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SISTEMAS DE

INFORMAÇÕES
GERENCIAIS

Professor Me. Danillo Xavier Saes


Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa
Professora Me. Tatiane Garcia da Silva Santos

GRADUAÇÃO

Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
José Manoel da Costa
Designer Educacional
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
a Distância; SAES, Danillo Xavier ; FEITOSA, Yuri Rafael Gragefe; Giovana Vieira Cardoso
SANTOS, Tatiane Garcia da Silva . Iconografia
Isabela Soares Silva
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS. Danillo Xavier
Saes; Yuri Rafael Gragefe Feitosa; Tatiane Garcia da Silva Santos. Projeto Gráfico
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Jaime de Marchi Junior
161 p. José Jhonny Coelho
“Graduação - EaD”.
Arte Capa
1. Sistemas 2. Informações . 3. Gerenciais 4. EaD. I. Título. André Morais de Freitas
CDD - 22 ed. 658
Editoração
CIP - NBR 12899 - AACR/2 Fernando Henrique Mendes
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Ludiane Aparecida de Souza
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Ilustração
Gabriel Amaral
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um
grande desafio para todos os cidadãos. A busca
por tecnologia, informação, conhecimento de
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a
educação de qualidade nas diferentes áreas do
conhecimento, formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento de uma
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais
e sociais; a realização de uma prática acadêmica
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização
do conhecimento acadêmico com a articulação e
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela
qualidade e compromisso do corpo docente;
aquisição de competências institucionais para
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade
da oferta dos ensinos presencial e a distância;
bem-estar e satisfação da comunidade interna;
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de
cooperação e parceria com o mundo do trabalho,
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
Diretoria de
transformamos também a sociedade na qual estamos
Planejamento de Ensino
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
Diretoria Operacional
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
de Ensino
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores
e tutores que se encontra disponível para sanar suas
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e
segurança sua trajetória acadêmica.
AUTOR(ES)

Professor Me. Danillo Xavier Saes


Mestrado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (2015).
Pós-Graduado em Ambientes para Internet pelo Centro Universitário de
Maringá - Unicesumar (2002). Especialista em Gestão Empresarial pelo
Instituto Paranaense de Ensino (2007). Graduado em Tecnologia em
Processamento de Dados pela Unicesumar de Maringá (2000). Coordenador
de cursos no EAD Unicesumar desde Fevereiro/2012. Atua em treinamentos
empresariais. Professor autor e formador do EAD - Ensino a Distância da
Unicesumar desde 2008.

Para conhecer mais, acesse o link disponível em: <http://lattes.cnpq.


br/8228177169774711>.

Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa


Especialista em EAD e as Tecnologias Educacionais pela Unicesumar (2015).
MBA em Gestão da Tecnologia da Informação pelo Instituto Paranaense
de Ensino (2013). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade
Paranaense (2008). Aluno Não Regular do Mestrado em Ciência da
Computação na Universidade Estadual de Maringá (2015). Analista
Comercial em uma Empresa de Desenvolvimento de Software Baseado em
Componentes e especializada em Documentos Fiscais Eletrônicos. Professor
na Graduação EAD da disciplina de Fundamentos de Redes de Computadores
nos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas para Internet.
Professor dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Engenharia da
Computação das disciplinas de Algoritmos e Lógica de Programação I e II,
Professor de Pós Graduação da disciplina de Governança em TI no curso de
MBA em TI, com Experiência na área de consultoria e vendas de produtos de
TI (Hardware e Software).

Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://lattes.cnpq.


br/7930556058381413>.
Professora Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Mestre em Gestão do Conhecimento nas Organizações pela Unicesumar
- Centro Universitário Cesumar (2016). Especialista em Controladoria e
Contabilidade pela UEM - Universidade Estadual de Maringá (2010). Graduada
em Ciências Contábeis pela CESUMAR - Centro Universitário de Maringá
(2004). Atualmente é Professora/Orientadora do curso de Ciências Contábeis
do Ensino Presencial da Unicesumar - Centro Universitário Cesumar,
nas seguintes disciplinas: Estágio Supervisionado I e II, Contabilidade
Intermediária, Noções de Atuária e Ética Geral e Profissional em Contabilidade.
Professora do curso de Ciências Contábeis da UNIFAMMA - União de
Faculdades Metropolitana de Maringá, nas seguintes disciplinas: Auditoria
I e Contabilidade Tributária. Professora Formadora do Ensino a Distância
da Unicesumar - EAD, das disciplinas: Estágio Supervisionado I, Estágio
Supervisionado II e Atuária. Ex-Tutora do curso de Ciências Contábeis do
Ensino a Distância da Unicesumar. Tem experiência na área de Contabilidade.
Autora dos livros: Arbitragem (2011), Estágio Supervisionado I (2014) e Estágio
Supervisionado II (2015). Participação nos livros: Ética Geral e Profissional em
Contabilidade (2015), Pensando o Conhecimento - Uma abordagem teórica
à Gestão do Conhecimento (2015), e Envelhecer Saudável - Uma abordagem
interdisciplinar do envelhecimento ativo (2015).

Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://lattes.cnpq.


br/6987439622263692>.
APRESENTAÇÃO

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

SEJA BEM-VINDO(A)!
Seja bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), é com grande satisfação que iniciamos agora a disciplina de Siste-
mas de Informações Gerenciais. Este material foi desenvolvido especialmente para você,
para orientá-lo(a) sobre esse importante assunto, muito utilizado atualmente no contex-
to empresarial.
Procuramos transmitir nossa experiência acadêmica e profissional de forma prática,
com pesquisas detalhadas do que o mercado vem praticando, juntamente com uma
fundamentação teórica sólida que lhe propiciará um entendimento amplo sobre todos
os assuntos abordados.
Como é do seu conhecimento, no ambiente empresarial, cada vez mais o tema informa-
ção é altamente comentado e abordado. Assim como em diversos estudos, esse assunto
tem sido levado em consideração pelas empresas e pelos seus dirigentes e é justamente
sobre a utilização e o gerenciamento da informação que iremos discutir no decorrer do
nosso livro, em cinco unidades.
Na unidade I, traremos uma contextualização sobre Informação, por meio de conceitos
teóricos que levam a reflexão para a realidade das organizações, e estudaremos tam-
bém sobre Sistemas de Informação, um tema que será tratado com mais detalhes nas
unidades seguintes. Nessa mesma unidade, você verá a diferença entre três palavras
que, muitas vezes, se entrelaçam e podem ser confundidas em seus conceitos: Dado,
Informação e Conhecimento.
Veremos ainda assuntos relacionados à tipologia de diferentes níveis de informação,
como Institucional, Intermediário e Operacional, também utilizados no meio empre-
sarial. Abordaremos o conceito de sistemas e os recursos que eles possuem antes de
entrar no significado real de Sistemas de Informação, para que esses conceitos fiquem
mais claros para você.
Caminhando para a unidade II, traremos sobre assuntos de extrema importância para
qualquer tipo de empresa, a Estratégia, a busca de informações, a elaboração de ações
estratégicas. Ela está diretamente relacionada às informações nas quais os gestores se
baseiam para tomar as decisões corretas, e seu conceito, bem como suas principais ca-
racterísticas e a importância do estudo da informação como uma ferramenta estratégi-
ca, é parte fundamental dessa unidade. Nela, será apresentada também uma descrição
da evolução do pensamento estratégico com o passar dos anos.
Veremos alguns elementos importantes sobre a definição de uma estratégia e você po-
derá comprovar sua ligação com a Informação, pois uma depende da outra para existir.
Para que essas estratégias sejam analisadas, elaboradas e efetivamente executadas, con-
tamos com ferramentas de tecnologia para auxiliar desde a elaboração até o acompa-
nhamento e a análise dos resultados obtidos, ou seja, todo o processo.
Na unidade III, apresentaremos o conceito de Tecnologia da Informação (TI), a utilização
APRESENTAÇÃO

de estratégia na TI e as etapas de gestão estratégica da informação. Serão abor-


dados aspectos importantes sobre a utilização da estratégia da TI, como inovação,
promoção e redução de custo, situação muito cobrada nos tempos de hoje.
Nessa mesma unidade, você verá alguns pontos que mostram a importância da tec-
nologia e os benefícios que ela pode trazer para as organizações. Trouxemos alguns
exemplos de empresas que colocaram em prática os conceitos que serão aborda-
dos, bem como os resultados obtidos por elas e suas posições em relação às empre-
sas que não fizeram essa união entre estratégia e TI.
Na unidade IV, veremos assuntos mais específicos sobre algumas ferramentas de
tecnologia que são utilizadas nas empresas, apresentaremos ainda alguns sistemas
de apoio e software para a gestão das empresas e como essas ferramentas de tecno-
logia da informação podem auxiliar o relacionamento com o cliente, ajudar o gestor
com o planejamento dos recursos e muitos mais. Ainda sobre tecnologia, aborda-
remos a nova tendência da TI, a Computação na Nuvem, e faremos uma introdução
sobre essa tecnologia, que cresceu rapidamente, e que a cada dia, mais empresas
estão envolvidas para que seja utilizada de forma correta.
Desse modo, alguns aspectos sobre a segurança e a vulnerabilidade dos Sistemas
de Informação, problemas e ameaças que podem interferir na gestão e, consequen-
temente, gerar grandes prejuízos, também serão abordados. Problemas que muitas
vezes podem ser físicos, como uma ameaça de incêndio e até erros de software,
mau uso do computador por parte do usuário, entre muitas outras situações. Tam-
bém os requisitos de segurança como a privacidade, a integridade e a autenticidade
que devem ser seguidos, afinal, a informação é considerada um patrimônio da em-
presa e precisa ser cuidada com bastante cautela.
Ainda na unidade IV, veremos as ações de Hackers e a contaminação por vírus, que
são sinônimos de muita dor de cabeça e prejuízos incalculáveis para várias organiza-
ções. No entanto, também serão apresentadas algumas ferramentas de prevenção,
para evitar essas situações, como antivírus, firewall entre outros.
Por fim, na unidade V, última unidade, abordaremos alguns aspectos sobre o Sis-
tema de Informação, para podermos conhecer o Sistema de Informação Contábil
(SIC). Destacando a importância das informações contábeis para o processo de to-
mada de decisões nas organizações.
11
SUMÁRIO

UNIDADE I

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO

17 Introdução

18 Dado, Informação e Conhecimento

26 Tipologia da Informação

27 Conceito de Sistema de Informação

35 Considerações Finais

40 Referências

41 Gabarito

UNIDADE II

AMBIENTE ESTRATÉGICO

45 Introdução

46 Conceito de Estratégia

52 A Estratégia no Contexto Empresarial 

54 Evolução do Pensamento Estratégico

56 Estratégia e Informação

60 Planejamento e Tecnologia da Informação

62 Estratégia e Tecnologia da Informação

64 Considerações Finais

71 Gabarito
12
SUMÁRIO

UNIDADE III

GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO

75 Introdução

76 Conceito de Tecnologia da Informação

80 Etapas da Gestão Estratégica da Informação

81 Utilização Estratégica da Tecnologia da Informação

84 Considerações Finais

89 Gabarito

UNIDADE IV

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

93 Introdução

94 Ferramentas de Tecnologia da Informação

111 A Vulnerabilidade dos Sistemas de Informação

118 Segurança dos Sistemas de Informação

130 Considerações Finais

136 Gabarito
13
SUMÁRIO

UNIDADE V

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

139 Introdução

140 Sistemas de Informações

141 Sistema De Informação Contábil (SIC) 

152 A Importância das Informações Contábeis Como Instrumento de Gestão


Empresarial

153 Considerações Finais

160 Gabarito

161 Conclusão
Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa
Professor Me. Danillo Xavier Saes

CONTEXTUALIZANDO A

I
UNIDADE
INFORMAÇÃO

Objetivos de Aprendizagem
■■ Destacar os principais aspectos da informação nas organizações
empresariais.
■■ Oferecer um referencial teórico que proporcione uma visão
estruturada da informação nas empresas.
■■ Conceituar Sistemas de Informação e suas características

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Dado, Informação e Conhecimento
■■ Tipologia da Informação
■■ Conceito de Sistema de Informação
17

INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), uma informação de qualidade é considerada moeda de troca


para as organizações do século XXI. Por isso, um banco de dados bem estrutu-
rado, que armazena histórico de clientes, compras, vendas, contas a pagar e a
receber, informações de relacionamento com clientes e outros dados importan-
tes, proporciona a possibilidade de se mensurar tais dados, e estes podem ser
convertidos em informação, que por sua vez, é transformada em conhecimento,
ou seja, algo que gera valor para o negócio e proporciona resultado.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A decisão em utilizar a tecnologia, mais especificamente, os Sistemas de


Informação e todos os seus recursos, deve ser embasada na real necessidade da
empresa. É preciso avaliar tal necessidade e a sua capacidade de investimento e,
como consequência, o que esse investimento trará de retorno para a organiza-
ção. Implantar um sistema de informação simplesmente por implantar não será
um investimento inteligente. Porém, se o objetivo estiver enraizado na obten-
ção de vantagens competitivas e na busca por qualidade e crescimento, então,
será um investimento interessante.
A Informação está inserida como uma ferramenta preciosa utilizada no coti-
diano das empresas. O membro da equipe de trabalho é valorizado não apenas pelo
que faz, mas também pelo que pode agregar de valor para o negócio em questão.
Seja a empresa micro, pequena ou grande, ou seja, não importa o seu tamanho,
o uso de ferramentas tecnológicas deve auxiliar seus processos de gerenciamento.
Cada qual com sua realidade de mercado e capacidade de investimento. Portanto,
caro(a) aluno(a), o gerenciamento da informação se dá em diversas realidades
e em diferentes portes de empresas. O que devemos sempre levar em conside-
ração é que ela, a “Senhora Informação”, é importante, uma vez que os gestores
precisam de ferramentas que auxiliem o seu gerenciamento.

Introdução
18 UNIDADE I

DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

O dado é um elemento isolado que ainda não foi arranjado ou organizado de


uma forma que seja possível utilizá-lo ou entendê-lo. Ele é a matéria-prima da
informação. Para exemplificar, podemos pegar uma temperatura qualquer: 30ºC.
Sem qualquer outro atributo, é apenas um dado. Para que ela tenha um signifi-
cado, é necessário obter mais dados complementares que se relacionem.
Côrtes (2008) explica que pode existir certa confusão entre os termos dados
e informação, pois os dois, diversas vezes, são tomados como sinônimos. Por

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
serem tomados como equivalentes, sendo confundidos, é importante diferen-
ciar os significados para clarear a compreensão.

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
19

A partir do momento que o dado passa por algum tipo de relacionamento, ava-
liação, interpretação ou organização, tem-se a geração de uma informação. Ela
é o resultado de dados que se converteram em algo que tem utilidade para seus
usuários, ou seja, são os dados organizados de modo significativo e útil. Côrtes
(2008) afirma que deste ponto em diante, quando o dado é transformado em
uma informação, uma decisão pode ser tomada pelo gestor que, por sua vez, a
transformará em conhecimento, quando houver a interação com o seu usuário.
Tratando-se de informação, seja para micro, pequenas ou grandes organiza-
ções, destacamos também a forma que ela será comunicada dentro das empresas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Bernardes e Marcondes (2003) pontuam algumas vantagens e desvantagens de


as comunicações operacionais serem informatizadas. As vantagens citadas pelos
autores são:
■■ A falta do computador chama mais atenção que sua presença.
■■ O computador agiliza a rede de comunicações operacionais.
■■ O computador obriga a formalização da rede de comunicações da empresa.

■■ O computador diminui erros e reduz as possibilidades de fraudes.


■■ As desvantagens, de acordo com os autores, são as seguintes:
■■ Os sistemas operacionais computadorizados estão sujeitos a interrupções.

■■ O computador exige normas de procedimentos trabalhosas de alterar.

■■ A informática tem custos a serem levados em conta.

Voltando à temperatura de 30ºC, por ser um dia quente, observo que o sol está
forte, logo, devo utilizar algum tipo de protetor solar. Esse é um dado comple-
mentar que, se unido ao primeiro dado, transforma-se em uma informação útil,
que me auxilia a tomar uma decisão.
A transformação de dados em informação se dá pelo fato de eles serem
submetidos a atividades de processamento como comparação, classificação ou
cálculos. Assim, tais atividades irão organizar e manipular os dados iniciais,
transformando-os em informações para os usuários.

