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Sofrendo com o suicídio:

ajuda após o choque


Traduzido do original em inglês
Grieving a suicide: help for the aftershock,
por David Powlison
Copyright ©2010 Christian Counseling & Educational Foundation

Publicado por New Growth Press,


Greensboro,
NC 27404

Copyright © 2016 Editora Fiel


Primeira Edição em Português: 2018

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária

PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE LIVRO POR QUAISQUER


MEIOS, SEM A PERMISSÃO ESCRITA DOS EDITORES,
SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE.

Diretor: James Richard Denham III


Editor: Tiago J. Santos Filho
Coordenação Editorial: Renata do Espírito Santo
Tradução: D&D Traduções
Revisão: D&D Traduções
Diagramação: Wirley Correa - Layout
Capa: Wirley Correa - Layout
Ebook: João Fernandes
ISBN: 978-85-8132-510-1
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

P888s Powlison, David, 1949-


frendo com o suicídio : ajuda após o choque /
David Powlison. – São José dos Campos, SP: Fiel, 2018.
2Mb ; ePUB

Tradução de: Grieving a suicide : help for the aftershock.


ISBN 978-85-8132-510-1
1. Suicídio – Aspectos religiosos – Cristianismo. 2. Luto – Aspectos religiosos –
Cristianismo. I. Título. II. Série.
CDD: 248.866

Caixa Postal, 1601


CEP 12230-971
São José dos Campos-SP
PABX.: (12) 3919-9999
www.editorafiel.com.br
APRESENTAÇÃO DA SÉRIE
Gilson Santos

