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boletim ABNT, v. 12, n. 144, Mar/Abr 2015 CRISE HÍDRICA: UMA REALIDADE BRASILEIRA
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EDITORIAL
ÁGUA: fonte da vida
Sabemos que a água é um recurso essencial à vida.
Nossa dependência vai além das necessidades biológicas:
precisamos dela para limpar nossas casas, lavar nossas
roupas, irrigar plantações, gerar energia e outras utilida-
des. Sem contar que nossa saúde depende fundamental-
mente da qualidade da água que consumimos.
A eficiência do abastecimento e a gestão da infraestru-
tura hídrica englobam poder público, empreendedores, e
usuários de água em geral, desde a sua captação até o seu
uso e disposição final.
Uma vez que já existem ferramentas e tecnologia para
a obtenção de eficiência hídrica devemos aplicá-las, en-
tretanto é fato que precisamos repensar nosso compor-
tamento social e culturalmente arraigados para reduzir o
consumo, reciclar, reutilizar, e abolir o desperdício.
A normalização busca, cada vez mais, desenvolver
normas que proporcionam qualidade e segurança para os
recursos naturais através do conhecimento de centenas de
especialistas apresentado pelos países membros da ISO e
outras organizações que trabalham com a norma ISO.
E a ABNT disponibiliza em seu acervo um conjunto Ricardo Fragoso
de normas que estabelecem critérios para a qualidade da
diretor-geral
água, e para o consumo mais sustentável, como a nor-
ma para reutilização da água para fins não potáveis. Essa
é uma forma simples de preservação desse patrimônio
mundial, pois as pequenas ações de economia, quando
somadas, geram grandes resultados.

EDITO
Neste momento crítico de crise hídrica, nada melhor
do que ficar atento para evitar o desperdício. Utilize a
água com mais parcimônia e inteligência!

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 3

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Conselho Deliberativo - Presidente: Dr. Pedro Buzatto Costa
Vice-Presidente: Dr. Pierangelo Rossetti
São Membros Natos: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério do Desenvolvimento, Indús-
tria e Comércio Exterior, Ministério da Defesa. Sócios Mantenedores: Associação Brasileira de Cimento
Portland (ABCP), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Confederação Nacional da In-
dústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Petróleo Brasileiro S/A (Pe-
trobras), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Siemens Ltda., Sindicato
da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (Sinaees), Sindicato
da Indústria de Máquinas (Sindimaq), WEG Equipamentos Elétricos S/A. Sócio Contribuinte: Associação
Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), Associação Brasileira da Indústria de Máqui-
nas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associa-
ção Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA), Schneider Electric Brasil, Instituto Aço Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon/SP).
Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia e Arquitetura Ltda. Sócio Colaborador:
Mario William Esper. Conselho Técnico – Presidente: Haroldo Mattos de Lemos. Comitês Brasileiros: Co-
mitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-04), Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), Comitê Brasileiro
Odonto-médico-hospitalar (ABNT/CB-26).

CONSELHO FISCAL
Presidente: Nelson Carneiro

6
São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Associação Brasileira da
Indústria Óptica (Abióptica). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit)
/ Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar

CONSELHO TÉCNICO:
Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

DIRETORIA EXECUTIVA:
Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso/ Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior/
Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone/ Diretor Adjunto de Certificação - Antonio Carlos
Barros de Oliveira/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira

ESCRITÓRIOS:
Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Tele-
fone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua
Conselheiro Nebias, 1131 – Campos Elíseos – 01203-002 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017-3600
– Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007
– 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento.
bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone:
(61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins,
1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento. pr@abnt.org.br) – Rio

12
Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone:
(51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@abnt.org.br) – Bahia: Av.
Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedade – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799
(atendimento.ba@abnt.org.br)

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:


Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares/
Publicidade: imprensa@abnt.org.br / Jornalistas responsáveis: Monalisa Zia (MTB 50.448) e Priscila
Souza (MTB 69.096) / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia e Priscila Souza / Colaboração:
Oficina da Palavra / Assessoria de Imprensa: Approach Comunicação Integrada. Boletim ABNT: Mar/Abr
2015 – Volume 12 – Nº144 / Periodicidade: Bimestral / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Dídio Art &
Design (comunicacao@didionet.com.br) / Impressão: Mais Type.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:


www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3660 – Fax: (11) 3017-3633

International International Comisión Asociación


Organization Electrotechnical Panamericana de Mercosur de
Standardization Commission Normas Técnicas Normatización

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Sumario_144.indd 4 07/04/2015 17:03:33
Ab

38 42
6 e o e t e em ee e o e

10 ei

12 e o e e lo

22 i e i m e li eb ilei

34 A li o o o mi e em t

36 e te ABNT

38 e o e ime to

39 e ti i

42 el o e t

22
42 No o io

40 e olo e e o i i

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 5

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Sucesso entre
EMPREENDEDORES

Em seu esforço permanente para disseminar a normalização téc-


nica aos mais diversos segmentos da sociedade, a Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (ABNT) começou bem a sua participação
no circuito de feiras e eventos setoriais de 2015. Na Feira do Em-
preendedor de São Paulo, realizada nos dias 7 a 10 de fevereiro no
Pavilhão Anhembi, seu estande foi visitado por 1.800 pessoas.
A Feira do Empreendedor é uma iniciativa do Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na qual os visitan-
tes têm a oportunidade de receber consultorias individuais e coleti-
vas sobre abertura e manutenção de um negócio próprio, participar
de palestras e conhecer tendências, entre outras informações.

6 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

Feiras_materia.indd 6 07/04/2015 17:04:38


Parceira do Sebrae por meio de convênio que
possibilita o acesso às normas técnicas para em-
preendedores dos mais diversos setores, a ABNT
ainda atraiu cerca de 120 participantes em duas
palestras, nos dias 7 e 9 de fevereiro, com o tema
“Normas Técnicas: Competitividade para seu Ne-
gócio”. Ambas foram ministradas pelo coordena-
dor do Centro de Informação Tecnológica e para
Negócios (CIT), Rafael Sorrija, e pelo gerente de
Articulação Nacional, Roberto Silva Santos.
A ABNT também marcou presença na Feira ABNT i t i e
Internacional de Revestimentos, a Expo Revestir
2015, que aconteceu nos dias 3 a 6 de março, no
e ti i te em
Transamérica Expo Center, em São Paulo. Promo- le t o i
vido pela Associação Nacional dos Fabricantes de
Cerâmica para Revestimento (Anfacer) com apoio e e e e ei o om o
da ApexBrasil, o evento chegou à sua 13ª edição,
considerada a melhor de todos os tempos, rece-
tem No m T i
bendo mais de 60 mil visitantes em busca de novi- om etiti i e
dades em soluções e acabamentos. No seu estande,
a ABNT fez cerca de 500 atendimentos. e Ne io

As feiras de negócios têm sido um importante


canal para a ABNT divulgar seus produtos e ser-
viços. Além de apresentar as normas técnicas ao
público, também distribui em seu estande boletins,
gibis e folders sobre cursos e oferece informações
sobre os sistemas ABNTColeção e ABNTCatálogo.
A Gerência de Articulação Nacional da ABNT
ainda participou de dois eventos, em janeiro:
no dia 6, a cerimônia de transmissão do cargo à
nova secretária do Meio Ambiente do Estado de
São Paulo, Patrícia Iglecias Lemos; e no dia 9, a
cerimônia de posse do secretário de Estado de Sa-
neamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga;
do superintendente do Departamento de Energia
Elétrica (DAEE), Ricardo Borsari, e do presidente
da Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman.  O gerente
Roberto Silva Santos representou o presidente e
demais diretores da ABNT.

