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A partir da segunda metade do século XIX, as inovações

tecnológicas criadas durante o processo de produção das fá-

bricas deram início à Segunda Revolução Industrial. Essa fase

da industrialização possibilitou grandes transformações so-

ciais, econômicas e culturais.

A Segunda Revolução Industrial

Durante a Segunda Revolução Industrial, no século XIX, inovações tecnológicas

propiciaram grande aumento na produção fabril.

> O desenvolvimento da industrialização

Na segunda metade do século XIX, ocorreu uma fase da industrialização conhecida

como Segunda Revolução Industrial. Nessa fase, o crescimento industrial foi impulsiona-

do por inovações tecnológicas que aumentaram as opções de fontes de energia e de

matérias-primas, melhorando a capacidade produtiva das indústrias

> As novas tecnologias

Materiais mais resistentes, máquinas mais produtivas e novas fontes de energia foram

bre im-

fatores essenciais para o desenvolvimento industrial. Leia, a seguir, informações so

portantes inovações tecnológicas que propiciaram o avanço da industrializaçāo.

O aço é uma liga metálica que tem o minério de ferro como principal

componente. Durante a Primeira Revolução Industrial (c. 1780-1850), as

técnicas disponiveis não permitiam a produção do aço em grandes

quantidades e a preços acessiveis. Isso tornou-se possivel com a

invenção do conversor Bessemer, em 1856. Criado pelo engenheiro

inglês Henry Bessemer, esse conversor possibilitou um grande aumento

na produção do aço. Ao lado, litografia colorida de Fritz Gehrke, feita

no século XIX, mostrando o conversor Bessemer em funcionamento.

Até meados do século XIX, predominavam

os motores movidos a vapor gerado coma


queima do carvão. Um motor a vapor

funcionava por combustão externa, isto é, o

combustivel tinha que ser queimado fora

da máquina, o que diminuía sua potência

A partir de 1870, no entanto, foram criados

os motores de combustão interna

aumentando a potência das maquinas

Em 1876, o alemão Nikolaus August

Otto construiu um motor de quatro-

-tempos, que possibilitava o uso de

derivados de petróleo como

combustivel. Ao lado, um exemplar

do motor criado por Otto

No decorrer do século XIX, vários pesquisadores estudaram

os usos da eletricidade. A partir de 1870, com a invenção de

geradores de corrente elétrica, foi possivel o uso comercial

dessa forma de energia, que tinha a vantagem de ser silenciosa

podendo ser transmitida a longas distâncias. Essa fotografia

tirada por volta de 1888, retrata uma fábrica com motores

movidos à eletricidade, em Nova lorque, nos Estados Unidos

Ba

A intensidade das mudanças

A partir de 1870, os motores a vapor foram gradativamente substituidos

pelos motores de combustão interna e também pelos motores elétricos. O

ferro, principal material da primeira fase da industrialização, aos poucos foi

substituido pelo aço, um material mais leve, maleável e resistente. Avanços

nas áreas da siderurgia, da quimica, de aparelhos elétricos e produtos far-

macêuticos caracterizaram esse periodo que estabeleceu as bases do mun-

do tecnológico contemporâneo. Veja o quadro comparativo a seguir.


> A ciência e a Segunda Revolução Industrial

Durante a Segunda Revolução Industrial, a importância da ciência nos a

vanços tecno-

lógicos foi tão marcante que alguns estudiosos chamam essa fase de Revolução Cienti-

fico-Tecnológica. Na Primeira Revolução Industrial, os aperfeiçoamentos das máquinas

conduzidos por pequenos industriais, artesãos e operários. Essas pessoas não ti-

nham formacão cientifica, mas dotadas de espirito experimental, podiam realizar reparos

e adaptagões de forma a aumentar a capacidade produtiva do maquinário.

Já na Segunda Revolução Indus-

trial, os desafios para aumentar a

produção em qualidade e quantidade

requeriam esforços sistemáticos e

complexos, que exigiam até mesmo o

emprego de equipes de pesquisado-

res. Porém, para isso eram necessá-

rios grandes investimentos, o que fez

surgir as instituições de pesquisa fi-

nanciadas pelos governos e pelas

empresas particulares, que cediam

bolsas de estudo e prêmios para os

cientistas que se destacassem. A par-

tir desse momento, o conhecimento

produzido nas universidades vincu-

lou-se cada vez mais aos interesses

das empresas, por isso muitos estu-

dantes receberam apoio financeiro

para realizar suas pesquisas.

