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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS


INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM GESTÃO ESTRATÉGICA E
QUALIDADE

A INFORMAÇÃO COMO RECURSO ESTRATÉGICO

ELAINE DE CARVALHO PINTO

Rio de Janeiro, agosto de 2001.


UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM GESTÃO ESTRATÉGICA E
QUALIDADE

A INFORMAÇÃO COMO RECURSO ESTRATÉGICO

Autor: Elaine de Carvalho Pinto


Orientadora: Profª Yasmin Maria Rodrigues Madeira da Costa
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM GESTÃO ESTRATÉGICA E
QUALIDADE

A INFORMAÇÃO COMO RECURSO ESTRATÉGICO

Autor: Elaine de Carvalho Pinto


Trabalho monográfico apresentado como
requisito parcial para a obtenção do grau
de Especialista em Gestão Estratégica e
Qualidade.

Rio de Janeiro, agosto de 2001.


Agradecimentos aos Amigos que tanto acreditaram na realização desta tarefa.
Agradeço a DEUS pela resistência e força para chegar ao final.
Por tudo dou graças.
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o
resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo,
para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece
nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...”

Sun Tzu
SUMÁRIO

p.

1 INTRODUÇÃO

2 INFORMAÇÃO 8

3 O PODER DA INFORMAÇÃO 10

4 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 14

5 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO 18

6 A INFORMAÇÃO COMO RECURSO ESTRATÉGICO 20

CONCLUSÃO 23

ABSTRACT 24

BIBLIOGRAFIA 25
A INFORMAÇÃO COMO RECURSO ESTRATÉGICO

Resumo:
A importância da informação como
ferramenta capaz de gerar e
modificar situações para toda a
sociedade, e ao mesmo tempo estar
em constante renovação.

1 INTRODUÇÃO

A informação é um recurso estratégico para uma instituição, uma


ferramenta capaz de acionar mudanças organizacionais e fornecer subsídios
para a elaboração de um campo de ação mais competitivo.

Hoje, se valoriza o uso de tecnologias para processamento e


armazenamento das informações, considerado-as um fator essencial para a
garantia de um ambiente mais ágil e confiável. Mas, é preciso deixar claro,
porém, que muitas respostas dos problemas de comunicação empresarial não
estão ligadas à adoção de novas tecnologias. E sim, na falta de um programa
de gerenciamento das informações, que independente de seus suportes, tem
como objetivo tratar de todo o fluxo documental.

James McGee (1994, p.xviii) ressalta a importância da informação num


cenário institucional, afirmando que: “... a informação fornece o sistema
nervoso central responsável pela integração da estratégia com a ação. Num
primeiro momento, a informação aciona o feedback que garante estar a
execução de acordo com o modelo. Num segundo nível, a informação aciona
o feedback que, por sua vez, aciona o aprendizado organizacional, garantindo
a possibilidade de a definição estratégica se adaptar a um ambiente dinâmico
e competitivo.” Isso porque cada vez mais a informação fornece recurso
indispensável para a elaboração de estratégias e proporciona a integração do
objetivo com o resultado, ou seja, cada vez que a informação estiver correta e
de acordo com a necessidade, a organização terá um fator positivo
contribuindo para a obtenção dos resultados desejados.

Considerando a informação como um elemento que faz parte do


cotidiano das pessoas e que desempenha um papel importante na sociedade, o
capítulo 2 busca retratar como os meios de comunicação têm grande
participação no processo de disseminação das informações. Além disso, ela
pode ser considerada como um recurso indispensável para o desenvolvimento
das organizações, essa perspectiva é analisada no capítulo3, onde mostra
como a informação pode contribuir significativamente para a criação de
estratégias empresariais.

