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Como Me Tornei Um Diplomata – Samuel Hermínio Santiago

Eu só escrevo isso, pois sei que você só saberá quem eu sou quando for por demais tarde.
Eu era uma pessoa comum, como você. Tinha medos, inseguranças, depressão e tudo o que
as pessoas comuns e fracas sentem. A minha vida mudou quando encontrei “O Livro”. Não,
não foi a Bíblia, a Doutrina de Buda, o Alcorão ou qualquer livro sagrado da humanidade.
Foi algo, muito, muito mais antigo.

Como eu disse, eu era uma pessoa comum, fui uma criança nascida de pais pobres. Sempre
fui um tanto doentio, talvez pela má alimentação que recebi. Perdi meus pais muito cedo e
fui sendo jogado da casa de um parente para a de outro. Minha educação formal foi
deficiente, em escolas públicas com poucos recursos e minha atenção foi sempre voltada
para o que somente os olhos das pessoas em desespero podem ver.

Quando me tornei adulto tive que me virar sozinho. Infelizmente não consegui bons
empregos. Eu não tinha nenhuma vocação, trabalhei em pequenos escritórios, ganhando
apenas o suficiente para sobreviver e sustentar meu pequeno vício por leituras estranhas.
Ainda não sei bem como consegui meu diploma de nível superior, nunca fui brilhante,
apenas sempre fui levado por um estranho fluxo de pensamentos. Tentei passar em
concursos públicos, mas nunca tive êxito. Não antes de encontrar “O Livro”.

“O Livro” foi cair em minhas mãos através de um anúncio na Internet que prometia:
“Passe em qualquer prova! Sucesso garantido por “Ele”! Eu não sabia quem era “Ele”, mas
tentei assim mesmo, estava passando dificuldades, pois já há algum tempo tinha perdido
meu trabalho e um desempregado se apega a qualquer esperança.

“O Livro” chegou à porta da quitinete que eu alugava, num subúrbio tão pobre quanto eu.
Quando abri o pacote, me senti enjoado, era um livro muito pesado e todo emborolado, com
uma capa em couro de uma textura estranha que exalava um cheiro mórbido.
Simplesmente abri “O Livro” e comecei a ler. Haviam símbolos estranhos que eu não
conhecia, procedimentos a seguir e rituais ancestrais que prometiam abrir a minha mente
para uma percepção e entendimento que eu nunca antes imaginei ser possível.

Para fugir do desemprego, tive a ideia de utilizar os novos conhecimentos que já


começavam a fervilhar em minha mente e acabei por me inscrever no concurso para
diplomata, o qual, qualquer concurseiro sabe ser, o mais difícil de todos. Fui aprovado, pois
todo conhecimento humano parecia estar sob meu domínio. Fui empossado, em pouco
tempo, como um diplomata e designando para trabalhar num país insular, do qual nunca
tinha ouvido falar.

Agora trabalho diretamente com o embaixador “Dele” que me concedeu a honra de ser
tocado pelo seu gracioso tentáculo. Hoje sou muito bem sucedido e muito influente. Ganho
um alto salário com adicionais que fariam um Marajá do nosso governo corrupto, morrer de
inveja. Tenho todo o conforto possível, as mulheres antes esquivas, agora me assediam,
minha saúde melhorou muito e agora nada do que há de material ou imaterial esta fora do
meu alcance.

O meu trabalho é preparar o caminho para a vinda “Dele”. O nosso governo já sabe “Dele”,
todos os outros governos do mundo já sabem também, menos as pessoas comuns como
você. E você só o conhecerá quando o seu domínio for inevitável... Não haverá nenhuma
resistência... Agora eu sei que aquele anúncio era exclusivamente para mim, eu já tinha sido
escolhido... Bem, acho que agora não faz diferença que você, pessoa insignificante, saiba
que eu trabalho em Rillyeh e que o nome “Dele” é: Cthulhu... Há... Você quer saber qual
era “O Livro”? “O Livro” era o Necronomicon!

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