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PESQUISA EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Orçamento Pessoal e Conhecimentos Financeiros

Janeiro 2015
1. INTRODUÇÃO

Quatro em cada dez


consumidores consideram-se 6 em cada 10
consumidores
desorganizados financeiramente,
realizam algum controle
mas sete em cada dez sentem
sistemático de seu
dificuldade para realizar a tarefa orçamento pessoal:
O presente estudo do SPC Brasil e Meu Bolso
Feliz sobre Educação Financeira indica que seis
Papel 23%
em cada dez consumidores (59%) realizam algum Planilhas de
controle sistemático de seu orçamento pessoal, computador 32%
seja no papel (23%), com ajuda de planilhas de
computador (32%) ou por meio de aplicativos (4%). Aplicativos 4%

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Esse comportamento aparece de forma mais
significativa entre os consumidores mais
escolarizados e os pertencentes à Classe A/B,
sugerindo que as melhores práticas financeiras
são mais comuns dentre aqueles que tiveram mais
acesso à educação formal e/ou possuem maior
poder aquisitivo. Por outro lado, embora a maioria
garanta realizar o controle do orçamento, observa-
se que algumas práticas realmente efetivas -
o registro diário de receitas e despesas - são
adotadas por apenas 16% dos entrevistados.

De modo geral, a pesquisa sugere que a maior


parte dos consumidores brasileiros não está à
vontade para organizar e gerenciar o próprio
dinheiro: sete em cada dez pessoas (69%) admitem
sentir dificuldade para realizar o controle de seu
orçamento pessoal, sendo que o maior obstáculo
(32%) é a disciplina necessária para registrar
os ganhos e gastos com regularidade. Outras
dificuldades relatadas incluem lembrar-se dos
gastos (16%), falta de tempo (8%), preguiça (4%) e
não saber como fazer ou por onde começar (4%).

7 em cada 10 pessoas
admitem sentir dificuldade para
manter um controle de seu
orçamento pessoal, sendo:
Somente quatro em cada dez pessoas
Falta de disciplina para (37%) não julgam que sua vida financeira
registrar os ganhos e 32% é organizada. Proporção similar (40%) foi
gastos com regularidade registrada entre os que garantem sentir-se
seguros para lidar com o próprio dinheiro,
Lembrar-se
dos gastos 16% indicando que a maioria das pessoas,
portanto, não está pronta para gerenciar
Falta de tempo 8% seus próprios recursos. Contribuem para
isso o baixo grau de conhecimento sobre
Preguiça 4% as temas úteis para a condução da vida
financeira, como juros no cartão de crédito
Não saber como fazer (com nota 7,0 numa escala que vai de 0 a
ou por onde começar 4% 10), juros cobrados em empréstimos (6,6)
e inflação (6,0), dentre outras.

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O estudo também traz revelações a respeito das fontes de conhecimento mais comuns por meio
das quais os consumidores adquirem informações sobre dinheiro. O conhecimento informal, em
conversas com familiares e amigos (48%) e a influência da mídia e formadores de opinião (46%
para revistas, jornais e noticiários) são as fontes mais utilizadas.

Dentre os atributos considerados importantes para uma vida financeira saudável, observa-se que
os brasileiros priorizam atitudes ligadas ao consumo, como pechinchar (nota 7,8 numa escala que
vai de 0 a 10) e pesquisar preços (8,6), ou seja: o foco é como consumir de forma mais eficaz,
quando o mais recomendável seria focar em ações para economizar todos os meses (7,0) e fazer o
controle do orçamento (7,0).

Finalmente, a pesquisa sobre Educação Financeira


traz dados sobre as estratégias mais utilizadas para
lidar com gastos e imprevistos quando falta dinheiro
para fechar as contas do mês: nessa hora, 19% dos
entrevistados admitem fazer compras com o cartão
de crédito para completar as despesas, sendo que,
dentre esses, 39% o fazem todos os meses.

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2. ORÇAMENTO PESSOAL

59% dos consumidores realizam o controle sistemático


de seu orçamento pessoal
Seis em cada dez pessoas ouvidas (59%) pelo
SPC Brasil e Meu Bolso Feliz garantem realizar
algum controle sistemático do orçamento
mensal, sendo 32% com ajuda de planilhas
Dos que fazem
de computador, 23% em anotações no controle digital do orçamento,
papel (agenda/caderno) e 4% em aplicativos
para celular. Essa prática é mais usual entre 36% utilizam
os entrevistados da Classe A/B (65%).
Considerando apenas o controle do orçamento
aplicativos
feito digitalmente (aplicativos e planilhas),
observa-se que 36% dos entrevistados optam
e planilhas
por esta forma, compreendendo o uso de
planilhas e aplicativos.

