Psicomaquia 15/11/2018 12(12

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Ernesto Araújo 6 days ago 7 min read

Psicomaquia

Voltemos ao thymos, que significa: coração, orgulho, coragem, paixão.

Desde o tempo de universidade penso neste fragmento de Heráclito (o número 85 na

edição de Diels-Kranz):

Thymoi machesthai chalepón, ho gar an thelei psychês oneitai.

A tradução de que me lembro, na edição dos Pré-Socráticos da Fundação Calouste-

Goulbenkian (não estou encontrando o livro, por isso cito de memória) diz:

“É difícil lutar com o coração, pois o que ele quer compra-se a preço de alma.”

A maioria dos comentários e traduções de Heráclito que conheço vão nessa mesma
linha. Algumas preferem traduzir thymos por "raiva" ou "ira", o que resulta na
obviedade de dizer algo como "olha só, não se deve ceder à ira, porque aí a gente se dá
mal". Obviedade não casa bem com Heráclito, de modo que prefiro descartar esse tipo
de interpretação.

"É complicado você combater apaixonadamente, pois aquilo que a paixão quer, a
alma é que paga." Foi mais ou menos assim que sempre entendi o fragmento, a partir
da tradução da Calouste, com a qual concorda igualmente Alexandre Costa(*), que
traduz: "É difícil lutar com o coração, pois se paga com alma". Ou seja, a paixão cobra
um preço em termos de alma. Na paixão você sacrifica pedaços da sua alma. O
coração é um tirano enlouquecido, te lança em aventuras absurdas e não quer nem

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coração é um tirano enlouquecido, te lança em aventuras absurdas e não quer nem

saber, no final a tua alma é que se estrepa. Mais ou menos assim eu compreendia
quando tinha 19 anos, quando achava que os conceitos metafísicos tinham vida e
corpo em um drama cósmico e individual muito presente, dilacerante, como voltei a
achar.

Mas de um tempo para cá comecei a me perguntar se isto é efetivamente o que

Heráclito quis dizer.

A questão é saber o que é thymos, o que é pshyche, e qual a relação entre eles.

Primeiramente observemos que os antigos tinham muito mais imaginação do que nós
para falar da vida interior. Além de thymos e psyche tinham também o famoso
daimon, tinham o ethos, tinham o pneuma, tinham o noûs e por aí vai. Para nós tudo
é mais ou menos a mesma coisa, tudo uma espécie de amálgama indistinto, que
tendemos a reunir no conceito de "mente". O máximo que fazemos para sofisticar um
pouco é dividir a mente entre consciente e inconsciente, ou recorrer ao velho nome
de "psique" ou mesmo "psiquismo", em todo caso evitando injetar aí qualquer
transcendência ou mistério. Achamos que a atividade mental esgota a realidade da
mente, ou seja, não acreditamos na existência de "algo" que pensa e sente, mas apenas
na existência fenomênica dos pensamentos e sentimentos assim soltos, os quais por
sua vez se reduzem a impulsos e conexões elétricas. You are your brain, diz o título de
um desses livros mecanicistas que se publicam obrigatoriamente às dezenas todos os
anos e que as pessoas compram porque os vêem na livraria. (Às vezes acho bom que
as livrarias estejam acabando, porque as livrarias ultimamente selecionam e, ao
selecionar, endossam o que há de pior na mínima denominação comum do
materialismo. Sem livrarias, as pessoas vão chegar aos livros por outros caminhos, e
deixarão de ler besteira só porque o livro aparece em destaque numa estante. O
cânone materialista implícito que as livrarias aplicam dará lugar à plena liberdade e à
livre concorrência das ideias.)

Retomando. Thymos é o coração, para usar essa metáfora que milagrosamente ainda
resiste ao tempo. Psyche é a alma. Não sei o que é a alma. Sei que ela está lá. Digamos,
alma é aquele negócio que está dentro de você mas que não é exatamente você,
embora seja mais você do que você mesmo. É a presença de algo pairando sobre você
mesmo, na sua mente. É a porta aberta que você tem para o além. Etc.