Impactos da modernização

A Segunda Revolução Industrial causou grandes transformações no m


vida da maioria das pessoas nos paises industrializados.

odo

> Os novos meios de comunicação e de transporte

As novas tecnologias desenvolvidas a partir

da Segunda Revolução Industrial provocaram

muitas transformações no cotidiano das pessoas

que viviam nos paises industrializados.

Nessa época, foram inventados novos meios de

comunicação, como o telégrafo e o telefone, que permitiram

às pessoas se comunicar com maior rapidez.

As descobertas cientificas e industriais do final do

século XIX também revolucionaram os meios de trans-

porte, possibilitando a produção e a modernização do au

tomóvel, do trem, do bonde elétrico, da bicicleta, do

avião e do transatlântico

> Outras inovaçõe:s

Alem dos novos meios de comunicação e de transporte, outras novidades tecnológicas

foram criadas no final do século XIX e no inicio do século XX. Essas inovações modifi-

caram bastante o dia a dia das pessoas.

A eletricidade, por exemplo, permitiu o uso de lâmpadas elétricas, o que possibilitou

às pessoas aproveitar mais o periodo noturno para trabalhar, estudar ou mesmo passear

pelas ruas das cidades. Além disso, a energia elétrica foi utilizada para colocar em fun-

cionamento novos eletrodomésticos, como a geladeira e o ferro de passar roupas.

Nessa época, também foram fabricados os primeiros fogões a gás, os vasos sanitários

com descarga, as máquinas fotográficas e cinematográficas, os aparelhos de raios X,

entre outras inovações.

No relato a seguir, o francês Raymond Loewy (1893-1986) conta sobre as transforma-

ções que vivenciou na época da Segunda Revolução Industrial. Leia-o.

Estando com apenas catorze anos, em Paris, onde nasci, eu já tinha visto o sur-

gimento do telefone, do aeroplano, do automóvel, da eletricidade doméstica, do


fonógrafo, do cinema, do rádio, dos elevadores, dos refrigeradores, do raio X, da

radioatividade e, ademais, da moderna anestesia.

O cotidiano nas grandes cidades

@◆夺●@

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As n

populaç

operari

indústr

ciment

causad

mas de

Nas grandes cidades industrializadas da Europa, burgueses e operários viviam

de modo muito diferente.

> Transformações no modo de vida

As transformações ocorridas no final do século XIX se refletiam no modo de vida de

burgueses e de operários.

Muitas familias da burguesia, que geralmente eram proprietárias de grandes indústrias

ou de instituições bancárias, foram morar em casas amplas, longe do centro das cidades

Essas pessoas eram as principais consumidoras dos novos produtos industrializados de

luxo, como os utensilios domésticos, os automóveis e as máquinas fotográficas. Além

disso, nas casas dessas pessoas, começaram a ser instalados os serviços de esgoto, de

Ape

das p

Indust

poluiç

trabal

eram

os m
a sea

água encanada e de eletricidade.

Os filhos e as mulheres dos grandes capitalistas geralmente não trabalhavam e

tinham tempo para o lazer. Eles praticavam esportes e frequentavam teatros e óperas.

As mulheres de mais idade promoviam reuniões particulares em casa, para as quais

somente pessoas das elites eram convidadas. Os mais jovens, por sua vez, participavam

de saraus e bailes.

Nessa época, esportes como o golfe, o tênis, a patinação e o ciclismo passaram a

ser praticados como atividades de lazer pelas elites.

As universidades

No final do século XIX, o ensino universitário foi d

Nessa época, as descobertas cientificas e tecnológicas, além do crescente interesse pelas


cultura

humanas, despertaram nos jovens

sobre o mundo. Como

aumento no tempo que moravam com os pais.

ifundido entre os membros da elite burguesa.

de familias ricas a vontade de aprofundar seus conhecimentos

eles geralmente só se casavam após o fim do curso universitário, houve um

Para os poucos jovens pobres que conseguiam estudar, a universidade era uma possibilidade

ascensão social, pois aqueles que possuiam um diploma tinham uma remuneração melhor.