Embora seja significativo o percentual dos que registram ganhos e despesas mensais, o estudo
mostra que o controle de cada item do orçamento, analisado separadamente, é sempre menor:
51% para os rendimentos, 49% para as reservas financeiras e 43% para os gastos não fundamentais,
por exemplo.

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Considerando o total da amostra,
16% afirmam registrar seus ganhos e
gastos diariamente. O percentual é um
pouco maior entre os homens (19%), as
16%
pessoas de 25 a 34 anos (21%), os mais
afirmam registrar seus ganhos
escolarizados (23%) e os pertencentes e gastos diariamente
à Classe A/B (23%).

O estudo do SPC Brasil e Meu Bolso


41%
Feliz mostra que a maior parte dos não mantém o controle de
entrevistados (41%) não mantém o suas reservas financeiras
controle de suas reservas financeiras.

Sete em cada dez pessoas (69%)


admitem sentir dificuldade para
realizar o controle do orçamento
A maioria das pessoas ouvidas (69%) admite sentir algum tipo de dificuldade
para controlar seu orçamento. A barreira mais comum é a disciplina necessária
para registrar ganhos e gastos com regularidade (32%). Essa justificativa é mais
frequente entre os mais jovens (41%) e pessoas com ensino médio (38%).

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Lembrar-se dos gastos que não constam

69%
no extrato bancário é mais um obstáculo
observado na pesquisa, para 16% dos
das pessoas ouvidas entrevistados (19% entre as mulheres). 8%
admitem sentir algum tipo relatam a falta de tempo, enquanto 4%
admitem sentir preguiça para realizar a
de dificuldade para
tarefa e outros 4% dizem não saber por onde
controlar seu orçamento começar ou como fazer.

32% Entre aqueles que afirmam não manter o


controle do orçamento, as razões apontadas
consideram a falta de incluem preguiça (19%), desconhecimento
disciplina a maior barreira de como fazer (16%), falta de disciplina
para registrar ganhos e (13%) e o fato de não terem rendimento fixo
gastos com regularidade (11%).

Levando em conta apenas as dificuldades ligadas ao comportamento e


às atitudes e escolhas do entrevistado, conclui-se que 64% deles
não consideram o controle do orçamento pessoal uma
prioridade: seja por preguiça, falta de disciplina, pouca
disposição para dedicarem tempo à tarefa, ou,
simplesmente, por sentirem tédio e acharem
que não se trata de algo importante.

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3. GASTOS MENSAIS E EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Quatro em cada dez pessoas (37%) acreditam que sua vida


financeira não é organizada
37% dos entrevistados consideram que sua
vida financeira não é organizada. A proporção
aumenta entre os menos escolarizados (43%) e os 37%
pertencentes à Classe C/D/E (43%). dos entrevistados
O estudo também indica que 83% das pessoas consideram que sua vida
ouvidas conseguem fechar suas contas no fim do financeira não é organizada
mês, sendo que, de acordo com 61% da amostra,
ainda sobra uma quantia para poupar ou direcionar
os gastos extras. Entre os que não conseguem
83%
conseguem fechar suas
quitar todas as despesas, 11% revelam que, às
vezes, precisam “fazer ginástica” para administrar contas no fim do mês
o dinheiro a receber e as contas a pagar.

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Quando falta dinheiro no orçamento mensal, as estratégias mais comuns
(envolvendo endividamento) são as seguintes: comprar com o cartão de crédito
(19%), pedir emprestado a amigos/familiares (17%), utilizar o limite do cheque
especial (13%) e fazer empréstimos (13%). Também é significativo o percentual
de consumidores que faz uso de suas reservas financeiras (10%).

Estratégias comuns para cobrir o orçamento mensal

Comprar com o cartão de crédito 19%


Pedir emprestado a amigos/familiares 17%
Utilizar o limite do cheque especial 13%
Fazer empréstimos 13%
Usar as reservas financeiras 10%

A pesquisa mostra ainda que, dentre


aqueles que precisam utilizar o cartão de
crédito para pagar a contas (ou seja, 28%
da amostra) 39% o fazem todos os meses.
De modo semelhante, considerando
os entrevistados que utilizam o limite
do cheque especial para honrar seus
compromissos, 23% destes o fazem
mensalmente. Também é possível dizer
que entre os consumidores que têm o
hábito de usar o cartão de crédito para
pagar as contas, 58% o fazem, se não
uma vez por mês, pelo menos entre
quatro e seis vezes ao ano. (41%, no caso
do cheque especial).