Outro aspecto comentado no capítulo 4 é a iniciativa do Governo em


criar o Programa Sociedade da Informação, elaborado pelo Ministério da
Ciência e Tecnologia, focalizando a importância desse projeto para a inserção
das camadas menos favorecidas da população no grande sistema de
comunicação e recuperação de dados via internet. Quando se pensa em
internet e nos novos suportes eletrônicos não se pode deixar de ressaltar a
importância da segurança das informações. Esse assunto é tratado no capítulo
5, relatando que essa segurança vai permitir que fontes obtidas através de
anos de pesquisa, ou mesmo de experiências vividas por uma organização,
poderão servir de base para descobertas e resoluções de questões políticas e
sociais, além de representar o cabedal tanto de um cidadão comum como de
todo um país. E, por fim, o capítulo 6 aborda a informação como um recurso
estratégico. Recurso que pode alavancar negócios significativos e
proporcionar vantagem competitiva para as empresas que obtiverem as
informações necessárias em tempo hábil para a elaboração de suas estratégias.

Esta monografia busca mostrar como a informação é um bem


indispensável, que, uma vez adquirido, passa a constituir parte integrante de
um indivíduo, de uma organização ou de uma sociedade.

2 INFORMAÇÃO

De acordo com Silveira Bueno, em seu dicionário, informação quer


dizer esclarecimento, fornecimento de dados, notas, argumentos. James
McGee (1994, p.23-24) nos dá uma definição mais específica ao apresentá-la
como um ativo que precisa ser administrado e que ela não se limita apenas a
dados coletados; na verdade, a informação consiste de dados coletados,
organizados e ordenados, aos quais são atribuídos significados e contexto.
Fundamentalmente, a informação representa dados em uso, e esse uso implica
em usuário. Como tal conclui-se, que a informação isolada, sem tratamento,
sem meios de disseminação e sem gerenciamento, não tem valor.

A informação correta, precisa e em tempo hábil, constitui um recurso


importante, considerado essencial para a definição de estratégias e decisões
significativas em qualquer meio social.

Um fato relevante é que, a cada instante, uma nova informação é gerada


e, a partir dos meios de comunicação, responsáveis principais pela divulgação
das informações, observa-se acontecimentos e fatos que marcam o Brasil e o
mundo.

Por meio da televisão, do rádio, da internet, a informação muitas vezes


chega em tempo real. É possível saber, por exemplo, quando a bolsa de
valores de um determinado lugar está em baixa ou em alta e quais suas
conseqüências imediatas nos mercados internacionais; quando mísseis de
guerra estão sendo lançados contra o Iraque; como está sendo o processo de
privatização das empresas brasileiras; enfim, é possível ter conhecimento de
muitos fatos em muito pouco tempo.

Nessa perspectiva, deve-se estar atento às informações disponíveis na


mídia, pois elas relatam fatos do cotidiano e fornecem material indispensável
para que se possa conhecer um pouco mais do país e do mundo em que se
vive.

O trecho abaixo, extraído do Jornal do Brasil de 17 de fevereiro de


2000, mostra a realidade do país em relação ao comércio das informações e
como estas podem ser utilizadas de maneira incorreta. A matéria, que tem
como título: Receita Federal investiga vazamento de informação, relata:

“São Paulo – A Receita Federal e a polícia paulista estão investigando o


vazamento das informações sigilosas de todos os 17 milhões de
contribuintes brasileiros – pessoas físicas e jurídicas que fizeram
declaração de Imposto de Renda no exercício de 1996. As informações,
armazenadas em disquetes e cd-roms, estão sendo vendidas em várias
regiões do país, num pacote recheado com as listagens atualizadas de
assinantes da Telemar (3 milhões), no Rio, e Telefônica, de São Paulo (8
milhões) – com a vantagem de incluir os assinantes que pagaram para
manter em sigilo os números de seus telefones.
As informações podem servir tanto numa disputa comercial – quando
uma empresa passa a ter conhecimento do perfil da concorrente –
quanto para a prática de crimes, como seqüestro e estelionato. Ou ainda
para empresas que operam com serviços de mala direta. Os disquetes e
cd-roms com banco de dados da Receita estavam sendo oferecidos em
São Paulo por R$ 4 mil, enquanto que as listagens da Telefônica e
Telemar, a R$ 6 mil.”

O fato noticiado ilustra o poder das informações, e mostra como elas


podem prejudicar ou mesmo destruir se mal utilizadas.