Jay Adams, teólogo e conselheiro norte-americano, nascido em 1929, foi


professor de Poimênica no Seminário Teológico de Westminster, em
Filadélfia, no estado de Pensilvânia, Estados Unidos. Adams é um respeitado
escritor e pregador, genuinamente evangélico e conservador. Enquanto
lecionava sobre a teoria e a prática do pastoreio do rebanho de Cristo, ele viu-
se na necessidade de construir uma teoria básica do aconselhamento pastoral.
Rememorando a sua trajetória, Adams nos informa que, tal como muitos
pastores, não foi muito o que aprendeu no seminário sobre a arte de
aconselhar. Desiludido com suas iniciativas de encaminhar ovelhas para
especialistas, ele buscou assumir um papel pastoral mais assertivo e
biblicamente orientado no contexto de aconselhamento.
Em seus esforços, crendo na veracidade e eficácia da Bíblia, Adams
estabeleceu como objetivo salvaguardar a responsabilidade moral dos
aconselhandos, entendendo que muitas abordagens terapêuticas e poimênicas
a comprometiam. Em seu elevado senso de respeito e reverência às
Escrituras, Adams reconheceu que a Bíblia é fonte legítima, relevante e rica
para o aconselhamento. Ele propôs que, em vez de ceder e transferir a tarefa a
especialistas embebidos em seus dogmas humanistas, os ministros do
evangelho, assim outros obreiros cristãos vocacionados por Deus para
socorrer pessoas em aflição, devem ser estimulados a reassumir seus
privilégios e responsabilidades. Inserido em uma tradição que tendia a
valorizar fortemente as dimensões públicas do ministério pastoral, Adams
fincou posição por retomar o prestígio das dimensões pessoais e privativas do
ministério cristão, sobretudo o aconselhamento. Nisto seu esforço se revelou
de importância capital. De fato, basta examinar a matriz primária do
ministério cristão, que é a própria pessoa de Jesus Cristo, para concluir que,
diminuir a importância e lugar do ministério pessoal trata-se de uma distorção
grave na história da igreja. Adams defende, assim, que conselheiros cristãos
qualificados, adequadamente treinados nas Escrituras, são competentes para
aconselhar.
Adams também assumiu com seriedade as implicações do conceito cristão
de pecado para o aconselhamento. Em resumo, ele propõe que o cristianismo
não pode contemplar uma psicopatologia que prescinda de um entendimento
bíblico dos efeitos da Queda, e da pervasiva influência que o pecado exerce
no psiquismo dos seres humanos. Por esta razão, a abordagem que ele propôs
chamou-se inicialmente de “Aconselhamento Noutético”. O termo noutético
é derivado de uma palavra grega, amplamente utilizada no texto
neotestamentário, que significa “por em mente” – formado de nous [mente]
e tithemi [por]. O uso de nouthetéo nos escritos paulinos sempre aparece
estritamente associado a uma intenção pedagógica. O aconselhamento
noutético seria então aquele que direciona, ensina, exorta e confronta o
aconselhando com os princípios bíblicos. De acordo com a noutética, o
aconselhamento se dá em confrontação com a Palavra de Deus. Visando não
apenas uma mudança comportamental, ele objetiva a inteira transformação da
cosmovisão, oferecendo as “lentes da Escritura” ao aconselhando. Num
momento posterior, esta abordagem passou a denominar-se exclusivamente
“Aconselhamento Bíblico”.
Sobre estas bases, em 1968 Jay Adams deu início, no Seminário Teológico
de Westminster, em Filadélfia, ao CCEF - Christian Counseling and
Education Foundation (Fundação para Educação e Aconselhamento Cristão),
inaugurando um novo momento na história do aconselhamento cristão.
Adams lançou os principais conceitos de sua teoria de aconselhamento na
obra “O Conselheiro Capaz” (Competent to Counsel), publicado em 1970; a
metodologia foi condensada no “Manual do Conselheiro Capaz”, publicado
em 1973. No Brasil, a Editora Fiel foi pioneira na publicação dessas duas
obras; a primeira edição de “Conselheiro Capaz” em português foi publicada
em 1977 e o volume com a metodologia publicado posteriormente. Adams
também foi preletor em uma das primeiras conferências da Editora Fiel no
Brasil direcionada a pastores e líderes.
O legado de Adams no CCEF foi recebido e levado adiante por novas
gerações. Estas procuraram manter-se alinhadas com o núcleo central de sua
proposta, ao mesmo tempo em que revisaram aspectos vulneráveis, e
defrontaram-se com algumas de suas tensões ou limites. Alguns destes novos
líderes e conselheiros notabilizaram-se. Estes empenharam-se por um foco
mais direcionado ao ser do que no fazer, colocando grande ênfase nas
dinâmicas do coração, particularmente no problema da idolatria. Também
procuraram combinar o enfoque no pecado com uma teologia do sofrimento.
Procuram oferecer considerações ao social e ao biológico, com novos
enfoques para as enfermidades, inclusive para o uso de medicamentos. É
igualmente notável a ênfase no aspecto relacional do aconselhamento na
abordagem desses novos líderes. Alguns estudiosos do movimento ainda
apontam uma maior abertura e espírito irênico dessas gerações sucedâneas,
particularmente em sua confrontação com outras abordagens poimênicas ou
terapêuticas.
A Editora Fiel vem novamente oferecer a sua contribuição ao
aconselhamento bíblico, desta vez colocando em português esta série que
enfoca vários temas desafiantes à presente geração. A série original em inglês
já se aproxima de três dezenas de livretos. Este que o leitor tem em suas mãos
é um deles. Tais temas inserem-se no cenário com o qual o pastor e
conselheiro cristão defronta-se cotidianamente. Os autores da série pretendem
oferecer um material útil, biblicamente respaldado, simples e prático, que
responda às demandas comuns nos settings, relações e sessões de
aconselhamento cristão. Se este material, que representa esforços das
gerações mais recentes do aconselhamento bíblico, puder ajudá-lo em seus
desafios pessoais em tais áreas, ou ainda em seu ministério pessoal, então os
editores podem dizer que atingiram o seu objetivo.
Boa leitura!
Gilson Carlos de Souza Santos é pastor da Igreja Batista da Graça, em São
José dos Campos, possui bacharelado em Teologia e graduação em
Psicologia, e dirige o Instituto Poimênica cujo alvo é oferecer apoio e
promoção à poimênica cristã.
Introdução
Alguém que você conhece cometeu suicídio. Você está encarando uma
realidade muito difícil e obscura. Você se sente abalado, ferido, traído e
confuso. Está passando por toda uma gama de emoções e reações. Cada uma
delas é dolorosa. Sua reação inicial provavelmente foi a de choque e
descrença. Agora você está tentando processar o que aconteceu. Como
compreender e aceitar o suicídio de alguém próximo? É possível descobrir
algum sentido em um ato tão desprovido de sentido? É possível encontrar
esperança nas consequências de uma escolha tão desesperada? Como o
conhecimento de Deus pode fazer diferença em seu sofrimento?
O que você está enfrentando
Você está passando por uma tempestade de emoções e sentimentos.
Primeiro, você está sentindo a reação natural da dor profunda. Alguém que
você conhece e ama faleceu. Então você sente o vazio e a tristeza da perda.
Essa solidão é extremamente difícil. Mas o suicídio adiciona muitas outras
reações dolorosas além do coração partido que a morte traz. A morte foi
autoinfligida. Você provavelmente também está sentindo uma ou mais destas
emoções:

Confusão e desorientação. O que aconteceu é confuso e


desorientador. O suicídio nunca é algo simples e fácil de se
compreender. Provavelmente você ainda está lutando para aceitar a
realidade dessa tragédia.
Raiva e traição. Por definição, o suicídio fere as outras pessoas.
Então você talvez experimente sentimentos de raiva e a sensação de
ter sido traído.
Culpa e responsabilidade. É normal se perguntar “Eu poderia ter
feito algo?”, ou “Se eu pudesse ter feito ________________!”, ou
“Por que eu não percebi ________________?”.
Medo de fazer a mesma coisa. O suicídio de alguém pode lhe causar
o medo de fazer o mesmo. Talvez você esteja receoso de que possa
estar também correndo o risco de ter comportamentos suicidas.

Você está encarando perguntas sem respostas. Todas as pessoas que


sofrem os impactos do suicídio lutam com perguntas como “Por quê? Por
que isso aconteceu? Por que tinha de acabar nisso? Por que isso não pôde
ser impedido?”. Mas não importa quais as razões do suicídio, pois, no fim
das contas, ele nunca pode ser completamente explicado. Você é deixado
com perguntas que não podem ser respondidas, porque a pessoa que cometeu
o suicídio, a única que poderia explicá-lo , se foi. (Para obter ajuda quanto a
pensamentos e comportamentos suicidas, leia o livro desta série Eu Quero
Morrer: Substituindo Pensamentos Suicidas por Esperança).