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Atitudes para uma vida financeira saudável:
consumidor pensa em consumir mais, ao invés de gastar menos
O estudo do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz perguntou aos consumidores quais são os atributos mais
importantes para definir uma vida financeira saudável. Itens relacionados ao consumo, como a
pesquisa de preços (8,6) e o ato de pechinchar (7,8), foram os mais citados. Por outro lado, ações
que poderiam trazer resultados mais eficazes, como economizar todos os meses (7,0) e fazer o
controle do orçamento, (7,0) anotando os gastos, são menos comuns entre as pessoas ouvidas.

Atributos mais importantes para definir uma


vida financeira saudável, segundo os consumidores:

7 8,6
Controlar o Pesquisar
orçamento preços

7 7,8
Economizar Pechinchar
todos os meses

Observa-se que os entrevistados valorizam atitudes financeiras conscientes: fazer pesquisa de


preços, anotar os gastos, pedir descontos, juntar dinheiro para comprar à vista, evitar compras
não planejadas e economizar todos os meses, dentre outras ações, são consideradas importantes
para manter as finanças pessoais em ordem. Mas, ao mesmo tempo, a pesquisa indica que essas
mesmas atitudes acabam sendo adotadas com menor frequência do que deveriam. O discurso dos
consumidores, portanto, não corresponde fielmente à prática.

Quando são questionados sobre os motivos


que os levam a tomar atitudes típicas de uma
Motivos que levam as pessoas
vida financeira saudável, 42% das pessoas
a tomar atitudes típicas de
ouvidas afirmam que este é seu “jeito de ser”
uma vida financeira saudável:
e que sempre agiram assim (53% entre os
homens, 57% entre os pertencentes à Classe

42% Alegam “jeito de ser” e que


sempre agiram assim
A/B). A cultura familiar também está presente
nas respostas: 16% dos entrevistados alegam
que os pais os ensinaram a agir desta forma.
16% Os pais os ensinaram
a agir desta forma Finalmente, passar por experiências difíceis,
que ensinaram a lidar com o dinheiro, é a
Passaram por experiências
42% difíceis, que ensinaram a lidar
com o dinheiro
razão apontada por 42% da amostra (54%
entre as mulheres, 53% entre os pertencentes
à Classe C/D/E).

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Ao analisar os hábitos de compra dos
consumidores, o estudo revela que a maior
parte (65%) afirma avaliar sempre sua condição 31%
financeira, antes de adquirir um produto, Admitem que,
fazendo a compra apenas quando podem ocasionalmente,
(71% na Classe A/B). Outros 31% admitem que,
acabam comprando
ocasionalmente, acabam comprando sem poder
sem poder
(33% na Classe C/D/E).

52% dos consumidores possuem reserva financeira para


imprevistos e gastos extras
Mais da metade dos entrevistados pelo SPC Brasil e Meu Bolso Feliz (52%) afirmam manter alguma
reserva financeira para lidar com os gastos extras que surgem no início do ano, como as despesas
com as festas de final de ano, impostos, material escolar etc. (62% na Classe A/B). As estratégias
mais comuns incluem poupar dinheiro ao longo do ano (28%) e usar parte do Décimo Terceiro
Salário (24%). Já para outros 14% da amostra, o planejamento não é um hábito.

52%
afirmam manter alguma
reserva financeira para
lidar com os gastos extras
que surgem no início do
ano, como as despesas com
as festas de final de ano,
impostos e material escolar

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Ao enfrentar alguma dificuldade
financeira, praticamente a
metade da amostra (48%) afirma
que conseguiria manter o mesmo
padrão de vida por, no máximo,
seis meses, sendo que 14% não
chegariam nem a um mês. Os
pertencentes à Classe A/B (18%)
e os mais escolarizados (16%)
são os mais capacitados para
manter o mesmo padrão, por um
período acima de 12 meses.

Ainda levando em conta períodos de dificuldades ou imprevistos, como a perda de emprego


ou problemas de saúde, o estudo mostra que 51% dos consumidores recorreriam às reservas
financeiras, como poupança ou aplicações (63% na Classe A/B e 64% entre os mais escolarizados).
Outros 18% garantem que fariam empréstimos bancários ou com familiares e amigos.

Ao enfrentar alguma dificuldade financeira,


por quanto tempo conseguiria manter o mesmo padrão de vida?