Vale ressaltar que a todo instante algo novo é dito, veiculado,


registrado. Como é possível saber tantas coisas e garantir a perpetuação do
conhecimento? Mesmo quem não tem relação com a ciência que trata da
informação pode perceber que estamos dia a dia sobrecarregados de
informações, seja por intermédio do rádio, da televisão, do jornal, da internet,
da reunião do trabalho ou de novos aprendizados na universidade. É uma
realidade que encanta e ao mesmo tempo assusta. Pois, como selecionar tanta
informação para atingir o objetivo final?

Cabe aos administradores da nova sociedade elaborar planos e


estratégias eficazes para navegar num mundo de informações.

3 O PODER DA INFORMAÇÃO

Com a revolução industrial, verificou-se a substituição do trabalho pelo


capital já a revolução da informação veio substituir o capital pela informação.
Vive-se, atualmente, em uma época em que é preciso estabelecer um nível
eficaz de comunicação entre os executivos, estudantes, professores, enfim, é
necessário estabelecer metas e saber realmente quais são as informações
significativas para atingir os objetivos finais de um trabalho, projeto ou
pesquisa.

Não se deve deixar de perceber a informação como uma estratégia, um


recurso tão importante quanto a mão de obra e o capital. E ao considerá-la
“como um recurso estratégico, é preciso administrá-la diariamente, com o
mesmo cuidado e atenção dispensados aos recursos humanos e financeiros de
uma organização”. (McGee,1994, p.xviii)

Nesse contexto, destaca-se a importância da informação em uma


estrutura empresarial. Aí se concentra o que se pode chamar de “uma
economia da informação, em que a concorrência entre as organizações baseia-
se em sua capacidade de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a informação de
forma eficaz. As organizações que liderarem essa competição serão as
grandes vencedoras do futuro, enquanto as que não o fizerem serão facilmente
vencidas por suas concorrentes”. ( McGee,1994, p.3)

A ineficácia da comunicação nos níveis empresarias compromete a


obtenção de resultados satisfatórios. Muitas vezes as organizações estão
hierarquizadas de tal forma que a comunicação não flui livremente e,
comprometidas em um organograma complexo, elas se perdem em sua
própria estrutura.

Muito se apostou na inserção de novas tecnologias nas estruturas


empresariais, mas é preciso estar ciente de que as tecnologias de informática e
comunicação por si sós não garantem o sucesso estratégico das informações
em uma empresa. O sucesso pode ser conseguido por meio de um uso
inteligente da informação e de uma exploração efetiva das possibilidades
inerentes à tecnologia da informação.

Segundo McGee (1994, p.4-5) “um fator a ser considerado é que os


investimentos em tecnologia da informação não criam mais vantagens ou
produtividade por si próprios do que os investimentos em novo maquinário.
Não é a tecnologia, mas sim o seu uso que cria valor adicional. O valor da
tecnologia da informação depende da informação e do papel desempenhado
por ela nas organizações. A informação é capaz de criar valor significativo
para as organizações, possibilitando a criação de novos produtos e serviços, e
aperfeiçoando a qualidade do processo decisório em toda a organização.”

É inegável que a tecnologia da informação vem alterando o modo de


gerenciamento das organizações com novos investimentos em novas formas
de processar as informações, tal como a utilização de computadores, que se
tornaram um componente essencial nas empresas. Mas, será que o sucesso das
instituições está ligado apenas ao uso de novas tecnologias? Como garantir a
obtenção de resultados satisfatórios em um universo onde as informações
circulam com rapidez e são renovadas a todo o instante?

Até pouco tempo acreditava-se que a utilização de novas tecnologias


iriam solucionar todos os problemas burocráticos das instituições. Entretanto,
não se deve atribuir a solução de questões organizacionais ao simples uso de
computadores. O problema muitas vezes está preso a velhos conceitos
institucionais e não tem nada a ver com a aquisição de novos equipamentos.

De acordo com James McGee (1994, p.6), “ a tecnologia da informação


criaria escritório sem papéis, onde todas as empresas, executivos e
escriturários, da mesma forma receberiam “poderes” para fazer contribuições
mais criativas e significativas a fim de que as suas empresas alcançassem seus
objetivos.” O autor acrescenta, porém que esse sonho não se realizou e cita
uma pesquisa realizada por Stephen Roach, que chegou à conclusão de que a
produtividade dos executivos não cresceu muito nos últimos vinte anos apesar
dos altos investimentos em tecnologias.