Dado, Informação e Conhecimento


20 UNIDADE I

O’brien (2004) mostra dois exemplos que podem clarear os significados des-
ses dois termos:
Exemplo 1: transações comerciais como comprar um carro ou uma pas-
sagem de avião podem gerar muitos dados. Basta pensar nas centenas de fatos
necessários para descrever as características do carro que você deseja e seu finan-
ciamento, ou mesmo os detalhes para a mais simples reserva de um voo.
Exemplo 2: nomes, quantidades e valores monetários registrados em formu-
lários de vendas representam dados sobre transações de vendas. Entretanto, um
gerente de vendas pode não considerar esses dados como informação. Somente

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
depois que tais fatos forem devidamente organizados e manipulados é que podem
ser fornecidas informações significativas, especificando, por exemplo, a quanti-
dade de vendas por tipo de produto, território de vendas ou vendedor.

Ao nosso redor existe uma infinidade de informações que podem ser absorvi-
das. Algumas serão consideradas importantes e poderão ser armazenadas em
nossa memória. Outras serão percebidas como inúteis, as quais não daremos
muita atenção para armazená-las, ou então, podem ser relevantes apenas para um
pequeno momento. Essa dinâmica faz parte do nosso dia a dia e fazemos isso de
forma automática, sem ter que parar para raciocinar. A liberdade para absorver
o que é útil e descartar o que não é necessário é saudável para os seres humanos.

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
21

As informações fazem parte da rotina das pessoas, seja em casa, na escola,


no trabalho ou na Igreja. A todo o momento, estamos sendo bombardeados com
diversas informações.
É natural a resistência inicial a algum tipo de inovação. No entanto, o mundo
caminha no ritmo da evolução e das grandes transformações, e as empresas pre-
cisam acompanhar essa dança para que possam, no mínimo, conseguir ouvir
a música. O essencial é que, mesmo acompanhando esse processo evolutivo,
a empresa continue a ter personalidade própria e a preservar seus princípios e
seus valores. É importante também a análise da realidade da empresa para tais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

investimentos.
Quando você senta em frente à televisão, por exemplo, ao assistir um pro-
grama qualquer, você recebe informações a respeito de cores, de estilos de roupa,
de definições sociais de beleza e de estética, de sons, de estímulos de consumo,
de sensações, de emoções e muito mais. Comprovando o que dissemos anterior-
mente, algumas serão guardadas como úteis, e outras serão descartadas assim
que a televisão for desligada.

Para você obter uma informação, é necessário relacionar dados diversos. Compare
isso com um quebra-cabeça. Uma peça por si só, isolada, é um dado. Agora, a
união dessas peças não irá constituir necessariamente uma informação, pois se
colocadas nos lugares errados ou uma sobre a outra não terão o resultado espe-
rado. Após o quebra-cabeça ser montado com suas peças organizadas, nos devidos

Dado, Informação e Conhecimento


22 UNIDADE I

lugares, você tem o resultado da imagem correta. Isso representa a informação.


Vamos imaginar uma situação simples de nosso cotidiano. Você está andando
na rua e alguém lhe pergunta onde fica a Av. Presidente Vargas, por exemplo.
A pessoa está pedindo uma informação que, até aquele momento, ela não tem.
Você, sabendo onde fica a rua questionada, passa a informação para o outro. Isso
é algo simplório, mas interessante.
Você sabe a localização da rua em questão, mas, até então, isso era um dado
isolado armazenado em sua memória que não havia sido utilizado. No momento
que foi solicitado, você varreu sua memória em busca desse dado, que se trans-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
formou em uma informação, pois, passou a ter uma utilidade. A informação
transmitida serviu de base para a pessoa tomar a decisão de ir até o local desejado.
Para que você pudesse responder o que lhe foi pedido, foi necessário, em
algum momento, que você tomasse conhecimento daquele dado. Assim, de alguma
maneira, a localização da Av. Presidente Vargas passou pela etapa da entrada
em sua memória. Quando questionado, houve a fase do processamento, ou seja,
da busca pelo dado em sua memória, para que depois você pudesse transmitir
(saída) a informação que foi solicitada.
Essa realidade funciona também dentro dos sistemas de informação. Em
uma fase inicial, os usuários incluem dos dados dentro do sistema. Um cadas-
tro de cliente, por exemplo. Os campos nome, endereço, e-mail, CPF e RG vão
sendo preenchidos de forma isolada, de início, sem significado individual. Esta
é a fase da Entrada de dados no sistema. Posteriormente, quando necessário,
o sistema realiza a busca destes dados (Processamento) para a emissão de um
relatório (Saída).
Atualmente, estamos inseridos em um
período da história da humanidade no qual a
informação é valiosa e utilizada como moeda de
troca, e nós, seres humanos, cada vez mais, temos
sido valorizados pelo que conhecemos e por nossa
capacidade de reaprender constantemente, afi-
nal, conhecimento e informação são dinâmicos
e precisamos acompanhar esse efeito no nosso
cotidiano profissional.

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
23

Vimos, anteriormente, que o dado é algo bruto, sem utilidade aparente quando
considerado de forma isolada. A partir do momento que vários dados se unem,
se transformam em uma informação, que, por sua vez, passa a ter algum tipo
de utilidade para uma tomada de decisão. A informação se constitui dessa união
de dados e de fatos conhecidos referentes a alguma situação. Agora, o melhor de
tudo para o crescimento profissional, é saber transformar essa informação em
conhecimento, que nada mais é do que o resultado da interação do indivíduo
com a informação que ele adquiriu, ou seja, é a capacidade que o sujeito tem de
agir com base nas informações que foram transmitidas a ele.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Vivemos em um mundo altamente competitivo, onde os consumidores estão


cada vez mais exigentes. Se não melhorarmos constantemente, ficaremos estagna-
dos e sem a possibilidade de crescer, ou até mesmo, de nos manter no mercado.
Por isso, a melhora permanente é uma necessidade real dentro das empresas,
independentemente do seu porte. Para que essa melhora realmente aconteça, é
preciso que algo a impulsione, no caso, o conhecimento.
Esse contexto pode ser atribuído ao fato de que a aprendizagem e o desen-
volvimento do conhecimento e da inteligência empresarial serem assuntos que
têm suscitado a realização de estudos e de pesquisas por parte das empresas por
ser estratégico para a manutenção da vantagem competitiva. A empresa precisa
desenvolver competência em diversas áreas para que sua posição de mercado
seja consolidada e possa desenvolver novas perspectivas (CÔRTES, 2008).
O processo de se adquirir conhecimento está ligado ao cotidiano das pes-
soas. Leitura, cursos, palestras, treinamentos, graduação, especialização, troca
de experiências, tudo isso faz com que o estoque de conhecimento de cada pes-
soa vá sendo aumentado e melhorado. Por meio das experiências vivenciadas,
aprendemos a solucionar problemas, e conhecimento é justamente isso.
Vale salientar aqui a importância de uma cultura de troca de experiências e
de informações entre os funcionários da mesma empresa, também do incentivo
da empresa e da força de vontade do próprio colaborador para adquirir conhe-
cimento e compartilhá-lo com sua equipe. O conhecimento, por ser dinâmico,
precisa ser transmitido, repassado e, consequentemente, reaprendido. Aquilo
que você aprende hoje precisará, algum dia, ser melhorado de alguma maneira.
Essa cultura organizacional não é conquistada da noite para o dia. Muitas

Dado, Informação e Conhecimento


24 UNIDADE I

pessoas ainda possuem o medo de compartilhar com seus colegas de trabalho


informações novas aprendidas, e esse medo se dá por diversos fatores como falta
de incentivo da equipe, pressão dos superiores dentre outros. Mas, empresas que
plantam a cultura da troca de conhecimentos com sua equipe de trabalho, aca-
bam colhendo resultados positivos e satisfatórios.
Na atualidade, apenas empresas geradoras de conhecimento e organizações
que zelam por aprender é que obtêm vantagem competitiva duradoura derivada
do uso da gestão do conhecimento organizacional e do incentivo à inovação. A
gestão do conhecimento, por meio das tecnologias de sistemas de informação,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
auxiliam na criação e na propagação de conhecimento dentro das empresas, pro-
porcionando, assim, a integração em novos serviços, produtos e processos de
negócio (O’BRIEN, 2004).
Inúmeras informações são geradas na rotina profissional. Muitas precisam
ser armazenadas para serem utilizadas no futuro, outras são desnecessárias e
podem ser descartadas. Diversas informações também são incorporadas no
cotidiano das empresas, fazendo com que os produtos ou os serviços comercia-
lizados passem a ter um valor mais agregado devido às informações absorvidas.
Um exemplo disso é a experiência adquirida por uma empresa que presta
serviço de assistência técnica em computadores. Quanto maior o tempo de tra-
balho, mais credibilidade e confiança essa empresa passará aos seus clientes,
podendo, assim, cobrar um pouco mais pelo serviço prestado, com base nesse
argumento. O serviço é o mesmo que o dos concorrentes, mas o conhecimento,
que foi adquirido com a experiência do cotidiano de trabalho, fez com que o tra-
balho passasse a ter um valor agregado maior.
Temos o conhecimento dividido em quatro propriedades, sendo que a pri-
meira considera que o conhecimento é volátil. Em razão da natureza de seu
armazenamento na mente das pessoas, os conhecimentos evoluíram em função
das mudanças que se produzem em seus portadores. Por exemplo, um dos espe-
cialistas da empresa pode abandoná-la e, quando isso ocorre, a empresa perde
conhecimento (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
A segunda propriedade do conhecimento é que ele se desenvolve por apren-
dizagem, ou seja, o processo de desenvolvimento do conhecimento é basicamente
o de aprendizagem. Portanto, a gestão da aprendizagem é uma variável chave na

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
25

gestão eficiente do conhecimento. E o processo de aprendizagem é um meca-


nismo de melhora pessoal, individualizado, que depende das capacidades de
cada pessoa, e também das experiências de aprendizagem que esta encontra pelo
caminho (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
O conhecimento se transforma por ação do impulso da motivação, que é
a sua terceira propriedade. O uso de um conhecimento na solução de problemas
é o processo de passar de uma internalização para a interação com o mundo.
A motivação para a utilização do conhecimento é crucial para o uso eficaz do
conhecimento adquirido (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A quarta propriedade, compreende o processo de transferência do conheci-


mento, ou seja, ele é transferido sem perder-se. Os conhecimentos acumulados
podem comprar e vender, transferindo ao comprador a capacidade de resolução
de problemas existente no vendedor. Em razão da forma de sua materializa-
ção, essa característica deveria ser a base de uma possível teoria econômica dos
conhecimentos (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
De acordo com Davenport e Prusak (1998), conhecimento é a única fonte
sustentável de vantagem competitiva. Essa afirmação complementa a definição
dos autores citados anteriormente, ao afirmarem que o conhecimento é o motor
da melhora permanente. As empresas estão, cada vez mais, buscando melho-
ria contínua. A busca pela excelência tem sido alvo de extrema preocupação por
parte de diversas organizações do mundo moderno.
Excelência é considerada como algo de valor para muitas empresas e está
relacionada à superioridade ou ao fato de ser muito bom em um alto grau de ava-
liação. Esse patamar é buscado de forma enfática pelos gestores das organizações
e está atrelado à capacidade que a empresa possui de gerar, manter e reconstruir
conhecimento. Mesmo que pareça redundante dizer, vamos ressaltar mais uma
vez: agregar valor para obter vantagem competitiva.
A geração de conhecimento se dá de diversas formas. Uma delas é a experi-
ência adquirida dentro do segmento de trabalho em que se está inserido, como
já citado anteriormente, no exemplo da assistência técnica em computadores.

Dado, Informação e Conhecimento


26 UNIDADE I

TIPOLOGIA DA INFORMAÇÃO

A internet é uma prova viva da tipologia da informação, pois por meio dela
podemos fazer buscas importantes em questão de segundos. Se você fizer uma
consulta no Google sobre assunto qualquer, por exemplo, Gestão da Informação,
você obterá milhões de resultados de possíveis páginas que se referenciam ao
assunto pesquisado. Porém é importante saber a veracidade, a credibilidade e a
idoneidade do site visitado em relação ao seu conteúdo, para saber se a infor-
mação é confiável ou não.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dentro de uma empresa, essa realidade é similar. Um sistema de informação
deve trazer ao seu usuário a resposta para algo que ele necessite naquele momento.
No entanto, caso as informações adicionadas no sistema tiverem sido equivoca-
das, o resultado para um relatório, por exemplo, pode não ser satisfatório.
Vamos pegar o simples exemplo de um cotidiano empresarial. Suponhamos
que, no momento de se fazer o cadastro de um cliente, o sistema utilizado não
faça a validação do CPF (algo que não é muito comum de acontecer atualmente,
pois essa é uma rotina simples de programação). Agora, imagine que, depois de
algum tempo, justamente esse cliente esteja inadimplente com a empresa, e sua
política de crédito diz que é necessário incluir esse cliente no serviço de prote-
ção ao crédito. Será um caso impossível de se realizar, pois o CPF está errado e
essa é uma informação que os sistemas de proteção ao crédito exigem que esteja
correta.
Nesse exemplo, é possível
verificar a importância da con-
sistência e da veracidade das
informações, pois um erro sim-
ples pode resultar em prejuízo
futuro.
Uma empresa de grande
porte precisa de uma realidade
de sistema de informação mais
robusta e em alguns casos, existe
até mesmo um departamento de

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
27

tecnologia dentro da empresa, para cuidar dessa área especificamente. Por outro
lado, um pequeno comércio varejista não possui a mesma necessidade da empresa
anterior. A realidade dessa microempresa não impõe a necessidade um departa-
mento específico para isso e pode optar por comprar um sistema simples ou até
mesmo alugar de uma prestadora de serviços da área de informática.
Imagine uma instituição financeira que lida com milhares de informações
diferentes e precisa cruzá-las, analisá-las, mensurá-las etc. Um sistema para
gerenciar essa realidade necessita de inúmeros requisitos a mais para suportar a
quantidade e a velocidade com que as informações são incluídas, processadas,
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retornadas e analisadas pelos usuários. Logo, temos empresas diferentes para


realidades diferentes.

CONCEITO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Vimos anteriormente o significado de informação e conhecimento, cuja maté-


ria prima inicial é o dado. Antes de entrarmos no conceito propriamente dito
de Sistema de Informação (SI), é interessante contextualizarmos o significado
da palavra sistema.
De forma simples, um sistema nada mais é do que o conjunto de elemen-
tos interconectados que formam um todo organizado. Um sistema orgânico,
por exemplo, segundo a biologia, é um grupo de órgãos que tem o objetivo de
executar uma determinada tarefa (sistema respiratório, sistema nervoso etc.).
Outro exemplo é o Sistema Solar, que é formado pelo Sol e pelos planetas que
estão interconectados pelas leis gravitacionais. Imagine a sua casa: você possui
um sistema de energia elétrica que funciona independentemente ou um sistema
hidráulico que também é independente, mas você utiliza os dois simultaneamente,
ao tomar banho, por exemplo. Portanto são partes únicas, independentes, que
podem interagir e formar uma parte maior e mais estruturada.
Dentro da empresa onde você trabalha, essa realidade se repete. Imagine cada

Conceito de Sistema de Informação


28 UNIDADE I

departamento, trabalhando com sua equipe de forma independente. Quando se


unem, formam a empresa, que é o todo. Um setor isolado funciona sozinho, mas,
para que o todo funcione (que é o objetivo maior), os departamentos precisam,
necessariamente, interagir. O representante visita e cadastra o cliente, mas é o
departamento financeiro que irá liberar o crédito e a expedição enviar o pedido.
O objetivo principal de um SI é o de organizar as informações que são ali-
mentadas pelos usuários para que, no momento necessário, elas possam ser
utilizadas para alguma finalidade.
Conforme o tempo vai passando, a base de dados do sistema vai se tornando

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
maior e mais robusta, pois o dinamismo da realidade faz com as informações
sejam atualizadas, corrigidas e recriadas constantemente.
Seria possível imaginar, nos dias de hoje, uma instituição financeira ope-
rando sem um Sistema de Informação? E uma multinacional, com filiais em
diversos países? Ou uma indústria de confecção, que possui pontos de vendas e
representantes espalhados por todo o país? A tecnologia está inserida no con-
texto dessas empresas justamente devido à quantidade de informações que são
geradas a cada dia. Sem um sistema informatizado, pode-se afirmar que seria
praticamente impossível administrar tal organização.
Um sistema de informação deve estar alicerçado em três razões: tecnologia,
organizações e pessoas, fundamentais para as aplicações relacionadas à tecno-
logia da informação dentro das empresas.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Agora, vamos colocar a definição de sistema, vista no item anterior, dentro da rea-
lidade de se trabalhar com informações. O’brien (2004) mostra que um modelo
básico de SI consiste em cinco recursos principais: Pessoas, Hardware, Software,
Dados e Rede. Para o autor, cada um desses recursos possui papéis importantes
a serem desempenhados para a realidade do sistema de informação.
Os dados gerados na rotina de trabalho são inúmeros. É claro que isso
depende, mais uma vez, da realidade e do porte da empresa. Quanto maior a
companhia, mais informações serão geradas e processadas diariamente.