14% 48%
não chegariam manteriam por, no
nem a um mês máximo, 6 meses

51% 18%
recorreriam às garantem que fariam
reservas financeiras, empréstimos bancários
como poupança ou com familiares
ou aplicações e amigos

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4. CONHECIMENTOS FINANCEIROS

Quatro em cada dez pessoas sentem-se seguras


para organizar o próprio dinheiro

Apenas quatro em cada dez pessoas ouvidas sentem-se seguras para gerenciar/organizar o
próprio dinheiro. A sensação de insegurança é maior entre as mulheres (48%) e os pertencentes à
Classe C/D/E (49%). Esse aparente desconforto fica ainda mais claro quando os consumidores são
questionados sobre os conhecimentos que podem ajudar a lidar com a vida financeira.

Se, por um lado, os entrevistados dominam a


habilidade para fazer contas (nota 8,4 numa escala que
vai de 1 a 10), por outros, é menor o conhecimento
sobre os juros cobrados no cartão de crédito (7,0), Apenas 4
em cada 10
sobretudo entre as mulheres, os pertencentes à
Classe C/D/E e os menos escolarizados. Também
deixa a desejar o domínio sobre temas como juros
cobrados em empréstimos (6,6) e inflação (6,0). pessoas
ouvidas sentem-se
seguras para
gerenciar/organizar
o próprio dinheiro

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Ao falar sobre a fonte onde adquiriram seus conhecimentos para gerir o próprio dinheiro, 48%
informam que foi através de conversas com amigos e familiares, o que pode não ser muito
proveitoso, uma vez que é baixo o grau de conhecimento geral das pessoas sobre o tema. Outros
46% citam revistas, jornais e noticiários, enquanto 33% dizem utilizar informações de sites e blogs
especializados, comprovando o alcance e da influência da mídia e dos formadores de opinião,
enquanto fontes confiáveis de informação para os consumidores.

Menos de um quarto dos consumidores ouvidos


(23%) acredita que sua vida financeira atual está

46%
muito organizada. E quando são perguntados
sobre as características que mais sobressaem nas
citam revistas, jornais e pessoas que têm uma vida financeira organizada
noticiários como fonte de e tranquila, a maioria dos entrevistados (66%) cita
a disciplina (75% entre a Classe A/B). Também são
conhecimento para gerir
considerados importantes o fato de o indivíduo ser
o próprio dinheiro econômico (48%), responsável (45%), organizado

33%
(41%) e controlado com seu orçamento mensal
(20%).
dizem utilizar informações Já os financeiramente desorganizados, na
de sites e blogs opinião dos consumidores ouvidos, são o oposto:
especializados consumistas (62%), indisciplinados (41%),
irresponsáveis (34%), desorganizados (29%) e
descontrolados com o orçamento mensal (21%).

Características de pesssoas

Financeiramente Financeiramente
organizadas desorganizadas

Disciplinados 66% Consumistas 62%


Econômicos 48% Indisciplinados 41%
Responsáveis 45% Irresponsáveis 34%
Organizados 41% Desorganizados 29%
Controlados com o Descontrolados com o
orçamento mensal 20% orçamento mensal 21%
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5. CONCLUSÃO

7 em cada
10 pessoas
De acordo com a pesquisa do SPC Brasil e Meu Bolso dizem sentir dificuldade
Feliz sobre educação Financeira, apesar de a maior para realizar o controle
parte dos brasileiros (59%), garantir que costuma do orçamento,
realizar o controle de seu orçamento pessoal, isso
sobretudo por admitir
acontece de forma efetiva em apenas 16% dos casos,
em que os registros das receitas e despesas são feitos
que não possuem a
diariamente. As formas de controle mais comuns são a disciplina necessária
planilha de computador (32%), as anotações em papel
(23%) e os aplicativos (4%).

De forma geral, as melhores práticas financeiras constituem hábitos mais frequentes entre os
consumidores mais escolarizados e com maior poder aquisitivo, tendência que pôde ser observada
ao longo de toda a pesquisa. Deste modo, considerando apenas os entrevistados que afirmam
realizar o controle diário de seu orçamento (16%), por exemplo, observam-se percentuais maiores
entre os pertencentes à Classe A/B (23%).

Lidar com o próprio dinheiro não é tarefa fácil para o brasileiro. Sete em cada dez pessoas (69%) dizem
sentir dificuldade para realizar o controle do orçamento, sobretudo por admitir que não possuem
a disciplina necessária (32%) para anotar os ganhos e gastos. Outras justificativas comuns incluem
lembrar-se dos gastos (16%), falta de tempo (8%), preguiça (4%) e desconhecimento (4%). Se forem
consideradas todas as razões ligadas ao comportamento e às atitudes/escolhas dos entrevistados,
pode-se concluir que 64% deles não priorizam a tarefa do controle mensal do orçamento.