Assim, acredita-se que não são os investimentos tecnológicos que vão


garantir o aumento da produtividade e conseqüentemente uma melhor
comunicação entre os funcionários. É preciso pensar como a informação pode
ser um bem capaz de criar um valor significativo para a organização. Esse
objetivo só é atingido com um estudo sistemático de toda a organização,
descobrindo-se os seus pontos fracos e fortes e suas reais necessidades para,
então, elaborar um plano de gerenciamento das informações.

A informação também deve ser vista não só como um fator importante


para a obtenção de uma vantagem competitiva, mas também como uma
ferramenta indispensável para o aprendizado, como um auxílio na oferta de
produtos e serviços, como um recurso comercial e, fundamentalmente, como
forma de estar mais próximo das necessidades dos clientes e de atingir
resultados positivos.

Podemos concluir com mais uma citação de James McGee (1994,


p.172): “ A informação não é livre, nem flui livremente. Se, na verdade, é
uma forma de riqueza, é também uma forma de poder, e poucos acreditam
que será partilhada dentro de uma organização sem fortes incentivos para que
isso aconteça. É tarefa dos executivos de primeira linha ciar uma mentalidade
de gerenciamento interno que permita as formas mais benéficas e benignas de
políticas de informação se desenvolverem. Esse é um trabalho sério que exige
atenção num alto nível na organização. Sem ele, todas as estratégias e práticas
cuidadosas fracassarão, naufragando de encontro aos rochedos pontiagudos da
política de informação.”

Portanto, é fundamental que a informação seja tratada e gerenciada a


todo o instante. Ou então, o futuro das instituições estará comprometido.

4 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Fala-se de uma sociedade que se modifica a cada instante, em que uma


avalanche de conhecimentos nos é apresentada a cada dia.

Se pararmos para pensar no que sabemos, ficaremos perplexos ao


notarmos que não sabemos “nada” em relação à infinidade de livros que não
lemos, de músicas que não ouvimos, de arquivos e bibliotecas que não
consultamos e de museus que não visitamos. Mesmo assim, podemos nos
considerar privilegiados por estarmos no meio acadêmico, que nos possibilita
uma relação mais próxima com o saber.

Onde ficam os menos privilegiados, aqueles que nunca viram um


computador, não tem acesso ao telefone e mal sabem falar? Como dizer então
que se vive uma sociedade da informação, da globalização?. Pode-se dizer,
assim como Philippe Quéau (1998, p.198), que “aldeia global” ou “sociedade
global” da informação são “enganosos”, porque não atingem a todos e sim a
uma sociedade privilegiada.
Uma reportagem de Daniela Braun para a revista Computerworld, de 20
de junho de 2001, intitulada: O sagrado direito à informação, aponta a
necessidade da população brasileira participar do mundo virtual.

É fator primordial que esse acesso seja de forma eficiente. Ela relata
que tal preocupação foi tema de discussão durante o CONIP 2001 – VII
Congresso de Informática Pública realizado no início de junho em São Paulo.

Além da inserção das camadas menos favorecidas no mundo digital, é


fator indispensável que a própria administração governamental esteja
preparada para utilizar corretamente os recursos digitais. Com isso, espera-se
uma maior participação democrática, fluxo livre das informações, respeito e
confiança nas leis, credibilidade nos serviços do governo e auto determinação.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBOPE e Ratings, no mês


de abril, 10,4 milhões de brasileiros acessam a Internet de suas residências, o
que significa que uma boa parcela dos 159,2 milhões restantes terá que ser
apresentada a um outro tipo de monitor que não o da telinha da televisão.

O coordenador geral da Secretaria de Programa da Sociedade da


Informação do Ministério da Ciência e Tecnologia Tadao Takahashi afirma :
“ Uma coisa é dizer que todo brasileiro tem que ter acesso a Internet e outra
coisa é colocar as soluções em prática.” Isso demonstra o quanto é complexo
reverter um quadro de desigualdade quando estão inseridos valores culturais e
acima de tudo carências políticas e econômicas.