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
29

O início da computação pessoal e dos sistemas de informação


Considerados como os desbravadores da computação pessoal e dos siste-
mas de informação, Bill Gates, Steve Jobs, Paul Allen, Steve Ballmer e outros
protagonistas eram jovens e rebeldes. Apesar de não possuírem dinheiro,
tinham em comum sonhos, ideias e produtos. Entre as suas criações estão:
Apple, depois o Apple II, Lisa e finalmente o Macintosh.
Apesar da rebeldia, os jovens se destacaram no mercado e hoje são con-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

siderados ícones da área. Dono de uma personalidade complicada e des-


controlada, Jobs utilizou o seu conhecimento sobre mercado e colocou em
prática as suas ideias. Ideias que mais tarde resultaram no reconhecimento
dele como “o gênio da informática”.
Fonte: adaptado de Ribeiro (2010, on-line)1.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E CAPITAL HUMANO

Um SI consistente, que satisfaça as necessidades


da empresa, de nada vale se não tiver alguém
para utilizá-lo, de maneira eficiente. O conhe-
cimento gerado pelas informações obtidas pelo
sistema pertence às pessoas que estão inseridas
na comunidade empresarial. São eles: gestores,
supervisores, gerentes, coordenadores, usuários
que possuem o poder de transformar o bem pre-
cioso, informação, em conhecimento, e gerar
mais valor para o negócio em que estão inseridos.
Vale lembrar que a equipe de trabalho deve trabalhar em sintonia. O usuário
do SI deve ser ouvido com atenção, pois é ele que estará lidando com a realidade
cotidiana do sistema a ser utilizado. Seja um departamento próprio de tecnologia
ou terceirizado, se quiserem buscar os resultados positivos, precisam se comu-
nicar com clareza e com eficiência.
A implantação de um SI ou a sua atualização por outro sistema está relacionada

Conceito de Sistema de Informação


30 UNIDADE I

a uma mudança nas rotinas empresariais. Caso a empresa não tenha sistema de
gestão e decida implantar um, os funcionários poderão demonstrar insegurança
com a nova ferramenta de trabalho. Em outra situação, se a empresa já possui
um SI, mas percebe que ele não está satisfazendo suas necessidades e anseios,
e assim, decide trocar o sistema. Essa também é um tipo de mudança que cau-
sará desconforto aos usuários, pois já estão acostumados ao funcionamento do
sistema antigo.
Essa resistência à mudança por parte das pessoas é uma situação natural do
ser humano, e um dos principais motivos é o medo do desconhecido, do novo,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do diferente. O importante, seja com a implantação ou com a atualização da
tecnologia, é proporcionar o treinamento adequado às pessoas que farão uso
da ferramenta.
Imagine uma pequena loja de materiais de construção com mais de 30 anos
de história e que alguns de seus funcionários estão na casa desde o início das
atividades desse comércio. Eis que chega um ponto no qual a segunda geração
da família começa a tomar conta dos negócios de seu pai.
Muito bem. Esse filho, mais jovem e de cabeça mais aberta, decide implantar
um sistema de gerenciamento para a sua loja. É
muito provável que os funcionários antigos sen-
tirão medo e terão resistência a essa situação,
porque mesmo sendo bons vendedores, prova-
velmente não possuem habilidades para lidar
com o computador, pois isso não foi preciso até
o momento. Essa é uma situação delicada, que
mexe com a cultura existente dentro da empresa,
sendo necessário muito tato, tranquilidade e
incentivo para que os veteranos não desanimem.
É muito importante, em uma realidade
como essa, mesmo que pareça extrema, que a empresa proporcione a devida
capacitação do seu pessoal. Se avaliarmos uma situação na qual a empresa está
realizando uma atualização em seu SI, uma mudança também está sendo feita
e, mesmo que a equipe de trabalho já esteja apta a trabalhar com suas ferramen-
tas, o treinamento é necessário e essencial. Não se deve simplesmente colocar

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
31

o usuário diante do sistema e dizer para ele: “mexa e aprenda sozinho!”. É claro
que é possível que o sujeito aprenda a trabalhar com a ferramenta em questão.
Porém, pode ser que não aprenda com a mesma eficiência caso recebesse a capa-
citação adequada.
As pessoas que fazem parte do ambiente empresarial devem ser respeitadas e
valorizadas de acordo com suas atividades. O conhecimento gerado e transformado
em vantagem competitiva está ligado diretamente à ação da equipe de trabalho.
A troca de experiências no cotidiano e o fato de se compartilhar informações e
conhecimentos entre os membros da equipe proporcionam um fortalecimento das
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

relações humanas dentro da empresa, bem como sua sustentabilidade no mercado.


Assim, é possível perceber a importância do capital humano dentro do
contexto organizacional. A valorização da equipe de trabalho está diretamente
relacionada ao sucesso da empresa, pois é ela que irá utilizar as informações de
maneira estratégica, gerando resultados para a empresa.

O SISTEMA DE INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA


ORGANIZAÇÃO

Como vimos anteriormente, o esquema de um sistema se baseia, essencialmente,


na Entrada, no Processamento, na Saída e no Feedback. Segundo Batista (2006),
um sistema de informação implantado na empresa tem por objetivo a criação de
um ambiente empresarial no qual as informações sejam confiáveis e possam
fluir na estrutura da organização, para que sejam utilizadas quando necessárias.
Para isso, é preciso que o usuário tenha conhecimento sobre a sua função
exercida e também saiba das informações disponíveis para ele, objetivando faci-
litar o seu trabalho. Caso isso não ocorra, informações concretas, repassadas
por meio de relatórios e de gráficos, por exemplo, que poderiam facilitar a vida
do indivíduo, ficam banalizadas e não são utilizadas com a eficiência esperada.
Além da veracidade e da confiança diante das informações, devemos levar em
consideração também a questão da qualidade dos resultados gerados pela utili-
zação de um sistema. Não basta possuir um banco de dados robusto se o sistema
não tiver a capacidade de retornar informações plausíveis e de qualidade.

Conceito de Sistema de Informação


32 UNIDADE I

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
COMPONENTES DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

O Sistema de Informação Baseado em Computador (SIBC) faz uso de toda sua


tecnologia para processar dados informados com o objetivo de facilitar muitas
tarefas, como um simples relatório. Podemos dividir esse sistema em três com-
ponentes que fazem parte integrante de sua organização:
■■ Tecnologia: o computador é a base tecnológica para que todo e qualquer
Sistema de Informação funcione perfeitamente, por meio de seu rápido
raciocínio capaz de fazer cálculos gigantescos em questão de milissegun-
dos, juntamente com toda estrutura que o cerca, como redes, incluindo a
própria Internet. Vale lembrar que na atualidade, Computador é apenas
aquele Desktop que era comum em torno do ano 2.000, com o kit: mouse,
teclado, gabinete e caixa de som. Hoje, o Computador está na palma da
mão, por exemplo, com os Smartphones.
■■ Organizações: são a base de todos os Sistemas de Informação, são as empre-
sas desenvolvedoras de Software que lançam seus produtos no mercado,
atualmente com muita demanda. Assim como a tecnologia, os Softwares
desenvolvidos por essas organizações não estão mais presos no compu-
tador de mesa. Os Sistemas de Informação chegam nos Smartphones,
tablets, até as Smart Tvs e muitos outros dispositivos, conforme será abor-
dado no Capítulo IV.
■■ Pessoas: como nenhum sistema funciona sozinho, é fundamental que

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
33

tenha um grupo de pessoas trabalhando ao seu redor. Do lado da tecno-


logia, é preciso pessoas para alimentá-lo, para passar informações, para
fazer cadastros, entre muitos outros fatores; já pelo lado das organizações,
é preciso pessoas para o desenvolvimento dos Sistemas, para dar manu-
tenção e suporte, para manter a integridade de seus usuários.

É impossível operar, alimentar e manipular qualquer Sistema de Informação sem


dados e informações, além do mais, para fazer tais operações, deve-se ter uma pes-
soa responsável por isso. Portanto, independentemente do Sistema de Informação,
é preciso ter um conjunto de diretrizes para o seu perfeito funcionamento.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Conceito de Sistema de Informação


34 UNIDADE I

O objetivo de usar os sistemas de informação é a criação de um ambiente


empresarial em que as informações sejam confiáveis e possam fluir na estru-
tura organizacional.
(Emerson de Oliveira Batista).

Segundo O’brien (2004), sistema se define por um grupo de componentes que

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
se inter-relacionam e trabalham em direção a uma meta comum, recebendo
insumos (dados) e produzindo resultados por meio de um processo de trans-
formação. As três funções básicas para um sistema são entrada, processamento
e saída, como vimos anteriormente.
Como exemplo, pensemos em uma situação hipotética: um sistema industrial
que recebe matéria-prima como entrada e produz bens acabados como saída. Um
sistema de informação é um sistema que recebe recursos (dados) como entrada e
os processa em produtos (informação) como saída. Uma empresa é um sistema
no qual os recursos econômicos são transformados, pelos diversos processos de
negócios, em bens e em serviços (O’BRIEN, 2004).
Uma empresa é considerada um tipo de sistema devido à sua funcionali-
dade, pois ela é uma instituição cuja existência está baseada em uma finalidade
específica, e portanto, também é um exemplo de sistema.

CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
35

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em nosso primeiro capítulo, pudemos aprender sobre o conceito de Sistemas de


Informação e tudo que o rodeia: dados, informações, infraestrutura e, fundamen-
talmente, pessoas. Vimos também que esse Sistema não pode trabalhar sozinho,
pois precisa ser alimentado e, para isso, é fundamental a interação humana em
todo esse processo.
Observamos o resultado da dinâmica da interação entre os dados brutos trans-
formados em informação e a sua aplicação pelo usuário, ou seja, pelas pessoas,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

protagonistas do processo. Todo esse processo faz com que algo que até então era
isolado e não tinha valor aparente, seja transformado em algo com valor agre-
gado, por meio da capacidade humana de gerar conhecimento, juntamente com
a alta capacidade de processamento e de resposta dos Sistemas de Informação.
Devido à grande evolução da tecnologia, em um curto espaço de tempo, o
mercado de trabalho exige cada vez mais pessoas capacitadas para estar à frente
desses Sistemas. Quem não procurar se atualizar, buscar novos conhecimentos e
habilidades, possivelmente, ficará para trás e será substituído por uma máquina
que faz montagens em séries.
Para planejar qualquer tipo de ação, o gestor precisa se basear em dados
concretos como histórico, previsões, análises financeiras etc. Isso acontece por-
que as realidades vivenciadas pelas empresas são diferentes, e os Sistemas de
Informação entraram perfeitamente nessas situações, ajudando de forma con-
siderável o gestor a tomar decisões.
Sendo assim, a tecnologia da informação, desde que seja corretamente seg-
mentada como ferramenta para o sistema de informação da organização, deve ser
usada pelas pessoas a fim de realizar suas tarefas de forma melhor, dando suporte
a todo o processo produtivo, envolvendo todos os setores da organização e pro-
duzindo insumos que auxiliarão no maior controle e organização do contexto ao
qual estão inseridos, trazendo respostas e resultados com muito mais eficiência.

Considerações Finais
36

1. Assinale a alternativa que representa o conceito de dado:


( ) Sistemas operacionais computadorizados.
( ) É um elemento isolado que ainda não foi arranjado ou organizado de uma
forma que seja possível utilizá-lo ou entendê-lo.
( ) É o resultado de dados que se converteram em algo que tem utilidade para
seus usuários.
( ) É a resistência inicial a algum tipo de inovação.
( ) É uma peça por si só, isolada.
2. O conhecimento é dividido em quatro propriedades. Com base nesta informa-
ção, assinale a alternativa que corresponda a uma dessas propriedades:
( ) Aprendizagem.
( ) Propriedade.
( ) Transferência de informação.
( ) Desmotivação.
( ) Desvantagem competitiva.
3. Discorra sobre o que mudou, tecnologicamente, desde o ano 2000?
4. Como você compara a valorização do conhecimento hoje em relação ao merca-
do 20 ou 30 anos atrás?
5. Faça um breve comentário sobre Sistemas de Informação.
37

REFLEXÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO E DO


PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Embora seja possível atribuir significados um pouco diversos, considera-se que a estra-
tégia seja a arte ou a técnica de aplicar com eficácia os meios e os recursos disponíveis,
explorando condições eventualmente favoráveis, tendo em vista alcançar objetivos es-
pecíficos. Por sua vez, a administração estratégica é, segundo Daft (2005, p. 172-173),
“um conjunto de decisões e ações usadas para formular e implementar as estratégias
que proporcionam uma adequação competitivamente superior entre organização e seu
ambiente, para ela poder alcançar as metas organizacionais”.
Segundo Ghemawat (2000, p. 16) “a Primeira Revolução Industrial (que se estendeu
de meados do século XVIII até meados do século XIX) não produziu muito em termos
de pensamento ou comportamento estratégico”. Segundo ele, este fracasso pode ser
atribuído ao fato de que, apesar de tratar-se de um período marcado por intensa con-
corrência entre as empresas industriais, praticamente nenhuma delas tinha poder para
influenciar os resultados do mercado de forma significativo (GHEMAWAT, 2000, p. 16).
Prosseguindo, Ghemawat (2000) justifica que como a Primeira Revolução Industrial foi,
em grande parte, movida pelo desenvolvimento do comércio internacional de umas
poucas commodities (em especial o algodão), as empresas, em sua maioria, tendem a
permanecer pequenas e empregar o mínimo de pessoal de capital fixo.
Em razão disso, ele conclui que “as pequenas empresas comerciais da época precisavam
de pouca ou nenhuma estratégia”. Embora essa seja uma colocação que pode suscitar
controvérsias, é importante prosseguir na análise do pensamento de Ghemawat, apro-
fundando um pouco mais essa proposição.
A estratégia, como forma de moldar o mercado, começou com a Segunda Revolução
Industrial nos Estados Unidos, a partir de meados do século XX. Depois de 1850, com
a construção de ferrovias, tem início a formação do mercado de massa que, aliado à
oferta de capital e de crédito, levou à realização de grandes investimentos em produção
e em distribuição, explorando economias de escala. Com isso, no final do século XX,
surgiram nos Estados Unidos, e posteriormente na Europa, empresas verticalmente inte-
gradas, desenvolvendo hierarquias gerenciais, a fim de coordenar funções relacionadas
às diversas etapas produtivas e de comercialização. Não por acaso, a partir da Segunda
Revolução Industrial, surgiram, nos Estados Unidos, algumas das principais escolas de
administração como a Wharton School (1881) e a Harvard Business School (1908), esta
última sendo uma das primeiras a promover a ideia de que os gerentes deveriam de-
senvolver o pensamento estratégico em vez de atuarem apenas como administradores
funcionais (GHEMAWAT, 2000).
Durante a Segunda Guerra Mundial, com a escassez de recursos perante as necessidades
crescentes, o pensamento estratégico desenvolveu-se muito nos âmbitos empresarial e
militar, levando ao surgimento de novas técnicas de análise e sua aplicação às decisões
38

gerenciais. Mas, enquanto no pós-guerra, a administração estratégica servia como base


à reestruturação do Japão, a forte demanda interna e as ofertas de recursos verificadas
nos Estados Unidos fizeram com que esse pensamento fosse “esquecido” nesse país. Por
sua vez, na Europa do pós-guerra, a presença e o controle do governo em setores indus-
triais chave fizeram com que a administração estratégica empresarial ficasse relegada
a uma segunda instância, com alguns setores perdendo competitividade e ficando de-
pendentes de incentivos e subsídios oficiais.
Particularmente no Japão, o pensamento estratégico frutificou e serviu de base à re-
formulação de indústrias, em especial aquelas ligadas ao setor automobilístico. Com
advento das crises do petróleo nos anos 1970, com altas pronunciadas nas cotações
internacionais deste produto, os japoneses passaram a fornecer aos Estados Unidos au-
tomóveis modernos, compactos, confortáveis e principalmente econômicos a um preço
inferior aos praticados pelas montadoras americanas.
Aliada à revisão de processos e de práticas, a informatização crescente, propiciada pe-
los avanços obtidos na produção de microcomputadores, a partir de meados dos anos
1970, veio colaborar de maneira significativa com o planejamento estratégico. Se o sur-
gimento de computadores eletrônicos, nos anos 1940 e 1950, serviu, num primeiro mo-
mento, à agilização de procedimentos mecânicos, a evolução tecnológica empreendida
ao longo das décadas de 1960 e 1970 permitiu a prospecção de novas e instigantes
possibilidades. Aos poucos, a utilização de sistemas de informação serviu não apenas
ao atendimento de questões operacionais ou táticas, mas organizou o fluxo de infor-
mações nas empresas, facilitando a geração de conhecimento e o desenvolvimento de
estratégias empresariais potencializadas pelo uso cada vez mais intensivo de diversos
tipos de sistemas.
Fonte: adaptada de Côrtes (2008, p. 18-20).
MATERIAL COMPLEMENTAR

Fundamentos de Sistemas de Informação


Edmir Parada Vasques Prado; Cesar Alexandre de Souza
Editora: Saraiva
Sinopse: o livro aborda Sistemas de Informação como sistemas sócio
técnicos emergentes da interação entre tecnologia de informação,
pessoas e processos organizacionais. Dessa forma, busca conciliar uma
visão técnica com uma visão gerencial, por meio de uma abordagem que trata simultaneamente de
elementos técnicos, sociais e organizacionais, relacionados a Sistemas de Informação.