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Ao lado disso, apenas quatro em cada dez pessoas
ouvidas dizem se sentir seguras para gerenciar/
organizar o próprio dinheiro. Embora exerçam com
frequência habilidades básicas, como fazer contas (nota
8,4 em uma escala que vai de 1 a 10), por exemplo, aos
consumidores faltam conhecimentos relativos a juros
cobrados no cartão de crédito (7,0), juros cobrados de
empréstimos (6,6) e inflação (6,0), dentre outros.

Com relação às fontes ondem adquirem informação para


lidar com seu dinheiro, observa-se que o conhecimento
informal é o meio principal: 48% dos entrevistados citam
as conversas com familiares e amigos. Mas com igual
importância, 46% citam jornais, revistas e noticiários,
enquanto 33% falam em sites e blogs especializados.

Como a fonte mais utilizada refere-se ao conhecimento


adquirido em conversa com outras pessoas, percebe-se
que a insegurança dos entrevistados sobre o tema se
justifica, em parte. Na média, o consumidor sabe pouco
sobre como conduzir seu orçamento pessoal. Assim,
ele tem pouco a contribuir, no sentido de ajudar outros
consumidores a conhecer e aplicar práticas saudáveis
para a vida financeira.

Além das dificuldades envolvidas

Quando faltam na tarefa de controlar o orçamento


pessoal, o estudo indica que quatro
recursos financeiros, os mecanismos em cada dez pessoas (37%) acreditam
mais usuais para completar o que sua vida financeira não é
pagamento das despesas são: organizada. Apesar desta sensação,
a grande maioria dos entrevistados
Compra com o
19%
(83%) garante que consegue fechar
cartão de crédito as contas do mês.

Pedir emprestado a Por outro lado, quando faltam


amigos e familiares 17% recursos, os mecanismos mais
usuais utilizados para completar
utilizar o limite do
13%
o pagamento das despesas são a
cheque especial compra com o cartão de crédito
(19%), pedir emprestado a amigos

Fazer empréstimos 10% e familiares (17%), utilizar o limite


do cheque especial (13%) e fazer
empréstimos (10%).

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A pesquisa do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz indica que os brasileiros, de modo geral,
entendem quais são os hábitos necessários para conduzir uma vida financeira saudável.
Os entrevistados valorizam atitudes conscientes, como pesquisar preços, anotar ganhos e
gastos, evitar compras por impulso, comprar à vista e evitar o endividamento, sempre que
possível etc.

Mas, ao mesmo tempo, esse comportamento está mais presente na fala do que no dia a dia
dos consumidores. Assim, nota-se que o ato de pechinchar (nota 7,8 numa escala que vai de
1 a 10) e a pesquisa de preços (8,6) são consideradas ações mais importantes que fazer o
controle do orçamento mensal (7,0) ou economizar todos os meses (7,0), por exemplo.

Ainda falando sobre as práticas relacionadas ao orçamento pessoal, o estudo sugere que
as atitudes típicas de uma vida financeira saudável estão ligadas à características da
personalidade do indivíduo e à cultura familiar do entrevistado: 42% afirmam que suas boas
práticas financeiras se devem ao seu “jeito de ser”, e 16% citam a criação dos pais. Passar por
experiências difíceis (42%) também constitui um relevante mecanismo de aprendizado para
lidar melhor com o dinheiro.

Finalmente, a pesquisa do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz sugere que os brasileiros ainda não
estão prontos para lidarem da melhor forma com seu próprio dinheiro. Ao invés do foco em
consumir mais, seria recomendável que os consumidores adotassem a postura de gastar menos.
A mudança é significativa e demanda, principalmente, mais conhecimento sobre temas como
modalidades de juros praticadas e a inflação, dentre outros. Além disso, é recomendável que
os consumidores passem a ver o controle do orçamento como parte importante de seu dia a
dia, e não apenas como tarefa árdua a ser feita apenas quando houver tempo.

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6. METODOLOGIA

Público alvo: residentes nas 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos,
de ambos os sexos e todas as classes sociais.

Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada.

Tamanho amostral da Pesquisa: 662 casos, gerando margem de erro, no geral,


de 3,7 p.p para um intervalo de confiança a 95%.

Questionário: Foram aplicadas 89 questões.

Data de coleta dos dados: primeira quinzena de dezembro de 2014

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