Podemos ver no thymos e na psyche dois diferentes aspectos de nós mesmos, antes do
que reduzir o thymos a um simples afeto da psyche, como se dá nas interpretações
moralizantes onde se lê thymos no sentido de ira. Ou melhor, thymos e psyche surgem
como duas diferentes pessoas ou diferentes personagens no drama interior. Uma das
visões despersonalizantes do pensamento de Heráclito neste ponto, quase
reducionista, parece ser a interpretação de Aristóteles, na Ética a Eudemo, de onde
provém o fragmento segundo a edição de Marcel Conche(**). Como dizia um aluno de
Harold Bloom, I don’t agree with Mr. Aristotle. A tradução de Conche, que tenta seguir
o contexto em que Aristóteles cita o fragmento, me parece simplesmente horrível: “Il
est difficile de combattre la colère, car ele l’emporte au prix de la vie.” (É difícil
combater a cólera, pois ela vence ao preço da vida.) Ou seja, quando você age com
raiva você faz besteira. Para saber disso não precisaríamos de Heráclito nem de
Aristóteles, pois não? Nesta banalização completa, Aristóteles está muito mais
próximo de nós, a 23 séculos de distância, do que de Heráclito, do qual o separavam
apenas 150 anos.
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apenas 150 anos.

De qualquer forma, em todas essas traduções a alma, psyche, aparece como uma
espécie de patrimônio que se vê depredado quando o coração, thymos, resolve sair
brigando. Mas qual a alternativa? Não lutar? Lutar sem paixão? E assim deixar a alma
intacta? Intacta para o quê? Mas e se alma é um dom que recebemos para ser usado,
não para ficar lá parada, esperando?

A questão é também a relação entre machesthai, do verbo machomai, lutar (de

mache, luta, que deu o sufixo “maquia” e nos permitiria falar aqui de uma
psicomaquia), e oneitai, do verbo oneomai, comprar.

Machesthai. No fragmento talvez mais decisivo de Heráclito, o 53, lemos: polemos

panton men pater estin, panton de basileus, kai tous men theous edeixe, tous de
anthropous, tous men doulous epoiese, tous de eleutheros. O combate é o pai de todas
as coisas, de todas é rei, a alguns faz deuses e a outros faz homens, a alguns escravos e
a outros livres. O combate permite distinguir escravidão e liberdade, e portanto
liberta, pois somente ao reconhecer a diferença entre servidão e liberdade esta última
pode surgir. Mache, a luta, deve entender-se no mesmo contexto de polemos, o
combate. O verbo machomai introduz-nos nesse universo da criação e da distinção
fundamental operada pelo polemos, a distinção entre escravidão e liberdade, entre o
divino e o humano. Mache, polemos, é o que cria e distingue. Então, se você quiser
criar, entrar para valer na existência, você vai ter que machesthai, vai ter que lutar. A
questão é se vai lutar com o coração, thymoi, ou se vai lutar de outra maneira, sem
paixão. Heráclito dá a entender que existe essa opção. Não é propriamente uma opção
moral. Heráclito não moraliza. Heráclito diz em outra parte, ethos anthropou daimon
(o caráter ético do homem é o seu daimon, o seu eu profundo, o seu self, não existe
uma "ética" separada daquilo que você autenticamente e individualmente é). Pode-se
portanto lutar com paixão ou lutar sem paixão. Chalepón! Lutar com paixão é difícil,
penoso. (Entenda-se que lutar sem paixão é mais fácil.) Mas é aí, fica nisso? Lutar com
paixão é difícil porque a alma paga, a luta com paixão sacrifica a alma. Certo. Mas
esse sacrifício não será de alguma forma indispensável para o próprio bem da alma?
Podemos imaginar que o coração, ao comandar a luta difícil, aparentemente
insensata, diferente de alguma espécie de luta fria e racional que Heráclito sugere e
não nomeia, está na verdade ajudando a alma, fazendo o que é preciso para que desse
polemos resulte a liberdade? Em vez de prejudicá-la, em vez de fazê-la pagar, não
estaria o coração sacrificando-se pela alma? Não seria o coração que, em sua luta,
compra a liberdade da alma, pagando seu resgate?

Vou assim tentar uma tradução que viola bastante a gramática, mas paciência (é
difícil traduzir Heráclito com o coração, mas o que ele realmente diz compra-se a
preço de gramática):

“É custoso combater com o coração, mas ele é que resgata a alma.”