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Dia do consumidor 15 de Março
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s normas técnicas são uma poderosa arma para o consumidor lutar por seus
direitos. o esta elecer padr es reguladores capa es de garantir a ualidade
de produtos industriais a racionali ação da produção e processos entre outros
aspectos a normali ação tam ém contri ui para ue fornecedores adotem oas
práticas e dessa forma evitem pre uí os para os consumidores.

conscienti ação de todas as partes envolvidas produtores comerciantes rgãos


de governo entidades de defesa entretanto é o elemento fundamental para
ue ano a ano os direitos do consumidor se consolidem. Entre lutas e vit rias o
dia de março será sempre um motivo para comemoração. está sempre
presente no seu dia a dia visando a ualidade e o em-estar dos consumidores.
i ue atento aos produtos ue voc consome. eli dia do Consumidor

c lo e ol - 1 111 013 - culos


para proteção solar filtros para proteção solar
aneta e erogr ca - 16108 01 eca ore - 6033 - - 3 -- - Se-
para uso geral e filtros para o servação direta
- Caneta esferográfica gel e roller - Comprimen- gurança de aparel os eletrodomésticos e simila-
ao sol esta elece as características físicas me-
to de escrita - étodo de ensaio esta elece o res - parte - e uisitos particulares para apa-
c nicas pticas etc. para culos de proteção
método de ensaio para a determinação do com- rel os para cuidados da pele ou ca elo trata da
solar filtros de proteção solar com poder ptico
primento da escria e seus modos de fal a para segurança de aparel os para cuidados da pele
nominal nulo ue não se am lentes para culos
canetas esferográficas roller gel e outras ue ou ca elo de pessoas ou animais e destinados
corretivos e ue se destinem a proteger contra
utili am esfera como sistema de desposição da para utli ação doméstica e prop sitos similares
radiação solar para uso geral para fins sociais e
tinta carregáveis ou não carregáveis para uso cu a tensão nominal não se a superior a v.
domésticos entre os uais transitar e dirigir.
geral.

oia ol ea a a o ro - 1 876 010 alto - 1 1 01 - Construção


aman o e an i - 160 8 01
- oias fol eadas a ouro - Classificação do re- inferior do calçado - Saltos - eterminação da
- ersão corrigida - oias - aman os de
vestimento de ouro especifica a uantidade resist ncia ao arrancamento de pregos e para-
anéis - Classificação esta elece a classificação
de ouro puro a ser aplicada nos revestimentos fusos.
das medidas utili adas para a aferição de anéis
de oias fol eadas e pressas em milésimos de
para fins de oal eria.

ço
uilogramas.

www.abnt.org.br

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17:05:17
FEIRAS FEIRAS
TECNOMULTIMEDIA INFOCOMM BRASIL –
FEIRA INTERNACIONAL DE SISTEMAS
AUDIOVISUAL, DOMÓTICA, SINAL DIGITAL E
COMUNICAÇÃO CORPORATIVA
e m io
Local: o lo o ibitio o e tio e te
FEIRA + FÓRUM HOSPITALAR
o o i o mi te m o lo
22ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos,
Mais informações: te om ltime i om b
Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios,
Farmácias, Clínicas e Consultórios.
EXPOSEC – FEIRA INTERNACIONAL DE
e m io e
Local: o e te No te o lo
SEGURANÇA
Mais informações: o it l om e m io
Local: o lo o ibitio o e tio e te
o o i o mi te m o lo
APOIOS Mais informações: e o e tm b

TISSUE WORLD SÃO PAULO


2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL SOBRE RUÍDO,
Categoria: Indústria de Papel e Celulose.
VIBRAÇÃO E PERTURBAÇÃO SONORA
e m io e
e b il e e Local: T m i o e te
e b il e NA i te io l A io ill Bo o i e to
o ie ti o ob e o o Am o o lo
Local: m i i l e o lo l o Nob e Mais informações: ti e o l om o lo
e i e te o o B il it A
l io A iet i to e Bel i t
o lo
Mais informações: o e e i i o om b

8ª EDIÇÃO FELOC EXPO RENTAL 2015 E


EVENTO SIMULTÂNEO:
8ª Edição do ALUGAR BRASIL, Encontro Brasileiro
de Locadores de Equipamentos.
e e m io e
Local: T otel o e tio Atib i
o o i om e o m i Atib i
Mais informações: le o b

FEIRA
FEIPLASTIC
Feira Internacional do Plástico
e io e
Local: il o e o i e o A embi
A l o o to o lo
Mais informações: ei l ti om b

10 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

Feiras_02.indd 10 07/04/2015 17:09:39


14º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
IMPERMEABILIZAÇÃO
e o e
Realização: IBI – Instituto Brasileiro de
Impermeabilização
Local: oA A
io o lo
Mais informações: ibib il o b

FORN&CER
8º Encontro Internacional de Fornecedores,
Cerâmica e Mineração
e o e
Local: e e A A e o N
t e t e t el
o o i i to m
Mais informações: e om b ot ite
o e e

ROOFING EXPO BRASIL 2015


11ª EDIÇÃO REDES SUBTERRÂNEAS DE Feira Internacional de Telhados, Coberturas e
ENERGIA ELÉTRICA/2015 Impermeabilização
4ª EDIÇÃO DO ILUMEXPO/2015 - 4ª e o e
EXPOSIÇÃO E FÓRUM DE GESTÃO DE Local: T m i o e te
ILUMINAÇÃO PÚBLICA A io ill Bo o i e to
e o e Am o o lo
Local: e t o e o e e ei e Mais informações: oo i e ob il om b
Mais informações: mb il om b
BRASIL OFFSHORE
M&T EXPO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, Feira e Conferência da Indústria de Petróleo e Gás
FEIRA E CONGRESSO. e o e
e o e Local: e t o
Local: o lo o ibitio o e tio e te o Am l ei oto m B eto
o o i o mi te m o lo Mais informações: b ilo o e om
Mais informações: mte o om b

RAS
FFIC – FEIRA DE FORNECEDORES DA
III PRÊMIO NACIONAL DE INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES
SUSTENTABILIDADE LEGAL e o e
e o e e t e o mio Local: e te io l e o i e i o
Local: i T i l be eio ibei o
B i o e Belo o i o te A e i olombo i
Mais informações: e e i om b emio Mais informações: i et i om b

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 11

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PEQUENOS
NEGÓCIOS

Reparo de
VEÍCULO

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Cada vez mais o setor de Reparo de Veícu-
lo evolui com as normas técnicas, não por acaso
essa é uma das áreas que mais desenvolveu nor-
mas, justamente para balizar e aperfeiçoar os pro-
cedimentos adotados durante a reparação de um
veículo que é algo complexo e exige além de co-
nhecimento técnico e precisão, também responsa-
bilidade profissional, que visa tomar todo o cuida-
do para garantir o bom funcionamento do veículo
sem colocar em risco sua segurança.
No Brasil, há mais de 90 mil oficinas mecânicas
e, embora sejam na maioria Pequenos Negócios,
elas geram mais de 700 mil empregos diretos e res-
pondem pela manutenção de 80% da frota circu-
lante estimada em 32,5 milhões de veículos, entre
automóveis comerciais leves, caminhões e ônibus.
Para que essas pequenas empresas do setor au-
tomotivo mantenham-se competitivas, são condi-
ções primordiais atender padrões cada vez mais
elevados para produtos e serviços, além da quali-
dade e o atendimento a requisitos técnicos.

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PEQUENOS
NEGÓCIOS

o o i m o e t e o e i o B ilei o
e A oio i oe e e m e
eb e e ABNT o ibilit eo e e o
Ne io t mb m ti i em o o e o
e o m li oe em i o
be e io o m t i

Contudo, o acordo firmado entre o Serviço


Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empre-
sas (Sebrae) e a ABNT, possibilita que os Pequenos
Negócios também participem do processo de nor-
malização e passem a usufruir dos benefícios das
normas técnicas.
Além do acesso às normas técnicas, sentia-se
a necessidade de despertar nos pequenos empre-
sários o desejo de absorver os conhecimentos que
as mesmas podem agregar ao seu negócio (norma
de especificação de produto, norma de ensaio de
produto, norma de processos de gestão, entre ou-
tras). Assim surgiram as Oficinas de Aplicação de
Normas Técnicas direcionadas ao empresário de
Pequenos Negócios.