A questão da desigualdade na era da Internet é tão grave que foi tema


do Relatório de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações
Unidas, em 1999. Segundo a ONU, dos 150 milhões de usuários de Internet,
em todo o mundo, metade vive nos Estados Unidos, onde estão apenas 5% da
população mundial. Tal disparidade é uma preocupação que atinge até mesmo
as grandes potências mundiais. Aqui no Brasil existe um programa
denominado Sociedade da Informação, que visa à disseminação das
informações. Este programa pode ser acessado no site do Ministério da
Ciência e Tecnologia, onde se encontra a seguinte informação:

“ O mundo digital pode aprofundar a desigualdade que já existe


entre os brasileiros, pois traz a ameaça do “apartheid digital”.
No Brasil e em todo o mundo, parte considerável do desnível
entre as pessoas e instituições já é – e será progressivamente
ainda mais – resultado da assimetria no acesso e entendimento
da informação disponível na sociedade e na conseqüente
capacidade de agir e reagir de forma a usufruir seus benefícios.

A transformação dos processos de produção, distribuição,


comercialização e consumo, possibilitada por cadeias de valor
em rede, tem forte impacto na forma como se distribui a riqueza
entre nações e regiões. Aquelas que, mais rapidamente,
adotarem políticas de fomento e absorção destes novos
processos terão vantagens competitivas enormes a longo prazo.

Ao mesmo tempo, na medida que amplia-se a quantidade de


informação disponível em rede, também são maiores as
oportunidades. A utilização crescente da comunicação abre um
grande potencial para o desenvolvimento humano em todos os
níveis, pela a absorção da informação, sua transformação em
conhecimento e sua utilização nas dimensões sociais,
econômicas e culturais.

O papel fundamental do governo em um programa para a


Sociedade da Informação deve ser o de universalizar as
oportunidades individuais, institucionais e regionais. Ao mesmo
tempo, o governo deve dar suporte e incentivar o
desenvolvimento tecnológico, no sentido de assegurar um
empreendimento privado competitivo de caráter local, regional e
global.

Além de estabelecer as bases para a massificação da


comunicação digital na educação pública e nas instituições
sociais, cabe ao governo incentivar e implantar experimentos
que sirvam para a criação de uma verdadeira capacitação
nacional das áreas de infra-estrutura de informação e
conhecimento digital. Os custos de tal empreitada, por maiores
que possam ser, são investimentos da Sociedade no seu futuro.

Antes de ser um instrumento compensatório, a redução da


desigualdade no acesso à informação é e será um direito e,
igualmente, será essencial para o desenvolvimento e
crescimento das redes digitais no país.

A gama de aplicações e o tamanho dos problemas


potencialmente tratáveis no escopo de um programa como este é
tão diversa que o conjunto de objetivos do programa deve se
orientar para o desenvolvimento de novos serviços e aplicações
que possam, na forma de protótipo, indicar direções para a
solução dos problemas de grande porte da sociedade. Estes
exercícios devem ser instrumentos de criação de competência
acadêmica, industrial e comercial em áreas de atuação restritas
ou problemas específicos. Tais áreas ou problemas devem, no
entanto, ser representativos dos entraves e gargalos para a
solução dos grandes problemas nacionais ou áreas de interesse
estratégico para o investimento nacional.

Desta forma, criar-se-iam condições para que as tecnologias


envolvidas no processo de uma infra-estrutura como a que se
pretende para o país possam ser absorvidas pela maior
quantidade de técnicos e experimentadas por tantos usuários
quanto possível.

O programa Sociedade da Informação deve estabelecer um


conjunto de objetivos qualitativos globais, priorizando Ciência,
Tecnologia, Educação e Cultura, que são considerados
habilitadores e indutores de todos os outros, tais como: Saúde,
Aplicações Sociais, Meio Ambiente e Agricultura, Indústria,
Comércio, Finanças e Receita Pública; Informação e Mídia;
Empreendimento, Investimento, Criação e Difusão Tecnológica;
Atividades do Governo, Educação para a Sociedade da
Informação e Acompanhamento e Avaliação.