Tempos Modernos
o filme conta a história de um operário e uma jovem. Ele (Charles
Chaplin) é um operário empregado de uma grande fábrica que
desempenha o trabalho repetitivo de apertar parafusos. De tanto
apertar parafusos, o rapaz tem problemas de stress e, estafado,
perde a razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o
que se parece com parafusos, como os botões de uma blusa, por
exemplo. Ele é despedido e, logo em seguida, internado em um hospital. Após ficar algum tempo
internado, sai de lá recuperado, mas com a eterna ameaça de estafa que a vida moderna impõe:
a correria diária, a poluição sonora, as confusões entre as pessoas, os congestionamentos, as
multidões nas ruas, o desemprego, a fome, a miséria.

Informação como Bem Econômico, de Waldez Ludwig, é um vídeo sobre lei da oferta e da
demanda, da importância da informação como bem econômico e alguns exemplos.
Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=IvJKT-92uDw>.

Material Complementar
40
REFERÊNCIAS

BATISTA, E. O. Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o ge-


renciamento. São Paulo: Saraiva, 2006.
BERNARDES, C; MARCONDES, R. C. Teoria geral da administração: Gerenciando
organizações. São Paulo: Saraiva, 2003.
CÔRTES, P. L. Administração de Sistemas de Informação. São Paulo: Saraiva, 2008.
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não
basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.
MUÑOZ-SECA, B.; RIVEROLA, J. Transformando conhecimento em resultados: a
gestão do conhecimento como diferencial na busca de mais produtividade e com-
petitividade. São Paulo: Clio Editora, 2004.
O’BRIEN, J. A. Sistema de Informação e as Decisões Gerenciais na era da Inter-
net. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2003.
O’BRIEN, J. A. Sistema de Informação e as Decisões Gerenciais na era da Inter-
net. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1
Em: <http://webartigos.com/artigos/como-foi-o-inicio-da-computacao-pessoal-e-
-dos-sistemas-de-informacao/48833>. Acesso em: 4 abr. 2017.
41
REFERÊNCIAS
GABARITO

1. B.
2. A.
3. A base do sistema, como cadastros, consultas e relatórios, podemos dizer que
não sofreu grandes mudanças. O que mudou radicalmente foi a infraestrutura
e os dispositivos que trazem respostas muito mais rápidas e em qualquer lugar.
4. Hoje, informação é a base de tudo, quanto mais informada, mais uma empresa
está preparada para o mercado de trabalho.
5. É um conjunto organizado de pessoas, de hardware, de software, de redes de
comunicação e de recursos de dados que coleta, transforma e dissemina infor-
mações em uma organização, ou seja, são as partes independentes trabalhan-
do com um mesmo propósito.
Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa
Professor Me. Danillo Xavier Saes

II
UNIDADE
AMBIENTE ESTRATÉGICO

Objetivos de Aprendizagem
■■ Conceituar Estratégia e suas principais características.
■■ Descrever a evolução do planejamento estratégico.
■■ Conhecer a Estratégia no contexto empresarial.
■■ Expor a importância do estudo e da informação como ferramenta
estratégica.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Conceito de Estratégia
■■ Elementos para a Definição da Estratégia
■■ Estratégia no contexto empresarial
■■ Evolução do Planejamento Estratégico
■■ Estratégia e Informação
■■ Planejamento e tecnologia da informação
■■ Estratégia e Tecnologia da Informação
45

INTRODUÇÃO

Nesta unidade estudaremos as definições de estratégia, de planejamento e de


informação, que aliadas à Tecnologia da Informação podem trazer resultados
mais satisfatórios para quem as solicita, e que essa união traz ótimos benefícios,
auxiliando em grande parte das tomadas de decisões.
Assim como a Tecnologia da Informação evoluiu, o planejamento estraté-
gico e o modo como trabalhar as informações evoluíram também. Veremos na
unidade IV como os Softwares colaboraram significativamente para esse cresci-
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mento por trazerem uma forma mais dinâmica e rápida de trabalharmos com as
informações, que são a base para o planejamento de qualquer estratégia.
Veremos ainda nessa unidade que, de maneira simplista, estratégia nada mais
é do que você decidir como os recursos disponíveis serão utilizados para atingir
um objetivo e que por isso, atualmente, é muito utilizada no mundo corporativo.
No entanto, no momento de elaborar uma ação estratégica, será preciso total
comprometimento por parte dos responsáveis. A confiança entre os membros
da equipe e nas informações coletadas são pontos primordiais. Caso, lá atrás, os
responsáveis por buscar e, posteriormente, por mensurar essas informações (via
sistema) cometessem algum tipo de equívoco, poderiam comprometer o resul-
tado da elaboração da estratégia em questão.
Outro tópico importante a ser abordado é a maneira de se obter os dados
e as informações necessárias para isso, e qual a relevância dessa prática, pois,
é a partir dessa coleta que os dados serão compilados e se transformarão em
informações de qualidade. Esse processo gera conhecimento para a empresa, e,
consequentemente, valor, ou seja, gera resultados para o negócio. Veremos tam-
bém formas e métodos para trabalhar com essas informações, como elaborar
um planejamento com as estratégias para que se possa ter um melhor desempe-
nho, buscando melhores resultados.

Introdução
46 UNIDADE II

CONCEITO DE ESTRATÉGIA

De origem Grega, a palavra estratégia surgiu da necessidade de ganhar guerras,


envolvendo um líder militar estrategista, o General, que tivesse esse conceito em
mente para poder conduzir o exército com táticas, planos e métodos, todos cal-
culados e, muitas vezes, simulados, com o intuito de evitar a maior quantidade
de erros possíveis, almejando a vitória.
Com o passar do tempo, a estratégia começa a sair das bases militares e entra
na sociedade, principalmente na política, economia e psicologia. Hoje não é dife-

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rente, usamos a estratégia em nossa rotina, ou pelo menos deveríamos, seja para
comprar um carro novo, organizar o mês seguinte, conquistar uma pessoa e até
mesmo para a simples tarefa de ir ao supermercado. Segundo Ansoff (1977), não
há nenhum mistério em formular uma estratégia, o problema e fazê-la funcionar.
Encontramos a utilização de estratégias nas mais diversas situações como:
história em quadrinhos, desenhos animados, fábulas, filmes, novelas etc. Suas
personagens buscam informações, fazem planos, definem um objetivo e traçam
a forma para atingi-lo.

AMBIENTE ESTRATÉGICO
47

Uma trama interessante, que pode exemplificar o tema em questão, é relatada


no livro As mil e uma noites, de Antoine Galland (1646-1715), que apresenta a
história de Sherazade.
Segundo a fábula, o sultão foi traído pela esposa e, furioso, por vingan-
ça e para não correr o risco de ser traído, decide desposar uma nova
esposa a cada dia, sendo que após as núpcias, no dia seguinte, a mulher
seria morta.

Sherazade, que era filha do primeiro-ministro do sultão, se oferece


como voluntária para se casar com o rei, mas com o objetivo de tentar
salvar o povo do medo que sentiam do seu soberano. Como era dotada
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de muita beleza e de uma inteligência incrível, a jovem tinha o dom de


contar histórias, deixando seus desfechos para a noite seguinte e, assim,
ligando com uma nova história, as quais seduziram o rei e pouparia sua
vida (JAROUCHE, 2012, s.p).

Mesmo com uma pequena parte da história, é possível observarmos o conceito


de Estratégia sendo utilizado de maneira simples e sutil. A mulher continha
informações armazenadas em sua mente, que eram as histórias, assim, utilizou-
-as estrategicamente para um objetivo específico, poupar sua vida. No contexto
empresarial isso acontece de maneira constante. As empresas precisam conviver
com informações estratégicas e saber utilizá-las para ganhar vantagem diante
dos concorrentes e continuar se mantendo no mercado.
Mais um exemplo para ilustrar nossa contextualização vem de um filme
tradicional chamado Onze homens e um segredo, que mostra de forma enfática
a utilização de estratégias. É possível, no enredo, observar o desenvolvimento
de um plano de ações, coleta de informações, trabalho em equipe, treinamento,
análise e estudo das condições etc.
A elaboração de uma estratégia está ligada de forma direta às informações.
Para o desenvolvimento de um plano estratégico, seja ele de marketing, finan-
ceiro ou qualquer outra área, é necessário uma coleta de informações pertinentes
ao objetivo almejado. No caso do filme citado anteriormente, tudo foi articu-
lado e preparado com base em coleta de dados, em pesquisa. Eis a informação
presente mais uma vez.
Nos aproximando um pouco mais do contexto empresarial, uma campa-
nha publicitária, por exemplo, é uma estratégia utilizada com a finalidade de

Conceito de Estratégia
48 UNIDADE II

dar impulso a um produto, promover uma marca, divulgar um evento. Para


uma agência de publicidade (ou departamento próprio) desenvolver uma cam-
panha, é preciso coletar diversas informações sobre o público-alvo, sobre o tipo
de mídia que o esse público costuma visualizar, como as redes sociais, e por fim
dados sobre o mercado.
Com as informações em mãos, a equipe que desenvolve a campanha poderá
analisar, mensurar e tomar as decisões estratégicas para criação e desenvolvi-
mento da campanha propriamente dita.

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Com o objetivo de fidelizar os clientes, a rede de cinemas Cinesystem, se-
diada em Maringá (PR), implantou o programa Clube da Pipoca. Por meio
do programa, os clientes ganham pontos para cada compra de ingressos
ou combos (pacotes promocionais comercializados nas bombonieres) fei-
tos em suas bilheterias. Além disso, há uma bonificação de 50 pontos para
os membros que preencherem o cadastro completo e mais 50 pontos para
quem responder uma pesquisa de opinião disponibilizada pelo site do cine-
ma. Outra estratégia adotada é a Pesquisa de Satisfação, a qual se bonifica
com 100 pontos quem responder a pesquisa.
As pesquisas já identificaram que membros do clube tendem a gastar mais
em pipoca e refrigerante em dias de ingressos promocionais. Esses resulta-
dos também podem possibilitar que se façam promoções em dias específi-
cos, de acordo com a demanda do público considerado “fiel” (membros do
Clube da Pipoca).
Fonte: o autor.

No cotidiano de uma microempresa, o proprietário e seus funcionários preci-


sam utilizar de artifícios em suas vendas e atendimentos: a maneira de abordar
um cliente, a política de crédito, a possível venda adicional. Essas estratégias são
utilizadas com base em algum tipo de aprendizado que foi obtido por meio de
algum treinamento, por exemplo. Assim, primeiro se obteve a informação, para
depois colocá-la em prática estrategicamente.

AMBIENTE ESTRATÉGICO
49

Sun Tzu (2008, p. 105), no livro A Arte da Guerra, afirma que


não podem conduzir a marcha de um exército aqueles que não conhe-
cem as condições de montanhas e florestas, desfiladeiros, pântanos e
terrenos perigosos. E os que não usam guias locais são incapazes de
obter as vantagens do terreno.

Essa citação prova a necessidade de conhecer antes de tomar uma decisão. É a


busca de informações alicerçando as decisões estratégicas.
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“Alguém pode saber como vencer, mas não necessariamente vencer”.


(Sun-Tzu)

ELEMENTOS PARA A DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA

A estratégia pode ser definida em três principais tópicos, mencionados por


McGee e Prusak (1993, p. 73), a primeira é o Posicionamento e escopo – “está
relacionada aos produtos, quais e para quem serão ofertados, a busca do mer-
cado”, depois temos a Governança (estrutura e administração) – “é a captação,
aplicação e controle dos recursos para o desenvolvimento dos projetos, por fim
a Competência específica da organização
– é a qualificação e excelência na execução
dos trabalhos”.
Perceba que para o conjunto dos ele-
mentos acima é preciso se basear em
informações. O posicionamento de mer-
cado, a estrutura da organização e sua
capacidade de gerar conhecimento fazem
parte do processo de posicionamento estra-
tégico. Cada um dos pontos anteriores é
importante para tal posicionamento, pois

Conceito de Estratégia
50 UNIDADE II

a empresa precisa conhecer o produto ou o serviço que oferta,


bem como o segmento em que está inserida. A administração da
empresa necessita ter as informações dos recursos para se ancorar e
poder tomar as decisões corretas, e os gestores precisam saber qual
é a capacidade que sua equipe de trabalho tem, para tirar proveito
dessas habilidades e obter sucesso por meio das estratégias definidas.
O zelo pela qualidade, desde a coleta das informações até a elaboração de
uma ação estratégica baseada nessas informações, é uma característica que deve
estar impregnada no contexto das pessoas envolvidas com esse processo.

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Para Welch (2005), cada pessoa, com sua capacidade específica, exerce uma
função com qualidade e com eficiência. Essa é a realidade dos talentos. Não
adianta contratar uma pessoa simpática, extrovertida e muito comunicativa para
o setor financeiro, por exemplo, caso essa mesma pessoa não saiba lidar com
números. Esse perfil de profissional pode se encaixar no departamento de ven-
das. Assim, para alcançar os resultados positivos, precisamos das pessoas certas
nos lugares certos.
Conforme Sun-Tzu (2008, p.51), “Não se pode encarregar pessoas de algo
que não sabem fazer. O correto é selecioná-las e dar-lhes responsabilidades,
conforme suas aptidões”. Essa citação do autor diz respeito a “buscar as melho-
res práticas” e “melhorar continuamente”. Façamos um link com o elemento
Competência específica da organização (visto anteriormente), que fala dos
pontos fortes essenciais para alcançar o sucesso almejado.
O grau de competência e de conhecimento de uma empresa está ligado dire-
tamente à sua capacidade de melhorar constantemente para atingir resultados
mais significativos. Essa melhoria contínua é resultado do empenho e da dedi-
cação dos envolvidos na empresa pela busca de novos conhecimentos.