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Esta técnica se difere de um curso ou de um
workshop, porque na Oficina ocorrem dinâmi-
cas em que há práticas realizadas pelo próprio
empresário, supervisionadas pelo educador. O
Empresário é despertado para desenvolver ativi-
dades na sua empresa que podem envolver um
suporte à distância do Centro de Informação
Tecnológica e para Negócios (CIT), da ABNT,
através de seus serviços e desta forma, a empresa
poderá chegar até a maturidade para a implanta-
ção de uma norma técnica. Para este caso, serão
utilizados programas de suporte como, a exem-
plo do Sebraetec, em ações presenciais coletivas,
individuais e à distância, que o apoiará na correta
implantação da norma, bem como a contratação
de certificadoras, para aquelas que desejam vir a
buscar uma certificação.

m e io e e t o
e e ol e ti i e em e e
o em e ol e m o te i t i o
e t o e o m o Te ol i e
Ne io T ABNT

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 15

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PEQUENOS
NEGÓCIOS

O conteúdo das Oficinas procura transmitir de


forma convincente, que através do uso das normas
técnicas, o empresário poderá introduzir inova-
ções nos seus produtos e processos, melhorando
assim sua produtividade e qualidade. Consequen-
temente, tornará sua empresa mais competitiva,
alavancando novos serviços, produtos e resultados
financeiros.
Como resultado espera-se que a norma técni-
ca seja implantada com sucesso, podendo reverter
em ganhos produtivo e financeiro para o empre-
endimento.
Dentro da metodologia, foram previstos dois
formatos de oficinas:
Tipo 1: Neste modelo se enquadram os Peque-
nos Negócios que ainda não possuem conheci-
mento de uma norma técnica e dos processos que
envolvem a normalização, cujo grau de maturida-
de ainda é insipiente - entenda-se grau de matu-
ridade, a empresa que tenha condição de utilizar
o conjunto de elementos ligados a concorrência,
qualidade, inovação e sustentabilidade, propor-
cionando sua competitividade no mercado global.
Nesta oficina o foco é preparar o empresário para
o uso da norma técnica no seu negócio.

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Neste tipo, deverão ser enquadradas àquelas que:
• Tem produtos, processos ou serviços simi-
lares aos seus concorrentes;
• Não fazem uso de nenhum sistema de afe-
rição de qualidade (5 “S”);
• Inovação não faz parte da estratégia de seu
negócio – não trabalha com ferramentas de
marketing e nem com redes sociais, e não
possui sistemas automatizados (controle de
estoque, CRM, ERP, gestão de negócios e
etc);
• Tem crescimento econômico igual ou infe-
rior aos seus concorrentes.
Tipo 2: Aqui se enquadram os Pequenos Negó-
cios que já ouviram falar a respeito de uma norma
técnica, confundem-na com regulamento técnico,
tem noção do processo de normalização mas não
entendem como podem participar, e estão viven-
ciando algum tipo de desafio, podendo ser enqua-
dradas àquelas que:
• Possuem produtos ou serviços com valor
agregado;
• á conhecem ou até já fazem uso de algum
tipo de sistema de aferição de qualidade (5
“S”, gabaritos e etc);
• Estão buscando inovar de forma esporádi-
ca, sem ser um processo contínuo);
• Têm crescimento igual ou superior aos
concorrentes.

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Por demanda dos projetos de encadeamento
produtivo e carteira de projetos setoriais do Se-
brae, além da demanda direta do mercado, o pú-
blico não deve exceder 20 inscritos por oficina,
pelo tipo de resultado que se espera alcançar.
Na parceria firmada com o Sebrae, a ABNT
contratou a empresa Indexare - Assessoria em Ges-
tão da Informação, que concebeu a ideia do pro-
jeto, observando as reinvindicações dos parceiros.
Como parte do método, foram realizadas em
março, duas Oficinas-piloto, do tipo 2, sendo uma
no segmento de Reparo de Veículo, com dois en-
contros em Fortaleza (CE) e Varejo da Moda, de
encontro único, em Maringá (PR). Em ambas, o
resultado foi acima das expectativas dos parceiros,
com participação de empresários, 100% do proje-
tado para o número recomendável.
“Com esta entrega a ABNT confirma sua per-
cepção de que o pequeno empresário está ávido
por conteúdo de qualidade e de fácil acesso e
compreensão”, palavras do gestor do convênio e
diretor Adjunto de Negócios da ABNT, Odilão B.
Teixeira, que vem se empenhando em demonstrar
para o parceiro Sebrae a importância de se ter ações
com medição de resultado na ponta. Sua diretoria,
que é voltada para o mercado, está preocupada em
fazer do acervo de normas da ABNT, que gira hoje
em torno de 9 000, ser realmente utilizado pelo
Pequeno Negócio. “Não adianta fazermos normas,
se não as usamos” - visto o interesse e empenho

o m e li em
m o i i
iloto o ti o e o
m o e me to e
e o e e lo om
oi e o t o e eo
o ee o t o i o

18 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

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o t o o o o ti i e elo
o io t e i e e e
em e o t t e e ol ime to
oi i o e e ol ime to e m i
e me to oi i o ti o

demonstrado pelos gestores de carteira dos pro-


jetos setoriais, Srs. Luiz Claudius Coelho Ferreira
Leite – Unidade de Atendimento Coletivo – Ser-
viços (Reparo de Veículo) e Wilsa Sette (Varejo
de moda).
Os próximos passos a serem dados com este
produto tem dois focos, sendo um as entregas des-
tes dois segmentos temáticos para a Unidade de
Acesso à Inovação e Tecnologia (UAIT) que em
parceria com a Universidade Corporativa Sebrae
(UCE), divisão responsável pela formação dos
educadores deverão em parceria com a Unidade de
Acesso à Inovação e Tecnologia (UAIT) e ABNT,
repassar a metodologia através da formação de um
ou mais grupos de instrutores, que ministrarão
num futuro próximo as oficinas, em nível nacio-
nal, sob a coordenação do Sistema Sebrae. O outro
foco é a continuidade, pelo convênio, através da
equipe da Indexare, empresa contratada para de-
senvolvimento das oficinas do desenvolvimento de
mais 08 segmentos para oficinas do tipo 2, as quais
não terão execução de piloto.

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i e
o m t i el bo
o mbito o omit B ilei o
A tomoti o ABNT B om em
ole o o eto e e o

Da mesma forma, a ABNT irá estruturar um


banco de instrutores e incluirá as oficinas em sua
grade de cursos, como um novo produto, uma
nova forma de realizar o fomento do mercado por
normas técnicas.
Mais de 30 normas técnicas elaboradas no âm-
bito do Comitê Brasileiro Automotivo (ABNT/
CB-05) compõem a coleção para o setor de reparo.
São documentos sobre retífica de motores, radia-
dores, bomba elétrica de combustível, reparação e
pintura de componentes de carroçaria, critério de
seleção de pneus para reforma, eletrônico e ilumi-
nação, sistema elétrico, entre outros temas.
Devido a parceria ABNT/Sebrae, essa e outras
coleções estão disponíveis gratuitamente para os
Pequenos Negócios, além de normas técnicas por
1/3 do preço de mercado, mediante cadastro na
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20 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

Pequenos_negocios.indd 20 07/04/2015 17:59:01


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CRISE HÍDRICA:
uma realidade brasileira

22 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

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i e o e e i li t m o t o
o e io e ol e e e
e io e t li mo e
olo mo em ti