O Governo Federal, através do Ministério da Ciência e


Tecnologia e do Programa Brasileiro para a Sociedade da
Informação, busca a interlocução e o diálogo necessários à
coordenação de um amplo conjunto de iniciativas que preparam
o país para os desafios da nova sociedade e da nova economia
do conhecimento.”

É fato que um programa desta natureza apresenta inúmeras dificuldades


para a sua implantação, seja por questões de tecnologia, política e cultura.
Mas, para que o Brasil se torne um país realmente competitivo é necessário
investir nesta nova realidade.

Por outro lado, Philippe Quéau (1998, p.199) faz alguns


questionamentos: “Qual será o impacto da revolução da informação nos
desequilíbrios globais do mundo?”, Ela agravará as desigualdades
econômicas, culturais e sociais ou tenderá a reduzi-las?”

São questionamentos importantes porque, sem dúvida, a informação é


um bem indispensável para aquele que quer conquistar o seu espaço em uma
sociedade cada vez mais exigente.

5 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

A preocupação com a segurança da informação deve estar embutida em


todas as organizações, sejam públicas ou privadas, com ou sem fins
lucrativos. A informação faz parte de um patrimônio conquistado que precisa
receber tratamento adequado para que ela possa relatar a história de uma
instituição e até mesmo revelar e comprovar fatos para outras gerações.

Sabe-se que as informações podem estar em diferentes suportes, tais


como: pergaminho, papel, fotografia, microfilme, discos, fitas magnéticas,
discos ópticos, enfim, cada suporte possui características específicas que
precisam de tratamentos diferenciados para promover a permanência das
informações.
Hoje, muito se fala nos suportes eletrônicos e no que eles podem
oferecer de vantagens para o desempenho das atividades nas organizações.
Muito embora tais suportes ofereçam múltiplas vantagens e rapidez no
processamento, é preciso estar ciente que eles, assim como todos os outros,
precisam de gerenciamento.

Um fator preocupante é a rapidez com que os softwares e hardwares


se modificam, podendo causar assim obsolescência dos equipamentos e
suportes utilizados, o que requer uma constante reformatação no acervo e,
dependendo do volume desse acervo, sua utilização pode se tornar inviável.

Ainda sobre os suporte eletrônicos, observa-se que eles, muitas vezes,


se encontram vulneráveis à ação dos “hackers”1, que podem comprometer os
registros dos sistemas de computadores.

Indica-se, nesse caso, a utlilização de senhas, a constante monitoração


dos sistemas e a técnica da criptografia, que mistura as informações,
tornando-as ininteligíveis durante a transmissão.

De acordo com Peter Keen (1996, p.246): “a criptografia permite


acrescentar uma nova camada de segurança às senhas, evitando que um
pirata, um criminoso eletrônico, ou um simples intruso ocasional venha
acessar as informações e consiga entendê-las ou utilizá-las.”
Os padrões de segurança da rede devem estar estabelecidos em um
programa que vise à proteção dos dados corporativos. A respeito dessa
proteção encontra-se no site da TBA uma passagem significativa, transcrita a
seguir:

1
Pessoas que burlam a segurança das redes de computadores.
“Para que as empresas possam ser competitivas, é imperativo
que elas possam contar com um trabalho de profissionais
especializados e qualificados que saibam alinhar segurança à
tecnologia da informação.”

Acredita-se que a segurança das informações deve estar relacionada


como um dos pontos estratégicos institucionais, pois pode ser um fator que
venha a garantir o futuro das organizações. Por exemplo, com base em seus
registros, uma organização pode investir ou não em novas experiências e/ou
investimentos. Mas, se não há conhecimento do que já foi feito e do que deu
certo e errado, como então fazer a melhor escolha? A informação perdida
poderia ser a resposta da questão.

6 A INFORMAÇÃO COMO RECURSO ESTRATÉGICO

Hoje, a informação é considerada um ativo empresarial. Ela é um


recurso essencial na tomada de decisões. Portanto, um recurso estratégico.
Nessa perspectiva nos é apresentada uma nova realidade que envolve a
informação. Essa realidade é a chamada Sociedade do Conhecimento.