De

Os bairros operários

As melhorias urbanas não beneficiaram toda a

população dos paises industrializados. Nos bairros

operários, que geralmente ficavam próximos às

indústrias, não havia rede de esgoto nem abaste-

cimento de água e gás. Além disso, a poluição

causada pelas fábricas provocava sérios proble-


mas de saúde nos moradores desses bairros.

Apesar de todas as vantagens proporciona-

das pela modernização, a Segunda Revolução

Industrial provocou inúmeros prejuizos. Além da

poluição, que causava muitos danos à saúde dos

trabalhadores, as precárias condições de higiene

eram favoráveis à proliferação de doenças entre

os moradores dos bairros operários. Leia o texto

a seguir.

is

.. Na medida em que as novas cidades industriais envelheciam,

multiplicavam-se os problemas de abastecimento de água, saneamento,

superpopulação [..]. Nas vilas, a água de um poço próximo do cemité-

rio podia ser impura, mas, pelo menos, seus habitantes não tinham de

se levantar à noite para entrar numa fila diante da única bica que ser-

via a várias ruas, nem tinham de pagar por ela. Os habitantes das

cidades industriais tinham frequentemente de suportar o mau cheiro

do lixo industrial e dos esgotos a céu aberto, enquanto seus filhos brin-

cavam entre detritos e montes de esterco.

E. P. Thompson. A formação da classe operária inglesa 4 ed. Trad. Renato Busatto Neto;

Cláudia Rocha de Almeida. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987 v. 2. p. 185.

A nova fase do capitalismo

A concentração

o capitalismo financeiro

de capital resultou na passagem do capitalismo industrial para

Mudanças no capitalismo

Durante a Primeira Revolução Industrial, a caracteristica marcante do capitalismo era

a livre concorrência. As indústrias eram pequenas e médias, geralmente sob direção

familiar e seu crescimento decorria do reinvestimento dos próprios lucros, o que era
chamado de capitalismo industrial

O crescimento acelerado da economia capitalista no final do século XIX promoveu a

formação de grandes empresas, que controlavam a produção, o preço e a distribuição,

levando as empresas menores à falência. Além do acúmulo dos lucros, a capitalizaçãc

das grandes indústrias foi garantida pelos investimentos de grandes bancos. Desse modo,

teve início uma nova fase, chamada de capitalismo financeiro, fruto da união da indús-

tria com o capital bancário, em que empresas gigantescas monopolizavam a produção

em determinados ramos industriais.

As ações

Além dos empréstimos de bancos,

capital de suas empresas em ações e venden

os grandes empresários podiam obter recursos dividindo o

do-as para investidores.

ma ação corresponde a uma pequena parte do patrimônio

de

uma empresa. Assim, quem compra, por exemplo, 10%

das ações de uma empresa torna-se dono de 10% dessa

empresa e passa a receber 10% dos lucros que ela obtém.

Ao fracionar o capital de sua empresa em ações e

vendê-las aos investidores nas bolsas de valores, os

empresários obtinham o dinheiro no momento da venda

das ações e evitavam o pagamento de altos juros dos

empréstimos bancários.

As bolsas de valores são mercados privados em que

investidores compram e vendem ações de grandes empresas.

Bolsa de valores de Londres em gravura do século XIX.

A concentração do capital

As principais caracteristicas do capitalismo financeiro são o monopólio, a

concentra
ção de

cipais formas. Veja.

capital e a eliminação da livre concorrência. Essas práticas ocorrem sob três prin-

Cartel: associação de

o objetivo de evitar a concorrência por meio do controle de preços

ssociação de empresas que atuam em um mesmo ramo da economia, com

ruste: fusão de várias empresas em uma, que passa a controlar todas as fases de

produção, distribuição e consumo.

Holding: grande empresa que controla outras menores, por meio da aquisição da

maior parte de suas ações.

O Imperialismo

O desenvolvimento industrial do século XIX levou as grandes potências

mundiais a invadir e colonizar territórios na África, Ásia e Oceania.