O momento é mais que propício para apren-


dermos a valorizar mais a água e utilizá-la com
parcimônia e inteligência. As pessoas podem e
devem contribuir e muito, mudando hábitos que
reduzam o consumo da água e usando tecnologias
e equipamento poupadores da mesma, devido à
crise hídrica, e consequentemente energética, por
problemas enfrentados pelos sistemas de abasteci-
mento de água em algumas regiões do Brasil, onde
mais de 14 milhões de pessoas da região metro-
politana de São Paulo e de municípios do interior
dependem do abastecimento de água do Sistema
Cantareira. Desde meados do ano passado, o nível
baixo do reservatório fez com que o sistema preci-
sasse recorrer ao chamado volume morto, reserva
abaixo do nível baixo da captação da represa.
Todavia, essa situação não é vivenciada somen-
te pela população de São Paulo. No Rio de Janeiro,
por exemplo, o nível do reservatório de Paraibuna,
principal sistema que abastece o Estado, alcançou
o volume morto no último mês. Fatores como
crescimento populacional, desmatamento, urba-
nização descontrolada, esgoto, uso indiscrimina-
do de agrotóxicos, emissão de poluentes, entre ou-
tros, alteraram o ciclo natural da água, causando
as secas e as enchentes modificando sua composi-
ção, o que constitui grande risco à saúde.
Em entrevista ao Boletim ABNT, especialistas
no assunto falaram das suas atuações neste cená-
rio, suas perspectivas e opiniões em relação a crise.

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 23

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ANA panhias de saneamento. É o que chamamos de re-
gulação dos usos da água.
A Agência Nacional de Águas (ANA) tem ba- “A ANA autoriza o uso da água em rios fede-
sicamente três missões importantes: regular o rais, por meio de outorgas e fiscaliza o seu cum-
acesso a água bruta em bacias hidrográficas fede- primento, além de definir, junto com o Operador
rais, monitorar esses corpos d’água e coordenar o Nacional do Sistema Elétrico, no caso das usinas
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos hidrelétricas, regras de operação de reservatórios.
Hídricos (Singreh). Em tempos de crise hídrica A regulação dos serviços de saneamento é uma
como a que estamos vivendo, quando os índices atribuição local, que cabe aos Estados, como ge-
pluviométricos registrados têm sido muito bai- ralmente é o caso de grandes regiões metropolita-
xos desde 2012 no Nordeste e desde 2013 no Su- nas, ou aos municípios”, comenta Gisela Forattini,
deste, todas essas vertentes ganharam ainda mais diretora da Área de Planejamento (AP), da ANA.
importância e destaque, pois, como toda crise, a Segundo a diretora, em sua missão de fortale-
oportunidade que estamos tendo com o atual re- cer o Singreh, a ANA vem trabalhando fortemen-
gime hidrológico é, além de aprimorar o Sistema, te em articulação com os estados e setores usuá-
ajudar a sociedade a conhecer mais sobre gestão rios, para o melhor encaminhamento de ações no
de recursos hídricos no Brasil. sentido de minimizar os efeitos da crise hídrica.
É importante salientar que a ANA não atua so- Além disso, desde 2013, a Agência tem oferecido
bre o setor de serviços de saneamento, incluindo recursos financeiros de seu orçamento, por meio
a distribuição de água tratada. E essa é uma ques- do programa Progestão, para os Estados aprimo-
tão que a crise hídrica tem ajudado a esclarecer. rarem a gestão de suas águas. Os recursos são
A atuação da ANA encontra-se focada na outra desembolsados mediante o cumprimento de me-
ponta, na disponibilidade de água bruta, dos rios tas estabelecidas conjuntamente entre a ANA e o
e reservatórios, e na sua utilização compartilhada Estado. Esses são bons exemplos do que a ANA
entre os diversos usuários, dentre os quais as com- vem fazendo de novo.

i el o tti i
i eto e
e l e me to
A ANA

24 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

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Com relação à sua vertente regulatória, a ANA
vem atuando fortemente, principalmente no Nor-
deste e no Sudeste, onde a seca tem sido severa. Na
região sudeste, suas ações se deram principalmen-
te sobre as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí (PCJ) e sobre os reservatórios da bacia do
rio Paraíba do Sul. No Cantareira, as ações regu-
latórias fixadas pela ANA e pelo Departamento de
Água e Energia do Estado de São Paulo (DAEE),
para atual período crítico, incluem a redução gra- No Nordeste, a ANA tem concentrado sua
dual da retirada de água dos reservatórios do Sis- atuação sobre a bacia do rio São Francisco e em
tema Cantareira, por parte da Sabesp, e a gestão e diversos reservatórios de abastecimento localiza-
acompanhamento dos usos da reserva estratégica, dos nessa região, além de definir regras específicas
conhecida como volume morto. que vão de revezamento à suspensão da irrigação
A ANA defende a adoção de regras mais con- para garantir o abastecimento público, como por
servadoras e restritas no Cantareira, que promo- exemplo no açude Armando Ribeiro Gonçalves,
vam maior eficiência na utilização dos volumes no Rio Grande do Norte, e nos sistemas Curema-
disponíveis dos reservatórios, face às incertezas -Mãe D’água e Eng. Ávidos-São Gonçalo e o açude
do atual evento climático com relação ao futuro e Epitácio Pessoa, na Paraíba.
isso tem sido um debate constante com o Estado Junto com o Ministério da Integração, a ANA
de São Paulo. vem desenvolvendo o Plano Nacional de Seguran-
“No Paraíba do Sul, acabamos de chegar a um ça Hídrica, com o objetivo de definir diretrizes,
acordo histórico com os três estados que dividem conceitos e critérios que permitam a seleção e de-
a bacia: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, talhamento de intervenções estratégicas no País,
com relação à renovação das regras de operação para garantir oferta de água para o abastecimento
dos reservatórios da Bacia, para que as regiões afe- humano e uso em atividades produtivas e ainda
tadas, caso enfrentem, no futuro, uma nova seca reduzir os riscos associados a eventos críticos,
como a atual, estejam mais preparadas para lidar como secas e inundações.
com os riscos. Além disso, em articulação com os Segundo Gisela Forattini, considerando a va-
Estados, foram definidas as condições para aprovar riabilidade natural das chuvas e as incertezas que
a proposta feita por São Paulo de interligar os re- existem nos processos de previsão climática, é
servatórios Jaguari (no Rio Jaguari, afluente do Pa- necessário ampliar as capacidades de adaptação
raíba do Sul, em SP) e Atibainha (Sistema Canta- e de resposta a futuros eventos hidrológicos crí-
reira), em prol da segurança hídrica”, afirma Gisela. ticos por meio do fortalecimento do Sistema de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos, principal-
mente dos órgãos gestores estaduais e dos comitês
de bacia, que são a esfera participativa da gestão
dos recursos hídricos. Além disso, o poder públi-
co precisa discutir o aumento da reserva de água
e, para isso, é preciso que os governos, em todas
as esferas, executem obras estratégicas e reforcem
o planejamento futuro, considerando as incertezas
climáticas que estamos vivendo. Isto, de certa for-
ma, está sendo nacionalmente debatido no âmbito
do Plano Nacional de Segurança Hídrica. Tam-
bém é preciso modernizar a regulação e fortalecer
a articulação setorial e interinstitucional visando a
resolução de conflitos.