Enfrentando o suicídio pela fé


Como você pode lidar com essa experiência dolorosa? Não há uma solução
rápida e fácil para o que você está passando. E Deus, na Bíblia, não lhe
oferece chavões ou respostas prontas. Ele lhe dá algo muito melhor — em
resposta à sua tristeza, emoções e perguntas sem resposta, Deus lhe dá a si
mesmo.
Edith Schaeffer uma vez usou uma metáfora de um tapete para falar sobre
as dificuldades da vida. Ela mostrou que a parte de cima do tapete possui
belos desenhos costurados; mas a parte de baixo possui muitos nós e fios
enroscados. O suicídio da pessoa que você amava é uma daquelas partes com
nós e fios enroscados debaixo de seu tapete. Não importa por quanto tempo o
observe, você não poderá entendê-lo. Essa é uma das experiências doloridas e
obscuras da vida, na qual você deve saber que as promessas e a presença do
seu Deus e Salvador são reais. Em meio a essa escuridão, Deus lhe chama
para viver uma vida em que a fé e o amor ainda resplandecem.
Um dia, você enxergará a parte de cima do tapete ao invés de apenas o
emaranhado. Parte de sua beleza será o modo como você aprenderá a
conhecer Deus e a amar outras pessoas ao passar por experiências difíceis.
Essa é toda a resposta para o motivo de Deus ter permitido que isso
acontecesse? Não. Há coisas sobre a vontade e o propósito de Deus que estão
além de nós. A Bíblia diz que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor,
nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para
sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29:29).
As razões para o suicídio dessa pessoa querida estão entre “as coisas
encobertas” que pertencem ao Senhor. Porém “as reveladas nos pertencem, a
nós e a nossos filhos, para sempre”. Deus não está se referindo apenas às
suas leis; ele também se refere às suas promessas, seus propósitos e à
revelação de si mesmo em Jesus e na Palavra. O que foi revelado é dado para
que você possa viver. O que não lhe foi revelado é algo secreto. Ao invés de
confiar em seu conhecimento, você precisa confiar no amor e na bondade de
Deus. Essa é uma lição que você terá de aprender e reaprender em sua vida
— não apenas agora, enquanto luta com um coração partido, mas em todos os
altos e baixos da vida. Seu relacionamento com Deus será aquilo que lhe trará
paz, mesmo não tendo todas as perguntas respondidas.
Você nunca terá uma resposta que venha a unir todos os pontos e formar o
desenho final. Você nunca se sentirá confortável quanto a isso. Você nunca
irá “superar” o ocorrido de forma que isso não o machuque ou incomode
mais. Você terá de viver com o senso contínuo do “Eu não entendo. Sempre
que me lembro disso, ainda não está tudo bem.” O suicídio de alguém amado
traz uma enorme fraqueza contínua para sua vida.
C. S. Lewis descreveu esse nosso estado de fraqueza compreensível. Ele
disse que a nossa necessidade de Deus é revelada em nossa “crescente
consciência de que todo o nosso ser é, por natureza, uma única grande
necessidade, incompleta, preparatória, vazia e desordenada, clamando por
aquele que pode desatar as coisas que estão emaranhadas e atar os fios
soltos”. Vivenciar o suicídio de alguém que você ama o coloca em uma
situação cuja única saída é confiar em Deus, o único que pode desatar os
emaranhados e atar os fios soltos.
Você precisa dizer, assim como o apóstolo Pedro: “Senhor, para quem
iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido
que tu és o Santo de Deus” (Jo 6:68-69). Para onde mais você irá?
Quem é maior que as coisas em seu coração que estão emaranhadas ou
soltas? Depois de toda a luta para entender o que houve; depois de todo o
sofrimento doentio quanto ao motivo do ocorrido; depois de toda a raiva
quanto à traição, num nível mais profundo, você deve conseguir dizer: “Eu
não entendo essa situação e preciso deixá-la com o Senhor, meu Deus e meu
Rei”.

A fé se aperfeiçoa na fraqueza
Deus não está alheio à realidade que levou alguém ao suicídio, nem está
alheio à sua luta com a tristeza e a dor. É exatamente em meio a essas duras
realidades que a sua fé em Deus vai se aperfeiçoando. Deus explica isso desta
maneira:
“Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a
árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia
quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem
deixa de dar fruto” (Jr 17:7-8).
Jeremias está falando a respeito de viver em um deserto — onde a vida é
difícil e brutal. O deserto na Bíblia é o lugar de morte. Nele não há água nem
comida. É quente. Há predadores perigosos e cobras venenosas. É o lugar
onde sua fé é testada. Você sente que sua dor e confusão o levaram a um
deserto espiritual? Ao aprofundar sua confiança em Deus, seu deserto será o
lugar onde você encontrará a água viva da esperança, a misericórdia e a
bênção de Deus.
A água viva de Deus é a sua presença. Ele diz: “estou com você”. Ele é a
única pessoa que pode, de uma maneira profunda, tranquilizar seu coração.
Apesar de você se sentir sozinho e abandonado, ele está com você. A
presença dele significa que, mesmo na mais obscura das circunstâncias
(incluindo o suicídio de alguém que você ama), você não precisa temer.
Permita-me dizê-lo de novo.
Ele está com você.
Ele está com você.
Ele está com você.
Ele está com você.
Porque Deus está com você, mesmo nas consequências do coração partido e
da perplexidade, você será frutífero.
Nenhuma “varinha mágica” pode fazer com que a memória do suicídio
dessa pessoa querida não doa. Você deve relembrar várias vezes que o Deus
eterno está com você, e que ele é maior que a morte. Ele promete que um dia
não haverá mais morte, e que toda tristeza, choro e dor chegarão ao fim (Ap
21:4).
Estratégias práticas para a mudança
As ações daqueles ao nosso redor nos influenciam tanto para o bem como
para o mal. Podemos dizer que aconselhamos uns aos outros com nossas
ações. Quando alguém amado comete suicídio, você está recebendo um
conselho muito ruim. O conselho que vem de um suicídio é que a forma de
lidar com obstáculos e decepções é o isolamento. O suicídio é um ato feito
em solidão que nos leva a total isolamento e desolação. Você precisa resistir a
esse conselho se apegando a Deus, conectando-se com outras pessoas,
confiando na misericórdia de Deus e vivendo de uma maneira frutífera.