) A partilha da África

Entre os séculos XV e XIX, a presença de europeus no continente africano era limi-

tada a algumas áreas litorâneas, onde eles compravam metais preciosos e marfim, além

de negociar a compra e venda de escravos.

Por conta do desenvolvimento industrial no século XIX, no entanto, os governos eu-

ropeus buscaram expandir seu mercado consumidor para outras áreas do planeta, além

de aumentar a quantidade e reduzir os custos de aquisição de matérias-primas, como

minérios e produtos agricolas. Assim, iniciaram uma acirrada disputa por territórios no

continente africano.

Inicialmente, os europeus estabeleceram áreas de influência por meio de alianças e

tratados com alguns chefes africanos. Porém, quando seus interesses foram contraria-

dos, eles se lançaram à investida militar, venceram a resistência africana e adentraram o

interior do territóric.

Após essas conquistas militares, os europeus se fixaram na re-

gião, fermando vários protetorados. Representantes de paises da

Eurepa realizaram, então, a Conferência de Berlim, na Alemanha, e


estabeleceram as regras para a demarcação das áreas de dominio

de cade pais europeu interessado nos territórios africanos. Essa di-

wsio do cuntinente pelas potências europeias ficou conhecida co-

mo partilha da Afirica, e fiez parte de um novo impulso colonizador,

derumirado limperialismo ou Neocolonialismo.

e fez parte de um novo impulso colonizador

Construção de uma ferrovia em Guiné, em 1902. Ferrovias

como essa, construida com investimento europeu e mão

de obra africana, permitiram o escoamento de uma arande

quantidade de matérias-primas do interior do continente

para outras regiões do globo.

Grupo de africanos da região central do continente

entregando o látex coletado para colonizadores

franceses, século XIX.

) A partilha da Ásia e da Oceania

Além da África, as potências imperialistas se apossaram de territórios na Asia e na

Oceania. A Inglaterra ocupou a índia e a Austrália, e vastas regiões foram dominadas

pela França e pela Holanda. De forma geral, as potências imperialistas se interessavam

em vender seus produtos industrializados a esses povos e comprar, a preços baixos, a

matéria-prima utilizada em suas indústrias.

A corrida imperialista, porém, foi realizada com grande violência, causando a morte

de milhares de nativos. Além disso, o Imperialismo desestruturou a sociedade e a cultura

dos povos nativos, que ainda hoje sofrem as consequências dessa dominação.

Observe, no mapa a seguir, a divisão que os paises imperialistas impuseram à Africa,

à Ásia e à Oceania no século XIX.

O Imperialismo japonês
Até o século XIX, a economia japonesa era baseada na agricultura, a maioria da po-

pulação do pais vivia nas áreas rurais e a relação entre o Japão e os demais paises era

restrita. Em 1868, entretanto, subiu ao poder Mutsuhito, também conhecido como Meiji.

imperador responsável pelo inicio da modernização do Japão.

Meiji assinou acordos econômicos com a Inglaterra e a França

e comprou máquinas e ferramentas europeias, dando inicio à in-

dustrialização do pais. Além disso, Meiji investiu na construção de

navios e ferrovias, ampliou o acesso à educação e financiou a for-

mação de um exército japonês.

Essas medidas possibilitaram o fortalecimento politico e eco-

nómico do Japão, que no final do século XIX já havia se tornado

mais uma potência imperialista. O Japão estabeleceu o dominio

sobre a Manchúria, Coreia, Formosa (Taiwan) e sobre partes do

território chines. Assim como outras potências imperialistas, o

Japão buscava garantir o fornecimento de matérias-primas para

suas indústrias e o acesso a novos mercados consumidores.

Enquanto isso...

nos Estados Unidos da América

Enquanto os paises imperialistas europeus disputavam o controle da Africa. Asia

Os po

europ

Es

Os

e Oceania, os Estados Unidos da América estabeleciam politicas imperialistas sobre

paises da América Latina e sobre algumas ilhas do Oceano Pacifico, como o

e as Filipinas.