De acordo com Marcos Cavalcanti em seu livro Gestão de Empresas na


Sociedade do Conhecimento (2001, p.25) : “O conhecimento passa a ser o
novo motor da economia e se transforma no principal fator de produção.”

Além disso, acredita que o valor de produtos e serviços depende cada


vez mais do percentual de inovação, tecnologia e inteligência a eles
incorporados. Diante desses fatos, é vital reconhecer que a informação em
tempo oportuno é um recurso responsável por grandes oportunidades de
negócios.

Ao falar de negócios, é importante relatar as características que eles


assumiram nesta nova sociedade. O relatório da OCDE (1996) define dois
tipos de negócios intensivos em conhecimento: o primeiro em que o
conhecimento é, efetivamente, o produto final (Knowledge business) e o
segundo em que o produto é gerado pelo uso do conhecimento (Knowledge
based business).

Não obstante, Marcos Cavalcanti (2001, p.29) relata que: “A


constatação de que o conhecimento é hoje o principal fator de produção tem
conseqüências nas atividades econômicas.” Assim sendo, novos produtos e
serviços estão modificando a maneira de como os negócios são concebidos e
gerenciados.

É importante ressaltar que toda essa modificação no gerenciamento dos


negócios tem como origem em uma peça importante do jogo, a informação.

Com o advento da internet e o comércio eletrônico, a informação


trafega com muita velocidade e muitas vezes se torna vulnerável a ataques
internos e externos. Com isso, traz para o novo ambiente empresarial uma
nova preocupação. Esta que pode ser monitorada através de uma política de
segurança que atenda a três critérios importantes: Disponibilidade,
Integridade e Confidencialidade.

Em resumo, a informação assume papel de destaque e, em certos casos


ela pode ser a ferramenta capaz de garantir a continuidade do negócio. Então,
é tempo de encará-la não somente como “um dado” e sim como um recurso
estratégico.
CONCLUSÃO

Esta monografia procurou enfatizar o poder e a força que a informação


possui em uma sociedade, considerando que ela é um dos principais agentes
de avanço e progresso.

A sociedade não pode estar presa às antigas descobertas, faz-se


necessário, cada vez mais, buscar o novo, mas para isso é preciso ter
referenciais, afim de saber até que ponto se avançou e, daí então partir para
novas pesquisas.

Uma peculiaridade importante é a utilização da informação como um


elemento estratégico em uma organização. Além de constituir uma ferramenta
capaz de movimentar grandes ativos, funciona também como uma aliada, pois
ela vem contribuir significativamente para a execução das tarefas
organizacionais.

Em um ambiente cada vez mais competitivo, as organizações muitas


vezes se encontram diante de um grande “quebra-cabeças”, em que todos
falam e ninguém se entende. Essa desarmonia pode ser atribuída à existência
de uma burocracia que não favorece o fluxo das informações, contribuindo
para o insucesso e a obtenção de resultados indesejáveis.

Para se atingir resultados positivos e se manter em uma boa posição


social, torna-se forçoso estreitar os meios de comunicação dentro da
organização. Não é mais admissível que para chegar a uma simples conclusão
sejam emitidos vários relatórios somente para não burlar a hierarquia
organizacional. É preciso objetividade e, acima de tudo, gerenciamento.
Além disso, a informação precisa estar atualizada, viva, e sob esse
aspecto é analisada por James McGee (1994, p.35): “Informação não se
deprecia da mesma forma que os bens de capital. Em algumas circunstâncias,
o valor de alguns tipos de informação pode cair a zero quase que
instantaneamente quando determinados eventos ocorrem. A expressão ‘tão
inútil quanto as notícias de ontem’ tem nesse contexto um significado real.”

Concluindo, observa-se que a informação é dinâmica, renova-se a cada


dia e dentro de uma empresa é tão ou mais importante que o capital. Ela é o
tesouro que muitos empresários possuem, mas, infelizmente, ainda não
descobriram.

Abstract:

The importance of information as a tool capable of


creating and modifying situations for the whole
society, while it undergoes constant renewal.
BIBLIOGRAFIA:

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