(Isto se considerarmos que ho e an thelei são uma interpolação e nos ativermos à
versão mais simples da segunda parte do fragmento, gar psyches oneitai, tal como
sugerem os filólogos mais modernos.)

Ou então: “É custoso combater com o coração, pois o que ele quer é resgatar a alma.
(Aqui lendo o fragmento tal como aparece em Diels-Kranz).

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De qualquer forma, o coração, em seu combate, paga pela alma. A paixão – tal como a
paixão de Cristo – paga o resgate da alma sequestrada pelo mal e a liberta.

O Cristo está em toda parte nos fragmentos de Heráclito, quinhentos anos antes de sua
vinda, e em outros antigos. Não por acaso o Cristo está sempre associado ao coração, o
Cristo padece e luta, o Cristo é o sagrado coração que sofre para comprar a liberdade
da alma, mesmo que ela não mereça. Não por acaso se venera o imaculado coração de
Maria, que aceita o sofrimento em nome do amor e da salvação. O coração, o thymos,
é uma loucura, mas uma loucura que, somente ela, pode redimir e salvar.

Chalepós não é "difícil" tanto no sentido em que um problema de matemática pode ser
difícil, porém mais no sentido de uma provação. Pode também significar perigoso ou
desafiador, ou ainda doloroso – levando-nos sempre para perto do universo
semântico da paixão de Cristo. (Preferi traduzir por "custoso" porque remete à
metáfora da compra, que será usada na segunda metade do fragmento pelo verbo
oneomai.)

Chalepá ta kalá, conforme Platão. O belo é difícil, o belo se atinge apenas através de
sacrifícios e provações. Eis por que Toynbee coloca essa expressão na epígrafe do seu
Study of History, onde sustenta que as civilizações se criam e desenvolvem
respondendo a desafios, e quando não encontram mais desafios ou recusam os
desafios que se lhes aparecem, definham. Quem recusa a luta não está poupando a
alma, está perdendo-a, está deixando-a escrava e faltando ao seu dever de combater
para libertá-la.

Heráclito, o obscuro, deixa-o muito claro: o coração é o que luta pela alma, em meio às
dificuldades e graças a elas.

(*) Costa, Alexandre. Heráclito: fragmentos contextualizados. Rio de Janeiro, DIFEL,

2002.
(**) Conche, Marcel. Héraclite: fragments. Paris, P.U.F., 1986.

Obs.: Preferi aqui não usar sistematicamente os acentos na transliteração do grego.

Ficam graficamente pesados e acabam prejudicando a leitura.

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Querer grandeza Antes da batalha História e Mito

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Querer grandeza Antes da batalha História e Mito

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josuado211 20 hours ago

Fiquei sabendo que você será anunciado hoje como novo ministro. Se for verdade,
parabéns!!! Finalmente, o centro de decisões da política externa brasileira sairá de
Nova Iorque e voltará para Brasília, a cidade idealizada por José Bonifácio! Não se
deixe influenciar por aquelas cobrinhas do Itamaraty, faça o que deve ser feito de
acordo com sua consciência. Lembre-se que você não deve respeito a quem usa sua
posição de diplomata para falar mal do Brasil no exterior. Não deixe o assédio da
petralhada te intimidar. Não tenha medo e faça uma devassa no ministério. Eles vão
reclamar? Ótimo! Quem reclamar, vai assumir a posição de inimigo da nação.
Coragem, força e honra! O povo brasileiro estará com você. Que o Barão do Rio Branco
guie seus caminhos!

Erica Cristina 19 hours ago

Parabéns Sr. Ernesto. A guerra não será fácil e quando perceber que algumas
batalhas não foram vencidas, tenha certeza que os brasileiros do BEM estão ao seu
lado rezando e torcendo para o seu sucesso. E não somos poucos e hoje estamos mais
unidos como nunca e por isso nos tornamos fortes.
Tenho certeza que recuperaremos a esperança e nos tornaremos uma grande e
respeitada Nação, com condições sociais básicas, através do respeito aos seres
humanos, salários dignos, melhoramento do país em termos materiais, intelectuais e,
principalmente, morais . Sucesso!!