Hava

Na primeira metade do século XIX, os Estados Unidos foram os primeiros a re-

conhecer as independências dos paises latino-americanos e a barrar a interferência

das antigas metrópoles nos paises em formação. O então presidente estadunidense


territ

James Monroe, proclamou a célebre frase "América para os americanos, que de-

monstrava seus interesses imperialistas sobre o restante da América. Ele desejava

controlar a produção agrícola latino-americana e as rotas comerciais que ligavam os

oceanos Atlântico e Pacifico. Além do Havai e das Filipinas, os Estados Unidos

anexaram territórios mexicanos (do Texas à Califórnia), russos (Alasca) e da Amé-

rica Central (Panamá, Cuba e Porto Rico), por meio de guerras de conquista, de

Na

dore

maio

por

inva

acordos políticos ou de compra.

No inicio do século XX, o presidente Theodore

Roosevelt proclamou a chamada doutrina do

Big Stick, que previa a intervenção militar dos

Estados Unidos caso os governos latino-ameri-

canos não colaborassem com a politica impe-

pais

nat

for

zid

rialista estadunidense.

A resistencia dos povos nativos

Os povos que viviam na Africa, Ásia e Oceania se levantaram contra o dominio

europeu em seus territórios.

Estratégias de resistência

Os povos da Africa, Asia e Oceania resistiram de várias maneiras à invasão de seus

territórios e à dominação estrangeira

Na África, o conhecimento de novas táticas de guerra aprendidas com os conquista-

dores e a aquisição de armas mais potentes possibilitaram aos nativos africanos um


maior poder de defesa contra os próprios europeus. Na Argélia e no Sul do continente,

por exemplo, povos como os tukulur e os zulu mantiveram uma forte oposição contra

invasores franceses e ingleses

Na Ásia, chineses e indianos também resistiram à expansão imperialista. Nos dois

paises, havia grupos que lutavam pela expulsão dos europeus e pelo respeito à cultura

nativa, bem como pela retomada do poder pelos antigos chefes.

A resistência dos povos nativos não se deu somente por meio da luta armada. Outras

formas de resistência também aconteceram, como sabotagens de equipamentos introdu-

zidos pelos europeus e destruição de meios de transporte, de plantações e de armazéns.

As ideologias imperialistas

Os paises imperialistas buscaram justificar a intervenção colonial com

argumentos de cunho ideológico.

> Justificativas etnocêntricas para o Imperialismo

re outra,

O Imperialismo se baseia, essencialmente, na dominação de uma nação sob

principalmente por interesses politicos e econômicos. Para consolidar essa dominaçãc

uso de ideologias foi muito comum.

Durante o século XIX, os paises imperialistas se preocuparam em buscar a aprovação

e o apoio popular para as campanhas militares de intervenção nos países dominados.

Nessa época, ideologias etnocêntricas se reafirmaram, glorificando a origem e a cultura

europeias e menosprezando as culturas de outros povos.

> A presença da Igreja

A Igreja Católica também exerceu um pape

forço de legitimação do Imperialismo nos paises

ises donina

ndo a politica de con-

otonial. Os religiosos acreditavam que os africanos preci-

frica, por exemplo, a Igreja atuou defende


At

ão, eles teriam

costumes e valores da cultura

essas sociedades deixariam

savam ser salvos pela fé. Por meio da catequiza

contato com o cristianismo e com os

europeia, dita "superior". Dessa forma,

de ser "primitivas" para se tornarem "civilizadas

Durante o periodo neocolonialista, tanto as ideologias "cientifi-

cas" quanto as religiosas serviram para legitimar o Imperialismo

em várias partes do mundo. A violência fisica e os choques cultu-

rais resultantes dessa politica causaram, entre outras mazelas, a

desestruturação da ordem social e cultural nos paises dominados.

Missionário pregando para um grupo de

africanos no Congo, em ilustração do século XIX.

> O darwinismo social

A publicação da obra A origem das espécies (1859) pelo naturalista ingiès Charles

Darwin (1809-1882) causou grande impacto entre os estudiosos europeus do século XIX

entre eles filósofos, naturalistas e sociólogos. Nessa obra, Darwin tratou do processo de

evolução dos seres vivos defendendo a hipótese da conservação das espécies mais

adaptadas e a eliminação das espécies menos adaptadas por meio da seleção natural,

que se dá em longos periodos de tempo.