AMBIENTE ESTRATÉGICO
51
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Vamos fazer uma analogia com a questão da Estratégia em uma partida de futebol,
por exemplo. Primeiramente, o técnico do time precisa selecionar os jogadores.
Esse processo seletivo se dá com base no currículo e no histórico do candidato
em questão, assim como em uma empresa, logo, serão analisados os clubes por
onde passou (histórico profissional), as habilidades que tem (nível de conheci-
mento técnico), os prêmios conquistados (referências) e assim por diante. Esse
acúmulo de benefícios para um jogador são as informações que ele adquiriu no
decorrer de sua carreira esportiva.
Após formado o time, cada técnico utiliza diferentes estratégias em diferen-
tes momentos no decorrer de um campeonato. Agora, como essas estratégias
serão definidas? Simples: com base em Informações!
A comissão técnica pode assistir aos jogos dos adversários para analisar seus
pontos fortes e fracos e verificar onde é preciso melhorar o seu time. É possível
também trabalhar de forma enfática naquilo que o time demonstra de ponto
positivo, por exemplo, um batedor de faltas. Esse jogador treina exaustivamente
para que aprimore cada vez mais a sua habilidade. É a melhora contínua que
comentamos anteriormente.
Um ponto importante que também pode ser trabalhado é o relacionamento
entre os jogadores do próprio time. Convenhamos que, muitas vezes, um quer
ser mais estrela do que o outro, mas sabemos que isso não acontece dentro das

Conceito de Estratégia
52 UNIDADE II

empresas, e em casos como esse, existem profissionais da psicologia que traba-


lham com os jogadores suas emoções, respeito, ética, cidadania. Tudo utilizado
de maneira estratégia para melhorar o desempenho dos craques dentro de campo.
Na área comportamental, também é possível trabalhar com o time por meio
de palavras de incentivo, palestras motivacionais, com um ambiente inspirador
e metas claramente definidas. Esses pontos colaboram diretamente com o resul-
tado a ser alcançado, fazendo com que cada membro do time se sinta valorizado
e obstinado com a vitória do clube que representa.
Todos esses pontos colocados são utilizados estrategicamente para uma deter-

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minada finalidade. O resultado será a somatória de pequenas ações que foram
sendo realizadas e que, embora pareçam pequenas, no final se tornam grandiosas.

A ESTRATÉGIA NO CONTEXTO EMPRESARIAL

Existem riscos em toda e qualquer implantação de uma ou mais estratégias, por


isso, é importante levar todos os prós e contras em sua adoção. As estratégias
empresariais são dividas em três critérios, segundo Porter (1980):
■■ Estratégia Competitivas Genéricas: são ações defensivas e ofensivas que
criam uma posição vantajosa para a empresa, assim, são previamente
desenvolvidas e planejadas pelas entidades para facilitar a adaptação destas
às características de seu ambiente externo. Desse modo, o autor apresenta
três estratégias competitivas genéricas, que são:

AMBIENTE ESTRATÉGICO
53

• Estratégia Competitiva de Custo: é o alinhamento com a produtividade e efi-


ciência, sem perder a qualidade com fortalecimento no volume da produção,
reduzindo custos com marketing, garantia, logística com um preço final de
mercado competitivo.
• Estratégia Competitiva de Diferenciação: faz a integração entre a empresa
e o consumidor por meio de investimentos na imagem das empresas e seus
produtos, envolvendo também o setor de recursos humanos, pesquisas de
mercado, satisfação e qualidade.
• Estratégia Competitiva de Foco: é o destino da estratégia, o foco, o objetivo,
no qual somando todos os fatores adotados, teremos o resultado almejado.

■■ Estratégias de Crescimento: toda empresa sempre pensa em seu cres-


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cimento e expansão, aumentar faturamento, lucratividade e resultados,


lançando novos produtos ou melhorando os já em produção, esse cresci-
mento pode ser interno, por meio do aumento das vendas, melhorias na
produção e qualidade de trabalho. Existe também uma forma de cresci-
mento por meio da aquisição de novas empresas. Na integração vertical,
essa compra é realizada com empresas de outro ramo de atividade, a fim
de buscar novos horizontes. Na integração horizontal, a aquisição é por
empresas do mesmo ramo de atividade, com objetivo de diminuir a con-
corrência e obter uma maior força nas vendas e nos resultados.
■■ Estratégia e os Clusters Competitivos: independentemente do ramo de
atividade, desde agrário até industrial, no campo ou em grandes cidades,
existem vários critérios, que somados fazem a diferença, assim como a
concentração geográfica, apoio de diversos tipos de instituições de ramos
avariados, maior aproveitamento de materiais reciclados e derivados, a
concorrência e a disputa, além da miscigenação, a misturas de vários cos-
tumes e tradições.

Aqui, vale enfatizar que, em muitas situações, a elaboração de uma estratégia é


mais uma questão de sobrevivência do que de crescimento. Por isso, é impor-
tante que os gestores estejam antenados às mudanças de mercado, às evoluções
tecnológicas e às mudanças de comportamento de clientes (internos e externos),
para, assim, poderem constantemente se adaptar às novas realidades e buscar sua
sustentabilidade no mercado, que está cada vez mais competitivo.

A Estratégia no Contexto Empresarial


54 UNIDADE II

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO

A estratégia vem evoluindo com o passar dos anos, juntamente com a humani-
dade. Hoje, com recursos computacionais e muito mais conhecimento, é possível
melhorar cada vez mais o planejamento organizacional. Muitas empresas do
comércio varejista possuem ferramentas (sistemas de informação), por meio das
quais podem acompanhar a evolução de suas vendas de forma rápida e objetiva,
e tudo on-line. Essas informações têm toda importância no planejamento estra-
tégico da empresa, pois com base nelas poderão ser tomados rumos diferentes.

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De forma bastante objetiva, a finalidade principal de uma empresa é gerar
lucro para seu(s) proprietário(s), o que está ligado com o poder de faturamento
que essa empresa tem, bem como com sua administração eficaz. E a estratégia
está ligada diretamente nesse objetivo, pois é por meio da dela que são traçadas as
metas e os objetivos em busca dos resultados esperados. Valenriano (2001) afirma
que é esse planejamento que formula, implementa e avalia linhas de ação multi-
departamentais, levando a organização a atingir seus objetivos de longo prazo.
Eficiência e eficácia são grandes aliadas do planejamento estratégico. Podemos
diferenciar esses dois grandes complementos que evoluíram junto com a estra-
tégia: a eficiência nada mais é do que como e de que maneira fazer, e a eficácia,
do que fazer.

Segundo o SEBRAE (Serviço de apoio às micro e pequenas empresas), em


uma pesquisa realizada entre 1998 e 2007, 27% das empresas Paulistas fe-
cham com menos de um ano de atividade, e esse cenário não é muito dife-
rente em escala nacional, pois apenas 73,1% das empresas do Brasil, sobre-
vivem após dois anos de fundação, índice relativamente bom, comparado a
países como Holanda, Itália e Espanha, que respectivamente tem seus índi-
ces de 49,7%, 67,9% e 69,3%.
Fonte: adaptado de SEBRAE (2017, on-line)1.

AMBIENTE ESTRATÉGICO
55

A seguir veremos as dez escolas do pensamento estratégico, desenvolvidas em


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meados dos anos 70, por Minzberg (1999):


■■ A Escola do design: é a estratégia de gerar processos informais destacando
a estratégia empresarial, esse processo é conceitual e avalia os pontos fortes
e fracos que podem tanto melhorar quanto piorar todo o planejamento.
■■ A Escola de Planejamento: é a estratégia de formar processos com aspec-
tos estruturados e numéricos, esse processo dispõe de ferramentas formais
para montar o modelo de planejamento.
■■ A Escola de Posicionamento: é a estratégia executada por meio de um
procedimento analítico, que seleciona de forma deliberada os meios com-
petitivos para auxílio a decisões, privilegiando a análise estruturada do
setor envolvido.
■■ A Escola Empreendedora: é a estratégia de um processo visionário,
focando no papel dos líderes e dos empreendedores e visionários dos
projetos futuros ou em andamento, esse líder será a base e a visão des-
ses projetos.
■■ A Escola Cognitiva: é a estratégia como um processo mental, que envolve
implementação e elaboração de procedimentos, os quais são formados
novos conceitos e grandes inovações em todo o processo.
■■ A Escola do Aprendizado: é a estratégia de forma emergente, são pro-
cessos de exploração que buscam falhas e erros no processo, de forma
interativa para que sejam analisados e corrigidos com a finalidade de não
afetar o bom andamento na análise.

Evolução do Pensamento Estratégico


56 UNIDADE II

■■ A Escola do Poder: é a estratégia que busca o interesse e as negociações


que envolvem todo o projeto, influenciada pelas relações de poder.
■■ A Escola Cultural: é a estratégia como um processo coletivo, na qual a
inserção humana e social de todas as organizações influencia a forma de
analisar o mundo e definir seu novo planejamento.
■■ A Escola Ambiental: é a estratégia dos processos que relacionam o
ambiente nas estratégias das empresas, por meio de comportamentos
e de regras que, seguidas à risca, trazem uma sintonia melhor entre o
mundo corporativo e o ambiente.

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■■ A Escola da Configuração: é a estratégia de transformação dos proces-
sos, um resumo das nove estratégias anteriores que, colocadas em prática,
enfatizam toda a contextualização de todas as estratégias.

Veja que isso comprova o que ressaltamos em diversos pontos deste material: a
busca de informações (no caso, a formulação da estratégia) é a base para o
desenvolvimento de ações estratégicas.
Essa é a dinâmica do mercado atual. Mudanças e evoluções constantes, pro-
vando o dinamismo da criação de informações. A velocidade com que notícias
correm é imensa e por isso, se algo acontece no Japão, pela internet, ficamos sabendo
aqui no Brasil, em questão de minutos, ou até segundos. Portanto, não podemos
ficar parados, pois, a cada segundo, saem inúmeras novas informações, e quem
não estiver acompanhando, ficará desatualizado e fora do mercado de trabalho.

ESTRATÉGIA E INFORMAÇÃO

A informação é a base do conhecimento, está em todo lugar e em todas as coi-


sas, devido à grande evolução tecnológica. Perante esse fato, podemos afirmar
que a estratégia não pode caminhar sem a informação, são aliadas, que unidas,
seguindo toda metodologia de forma correta, trarão grandes benefícios para
quem fizer uso delas.

AMBIENTE ESTRATÉGICO
57

Envolvem desde o meio corporativo até o nosso mundo e nossa organização,


não podemos deixar de lidar com esses dois critérios importantes do desenvolver
da vida social de cada um, pois a informação, literalmente, te leva a caminhos
diferentes, e com uma boa estratégia adotada, esse caminho será muito mais fácil.
É preciso ter um grande cuidado ao absorver todas as informações. Cabe a
nós fazer um filtro sobre o que será armazenado, uma vez que, nem sempre todas
as informações são de fontes verdadeiras e confiáveis, e por isso devemos sem-
pre buscar por informações como referências de autor, site, blog ou da origem
que está sendo buscado. Como já dissemos anteriormente, temos que avaliar a
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qualidade e a utilidade das informações, para tirar proveito dela de forma inte-
ligente e produtiva.

Essas informações obtidas devem ser trabalhadas e ser a base da organização de


uma estratégia, montadas sempre com muito cuidado, pois o resultado desse tra-
balho pode ser um critério importante de uma tomada de decisão, e toda decisão
precisa ser tomada em cima de fatos.
O mundo está em constante evolução, isso é um fato, basta olhar pela janela
ou assistir ao noticiário. Acompanhar tais mudanças é algo que as empresas
modernas precisam impregnar em sua cultura, para que possam crescer ou até

Estratégia e Informação
58 UNIDADE II

mesmo sobreviver na sociedade atual. Muitas vezes ficamos presos apenas ao


que nós imaginamos que seja bom ou ruim para a nossa empresa e não para-
mos para avaliar realmente o que tem dado certo ou não.
Com a Análise SWOT, é possível identificar, de forma concreta, informações
preciosas para uma tomada de decisão estratégica. Assim, é usada para identifi-
car os pontos fortes e fracos de uma empresa, como também as oportunidades
e ameaças das quais está exposta.
Além da análise, é interessante a participação e o envolvimento de pessoas
chave, que fazem parte da equipe de trabalho, nesse processo. Caso seja uma

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microempresa, com apenas alguns funcionários, é possível a participação de
todos. Isso é importante para que possamos conhecer opiniões diferentes sobre
os pontos fortes e fracos e também as ameaças e as oportunidades. Não é inte-
ressante centralizar apenas no gestor o desenvolvimento dessa ação.
Vamos fazer uma comparação do BOPE (Batalhão de Operações Policiais
Especiais) com uma empresa. Temos líderes e liderados, em ambas as instituições,
que se empenham para a realização de ações com objetivos claros e definidos.
Para que a tropa de elite possa desenvolver uma ação como a apreensão de
armas, por exemplo, é necessário estudar a realidade do seu oponente, conhecer
a geografia da região que será invadida, espionar possíveis pessoas envolvidas
etc. Tudo isso faz parte da busca de informações para que, posteriormente, uma
estratégia possa ser elaborada, baseando-se em tudo que foi coletado, estudado
e analisado no primeiro momento.
Os homens de preto não saem invadindo regiões sem antes fazer um plano
de ação. Eles precisam definir estrategicamente a melhor forma de agir, pois o
risco é muito grande, principalmente, em relação a suas próprias vidas.
Na realidade empresarial, isso é similar. Primeiro, busca-se informações sobre
o seu negócio: mercado, clientes, concorrentes, para depois desenvolver possíveis
ações estratégicas para o crescimento e o fortalecimento da empresa em questão.
Segundo Siqueira (2005), é possível definirmos algumas estratégias para a
utilização da informação como diferencial estratégico dentro das empresas. Veja
os pontos que o autor coloca:
■■ A informação como vantagem competitiva: estratégia baseada na capa-
cidade de uma empresa de gerar informações estratégicas. Exemplo: uma

AMBIENTE ESTRATÉGICO
59

empresa petrolífera que, por meio de pesquisa avançada de campo, tem


um mapa geológico mais avançado que seus concorrentes, possui uma
informação que sustenta sua vantagem competitiva nessa área.
■■ Produtos de informação: estratégias baseadas em processos de criação
de informação como subproduto de apoio às necessidades estratégicas
de uma organização. Podemos dizer, nesse caso, que a informação não
é a vantagem competitiva da empresa, mas um fator que agrega valor a
ela. Informações sobre os hábitos dos clientes de um banco, por exemplo,
podem ajudar o departamento de marketing a elaborar ações mais eficazes.
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■■ Comercialização da informação: estratégia baseada na comercialização


da capacidade excedente de informações, de informações não estraté-
gicas, ou que perderam o valor estratégico. Exemplo: uma empresa de
marketing direto montou uma mailing list para uma determinada ação
de marketing estratégico. Após o ciclo de utilização e desgaste das infor-
mações, a base de dados perdeu valor estratégico para a empresa. Porém,
para outra empresa, essas informações podem ser úteis estrategicamente.
Nesse caso, a comercialização da informação pode ser utilizada como
estratégia da informação.

Observe que para as três colocações do autor, a informação é utilizada depen-


dendo da forma com a qual esta necessita e utiliza do seu bem comercial, que é a
informação. Para que o uso dessas informações traga resultados para o negócio,
tirando proveito do que o mercado tem a oferecer para a empresa, é importante
realizar uma análise da relevância das informações geradas e obtidas.
Após essas análises, as ações estratégicas a serem implementadas começam
a fazer sentido e será possível concretizar o que realmente é considerado vanta-
gem competitiva para a empresa, bem como quais as ações possíveis de serem
realizadas visando o resultado esperado.
O futuro não é mais o que costumava ser. Gestores municipais e presidentes
de universidades estão encontrando organizações que oferecem serviços seme-
lhantes às bibliotecas, mas a um custo menor. O mundo está se movendo mais
rápido do que nós, vivemos em uma sociedade que não valoriza a cultura. Se a
comunidade não valoriza você, você não é importante. Nossa vantagem espe-
cial são nossos valores e nossa produtividade.
Temos de ser esclarecidos sobre a comercialização de nós mesmos. Quais são as

Estratégia e Informação
60 UNIDADE II

tendências na sociedade? O que está acabando com as bibliotecas? O que devemos


fazer para nos alinhar com os objetivos da sociedade? Não podemos nos posicio-
nar sozinhos, há toda uma área da política nacional que deve ser alinhada também.
Vivemos em uma época de escassez de recursos e temos que provar o valor
e o retorno, nós também temos oportunidades ilimitadas. Infelizmente, o mer-
cado de informação é muito mal compreendido.

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PLANEJAMENTO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

A tecnologia veio para auxiliar as organizações em diversas atividades do seu


cotidiano. A utilização correta e adequada das ferramentas disponíveis no mer-
cado da atualidade pode colaborar significativamente para o rendimento dos
afazeres de qualquer tipo e porte de empresa.
O desenvolvimento de um planejamento estratégico é a definição de objeti-
vos de longo prazo e de metas de curto prazo, que serão traçados e seguidos pela
organização. Essa situação é algo que já faz parte da rotina de diversas empre-
sas. A aplicação do planejamento atrelado à tecnologia pode colaborar de forma
enfática para a empresa, pois é possível desenvolver, monitorar, acompanhar e
avaliar os resultados de maneira ágil e eficiente.