Luana Broedel 19 hours ago

Escrita de uma inteligência gritante. Meu coração explode de orgulho de saber que fiz
a escolha certa no que diz a legislação ao meu voto. Que bela escolha fez nosso
presidente. Seja bem vindo Ernesto Araújo!! Serás mais um nome na história
brasileira que resgatou a dignidade de uma nação.

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cfosorio100 18 hours ago

Edited: 18 hours ago

Sr. Eduardo.
Parabéns pela nomeação. Aja com temperança e, segundo seu texto, não combata com
o coração pois é a alma que paga e a alma de uma nação é o seu povo.
Lhe desejo uma grande administração no Ministério das Relações Exteriores.

Carlos Osorio
( Bisneto de Fernando Luis Osorio - Ministro Plenipotenciario do Brasil na Argentina e
Ministro do STF )

Eli Cavichiolo 18 hours ago

Meus Parabéns, Ernesto você brilhantemente irá enriquecer os planos de governo de

Bolsonaro e que a nossa Nação tanto necessita. Talvez você pessoalmente não
precisasse desta função, mas digamos, tenho certeza que em seu coração pulsou o
desespero de seus irmãos brasileiros, que tanto buscamos uma real mudança. Muito
obrigada. Gosto muito de seu blog.

Naomi Greice Yamaguchi 18 hours ago

A alegria explode dentro do meu peito ao ver um exímio guerreiro se juntando à

onerosa batalha pela alma brasileira. Certamente devemos nos preparar para
testemunhar explosões, sacrifícios, corpos nos campos de batalha, mas tenho
confiança em nossos generais. Finalmente teremos a oportunidade de revelarmos a
grandeza brasileira, guiados como seremos por verdadeiros estadistas. Bato
continência, Ministro.

Ahri Naru 17 hours ago

Muito bom, camarada! Finalmente um verdadeiro nacionalista fazendo parte do novo

governo.

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Psicomaquia 15/11/2018 12(12

governo.
Que Deus reserve tudo de bom pra ti.

Sergio Curvelo 15 hours ago

Sr. Ernesto,
Parabéns pela indicação presidencial. Liderar essa missão civilizacional é uma tarefa
árdua e nobilíssima. Os desafios internos e externos são enormes e necessitam de
brasileiros de verdade para a inadiável mudança de cenário. Saiba que existe um
povo confiando nas suas ações. Siga firme, combatendo com disposição e usando o
escudo da verdade. Que Deus abençoe e guie seus passos.

thiagobrega 15 hours ago

Caríssimo! Parabéns pela nomeação como Chanceler do Brasil, cargo mui digno para
um Rei e Sacerdote de Cristo! Que venha o Reino! Maranata!
www.holonomia.com

Crypt Ouro 13 hours ago

Belo texto, obrigado.

Thymos e' o portal para a Alma, que permanece 99% no mundo imaterial.
Lutar sem Coracao/Alma e' mais facil porque o mundo material e' "holografico",
mortal, "irreal". Lutar sem Coracao e' um "waste of time".
Assim sendo, toda a luta sem Coracao acaba por morrer com o corpo, toda a luta com
Coracao e' a luta da Alma e e' Eterna.
Boa Luta!

Fernando Silva 11 hours ago

Sou neurocientista, educador e pesquisador na área de IA, mas um amante dos

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Psicomaquia 15/11/2018 12(12

clássicos e da alta-cultura. Pareceria um sonho se não fosse realidade o fato de

pessoas inteligentes e cultas, como o escritor desse blog, estarem sendo escolhidas
para o Governo. Longa vida à Alta Cultura!

Daisy Brandino 7 hours ago

Meus parabéns Finalmente posso me orgulhar novamente dos brasileiros que estão
patrioticamente e honrosamente aceitando ajudar o Brasil!!! Muito feliz pelas
escolhas acertadas do nosso presidente.

heravice 4 hours ago

Meus parabéns, finalmente a chancelaria vai recuperar o respeito perdido.

Vitor Kamizi 4 hours ago

Muito elegante seu texto. Parabéns!

Ricardo Cunha an hour ago

Is Donald Trump America’s First New Thought President?