Apegue-se a Jesus
A primeira coisa que você deve fazer é se refugiar no Deus que nos promete
seu amor inabalável. Refugiar-se nele significa encarar a realidade obscura do
suicídio, mas não ficar preso a todas as suas reações negativas — aos
“porquês”, à sensação de abandono, ou mesmo pensar que o suicídio é uma
maneira viável de lidar com a sua dor. A saída de todas essas reações ruins é
encontrar alguém que é maior do que o que ocorreu. E esse alguém só pode
ser o Senhor da vida, seu Salvador, Jesus Cristo.
O suicídio traz sofrimento e dificuldade para a vida de todos que são
tocados por ele. Mas Deus veio, na pessoa de Jesus, e entrou nas dificuldades,
no sofrimento, nos pecados e nas decepções dessa vida. Jesus suportou a sua
fraqueza. Ele foi tentado como você. Ele triunfou. Agora ele vem até você
com promessas de misericórdia e bondade. “Aquele que não poupou o seu
próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará
graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8:32).
Ao ler Romanos 8, você percebe que Paulo não diz que não teremos
dificuldades. Ao invés disso, ele enfatiza que haverá “tribulação... angústia...
perseguição... fome... nudez [e] perigo” (v. 35). Mas ele promete que
nenhuma dessas coisas “poderá separar-nos do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus, nosso Senhor” (v. 39). Apegue-se a essa promessa. Apegue-se a
Jesus. Convide-o a entrar em suas lutas, tristezas e perguntas. Encha sua
mente com as palavras dele.
Quando você lê o evangelho de Lucas, você lê uma biografia bem incomum
de Jesus. Lucas não fala muito de pessoas famosas, inteligentes e de sucesso.
Ele põe seu foco em pessoas pequenas, pessoas que não têm poder, enlutadas,
ignoradas e negligenciadas. Nesse exato momento você está lá. Você está
passando por algo muito maior que a sua habilidade de controlar ou
consertar. Ao ler o evangelho de Lucas, observe Jesus em ação. Perceba
como ele trata as pessoas com sabedoria, amor e ternura. Perceba como ele se
contenta em fazer ou dizer apenas uma coisa, ou algumas poucas coisas.
Saiba que essa também é a maneira como ele o trata.
Enquanto você lê os Salmos, tome-os e derrame o seu coração a Jesus. Os
Salmos lhe darão algumas maneiras de como trazer seus problemas
particulares até Jesus, seu Salvador e Amigo. Peça a ele para ficar com você
nesse tempo. Ele promete responder quando clamar (Sl 86:7). Ele promete
nunca deixá-lo ou abandoná-lo (Hb 13:5).

Conecte-se com outras pessoas


Outra coisa que você deve fazer é se conectar, se relacionar sinceramente
com outras pessoas. Não tente lidar com isso longe de sua comunidade.
Junte-se àqueles que também foram afetados pelo suicídio. Conversem uns
com os outros sobre essas pessoas queridas. Não evite falar sobre o suicídio.
Estar juntos no funeral e depois irá uni-los no compartilhamento dessa dor. O
ajuntar-se para chorarem uns com os outros e relembrarem o ocorrido é o
oposto da mensagem de isolamento e solidão que o suicídio transmite.
A tragédia do suicídio não precisa acabar com os relacionamentos. A
família pode ficar ainda mais unida e as amizades, cada vez mais profundas
enquanto vocês se amparam uns nos outros em face das dificuldades da vida.
Não tente trilhar o caminho obscuro das realidades difíceis da vida sem a
companhia de outras pessoas. Esses relacionamentos sempre irão lembrá-lo
da cadeira vazia — a pessoa que não está com você. Mas a comunidade
humana genuína é um dos maiores presentes de Deus. Sua comunidade pode
ajudá-lo a lutar contra o isolamento, o desespero e a hostilidade implícita que
são parte de um ato suicida. Ore com outras pessoas e umas pelas outras
enquanto choram juntos.