AMBIENTE ESTRATÉGICO
61

Objetivos: são planejamentos a serem alcançados pela organização em lon-


go espaço de tempo, com base em pequenos passos estabelecidos pelas
metas. São decisões a longo prazo.
Metas: são planejamentos a serem alcançados pela organização em curto
espaço de tempo (decisões mais próximas).
Fonte: Batista (2006).
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Os novos paradigmas das organizações da atualidade, segundo Batista (2006),


estão baseados em planejamentos, visando ao funcionamento das empresas
bem como a seus problemas internos e externos. Com base no plano, é possí-
vel melhorar a capacidade que a organização possui em responder às flutuações
ocorrentes no mercado. A preocupação das empresas está mais voltada ao seu
rendimento, tanto interno como externo, e por isso, é necessário adaptação a
diversas mudanças.
Vale ressaltar que o simples fato de se desenvolver um planejamento estra-
tégico não é o suficiente. É preciso fazer o seu acompanhamento, monitorando
os pequenos resultados, adequando-se a novas realidades e imprevistos. E a tec-
nologia pode colaborar em todas essas etapas.
Os sistemas de informação devem sempre se alinhar ao planejamento estra-
tégico das empresas, pois as necessidades das informações mudam com o passar
do tempo. Por isso, é preciso manter o sistema constantemente atualizado para
continuar atendendo às demandas da organização e não apenas necessidades
isoladas de usuários.
De acordo com Batista (2006), na atualidade, o planejamento dos recursos
indispensáveis aos sistemas de informação é chamado de Planejamento Diretor
de Tecnologia da Informação (PDTI) e deve estar alinhado ao Planejamento
Estratégico e Operacional.

Planejamento e Tecnologia da Informação


62 UNIDADE II

ESTRATÉGIA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

A tecnologia da informação, ou simplesmente TI, é a comunicação, envio, rece-


bimento e armazenamento de arquivos por meio de métodos computacionais,
uma sintonia perfeita entre Hardware e Software que, nos dias de hoje, não está
presa apenas aos computadores de mesa, visto que, em termo computacional,
envolve todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade de fazer algum tipo
de processamento e dar uma resposta. Por exemplo, dentro de nossas próprias
casas, temos vários aparelhos conectados à Internet que fazem uso da Tecnologia

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
da Informação, como: tablets, notebooks, smartphones, SmartTVs, o tradicional
computador, e até as geladeiras mais modernas.
Focando no meio corporativo, na atualidade, é impossível manter uma
empresa sem investimentos em TI. Tudo gira em torno da informação, e a maior
parte dessa informação está no formato digital. Portanto, a empresa que não
estiver imersa no mundo da Tecnologia da Informação corre um sério risco de
fechar suas portas em um curto prazo.
Mais uma vez, voltamos ao ponto de que é necessário avaliar o porte, a neces-
sidade e a capacidade de investimento da empresa. Uma companhia com centenas
de funcionários, com uma linha de produção grande e robusta, organizada em
departamentos, área comercial estruturada, departamento de tecnologia pró-
prio, equipe de vendas, e assim por diante, tem uma necessidade (e capacidade)
de investimento em tecnologia da informação muito diferente de uma pequena
loja onde se encontram o proprietário e mais dois ou três funcionários. Neste
último caso, um simples sistema gerencial para organizar suas vendas, cadas-
tros e estoque é o suficiente para atender a sua necessidade, conforme será mais
detalhado na unidade IV.
A estratégia não pode ficar longe da TI, pois os relatórios importantes, os
cadastros e, principalmente, as informações necessárias para alimentar o plano
estratégico são oriundos dos Sistemas de Informação, que é a base de todas as
informações cadastradas e armazenadas. Perante isso, podemos dizer que a estraté-
gia é um “cliente” da TI, pois precisa de suas informações para iniciar seu trabalho.
É importante lembrar que a Tecnologia da Informação não trabalha sozinha,
mas junto com a estratégia, assim, é preciso sim a intervenção humana para dar

AMBIENTE ESTRATÉGICO
63

um objetivo certo aos projetos. Nenhuma máquina tem a capacidade de percep-


ção que um homem tem, logo, nenhuma máquina poderá tomar alguma decisão
importante sobre determinado assunto.

A utilização da tecnologia correta pode não ser um fator estratégico dife-


rencial, mas a má escolha tecnológica pode trazer mais transtornos para a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

estratégia da organização do que se possa imaginar.


(Marcelo Costa Siqueira)

Perante todas as informações abordadas nessa unidade, concluímos que a


estratégia, a informação e a Tecnologia da Informação são grandes aliadas que,
trabalhando em conjunto, podem ser a base para decisões importantes, inde-
pendentemente do universo que estejam inseridas, seja no mundo pessoal ou
no setor corporativo.

Estratégia e Tecnologia da Informação


64 UNIDADE II

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa unidade, pudemos verificar a importância da estratégia em nosso coti-


diano. Ela é uma definição antiga que vem sendo utilizada há muitos anos, desde
antigas guerras e também, atualmente, na administração de empresas de todos
os tamanhos, em todos os lugares do mundo.
Vimos que essa metodologia vem evoluindo com o passar dos anos. As
estratégias utilizadas para vencer a guerra no século passado, não são as mes-
mas utilizadas hoje em dia, pois a forma de pensar e, principalmente, os recursos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mudaram. Hoje, além de termos a força do Computador para processar todos
os cálculos necessários, temos muito mais informações. Uma grande aliada, que
contribuiu para essa evolução, é a Tecnologia da Informação, pois, devido ao
conteúdo gerado, é possível prever várias situações e mudar consideravelmente
estratégia a se adotar.
A união entre Estratégia e a Tecnologia da Informação realmente trouxe
muitos benefícios. Além do auxílio nas tomadas de decisões, o poder de ter
todas as informações necessárias para uma decisão certeira, no contexto empre-
sarial, por exemplo, pode fazer com que uma determinada corporação tenha
uma grande vantagem competitiva comparada a outra empresa que não faz uso
dessa tecnologia.
Todas as decisões estratégicas a serem tomadas por empresas dependem dire-
tamente do seu porte, da quantidade e da qualidade das informações a serem
geradas, de seu histórico e também de sua cultura organizacional. Lembrando que
toda estratégia precisa, necessariamente, de muita Informação para ser concebida.
Portanto, conforme estudamos no correr dessa unidade, a Estratégia, sozinha,
não consegue gerar nenhuma resposta, ela tem a necessidade de ser alimentada
com informações exatas, pois informações erradas trarão relatórios errados.
Dessa forma, Tecnologia da Informação, por meio de seus recursos computa-
cionais, vem auxiliando na automatização de todo esse processo, buscando um
melhor desempenho.

AMBIENTE ESTRATÉGICO
65

1. A estratégia pode ser definida em três principais tópicos mencionados por Mc-
Geee Prusak (1993, p. 73). Assinale a alternativa que corresponda um desses tó-
picos:
( ) Relevância.
( ) Comparabilidade.
( ) Desenvolvimento.
( ) Posicionamento.
( ) Informação.
2. Assinale a alternativa que identifica uma das estratégias competitivas genéricas:
( ) Estratégia da informação positiva.
( ) Estratégia competitiva de foco.
( ) Estratégia diferenciada.
( ) Estratégia de mercado.
( ) Estratégia de receita.
3. Assinale a alternativa correta sobre as escolas do pensamento estratégico:
( ) Escola da informação.
( ) Escola da liberdade.
( ) Escola da tecnologia.
( ) Escola da arte.
( ) Escola ambiental.
4. Relate uma estratégia empresarial que na sua concepção foi bem-sucedida.
Apresente detalhes.
5. Comente sobre a interligação entre Estratégia e Tecnologia da Informação.
66

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA - ESCOLA DESIGN


Segundo Maximiano (2006, p. 329), estratégia é a “seleção dos meios para realizar o ob-
jetivo”. A palavra em si, tem origem grega e faz referência ao cargo e/ou a dignidade
do ministro da guerra ou ainda a arte ou ciência de ser um general. MINTZBERG, AHLS-
TRAND E LAMPEL (2000), não definem o termo sob uma única visão, mas listam as áreas
de concordância, no que se refere a natureza da estratégia. Nesse sentido, Chaffee (1985,
p. 89-90) apud Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 21) lista estes temas em comum:
a) A estratégia diz respeito à organização e ao ambiente.
b) A essência da estratégia é complexa.
c) A estratégia afeta o funcionamento da organização.
d) A estratégia envolve questões relativas ao caminho determinado, assim como o
processo de determinar este caminho.
e) A estratégia realizada quase nunca é a mesma que foi planejada.
f ) As estratégias existem em níveis diferentes da organização, do chão da fábrica à
alta cúpula.
g) A estratégia envolve um exercício de definição de conceitos e análise da realidade.
MINTZBERG, AHLSTRAND E LAMPEL (2000), falam sobre a estratégia através da fábula
do elefante, na qual para enfatizar a importância de se estudar os vários pensamentos
estratégicos comparam a formulação de uma estratégia com a percepção de cegos que
tateiam um elefante, não conseguindo entender o todo devido ao seu tamanho.
A partir desta fábula, os autores tratam da estratégia, dividida em 10 escolas, enfatizam
que para se conhecer o todo é preciso compreender as partes, e que, por outro lado, o
simples conhecimento das partes isoladas não leva ao conhecimento do todo por com-
pleto. Por meio do conhecimento das escolas do pensamento estratégico, é possível ob-
servar diferentes perspectivas e abordagens, sugerindo uma evolução no entendimento
da formulação do planejamento estratégico. Nesse sentido, serão abordadas a seguir
duas dessas escolas, a do Design e do Planejamento, que possuem natureza prescritiva,
preocupando-se mais com a maneira que as estratégias devem ser formuladas do que
como efetivamente são formuladas.
67

A ESCOLA DO DESIGN
Esta escola surgiu nos anos 60, abrindo espaço para o desenvolvimento das demais es-
colas de natureza prescritiva, e é considerada como a mais influente no processo de
formulação de estratégia. Seu modelo é baseado em avaliações das situações internas
e externas da organização. De acordo com Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 28),
“em sua versão mais simples, a escola do design propõe um modelo de formulação de
estratégia que busca atingir uma adequação entre as capacidades internas e possibili-
dades externas”.
Nesse sentido, são evidenciados, para esta escola, os pontos fortes e fracos e as variá-
veis ambientais, apresentando a noção de SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities
and Threats) - Avaliação dos pontos fortes e dos pontos fracos da organização à luz das
oportunidades e ameaças em seu ambiente, que permitem, por meio de uma avaliação
cruzada, a percepção da situação a ser encarada para a elaboração da estratégia. As
estratégias nessa escola devem servir para reduzir ameaças e aproveitar oportunidades
em relação à avaliação externa, e em relação à avaliação interna aproveitar-se dos pon-
tos fortes, buscando também reduzir os pontos fracos.
Nesse sentido, Richard Rumelt (1997) apud Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 30),
elenca testes para essa avaliação:
Consistência: a estratégia não deve apresentar objetivos e políticas mutuamente incon-
sistentes.
Consonância: a estratégia deve representar uma resposta adaptativa ao ambiente exter-
no e às mudanças críticas que ocorrem dele.
Vantagem: a estratégia deve propiciar a criação e/ou manutenção de uma vantagem
competitiva na área de atividade selecionada.
Viabilidade: a estratégia não deve sobrecarregar os recursos disponíveis, nem criar
subproblemas insuperáveis. Elencadas as várias estratégias e devidamente acordada
uma, ela deve ser implantada.
Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) elencam sete premissas básicas que sustentam a
escola e são evidenciadas pelos autores e teóricos da mesma:
1. A formulação da estratégia é um processo deliberado: as estratégias são criadas com
base no conhecimento adquirido ao longo do tempo, sendo sua formulação conhecida
como uma aptidão adquirida e não natural ou de intuição.
2. A percepção e o controle são responsabilidade do executivo principal: o executivo
principal é o único estrategista, sendo as decisões principais centralizadas em sua pes-
soa, reafirmando o centralismo e o personalismo.
3. A formação da estratégia é informal e simples: para ser controlada por uma só mente
68

a maneira é manter o processo simples.


4. Estratégias únicas: estabelece estratégias únicas para situações específicas, ou seja,
sobre medida para o caso individual. Concentrando-se no processo de formulação e não
no conteúdo.
5. Quando a estratégia está formulada, o processo se dá como completo: em determi-
nado momento a estratégia se apresenta como perspectiva, completamente formulada
e pronta para ser implementada. Considerada a grande estratégia, o conceito global do
negócio e a escolha suprema.
6. Estratégias devem ser explícitas: devem ser apresentadas de maneira simples e de
forma que os demais membros da organização possam compreendê-las e executá-las.
Mantê-las simples favorece a inflexibilidade.
7. Depois de totalmente concebidas é que as estratégias devem ser implementadas. Di-
vide-se claramente a formulação de estratégias de sua implementação, em momentos
distintos, distanciando o agir do pensar.
Karasek Neto (2012, p. 6) resume a escola e suas premissas: “A formação da estratégia é
vista como um processo de concepção ou deliberativo. Tem característica centralizadora
e é elaborada pela alta direção de forma simples e informal, não considerando as contin-
gências e as improvisações na fase de formulação”.
Fonte: adaptada de Pereira (2012, on-line)2.
MATERIAL COMPLEMENTAR

Gestão Estratégica
Eliezer Arantes da Costa
Editora: Saraiva
Sinopse: traz o que há de mais atual em Estratégia aplicado à realidade
brasileira. Assim, em vez de recorrer a modismos ou conceitos ainda
não comprovados ou simplesmente importar teorias e práticas de
países cujo contexto é completamente diferente do nosso, os fundamentos da área são apresentados
privilegiando-se a experiência brasileira recente. Na obra, os conceitos estudados são universais,
podendo ser aplicados a todos os tipos e tamanhos de empresas. Outro mérito do livro é equilibrar a
teoria com a prática, proporcionando ao leitor um entendimento integrado da Estratégia.

Tróia
em 1193 A.C, quando Paris, o príncipe de Tróia, rouba Helena, rainha
de Esparta, de seu marido Menelau, não imaginava que estava
dando início a maior guerra que o mundo já tinha visto. Desonrado,
Menelau procura a ajuda de seu irmão Agamenon, que lutará pela
glória de conquistar Tróia, a última fronteira para ampliar o seu vasto
território. Já o rei de Tróia, tem em seu filho Heitor, líder do exército,
e em suas muralhas, a esperança de conter a fúria dos inimigos!
Porém a guerra pode ser decidida apenas por um único guerreiro: Aquiles.

Palestra Motivacional - Oscar Schmidt - Seleção Brasileira


O grande atleta brasileiro Oscar Schmidt, ex-jogador de Basquetebol da Seleção Brasileira
e recordista mundial de pontuação, conta um pouco da sua experiência em uma palestra
motivacional.
Para saber mais, acesse o link disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=IgvOTzIS4WQ>.

Material Complementar
REFERÊNCIAS

ANSOFF, I. Estratégia Empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1977.