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 25

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“As normas técnicas são sempre elementos Atualmente a Comissão, atua com três grupos
balizadores da boa técnica e são utilizadas na de trabalho denominados por GT de Águas, GT
elaboração de diversos estudos realizados pelas de Efluentes e GT de Irrigação, focados especifi-
instituições envolvidas na regulação de recursos camente na criação e adequação de normas ISO
hídricos, no cumprimento das atribuições le- que tratam da medição de vazão/volume de águas
gais, assim como pelos setores usuários de água (bruta, tratada e de reuso) e de efluentes (domésti-
quando da elaboração de projetos de empreen- co, comercial e industrial).
dimentos que usam a água no seu negócio ou “Tínhamos a água como um recurso inesgotá-
processo produtivo,” relata Gisela. vel que hoje atingiu níveis críticos e poderá che-
Segundo a diretora, as normas técnicas ainda gar ao colapso total, principalmente em grandes
são essenciais para garantir a confiabilidade das metrópoles, devido a aspectos de planejamento e
medições em campo, exigidas em resoluções da gestão. Precisamos estar preparados para enfren-
ANA em suas ações regulatórias ou de fiscaliza- tar crises”, relata o coordenador da ABNT/CEE-
ção, como também para simulações hidrológicas 65, Nilson Massami Taira.
de diferentes cenários. Exemplo disto é a Resolu-
ção ANA nº 425, de 2004, que estabelece critérios
para medição de volume de água captada para
grandes usuários em bacias prioritárias.
Em 2005, a ANA participou da Comissão de
Estudo Especial de Recursos Hídricos, da ABNT,
para normalizar sistemas de medição de vazão e
volume de água bruta e de efluentes.

Recursos Hídricos
A Comissão de Estudos Especial de Recursos
Hídricos (ABNT/CEE-65), da ABNT, foi criada
em 2005 a partir de uma demanda da Agência Na-
cional de Águas (ANA) que na época identificou a
carência de normas brasileiras que pudessem dar
sustentação técnica na elaboração de resoluções
de outorga, fiscalização e uso de recursos hídricos
em corpos d’água de domínio da União. Na época,
foi elaborado um plano onde foram criados seis
Grupos de Trabalho (GT).

Nil o mi
T i oo e o
ABNT

26 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

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Segundo o coordenador, as ações de planeja-
mento dependem fortemente de métricas confiáveis
para que a gestão seja efetiva. As métricas da “indús-
tria da água” merecem especial atenção, em especial
quando se busca a eficiência hídrica e energética.
A Comissão vem trabalhando na criação de nor-
mas que buscam melhorar a confiabilidade das mé-
tricas da indústria da água por meio de recomen-
dações para especificação, aplicação e calibração de
sistemas de medição de vazão e volume de água e
efluentes. Como observado pela ANA em 2005, ain-
da existe uma grande carência de normas que deem
suporte técnico científico nos projetos, operação e
manutenção de soluções de engenharia no setor.
A falta de normas específicas reconhecidas pela
sociedade e seus representantes dificulta as ações
das agências reguladoras na fiscalização das ativi-
dades das empresas e concessionárias de cada setor.
Um dos objetivos da ABNT/CEE-65 é a norma-
lização para os sistemas de medição de vazão e volu-
me nas capacitações de água bruta, para os diversos
fins, nos lançamentos de efluentes e para os proces-
sos de uso racional da água na agricultura irrigada
no que concerne aos requisitos e métodos de ensaio. Embasa
No momento a Comissão está trabalhando na
adoção da ISO 16399 - Meters for irrigation water. Empresa associada a Associação Brasileira das
Empresas Estaduais de Saneamento (AESB).
Graças à prioridade de governo, com a criação
do Programa Água para Todos – maior programa
em execução no país, com mais de 8,5 bilhões de
investimentos - ao planejamento e investimento
de mais de 4 bilhões na execução de obras estru-
turantes e de ações emergenciais realizadas pela
Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.
(Embasa) e pelo governo estadual nos últimos
oito anos, a Bahia não corre risco iminente de en-
frentar uma situação de crise hídrica equivalente
à que vem ocorrendo no sudeste do País. Nesse
período, foram beneficiadas mais de 6,6 milhões
de pessoas no estado.
Dentre as ações de segurança hídrica realizadas
pela Embasa desde 2007, destacam-se a implanta-
ção de onze grandes adutoras, algumas com mais
de 200 quilômetros de extensão, cinco barragens,
ampliação de dezenas de sistemas integrados de
abastecimento de água e obras emergenciais, que
ajudaram minimizar e mitigar os efeitos da maior
estiagem dos últimos 60 anos no estado.

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 27

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Principais obras (Barragens): Principais obras (Sistemas de abastecimento de
• Barragem de Cristalândia, para atender a água):
região de Brumado; • dentre os vários sistemas de abastecimento
• Barragem de Riacho de antana, para aten- de água implantados, destacam-se o siste-
der a sede do município e localidades ru- ma integrado de Santana, para atender ao
rais vizinhas; município de Santana e mais quatro muni-
• Barragem do rio Tijuco, para atender as se- cípios no oeste baiano, o de Pedro Alexan-
des dos municípios de Mulungu do Morro dre, Cafarnaum, e a ampliação e melhorias
e Souto Soares, além de diversas localida- do sistema integrado de abastecimento de
des da região; Serrinha-Conceição do Coité, servindo a
• Barragem de erra Preta, que atende às se- sete municípios e beneficiando mais de 300
des de Planalto e Barra do Choça; mil pessoas.
• Barragem de agoa do Torta, na região dos Principais obras (ampliações de sistemas):
municípios de Igaporã e Matina; • uplicação de adutoras de água bruta e tra-
• Barragem do Colônia, para atender aos tada e duplicação da Estação de Tratamen-
municípios de Itabuna e Itapé (em processo to – ETA Principal;
licitatório); • Ampliação do istema integrado de eira
• Barragem do Rio Catolé, para atender aos mu- de Santana.
nicípios de Vitória da Conquista, Belo Campo
e Tremendal (em processo licitatório).
Principais Obras (Grandes adutoras):
• Adutora do ão rancisco: leva a água do
São Francisco para a microrregião de Irecê
por meio de 132 km de tubulações. Foi a al-
ternativa encontrada para viabilizar o for-
necimento na região, anteriormente abas-
tecida pela Barragem de Mirorós, cujos
níveis vinham diminuindo constantemen-
te;
• Adutora do Algodão: leva a água do ão
Francisco para a região de Guanambi, por
meio de 265 km de tubulações;
• Etapa da adutora do algodão - com 5 m
de adutora para atender ao município de
Caetité e mais quatro municípios e 34
pequenas localidades;
• Adutora de Pedras Altas: interligou a Bar-
ragem de Pedras Altas, em Capim Grosso,
ao sistema de abastecimento de água do Si-
sal, beneficiando 12 sedes e 173 localidades
de 21 municípios da região;
• Adutora do Catolé: obra emergencial con-
cluída em seis meses pela Embasa, para
levar água às barragens de Água Fria I e
II, que abastecem Vitória da Conquista. É
composta de 15,3 km de tubulação, três es-
tações elevatórias e um barramento no rio
Catolé Grande.