An Interview with New Dawn Magazine
“Behold! these be grave mysteries; for there are also of my friends who be hermits.
Now think not to find them in the forest or on the mountain; but in beds of purple,
caressed by magnificent beasts of women with large limbs, and fire and light in their
eyes, and masses of flaming hair about them; there shall ye find them.” (from The
Book of the Law [II: 24], received by Aleister Crowley in Egypt, 1904)
When I think of Norman Vincent Peale and the influence of New Thought on Donald
Trump, my mind turns immediately to Aleister Crowley (1875-1947). A British
occultist whose life span was contemporaneous with the heyday of New Thought,
Crowley suffered no confusion between biblical and magical principles. He was

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Psicomaquia 15/11/2018 12(12

deeply versed in the worldwide Mystery Traditions from Mongolia to Manhattan. A

prolific author, the Introduction to his masterpiece Magick: In Theory and Practice
lays out a series of scientific statements that make absolutely clear the ideas he is
expounding—namely the centrality of thought and intention in the practical affairs of
everyday life.
Crowley begins, “MAGICK is for ALL. I have written this book to help the Banker, the
Pugilist, the Biologist, the Poet, the Navvy, the Grocer, the Factory Girl, the
Mathematician, the Stenographer, the Golfer, the Wife, the Consul—and all the rest—
to fulfill themselves perfectly, each in his or her own proper function.”
I would suggest Donald Trump to be the embodiment of Crowley’s fondest thought:
iconoclastic, improbable, a revolutionary, and, perhaps most of all, successful.
Crowley states, “A Man who is doing his True Will has the inertia of the Universe to
assist him.” How unexpected Trump’s victory by every known metric, especially those
of his opponents!
Crowley defined Magick as “the Science and Art of causing Change to occur in
conformity with Will.” He explained his choice of the word “Magick” to define his
philosophy as “essentially the most sublime, and actually the most discredited, of all
the available terms.” Trump made a similar bold move with his use of the term
“America First.” Think of the members of the “international community,” those who
have for so long enjoyed American administration after administration acting as if
their guiding philosophy of “America Last” is enshrined as a sacred value in the US
Constitution. Yet, Theresa May—and Brexit—are making it clear that Britain is
contemplating what might be called “England First.” I wonder if Prime Minister
Turnbull could be thinking “Australia First.” Trump said in his inaugural, “We will
seek friendship and goodwill with the nations of the world – but we do so with the
understanding that it is the right of all nations to put their own interests first.”
National self-interest. Politicians seeking to benefit their own constituencies. What a
concept!
I write these words as President Trump has spent his first week undoing the
overreaching executive orders by which his predecessor sought to fundamentally
“transform” America through what he called “hope and change.” (All that gentleman
would have needed to succeed was a Hillary Clinton or a Jeb Bush to follow him—the
one an acolyte and co-conspirator, the other far too “polite” to stir the cauldron or
rock the boat.)
Crowley writes, “A nation must become aware of its own character before it can be
said to exist. From that knowledge it must divine its destiny. It must then consider the
political conditions of the world; how other countries may help it or hinder it. It must
then destroy in itself any elements discordant with its destiny.”
I believe President Trump is answering that call.
***
NEW DAWN: US presidents have long spoken of their religious faith. Presidents
Ronald Reagan and George W. Bush referred to the Bible and openly identified with
Evangelical Christianity. Even Hillary Clinton, the Democratic candidate in last
November’s election, made no secret of her commitment to the ‘Social Gospel’ of
Protestant Christianity stating, “I am a person of faith. I am a Christian. I am a
Methodist.”
America’s 45th president Donald J. Trump is different from both his predecessors and
his Democrat opponent. President Trump has spoken of attending the New York City
congregation of the Reverend Dr. Norman Vincent Peale. A dynamic preacher and
author, Rev. Peale has been called ‘one of the 20th century’s most powerful figures’
and the ‘father of Positive-Thinking’. “I still remember his sermons,” Trump said in

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Psicomaquia 15/11/2018 12(12

and the ‘father of Positive-Thinking’. “I still remember his sermons,” Trump said in
July 2015. “It was unbelievable. And what he would do is he would bring real-life
situations, modern day situations into the sermon. And you could listen to him all day
long. When you left the church, you were disappointed that it was over. He was the
greatest guy.”

http://www.jameswassermanbooks.com/americas-new-thought-president/

Rafael Augustus Sêga an hour ago

Prezado Ministro, receba meus votos de uma atuação repleta de realizações voltadas
aos interesses de um Brasil forte e soberano!

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