Confie na misericórdia de Deus


Uma pergunta que deve estar passando pela sua mente é: “Essa pessoa
querida ainda pode ir para o céu depois de cometer suicídio?”. Essa é uma
pergunta natural para um cristão fazer. O suicídio é errado. É um
“autoassassinato” , e isso é um pecado. Mas é importante lembrar que ele não
é o pecado imperdoável. Nós não lemos corações. Nós não conhecemos a
história completa. Não sabemos o que houve entre essa pessoa querida e
Deus nos momentos finais da vida dela. Você não pode voltar aos últimos
momentos e adivinhar aquilo em que ela estava pensando. Mas você tem a
certeza de que Deus é justo, misericordioso e perdoador. E você também sabe
que não pode presumir conhecer a mente interior de Deus e seus propósitos.
Se a pessoa que você amava tinha fé em Cristo, mesmo que o último ato
dela na terra tenha sido errado, isso não significa que ela não pode ser
perdoada. Deus conhece os corações — nós não; e ele, que é tanto justo como
misericordioso, dá a decisão final sobre céu e inferno.
Você precisa estar disposto a viver com algo menos que cem por cento de
conclusão quanto à resposta a essa pergunta. “As coisas encobertas
pertencem ao Senhor, nosso Deus” (Dt 29:29). Você só pode fazer isso
quando estiver certo do amor de Deus. Leve Romanos 8 em consideração,
concentrando-se especialmente nos versos 31 a 39. Eles são cheios da
promessa de misericórdia de Deus, de sua presença em Jesus Cristo e de seu
amor, que é inextinguível e indestrutível. Encha sua mente e seu coração com
a promessa do amor de Deus, e você poderá confiar nele quanto à vida dessa
pessoa querida.

Viva de maneira frutífera


É importante, nesse momento, você não negligenciar as coisas básicas da
vida. Talvez sua comida já não tenha tanto sabor, mas você precisa comer.
Talvez você não queira sair da cama pela manhã, mas você precisa se
levantar e se vestir. Talvez você não tenha muito interesse em seu trabalho ou
nas responsabilidades de casa, mas você precisa continuar. Tome tempo para
chorar, para processar... Depois volte à vida normal. Fazer essas coisas
significa afirmar que a vida continua apesar do que aconteceu.
Ao viver em comunhão com Deus e com outras pessoas, e reestabelecer o
padrão normal de vida, você vai notar, com o tempo, que tem a habilidade de
amar outros de forma mais consistente e profunda. Paulo, em sua segunda
carta à igreja de Corinto, disse que Deus “nos conforta em toda a nossa
tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia,
com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” (2Co
1:4).
Nada trará seu amigo, parente ou colega de trabalho de volta. Mas você
pode se tornar um amigo mais sábio, mais disposto a arriscar e intervir
quando perceber algo difícil. Deus usará aquilo pelo qual está passando agora
para lhe dar sabedoria e ternura enquanto você vai ao encontro de outros que
estão sofrendo. O consolo de Deus fluirá através de você para que possa
consolar outros em suas tribulações.
Essa pessoa que você amava escolheu, em seu último ato na terra, viver de
forma destrutiva. Em resposta a isso, é importante pedir a Deus que o ajude a
viver de forma frutífera. Viver de forma frutífera significa refugiar-se em
Deus, amar as pessoas e “correr a corrida” por todo o caminho. Significa
viver cada dia sabendo que sua vida pertence a Jesus e, por causa disso,
dando pequenos passos adiante mesmo quando a vida é pesada. Ao fazer isso,
você estará encarando a escuridão que o suicídio traz e reagindo ao viver à
luz e esperança do evangelho de Jesus Cristo.
Simples, Prático, Bíblico
Abordando temas como divórcio, suicídio, homossexualidade, transtorno
bipolar, depressão, pais solteiros e outros, os livros da série Aconselhamento
oferecem orientação bíblica para pastores e conselheiros que lidam com esses
assuntos difíceis em seus ministérios, e para pessoas que experimentam essas
situações de lutas e sofrimento em seus diversos contextos de vida. Leia-os,
ofereça-os a um amigo e disponibilize-os em sua igreja e ministério.
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