28 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

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Situação dos Reservatórios “Temos que fazer a gestão e gerenciamento dos
recursos hídricos de forma adequada, com pla-
Na Região Metropolitana de Salvador, os prin- nejamento, recuperação das nascentes e das ma-
cipais reservatórios estão com nível dentro do tas ciliares, recuperação e revitalização de bacias.
previsto para esta época do ano. As barragens de Fazer campanhas, não apenas em épocas de crise,
Ipitanga I e II estão com 95% de sua capacidade do uso racional e consciente de água, combater
máxima de acumulação, a barragem Joanes I está as perdas nos sistemas de abastecimento de água.
com 75%, a Joanes II está com 86%, a barragem Realizar estudos de novas alternativas de abasteci-
de Santa Helena está com 94,22% e a barragem de mento e aproveitar o máximo a prática de utiliza-
Pedra do Cavalo está com 70%. Em todo o estado, ção de água de chuva, não apenas no semiárido,
das 19 principais barragens utilizadas pela Emba- mas principalmente nas grandes cidades, revendo
sa, 16 estão com volume percentual acima de 70%, o padrão de construção para dotar os imóveis para
sendo que 11 delas estão com mais de 90% da sua a sua captação e desenvolver estudos de aplicação
capacidade. em larga escala do reuso de águas servidas. Além
Dos 364 municípios baianos onde a empresa disso, devemos realizar investimentos em técnicas
atua, apenas Caetité, um pequeno município no mais adequadas, modernas e eficientes de irriga-
sudoeste baiano, encontra-se em situação de ra- ção, evitando-se o desperdício, afinal mais de 70%
cionamento. A solução definitiva ocorrerá com a dos recursos hídricos são utilizados na irrigação.
entrada em operação da segunda etapa da adutora Cultivar culturas adequadas a cada região. No caso
do Algodão, que abastecerá o município com água da energia, rever a matriz energética brasileira com
do Rio São Francisco. A obra, que já conta com utilização de novas formas alternativas de produ-
84% de execução, tem previsão de conclusão para ção de energia, a exemplo da eólica e solar”, relata
julho de 2015. Abelardo de Oliveira Filho, presidente da Embasa.
Segundo o presidente, o investimento em téc-
nicas mais eficientes de irrigação e o desenvol-
vimento de sistemas sanitários mais modernos,
como descargas mais econômicas, são etapas im-
portantes no combate ao desperdício. Mas um dos
primeiros passos é fiscalizar melhor o sistema de
coleta e distribuição de água.

Abel o e
li ei il o
e i e te
mb

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 29

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No Brasil, cerca de 40% da água tratada por
esse sistema acaba perdida antes de chegar à po-
pulação por vazamentos nos canos, ligações clan-
destinas e redes com defeitos por falta de manu-
tenção. “É uma perda muito acima do considerado
adequado. A meta do Plano Nacional de Sanea-
mento, definido em junho de 2013, é que o Brasil
diminua esse índice de perdas na distribuição de
água para 31% até 2033. Mas ainda é um número
bem modesto: em algumas cidades da Alemanha e
do Japão, esse índice é de apenas 11%. Na Austrá-
lia, que passou por um período histórico de secas,
a média sobe para 16%, ainda bem menos que a
gente”, afirma Abelardo.
Temos uma excelente ei Nacional de Re-
cursos Hídricos, a 9.433. O que temos que fazer
é colocá-la em prática, a exemplo da instalação
e funcionamento pleno dos Comitês de Bacias, a
cobrança pelo uso da água e a utilização desses re-
cursos nas próprias bacias e envolver toda a socie-
dade para a importância da utilização de todos os
instrumentos da lei”, finaliza Abelardo.

Temo m
e ele te ei
N io l e
e o i o
e temo
e e olo l
em ti

30 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

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Dia Mundial da Água
No dia 22 de março, foi comemorado o Dia
Mundial da Água. Sabemos que esse é um recur-
so essencial para a vida humana e a importância
da sua preservação, afim de garantir um futuro
melhor para toda população. A reutilização da
água para fins não potáveis é uma forma simples
de preservação desse patrimônio mundial, pois as
pequenas ações de economia quando somadas ge-
ram grandes resultados.
A normalização busca cada vez mais desenvol-
ver normas que proporcionam qualidade e segu-
rança para os recursos naturais através do conhe-
cimento de centenas de especialistas apresentado
pelos países membros da ISO, e outras organiza-
ções que trabalham com a norma ISO.
A ABNT disponibiliza em seu acervo a norma
ABNT NBR ISO 24512:2012 - Atividades relacio-
nadas aos serviços de água potável e de esgoto —
Diretrizes para a gestão dos prestadores de serviços
de água e para a avaliação dos serviços de água po-
tável. Esta Norma fornece diretrizes para a gestão
dos prestadores de serviços de água e para a ava-
liação dos serviços de água potável. Além disso,
é aplicável aos prestadores de serviços de água de
propriedade pública ou privada. Ela não favorece
qualquer modelo relativo à propriedade ou à pres-
tação dos serviços.
É importante analisarmos quais atitudes es-
tamos tomando para a preservação dos recursos
hídricos, buscando sermos mais racionais, favore-
cendo o desenvolvimento humano, econômico e
sustentável.

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 31

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Cursos - Destaques de Abril e Maio de 2015
ce ibili a e a r o bra cn ca n l r al a o o c clo a
a on tr o l l nar r go to or nta
c bl a a o rogra a ra l ro na nt ca o r
ca a bl ca al a ro t a go o a lo /
t a tran ort co o ab tat o a lo /
lo or ont / a o a b ntal
l t o nt r r ta o a
n orma o e olo g a bt rr n a
letrici a e oc menta o
o a lo a /
t a at rra n a ron a o l ro
c tica to ro to
con tr o r co
an t n o o a lo / o an ro a /
c t ca o a al orto l gr a /
a o a b nt n o an ro a / rabal o aca co g a c a ro
t rno a ca . r orto l gr / ta nto cob rt ra
ct a t n nc a na n tala l tr ca o an ro / r a rbana ara n
r o a nor a ba a t n o n o ot
ca aborat rio to
lo or ont / gran ort o a lo /
o a lo a / t a t o a
limento o to ara o a n
n tala l tr ca o roc o o
to l trol tr n co
r o al nta o ba a t n o a nto o
to ara at a
to boa r t rot o
g ran a o a lo / an at ra r r a
ca g n co an t r a
o a lo a /
control o rac ona o a lo /
to g ra ara
nc a
n tala l tr ca co t nc a labo
at n o rat r o n ao cal tor a nt rna a b
o a lo / at bra o / ntal
lc lo c rto r tr
/ t a c rc to b ta o a lo / ara a tor a t a
an l r go c ca o ntor g t o
onto cr t co control to g ra ara co
o a lo a / t nc a laborat r o o a lo /
o a lo / con or a nor a
al a or /
n tala l tr ca /
rma enamento e at n o
t o o cto
l i o in am ei e o a lo a /
acto b nta con
comb t ei at
or a
rot o coor lc lo nc rt a
r a na nto l na o l t a at r o
ra nto o an ro / o an ro /
o n a co
o a lo a / o a lo / lo or ont /
b t
e t o e ti o eio mbiente n ona nto
o a lo a /
ro o tra a
t o at o t t a a g t o a b o a lo /
on tr o a g t o to ntal to co or
nta ara o t o co r
n o o a lo a /
b nta
ca ab tac ona o a lo /
o a lo /
e t o e i co al a or /
o a lo /
lo or ont / t o r co r nc ot lag a b ntal r o an o g a
o r tr l a art ant
t a al a o a
on or a r o an ro / o a lo / o a lo /

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ali a e rogra a rgan to o ara a to ara n
a o l a c l na an l ol o rob r g la ntar
at a o o cl nt al a or / l a
r tr ara o trata nto o an ro / o a lo /
t a g t o a o a lo /
r cla a na or
al a to lo or ont / a e e eg ran a
gan a
c acional
al a o al ca o
o an ro / o g ral a
orn c or t a g t o a g
al a or /
o a lo a / ran a a oc ac onal
r tr ara a a l ca o o an ro /
a na a /
o an ro / o an ro /
organ a cac ona a ac ta o r
al a or / lo or ont /
ntant a r o ara
o a lo / lo or ont / t a g t o a
al a eg ran a a n or-
t o a al a or o a lo / ma o
o o lantar o t a
t o a al a roc o o an ro /
t o r co g
r t ra al a or /
rata nto ocorr n ran a a n or a o
r o a lo /
c a ara /
tr ara a a l ca o a o a lo / o a lo /
or a o tor r
r t ra t a g t o a ormali a o e reg - til
o a lo / al a lamenta o
t ro r nc a
tor a nt rna a al o an ro a / a oa r t ca a o cor o ano
a g la nta o cn ca tbl a ara o
r tr nt r r ta o rt o a lo / n cor o t o nor al
ara a tor a t a ca o lat r o al atl t co c al
g t o bra o e on abili a e o-
o a lo / cial o a lo /
lo or ont /
on ab l a oc al
o an ro / rra nta a al a ran orte e eg ran-
al a or / lo or ont / a i ria
o a lo / al a or / o a lo /
c a n or a
lano a o trag n ca or g r nc a a a e g ran a ro to
roc nto na n al a co
o or atr b to al a or / ro to ara a
o a lo a / lo or ont / t a g t o a al o a lo /