Um dos estudiosos que mais se empenhou na divulgação da teoria da evolução de

Darwin foi o filósofo e sociólogo inglès Herbert Spencer (1820-1903). Em seus estudos.

ele buscou aplicar a teoria de Darwin à análise das sociedades humanas. Leia o texto.

L..] A sociedade europeia [..] era vista como o ápice da evolução social humana,

criando uma demanda por explicações racionais para essa crença. Herbert Spencer
(1820-1903), seguindo essa tendência, foi um expoente da noção de progresso nas

ciências humanas. Conhecido como o mais influente proponente na corrente atual-

mente chamada de "darwinismo

social", Spencer chegou mesmo a

usar o termo "sobrevivência do mais

adaptado" (survival of the fittest) an

tes mesmo que Darwin. Porém, suas

ideias contrastavam com as de Darwin,

uma vez que Spencer defendia a no-

ção de progresso a partir de uma

perspectiva social. Darwin, por sua

vez, defendia a ocorrência de seleção

natural por meio de uma perspecti-

va biológica [..

Assim, o chamado darwinismo social

criou as bases ideológicas para o racismo,

que buscava justificar o direito natural de

dominação dos europeus sobre povos con-

siderados "inferiores". A "raça branca" eu-

ropeia seria a mais favorecida na luta pela

sobrevivência, portanto mais "forte" e "ca-

paz" que outros povos considerados cul-

tural e fisicamente "inferiores"

91

Atividades

Veja as respostas das atividades nas Orientações para o professor

Exercícios de compreensão
1. Sobre a Segunda Revolução Industrial,

3. Explique o que s

responda

: EXplique o que são trustes, holdings

e cartéis.

a) Quais foram os fatores fundamen

tais para essa fase industriali-

eda industriali 4. Quais eram os interesses dos capita-

zação?

listas europeus em colonizar territó

rios na África, na Ásia e na Oceania?

b) Cite duas inovações tecnológicas do

século XIX e explique a importân-

5. Quais foram as consequências do Im

cia de cada uma delas.

perialismo para os povos nativos?

6. Como os paises imperialistas justifi-

colonial na África, Ásia e Oceania?

c) Qual foi o papel da ciência nos avan-

ços tecnológicos do século XI

caram ideologicamente a dominação

2. Qual é a diferença entre o capitalismo

industrial e o capitalismo financeiro?

Expandindo o conteúdo

7. Leia o texto a seguir.

Uma [.J] característica marcante da Revolução Científico-Tecnológica é o impul-

so extraordinário que ela deu para a consolidação da unidade g

capitalista [.]. Nesse sentido, se a

unidades produtivas relativa


máquina

[Primeira Revolução Industrial] dera origem a

mente modestas, as fábricas, pelo elementar de suas

s e o limitado número de trabalhadores, esse novo salto produtivo gerou

gigantescos complexos industriais, com equipamentos sofisticados e de grande es-

cala, como as turbinas elétricas ou as usinas siderúrgicas, envolvendo em cada

unidade até dezenas de milhares de trabalhadores. Essa prodigiosa escalada d

produção obviamente tanto implicava uma corrida voraz pela disputa de mate

rias-

-primas disponíveis em todas as partes do mundo, como

abertura de um amplo universo de novos mercados de consumo para absorver

seus excedentes maciços. Foi essa ampliação na escala das demandas e das expor-

tações que gerou o fenômeno conhecido como neocolonialismo ou Imperialismo,

que levou as potências industriais, na segunda metade do século XIX, a disputar e

dividir entre si as áreas ainda não colonizadas do globo ou a restabelecer vínculos

de dependência estreitos com áreas de passado colonial.

Nicolau Sevcenko. O prelúdio republicano, astúcias da ordem e ilusões do progresso. In:


Nicolau Sevcenko (Org).

História do vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 3. p. 11-2.

ual foi a diferença entre a Primeira e a Segunda Revolução Industrial?

b) Quais f

oram as implicações diretas da escalada da produção ocorrida na Segunda

Revolução Industrial?

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