanalítica.)
Na verdade, não se deve tomar liberdade no sentido de uma indeterminação: a
regra de associação livre visa em primeiro lugar eliminar a seleção voluntária dos
pensamentos, ou seja, segundo os termos da primeira tópica freudiana, pôr fora de
jogo a segunda censura (entre o consciente e o pré-consciente). Revela assim as
defesas inconscientes, quer dizer, a ação da primeira censura (entre o pré-
consciente e o inconsciente).
A traição das Imagens