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17:06:51
AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
em pauta

No dia 20 de março, foi realizada a primeira – Fazer dos membros da comissão um grupo
reunião da Comissão de Estudo de Avaliação da que possa dar suporte ao especialista que
Conformidade (ABNT/CE – 25:000.04) - espelho está trabalhando em uma Norma específica.
do ISO-CASCO, pertencente ao Comitê Brasileiro – Que todos os membros da comissão rece-
da Qualidade – (ABNT/CB-25). bam os documentos atualizados do CASCO,
Os objetivos da reunião foram: os pedidos de votação, e que possam opinar
– Criar o grupo espelho do ISO-CASCO no sobre estes.
Brasil. – É papel do grupo espelho monitorar e
– Criar um grupo de pessoas capaz de parti- orientar os WG que venham a ser estabele-
cipar da discussão sobre os temas relativos cidos.
ao CASCO e difundi-los no país; – Propor revisões das normas do CASCO,
– Dar apoio técnico aos coordenadores de assim como novos temas a serem trabalha-
cada WG (Working Group), independen- dos pelo Comitê.
temente do WG ter um grupo de trabalho – Que a participação seja aberta, assim, espe-
específico ou não; cialistas podem ser indicados para contri-
– Incumbir ao grupo espelho do ISO-CASCO buírem na Comissão de Estudo.
elaborar a posição brasileira para tomada A ideia é que em cada reunião, cada coordena-
de decisão sobre as votações e posiciona- dor dos WG’s possa atualizar os status do trabalho
mentos relativos às normas e documentos e responder dúvidas.
do CASCO; Participaram da reunião representantes das en-
– Criar um grupo de pessoas que entendam tidades ABNT, Instituto Nacional de Metrologia,
do tema avaliação da conformidade, e não Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Labelo e TÜV
só de uma Norma específica. Rheinland.

34 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

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Edital_ABNT_144.indd 35 07/04/2015 17:07:27
Pergunte à
ABNT
Qual é a norma referente à avaliação Para essa norma veja no PortalMPE - www.abnt.
de bens para imóveis urbanos? org.br/paginampe, publicações de interesse:
Gibi - ABNT NBR 16060 - Que roupa se encaixa ao
Marco Aurélio Freitas – A.B. PIMPÃO – CONSULTORIA meu tamanho de corpo?
– ME - Curitiba – PR Guia de Implementação - Normalização para Con-
A ABNT responde: Para avaliação de imóvel fecção.
urbano (imóvel situado dentro do perímetro urba-
no definido por lei), temos a ABNT NBR 14653- Qual é a norma da ABNT para cabo de
2:2004 – Avaliação de bens - Parte 2: Imóveis aço de uso em pontes rolantes?
urbanos.
Esta parte da norma fornece os procedimentos para João Gabriel Gonçalves – KLB INDÚSTRIA DE CABOS
a avaliação de imóveis urbanos, quanto a: DE AÇO LTDA – Criciúma – SC
• classificação da sua natureza; A ABNT responde: Para cabo de aço para pon-
• instituição de terminologia, definições, símbo- tes rolantes e outros equipamentos de movimentação
los e abreviaturas; de carga, temos a Norma Técnica - ABNT NBR ISO
• descrição das atividades básicas; 4309:2009 - Equipamentos de movimentação de
• definição da metodologia básica; carga - Cabos de aço - Cuidados, manutenção, insta-
• especificação das avaliações; lação, inspeção e descarte.
• requisitos básicos de laudos de avaliação. Esta Norma detalha diretrizes para os cuidados,
Visa também detalhar os procedimentos gerais da instalação, manutenção e inspeção do cabo de aço em
ABNT NBR 14653-1, no que diz respeito à avaliação serviço em um equipamento de movimentação de car-
de imóveis urbanos, inclusive glebas urbanizáveis, uni- ga, bem como relaciona os critérios de descarte a serem
dades padronizadas e servidões urbanas. aplicados para promover o uso seguro do equipamento
de movimentação de carga.
Qual norma que especifica o modo de É aplicável aos seguintes tipos de equipamento de
determinação para as dimensões de movimentação de carga:
roupas masculinas? • Pórticos de cabo;
• Guindastes em balanço (guindaste de coluna,
Marcelo Ribeiros dos Santos – INTER INDÚSTRIA E
guindaste móvel de parede e guindaste velocípe-
COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDA – ME – São Paulo. de);
A ABNT responde: Para medidas de vestibilidade • Guindastes de convés;
de roupas masculinas, temos a Norma Técnica ABNT • Guindastes estacionários;
NBR 16060:2012 – Vestuário — Referenciais de me- • Guindastes flutuantes;
didas do corpo humano — Vestibilidade para ho- • Guindastes móveis;
mens corpo tipo normal, atlético e especial. • Pontes rolantes;
Esta Norma estabelece um sistema de indicação de • Pórticos e semipórticos rolantes;
tamanhos de roupas para homens de corpo tipo nor- • Guindastes com pórtico ou com semipórtico;
mal, atlético e especial (incluindo roupa de malha e • Guindastes locomotivas;
roupa de banho). • Grua.

36 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

Pergunte_a_abnt.indd 36 07/04/2015 18:03:35


Também é aplicável a equipamentos de movimen- Pretendemos montar uma fábrica de
tação de carga que utilizam gancho, garra, eletroímã e
caçamba, assim como para escavação ou empilhamen-
argamassa colante para assentamento
to, podendo ser operados manual, mecânica, elétrica de piso cerâmico e gostaríamos de co-
ou hidraulicamente, e em talhas e moitões que utilizam nhecer as normas para esse produto.
cabos de aço.
Eliezer Sanches – São Paulo -SP
Qual a norma da ABNT utilizada para o A ABNT responde: Para argamassa colante indus-
reaproveitamento da água de chuva? trializada, temos as seguintes normas:
Luiz Alberto Antunes – DELTA ENGENHARIA – ABNT NBR 14081-1:2012 - Argamassa colante
Recife – PB industrializada para assentamento de placas cerâ-
micas - Parte 1: Requisitos.
A ABNT responde: Para aproveitamento de água
de chuva, temos a Norma Técnica – ABNT NBR Esta norma estabelece os requisitos para argamassas
15527:2007 – Água de chuva — Aproveitamento de colantes industrializadas destinadas ao assentamento
coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis — de placas cerâmicas pelo método de camada fina.
Requisitos. ABNT NBR 14081-2:2012 - Argamassa colante
Esta Norma fornece os requisitos para o aproveita- industrializada para assentamento de placas cerâmi-
mento de água de chuva de coberturas em áreas urba- cas - Parte 2: Execução do substrato-padrão e aplica-
nas para fins não potáveis.
ção da argamassa para ensaios
Esta Norma se aplica a usos não potáveis em que as
águas de chuva podem ser utilizadas após tratamento Esta norma estabelece os procedimentos para exe-
adequado como, por exemplo, descargas em bacias sa- cução e caracterização do substrato padrão e para apli-
nitárias, irrigação de gramados e plantas ornamentais, cação da argamassa colante industrializada para os en-
lavagem de veículos, limpeza de calçadas e ruas, limpe- saios de tempo em aberto, resistência de aderência à
za de pátios, espelhos d’água e usos industriais. tração e deslizamento..
Água de chuva - água resultante de precipitações at- ABNT NBR 14081-3:2012 - Argamassa colante
mosféricas coletada em coberturas, telhados, onde não
industrializada para assentamento de placas cerâ-
haja circulação de pessoas, veículos ou animais.
micas - Parte 3: Determinação do tempo em aberto.
Esta norma estabelece um método para determina-
Gostaria de saber sobre normas da
ção do tempo em aberto para argamassa colante indus-
ABNT para produção de própolis e
trializada destinada ao assentamento de placas cerâmi-
também se é possível alimentar a col- cas em pisos e paredes pelo método da camada fina,
meia artificialmente? utilizando carga estática..
Diassis Leite dos Santos - Estudante - Belo Horizonte – MG ABNT NBR 14081-4:2012 - Argamassa colante
A ABNT responde: Para própolis temos a Norma industrializada para assentamento de placas cerâ-
Técnica - ABNT NBR 16168:2013 - Apicultura — micas - Parte 4: Determinação da resistência de ade-
Própolis — Sistema de produção no campo. rência à tração.
Esta Norma especifica os requisitos para instalação Esta norma estabelece um método p ara deter-
do apiário, manejo das colmeias, coleta, acondiciona-
minação da resistência de aderência, medida através
mento, transporte e armazenamento da própolis.
Quanto à alimentação artificial de abelhas esta nor- de arrancamento por tração simples para argamassa
ma informa que esta alimentação, deve ser utilizada colante industrializada destinada ao assentamento de
exclusivamente para a manutenção e fortalecimento placas cerâmicas em pisos e paredes pelo método da
das colmeias. camada fina.
Os insumos utilizados para a alimentação artificial ABNT NBR 14081-5:2012 - Argamassa colante
como pólen, mel, açúcares e outros, devem ter a ori- industrializada para assentamento de placas cerâmi-
gem e/ou composição conhecida e não podem ser fon-
cas - Parte 5: Determinação do deslizamento.
te de contaminação da colmeia e de seus produtos.
Esta norma estabelece o método para determinação
Quando houver necessidade de alimentação
artificial das colônias, o apicultor deve realizar manejo do deslizamento de placas cerâmicas, quando assenta-
específico para garantir que essa prática não contami- das com argamassa colante industrializada em parede,
ne a produção da própolis. pelo método da camada fina.

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 37

Pergunte_a_abnt.indd 37 07/04/2015 18:03:36


Para seu CONHECIMENTO
Esta seção é destinada à divulgação de processos, termos e curiosida-
des utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos
os canais de atendimento e comunicação disponíveis
aos usuários de normas.
Para atingir um crescimento econômico que seja
desenvolvido sustentavelmente, é preciso refletir qual
o caminho a seguir para alcançar os resultados espera-
dos. E esses resultados podem ser alcançados por meio
do uso de um ativo importantíssimo, a informação!
A Norma Técnica, como informação relevante, é indis-
pensável para que qualquer organização possa to-
mar as decisões mais acertadas é, sobretudo, um
documento que é elaborado para garantir que pro--
dutos e serviços estejam alinhados às demandas da
sociedade.
Assim, a ABNT dispõe de diversos canais para atender seus usuários:

38 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

PSC.indd 38 07/04/2015 17:14:04


CERTIF CERTIFICADAS

ABNT NBR 13430:2000


• Escadas domésticas metálicas.
ISO 9001:2008
• Quality Management Systems –
Requirements.

ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR 15860


• Sistema de Gestão da Qualidade • Móveis – Berços e Berços
– Requisitos. dobráveis infantis tipo doméstico.

ABNT NBR 15786:2010


• Móveis para escritório –
móveis para teleatendimento,
ISO 9001:2008
• Quality Management Systems –
call center e telemarketing – Requirements.
Requisitos e métodos de ensaio.
ABNT NBR 13961:2010
• Móveis para escritório –
Armários
ABNT NBR 13966:2008
• Móveis para escritório – Mesas
– Classificação e características
físicas dimensionais e requisitos
e métodos de ensaio
ISO 9001:2008
• Quality Management Systems –
Requirements.

ISO 9001:2008
• Quality Management Systems –
Requirements.

ISO 9001:2008
• Quality Management Systems –
Requirements.

ABNT NBR 13579-1:2011


• Colchão e colchonetes de
espuma flexível de poliuretano
e bases. Parte 1: Requisitos e
métodos de ensaio.
ABNT NBR 13579-2:2011 ISO 9001:2008
• Colchão e colchonetes de • Quality Management Systems –
espuma flexível de poliuretano e Requirements.
bases. Parte 2: Revestimentos.

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 39

certificadas_02.indd 39 07/04/2015 17:30:23


O que rolou nas redes sociais

40 • boletim ABNT | Jan/Fev 2015


Edital_convocacao_ABNT_144.indd 41 07/04/2015 17:07:52
NOME CATEGORIA ASSOCIADO
FORMAX QUIMIPLAN COMPONENTES PARA CALÇADOS LTDA. COLETIVO CONTR. - C
PRO-RAD CONSULTORES EM RADIOPROTEÇÃO S/S LTDA. COLETIVO CONTR. - C
IBA – INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES COLETIVO CONTR. - D
2TREE CONSULTORIA E MEIO AMBIENTE LTDA. COL. CONTR.M.EMP.
AVENA AR CONDICIONADO LTDA. - ME COL. CONTR.M.EMP.
DEMETER - PROJETOS AGRONÔMICOS E REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS
COL. CONTR.M.EMP.
LTDA. - ME
INCONTROL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MEDIDORES DE VAZÃO E NÍVEL
COL. CONTR.M.EMP.
LTDA.
ISABELLA DE CASTRO TEIXEIRA - ME COL. CONTR.M.EMP.
J.F. DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA. ME COL. CONTR.M.EMP.
Novos sócios

LABORATÓRIO LABCO NOUS DO BRASIL LTDA. COL. CONTR.M.EMP.


OTIMIZA COMÉRCIO DE MÓVEIS E SERVIÇOS LTDA. - ME COL. CONTR.M.EMP.
SULBRINQUEDOS IND. E COM. LTDA. COL. CONTR.M.EMP.
SYSTEM SAFETY COMÉRCIO MANUTENÇÃO E SUPRESSÃO A INCÊNDIO
COL. CONTR.M.EMP.
LTDA. - ME
FRANCISCO GLICIO DA SILVA CAXEIXA INDIVIDUAL
GILBERTO SELESTRIM INDIVIDUAL
LINDENBERG DE SOUSA LIMA INDIVIDUAL
MARTIN KRUEL ELBERN INDIVIDUAL
PAULO FERREIRA GUIMARÃES INDIVIDUAL
ROGÉRIO ABEN ATHAR DE SOUSA INDIVIDUAL
ROGÉRIO MACHADO BATISTA INDIVIDUAL
RONALDO LIMA PEREIRA INDIVIDUAL
SIMONE ALBUQUERQUE DA ROCHA INDIVIDUAL

ESPELHOS de prata
Uma imagem refletida sem pelhos de prata manufatura-
distorções e defeitos é o que dos, utilizados na construção
garante um espelho que aten- civil e na indústria moveleira.
de a Norma Técnica - ABNT Este espelho é um produto
NBR 14696:2015 - Espelhos obtido pelo processo de de-
de prata - Requisitos e méto- posição de um filme de prata
dos de ensaio. sobre um substrato de vidro
Esta Norma especifica os plano incolor ou colorido.
requisitos gerais e métodos Esta Norma não se aplica a
de ensaio para avaliar a dura- espelhos curvos, metalizados
bilidade e a qualidade dos es- e automotivos.

42 • boletim ABNT | Mar/Abr 2015

Curtas_02.indd 42 07/04/2015 17:16:08


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