BATISTA, E. O. Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o ge-
renciamento. São Paulo: Saraiva, 2006.
JAROUCHE, M. M. Prefácio introdutório. In: GALLAND, A. Mil e Uma Noites. Biblio-
teca Azul, 2012.
MCGEE, J. V.; PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da informação. Rio de Janei-
ro: Campus, 1993.
MINTZBERG, H. Opening up the definition of strategy. In: The Strategy Process –
concepts. New Jersey: Prentice Hall, 1991.
PORTER, M. Estratégia Competitiva - Técnicas para análise de indústrias e da con-
corrência. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1980.
SIQUEIRA, M. C. Gestão Estratégica da Informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.
TZU, S. A Arte da Guerra: por uma estratégia perfeita. Tradução: Heloisa Sarzana
Publiesi, Márcio Pugliesi. São Paulo: Madras, 2008, p. 39-41.
WELCH, J. Paixão por Vencer. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p.39.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1
Em: <https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Sobreviven-
cia_das_empresas_no_Brasil_2011.pdf>. Acesso em: 02 mai. 2017.
2
Em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/admi-
nistracao-estrategica-escola-design/16071>. Acesso em: 02 mai. 2017.
71
REFERÊNCIAS
GABARITO

1. C.
2. B.
3. E.
4. Se hoje em dia já é importante estar atualizado e informatizado, daqui a dez
anos, isso será uma questão de sobrevivência e não de diferenciação, as empre-
sas precisam evoluir de acordo com o modo que a informação é disponibilizada
e atualizada para se manter no mercado de trabalho, principalmente falando
em futuro.
5. São grandes aliadas que, trabalhando em conjunto, podem ser base para de-
cisões importantes, independentemente do universo que estejam inseridas,
podendo ser no modo pessoal e até no setor corporativo, utilizando grandes
ferramentas tecnológicas de apoio.
Professor Esp. Yuri Rafal Gragefe Feitosa
Professor Me. Danillo Xavier Saes

GESTÃO ESTRATÉGICA DA

III
UNIDADE
INFORMAÇÃO

Objetivos de Aprendizagem
■■ Demonstrar como a Estratégia está ligada à Informação.
■■ Mostrar a união da Estratégia com a Tecnologia da Informação.
■■ Apresentar pontos sobre a utilização estratégica da Tecnologia da
Informação.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Conceito de Tecnologia da Informação
■■ Etapas da Gestão Estratégica da Informação
■■ Utilização Estratégica da Tecnologia da Informação
75

INTRODUÇÃO

Informação é um conjunto de dados organizados, processados e manipulados,


que acrescenta conhecimento a uma pessoa ou a um sistema. A proliferação da
informação tem se tornado cada vez mais intensa ao passar dos anos, e com o
boom da internet, diversas tecnologias se popularizaram, fazendo com que as
pessoas passassem a ter acesso a um mundo repleto de coisas novas e, basica-
mente, sem fronteiras físicas.
Existem evidências claras que a Informação, como fator estratégico não é
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

visto como modismo ou intenções regionalizadas, mas sim como um fenômeno


global com consequências em todos os setores da sociedade: governo, cultura,
ensino, lazer, mercado de trabalho, comércio etc. (SIQUEIRA, 2005).
A informação é utilizada em todos os setores e é base de decisões que impac-
tam diretamente o bom andamento do setor corporativo. Informações sobre
gostos, costumes e hábitos de clientes podem mudar totalmente o foco do marke-
ting e da propaganda de uma empresa, por exemplo.
No meio empresarial, uma empresa mais informada, que possui mais conhe-
cimentos sobre seus produtos e sobre seus clientes, leva vantagem competitiva
considerável se comparada ao seu concorrente que não desfruta de tais infor-
mações. Isso é fator determinante para o sucesso de cada empresa, quanto mais
informação, mais fácil decidir sobre qual rumo tomar, o que, consequentemente,
reflete em sua vantagem no mercado de trabalho altamente competitivo.
Um exemplo são as redes sociais espalhadas pela Internet. A mais popular
entre elas, o Facebook, consegue filtrar e analisar os perfis dos usuários e utilizar
tais informações para, literalmente, vendê-las para outras empresas que desejam
realizar estratégias de marketing e publicidade. Não é à toa que essa rede é uma
febre mundial e o valor desse negócio aumenta exponencialmente.

Introdução
76 UNIDADE III

CONCEITO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Podemos definir Tecnologia da Informação como um conjunto de diretrizes envol-


vendo Hardware e Software, que tem a finalidade de permitir aos seus usuários,
por meio de recursos computacionais, o acesso à manipulação de informações
armazenadas e processadas, para auxílio na tomada de decisões.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Segundo Albuquerque (2010), para um Sistema de Informação ser completo, ele
precisa no mínimo conter quatro itens:
■■ Uma base de dados: é o local onde serão armazenadas toda e qualquer
informação a ser processada, geralmente é um Banco de Dados que dispo-
nibiliza todo o seu conteúdo de forma rápida para o Sistema de Informação
trabalhar.
■■ Recuperação dos dados: conhecidos também como Backup, é uma cópia
de segurança de todos os arquivos do sistema, para que em uma possível
falha ou perda das informações, com uma simples restauração do Backup,
todo o Sistema volte a funcionar normalmente.

GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO


77

■■ Processamento dos dados: é a parte dos sistemas que raciocina as


informações. Podemos compará-la ao cérebro humano, no qual todas
informações são processadas e disponibilizadas para os demais compo-
nentes usufruírem.
■■ Saídas do processamento de dados: são os famosos relatórios, gráficos,
painéis, entre outras informações já processadas, que servirão de base
para a tomada de decisões e o acompanhamento dos índices de cresci-
mento do setor onde está implantado.

Cruz (2000, p. 24) define Tecnologia da Informação (TI) como “todo e qual-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

quer dispositivo que tenha capacidade para tratar dados e/ou informações, tanto
de forma sistêmica como esporádica, independentemente da maneira como é
aplicada”.
O autor ainda comenta que, hoje em dia, a TI é o conjunto de:
■■ Hardware: equipamentos e acessórios.
■■ Software: programas e utilitários.
■■ Firmware: circuitos integrados de alguns equipamentos que possuem
programas internos para determinadas atividades, como um telefone
celular, por exemplo.

Conceito de Tecnologia da Informação


78 UNIDADE III

A tecnologia em si não pode ser considerada uma vantagem competitiva para as


organizações, pois a Informação é a real vantagem competitiva. Ela é gerada
e produzida pela empresa, que utiliza da tecnologia para gerenciar seu patri-
mônio, e está disponível no mercado, basta ter saúde financeira para realizar os
investimentos.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Leitura em Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação
Ao se falar em sistemas de informação (SI), é comum ainda haver uma in-
terpretação e associação com um sistema técnico, altamente complexo, no
qual especialistas (os analistas) buscam identificar os “requerimentos verda-
deiros” que modelaram as necessidades de informação dos usuários.
Tal perspectiva tem levado a um aumento no nível de insatisfação e de re-
clamações quanto ao desenvolvimento e ao uso de SI, assim como de seus
custos. Buscando refletir sobre esses fenômenos, o livro Estudos Qualitati-
vos em Gestão da Tecnologia e Sistemas da Informação procura contribuir
com uma nova visão prático-organizacional para os sistemas de informação,
no qual as pessoas nas empresas atribuem significados ao mundo e cons-
troem uma visão de informação relevante, que irá afetar a produtividade e
a competitividade.
Fonte: FELL (2010).

CARACTERÍSTICAS DA BOA INFORMAÇÃO

Vamos apresentar a seguir alguns pontos importantes que podem caracterizar


a qualidade de uma Informação que é gerada ou produzida, seja de forma auto-
matizada ou não.

GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO


79

Tabela 1 - Boa Informação

CARACTERÍSTICAS DEFINIÇÕES
Precisa Que não contém erros, pois sua entrada de dados foi
correta.
Completa Que contém todos os fatos importantes.
Econômica Deve-se fazer um balanço do valor da informação com o
custo de sua produção, para que sua produção seja relati-
vamente econômica.
Flexível Que pode ser usada para várias finalidades.
Confiável A confiabilidade depende de sua fonte ou do método de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

coleta de dados.
Relevante Quando tem importância para o tomador de decisões.
Simples Não deve ser exageradamente complexa, muito sofisticada
e detalhada.
Em tempo Deve estar disponível quando necessária.
Verificável Pode ser checada para se saber se está correta.
Fonte: Stair e Reynolds (1998, p. 6).

A informação pode agregar valor ao negócio no momento que a empresa detecta


possíveis ameaças ou oportunidades referentes ao seu ramo de atividade, iden-
tificando, assim, problemas e também tendências de mercado.
Lidar de forma inteligente e eficiente com a informação no mercado da atuali-
dade é obter vantagem competitiva diante dos concorrentes, como já comentamos
em unidades anteriores.
Essas informações são extremamente importantes quanto levamos em con-
sideração a qualidade da informação, que, se composta por essas características
citadas na tabela apresentada anteriormente, podem melhorar consideravel-
mente todo o conteúdo abordado.

Conceito de Tecnologia da Informação


80 UNIDADE III

ETAPAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A Gestão da Estratégia da Informação, também conhecida por GEI, nada mais
é do que a inteligência dos principais setores de sucesso de uma organização.
Ela está alinhada com a Tecnologia da Informação, sempre buscando o melhor
desenvolvimento de toda a organização.

GESTÃO EM TI

Cada vez mais o mercado de trabalho exige qualidade na Informação para poder
desenvolvê-la com mais eficiência em busca de melhores resultados. Tratar e
coletar as informações com inteligência pode influenciar de forma positiva o
processo de gestão, o que caracteriza uma das principais premissas da Gestão
Estratégica da Informação.
Saindo um pouco dos termos de tecnologia, temos várias definições da
palavra estratégia. Uma delas é de origem grega, que significa um método, um
plano, manobra para concretizar um resultado comum ou um objetivo especí-
fico. Mintzberg (1991) afirma que estratégia é modelo ou plano que integra os
objetivos, as políticas e as ações sequenciais de uma organização, em um todo
coeso. O mesmo autor (1996) ainda define Estratégia Corporativa como o padrão
de decisões em uma empresa, que determina e revela seus objetivos, propósitos
ou metas, assim como produz as políticas principais e os planos para a realiza-
ção dessas metas, além de estabelecer a amplitude de negócios que a empresa vai
possuir, o tipo de organização econômica e humana que ela é ou pretende ser.

GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO


81

A formulação estratégica de qualquer negócio sempre é feita a partir das


informações disponíveis, portanto, nenhuma estratégia pode ser melhor que a
informação da qual é derivada (REZENDE, 2001).
Para fazer a formulação, precisamos defini-la, pois essas definições de estraté-
gia estão totalmente ligadas à Gestão de Estratégias da Informação, e o objetivo
continua sendo o mesmo, a diferença é que foram adicionadas tecnologia e inte-
ligência, em busca dessas informações e desses resultados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A definição incorreta de metas corporativas pode causar distorções sobre


seu entendimento ou seu insucesso, a determinação da exequibilidade é o
momento em que a organização necessita determinar as ferramentas para
promover a solução escolhida.
(Emerson de Oliveira Batista).

UTILIZAÇÃO ESTRATÉGICA DA TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO

A TI deve ser utilizada de maneira estratégica, proporcionando vantagem com-


petitiva com as informações que poderão ser geradas por meio da tecnologia
que será utilizada. O’brien (2004) elenca cinco estratégias competitivas básicas
de como a Tecnologia da Informação pode ajudar uma empresa:
■■ Redução de custos: utilizar a TI para reduzir substancialmente o custo de
processos empresariais e os custos de clientes ou de fornecedores.
■■ Diferenciação: desenvolver novos dispositivos de TI para diferenciar pro-
dutos e serviços, reduzir as vantagens de diferenciação dos concorrentes
e concentrar-se em produtos, serviços e em nichos de mercado.
■■ Inovação: criar novos produtos e serviços que incluam componentes de

Utilização Estratégica da Tecnologia da Informação


82 UNIDADE III

TI, fazer alterações radicais nos processos empresariais e desenvolver


novos mercados ou nichos de mercado exclusivos.
■■ Crescimento: promover o crescimento utilizando a TI para administrar
a expansão dos negócios regional e mundial e para a diversificação e inte-
gração em outros produtos e serviços.
■■ Alianças: desenvolver alianças utilizando TI para criar organizações vir-
tuais de parceiros comerciais, desenvolvendo sistemas de informação
interorganizacionais pela Internet, extranets ou outras redes que apoiem
relações empresariais estratégicas com clientes, fornecedores, subcon-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tratados e outros.

Assim, a tecnologia deve ser aproveitada ao máximo para que o retorno diante
do investimento realizado seja positivo para a empresa. A partir do momento que
se implanta um sistema de informação, ele deve proporcionar benefícios para as
pessoas que irão utilizá-lo. E tais benefícios podem ser considerados vantagens
diante do mercado e podem proporcionar ganhos internos para a organização. Por
exemplo, uma empresa pode implantar um sistema comercial, no qual seus repre-
sentantes realizam o atendimento ao cliente e o pedido de forma automatizada.
São muitos os benefícios proporcionados por uma ferramenta como essa. É
possível diminuir o tempo de entrega do produto comercializado, pois não há a
necessidade do pedido ser enviado por malote ou fax para a empresa, pois tudo
é feito pela Internet.
Outro benefício é a redução de custo com pessoal, pois não será mais neces-
sário ter uma pessoa para receber, conferir e digitar os pedidos enviados. Esse
funcionário será utilizado de forma mais estratégica pela empresa e não apenas
como uma mão de obra operacional.
O uso da tecnologia pode permitir também um melhor relacionamento com
clientes e fornecedores, de forma a proporcionar fidelidade e melhores nego-
ciações. Essa estratégia competitiva pode impedir que fornecedores e clientes
abandonem a empresa, indo para o concorrente.
Não é possível comparar o poder financeiro de uma empresa do porte do WalMart

GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO


83
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

com uma pequena lanchonete na esquina da sua casa. Porém, cada uma possui
sua necessidade e capacidade de investimento e a tecnologia, independentemente
da sua dimensão, pode auxiliar no crescimento e no fortalecimento de ambas.

O Walmart e Outros
O WalMart, por exemplo, montou uma sofisticada rede de satélites conec-
tando todas as suas lojas. A rede foi projetada para que suas informações
sejam compartilhadas entre seus funcionários. Essas informações são atua-
lizações sobre vendas, entrega, estoque e situação de conta, para melhorar
a administração de compras, estoques e armazenamento de produtos, utili-
zando a eficiência operacional desses sistemas de informação para oferecer
produtos e serviços de melhor qualidade.
Empresas como o WalMart começaram a estender suas redes a seus clien-
tes e fornecedores a fim de formar relações inovadoras que retivessem seus
negócios. Um elo ainda mais forte é formado por sistemas automáticos de
reabastecimento de estoque como os existentes entre WalMart e a Procter
& Gamble. Neste sistema, a Procter & Gamble reabastece automaticamente
o estoque do Walmart com seus produtos.
Fonte: O’brien (2004, p. 44)

Utilização Estratégica da Tecnologia da Informação


84 UNIDADE III

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta unidade trabalhamos o conceito de Tecnologia da Informação e como ali-


nhar uma estratégia à ela, além de detalhar os benefícios que juntas podem trazer
para a gestão organizacional.
Hoje em dia, a Informação está em todo lugar e em todas as coisas e dificil-
mente você caminhará pelas ruas e não verá a Informação espalhada, seja por
meio de propagandas, outdoors, folhetos e principalmente a informação digital
pela qual temos acesso a todo tipo de notícia, muitas vezes de qualidade e gra-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tuita, no próprio bolso. Podemos fazer isso de forma rápida e dinâmica, usando
smartphones e tablets ou qualquer outro dispositivo que tenha acesso a Internet.
Dessa forma, é importante estar com a estratégia alinhada a todo esse conteúdo
que é gerado por diversos dispositivos.
A estratégia pode reduzir custos, diferenciar, inovar, promover crescimento,
desenvolver alianças, entre inúmeros outros benefícios que podem conduzir uma
empresa a grandes melhorias, desde que seja feita com acompanhamento profis-
sional e utilizando ferramentas específicas de Sistema de Informação, conforme
veremos na unidade a seguir.
Com a nova era digital, ficou muito mais fácil passar e adquirir informações,
por meio de redes sociais, e-mails, aplicativos para smartphones, aquela fantástica
e rápida pesquisa em um site “buscador”, entre muitas outras soluções. Tem-se
a capacidade de multiplicar qualquer conteúdo em uma escala global em muito
pouco tempo, situação muito contrária se comparada aos tempos mais antigos
em que a tecnologia era precária. Devido a essa facilidade de acesso, todos podem
estar muito bem informados sobre diversos assuntos, assim, cabe a cada indivíduo
dedicar-se a fazer uma boa pesquisa em alguma fonte de informação confiável.
Portanto, a união entre Estratégia, Gestão e Sistemas de Informação casa de
forma perfeita e, quando alinhadas, trazem recursos de gerenciamentos pratica-
mente impossíveis de se obter sem elas, pois conforme a tecnologia foi evoluindo,
a forma de administrá-la também evoluiu.

GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO


85

1. Para um Sistema de Informação ser completo, ele precisa, no mínimo, conter


quatro itens. Assinale alternativa que representa um desses itens:
( ) Informação real.
( ) Competitiva e vantajosa.
( ) Confiável.
( ) Recuperação de dados.
( ) Relevância.
2. O’brien (2004) elenca cinco estratégias competitivas básicas sobre como a Tec-
nologia da Informação ajuda as empresas. Assinale a alternativa que identifi-
ca uma dessas estratégias:
( ) Alianças.
( ) Relevância.
( ) Tecnologia.
( ) Comparabilidade.
( ) Prudência.
3. Assinale a alternativa correta sobre o conjunto que forma o conceito de TI:
( ) Hardware, Software, e Firmware.
( ) Firmware, ABC, e CAO.
( ) SCM, Wireless, e BI.
( ) Software, SCM, e RRP.
( ) ERP, Hardware, e ABC.
4. Cite alguns exemplos factíveis de empresas que trabalham com a TI.
5. A tecnologia da informação é um fator de crescimento e de desempenho para
as organizações. Com base nessa informação, explique o que você compre-
endeu sobre esse assunto.
86

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO


A gestão da informação é considerada como a ação sistêmica de procurar entender as
necessidades informacionais de uma organização e disponibilizá-las para a solução de
problemas organizacionais. Quando gerenciados adequadamente, os dados se tornam
informações que servirão como base para as decisões empresariais.
Poucos profissionais se sentem seguros tomando ou justificando uma decisão empresa-
rial não baseada em informações sólidas, principalmente quando as técnicas modernas
de gerenciamento de dados, aliadas a hardware, software e equipe de SI treinada po-
dem agilizar e facilitar o acesso a essas informações. As organizações devem ser capa-
zes de obter, organizar, analisar e interpretar os dados, para sobreviver nos mercados
globais super competitivos. E o gerenciamento de dados é fundamental para todas as
funções empresariais, como é mencionado por diversos autores da área.
A interação entre TI e organizações é muito complexa e é influenciada por uma quanti-
dade enorme de fatores intervenientes, entre eles a estrutura da organização, os proce-
dimentos padrão de operação, as políticas, a cultura, o ambiente que a cerca e as deci-
sões da administração. Sendo assim, a gestão do conhecimento aumenta a capacidade
da organização de aprender com seu ambiente e incorporar conhecimentos a seus pro-
cessos. Refere-se ao conjunto de processos desenvolvidos em uma organização para
criar, armazenar, transferir e aplicar conhecimento.
A TI tem papel importante na gestão do conhecimento. Desenvolver procedimentos e
rotinas para otimizar a criação, o fluxo, a aprendizagem, a proteção e o compartilhamen-
to do conhecimento na empresa agora é responsabilidade da Tecnologia da Informação,
gerenciada pelo meio organizacional da empresa.
Fonte: Pereira (2012, on-line)1.
MATERIAL COMPLEMENTAR

Gestão de Tecnologia da Informação - Governança de Ti -


Arquitetura e Alinhamento entre Sistemas de Informação
e o Negócio
Luiz Fernando Ramos Molinaro; Karoll Haussler Carneiro Ramos
Editora: LTC
Sinopse: esta obra fala de um problema constante da era moderna: muita informação gerada e
perdida ao longo do caminho e que, por isso, deixa de se transformar em conhecimento.

Jobs
de hippie sem foco nos estudos a líder de uma das maiores
empresas de tecnologia do mundo. Este é Steve Jobs (Ashton
Kutcher), um sujeito de personalidade forte e dedicado, que não se
incomoda em passar por cima dos outros para atingir suas metas, o
que faz com que tenha dificuldades em manter relações amorosas e de amizade.

O Facebook ruma para o primeiro bilhão de usuários e se torna uma das empresas mais
admiradas — e temidas — do mundo digital.
Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/
edicoes/0981/noticias/uma-historia-de-cinema>. Acesso em: 02 mai. 2017.

Material Complementar
REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, A. F. Gestão estratégica das informações internas na pequena


empresa: um estudo comparativo de casos em empresas do setor de serviços (ho-
teleiro) da região de Brotas – SP. 2010, 209 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
de Produção) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 2004.
BATISTA, E. O. Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o ge-
renciamento. São Paulo: Saraiva, 2006.
CRUZ, T. Sistemas de informações gerenciais – tecnologia da informação e a em-
presa do século XXI. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
FELL, A. F. A. Estudos Qualitativos em Gestão da Tecnologia e Sistemas da Infor-
mação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2010.
MINTZBERG, H. Opening up the definition of strategy. In: The Strategy Process –
concepts. New Jersey: Prentice Hall, 1991.
MINTZBERG, H. Five Ps for Strategy. In: MINTZBERG, H.; QUINN, J. B. (orgs). The Stra-
tegy Process. 3. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1996.
O’BRIEN, J. A. Sistema de Informação e as decisões gerenciais na era da internet.
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
SIQUEIRA, M. C. Gestão Estratégica da Informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.
STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistema de informação. São Paulo:Pio-
neira, 1998.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1
Em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/informatica/a-impor-
tancia-da-gestao-da-informacao/15645>. Acesso em: 11 abr. 2017.
89
REFERÊNCIAS
GABARITO

1. D.
2. A.
3. A.
4. Unicesumar, pois é por meio da Tecnologia da Informação que conseguimos
transmitir aulas no EaD (Ensino a Distância), recurso que oferece ao aluno inte-
ratividade com as aulas em tempo real.
5. Como vimos, a Tecnologia da Informação, alinhada com a Gestão e a Estratégia
da empresa, serve de insumo para medir e para projetar seu crescimento por
meio de gráficos e de análises.
Professor Me. Danilo Xavier Saes
Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa

IV
Professora Me. Tatiane Garcia da Silva Santos

FERRAMENTAS E

UNIDADE
SEGURANÇA DA
INFORMAÇÃO

Objetivos de Aprendizagem
■■ Discutir novos formatos de softwares de apoio à gestão das
organizações.
■■ Verificar os aspectos relativos à segurança e a vulnerabilidade dos
sistemas de informações computadorizados.
■■ Expor e discutir as principais ameaças aos sistemas de Tecnologia da
Informação.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Ferramentas de Tecnologia da Informação
■■ Vulnerabilidade dos sistemas de informação
■■ Segurança da informação sob a ótica interna e externa
93

INTRODUÇÃO

Nesta unidade, veremos como as tendências tecnológicas podem ajudar na Gestão


Empresarial, fornecendo ferramentas de apoio de segurança e de informação.
Meios e métodos que facilitam o dia a dia das corporações e que, se seguidos
com rigor, trazem um resultado muito satisfatório e gratificante.
Abordaremos a necessidade de as empresas estarem “antenadas” às novas
tecnologias disponíveis para satisfazer as suas necessidades e a importância de
que as próprias empresas produtoras de tecnologia da informação percebam o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

que o mercado empresarial anseia, para que desenvolvam ferramentas e solu-


ções tecnológicas que atendam tais necessidades. É a lei da oferta e da demanda
que sempre existiu na realidade do mundo dos negócios.
Como comentamos nas unidades anteriores, a Informação é utilizada como
ferramenta estratégica por diversas empresas, dos mais variados ramos de ativi-
dade e tamanhos. Essa mesma Informação alimenta todo o Sistema de Informação
e serve de base para a projeção de futuros planejamentos. Sendo esse bem tão
valioso e necessário para o crescimento das organizações, é preciso pensar em
sua segurança como um investimento, pois pode custar muito mais caro a perda
de preciosas informações do que um investimento em Segurança de TI.
Outros tópicos a serem abordados é sobre a possibilidade de realizar algu-
mas precauções para que o pior não aconteça e quais são essas diretrizes de
segurança que podem evitar possíveis invasões e ataques de quem, de alguma
forma, quer causar prejuízo. Veremos ainda que essa precaução precisa ser tanto
física quanto lógica, e portanto, é preciso envolver Hardware e Software nessa
tarefa, pois, quando pensamos em um roubo de informações, a primeira suspeita
é uma invasão de Hackers, mas muitas vezes pode ser um roubo mais tradicio-
nal: o ladrão simplesmente entra na sala em que o computador está e copia as
informações pessoalmente.

Introdução
94 UNIDADE IV

FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Veremos, agora, várias tecnologias e ferramentas da tecnologia da informação


que evoluíram juntamente com a necessidade de administrar melhor e de ter
um maior controle empresarial.
Cada uma dessas tecnologias tem sua particularidade e seus métodos de
trabalho. Independentemente de qual deles seja utilizado, é importante que seja
conduzido por uma pessoa capacitada para esse trabalho, pois muitas decisões
serão tomadas baseadas nas informações contidas ali. Vamos conhecê-las?

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A informação tecnológica pode ser a maior ferramenta dos tempos moder-
nos, mas é o julgamento de negócios dos humanos que a faz poderosa.
(Charles B. Wang)

ECR - EFFICIENT CONSUMER RESPONSE (RESPOSTA EFICIENTE


DO CONSUMIDOR)

A sigla ECR é traduzida como Resposta Eficiente do Consumidor. Temos uma


ação em conjunto com ECR quando fornecedores, distribuidores, varejistas, ata-
cadistas e intermediários trabalham unidos com o objetivo de aumentar o valor
agregado de seus produtos até chegar ao consumidor final, pois atender os clien-
tes com mais eficiência também faz parte da estratégia.
O ECR surgiu nos Estados Unidos da América, em meados de 1993, devido
a uma grande necessidade de mercado de uma ferramenta organizacional como
essa, que trouxe logo de início mudanças radicais consideradas importantes para
o crescimento de empresas como o WalMart. Ela foi uma das pioneiras a adotar
a nova metodologia, e é possível notar que a adoção dessa ferramenta trouxe um
grande sucesso para a empresa que hoje é respeitada em todo o mundo.
Com o papel de simplificar a vida dos usuários, desde o fabricante ao

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


95

consumidor final, a filosofia do ECR visualiza a cadeia de suprimentos como


um fluxo integrado de todas as etapas e as funções do negócio. Conforme Dwyer
(1987), o ECR é subdivido em quatro estratégias:
■■ Efficient Store Assortment (Sortimento Eficiente de Loja) - Busca melho-
rias no espaço físico do estabelecimento, organizando estoque e fazendo
melhorias na parte visual para que se torne um ambiente mais agradável.
■■ Efficient Replenishment (Reposição Eficiente) - Fazer a reposição de pro-
dutos de forma otimizada, rápida e produtiva.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

■■ Efficient Promotion (Promoção Eficiente) - Visa a aumentar o relaciona-


mento com o cliente por meio de promoções.
■■ Efficient Product Introdution (Introdução Eficiente de Produto) - É a busca
de novos produtos de forma eficiente, para aumentar a variedade ofer-
tada de acordo com o mercado.

Essas estratégias são utilizadas para obter melhorias no processo de geren-


ciamento por categoria e por reposição contínua de produtos. Esses métodos
fornecem toda estrutura dos processos que são fundamentais para o perfeito
funcionamento do ECR. A união de tecnologias, de métodos, de estratégias e
de processos são a base do organograma do ECR.
Sua implementação, não diferente de outras ferramentas e padrões, é extrema-
mente complexa, pois primeiramente ela afeta todo o organograma da empresa. É
preciso mexer na política e, principalmente, na mentalidade de algumas pessoas que
podem não aceitar essa ideia tão bem, como algumas que ocupam cargos de diretoria.
Uma boa maneira de começar a implantação do ECR é fazer parceria com
empresas que estejam de acordo e dispostas a contribuir, mudar e melhorar. Uma
boa consultoria técnica também é importante, pois consultar alguém especiali-
zado no assunto pode encurtar vários caminhos.
O ponto chave da ECR é disponibilizar para o consumidor final o produto
que ele deseja, no momento certo, com qualidade elevada, agilidade e baixo
custo. Porém, a resistência em se formar parcerias entre varejista, distribuidor
e fornecedor pode ser um empecilho, fazendo com que a funcionalidade dessa
ferramenta se perca. Por isso, é necessário estabelecer um elo de confiança entre
as partes envolvidas no processo.

Ferramentas de Tecnologia da Informação


96 UNIDADE IV

WIRELESS – REDE SEM FIO

É uma transmissão de dados sem fios, o fim daquele monte de cabos embola-
dos. Utilizada para compartilhar a Internet, acabou sendo adotada rapidamente
devido à sua comodidade, e hoje é amplamente utilizada tanto no meio comer-
cial quanto no particular.
É comum encontrarmos representantes comerciais que utilizam esta tecnolo-
gia para se comunicar com as empresas em que trabalham. Este tipo de ferramenta
proporciona agilidade nas atividades exercidas por eles, permitindo que a orga-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nização economize tempo e proporcione mais eficiência diante de seus clientes.
A wireless está tão popularizada, que em um estabelecimento comercial é
essencial oferecer este serviço aos clientes gratuitamente, da mesma forma que
é importante disponibilizar um banheiro, por exemplo. Independentemente do
ramo de atividade, quem não estiver enquadrado nessa realidade está passível
a perder seus clientes.
Este tipo de rede também soluciona problemas de estrutura física. Em cons-
truções mais antigas, por exemplo, os números de pontos por onde se passam a
fiação (elétrica ou de telefone) são bem mais reduzidos do que em construções
mais recentes. Isso pode gerar um desconforto no momento de se instalar uma
rede física, por meio de cabos. A rede sem fio pode ser uma alternativa interes-
sante para essa realidade.
Com o surgimento de instrumentos de informação com capacidade de utili-
zar a tecnologia sem fio, a demanda pelo acesso a esse tipo de rede tem crescido
significativamente. É comum você chegar à praça de alimentação de um Shopping
Center e ver pessoas navegando na Internet com os mais diversos dispositivos.
Dentro de uma casa, podem existir vários dispositivos conectados à Wireless,
como: televisores, telefones celulares, tablets, notebooks, computadores, entre
muitos outros, incluindo as geladeiras de última geração que já fazem comuni-
cação com uso da Internet.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


97
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Utilizada também para fazer uma rede interna de computadores, a Wireless deixa
de ser um compartilhador sem fio de Internet, para ser um roteador de rede
local, obviamente sem fio também. Porém, mesmo com uma grande evolução
na transferência de dados, ainda deixa muito a desejar no quesito velocidade,
quando comparado a uma rede física cabeada.
O’brien (2004) afirma que a indústria das telecomunicações continua traba-
lhando em tecnologias sem fio de terceira geração, cuja meta é elevar as velocidades
de transmissão sem fios para possibilitar o crescimento de aplicações de multi-
mídia e vídeo em dispositivos móveis. Essa facilidade em mobilidade faz com
que as empresas precisem adequar sua forma de se comunicar com seus clien-
tes e com parceiros de negócio.

BI - BUSINESS INTELLIGENCE

O Sistema de Business Intelligence não trabalha sozinho, ele precisa ser alimen-
tado com informações de outros setores da empresa. Os negócios, os processos
e o gerenciamento da informação precisam estar alinhadas ao BI para trazer os

Ferramentas de Tecnologia da Informação


98 UNIDADE IV

resultados desejados com maior precisão para apoio de decisões.


O objetivo principal das ferramentas de inteligência empresarial é transfor-
mar grandes quantidades de dados em informações de qualidade. Segundo a
IBM – Internacional Business Machines (on-line)1, grande empresa do segmento,
podemos destacar três grandes benefícios que o sistema de Business Intelligence
traz para dentro do espaço onde ele é implementado, melhorias estas, que segui-
das à risca, tendem a evitar grandes problemas que atrapalham a produtividade
de todos. Esses três benefícios são:
■■ Contribui para aumentar a inteligência coletiva da organização, buscando

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conhecimento necessário para planejar e implementar soluções para pro-
blemas e para desafios rotineiros dentro das organizações.
■■ Desenvolve a capacidade de aprendizagem dos envolvidos internamente
no projeto, alterando de forma sofisticada como, coletivamente, os envol-
vidos nos projetos podem captar e entender melhor os objetivos.
■■ Apoia a criatividade organizacional nos novos projetos, produtos, servi-
ços, ideias entre outros, facilitando a adaptação de forma mais rápida e
dinâmica.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


99

INTEGRAÇÃO BI (BUSINESS INTELLIGENCE) COM OUTROS


SETORES DA EMPRESA

Algumas ferramentas mais avançadas fornecem uma visão completa do negócio


e ajudam na distribuição uniforme dos dados entre os usuários, não importando
onde eles estejam.
O sistema BI é subdivido em três principais tecnologias, buscando infor-
mações sobre o negócio e as melhores condições para aplicá-las, auxiliando na
decisão de medidas internas e externas para seu bom andamento. Segundo Santos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

(2006), as tecnologias são as seguintes:


■■ Data Warehouses - É a parte do processo em que os dados são armaze-
nados, isso permite a integração e a consulta com as demais tecnologias.
■■ On-Line Analytical - Aqui são feitas todas as análises multidirecionais,
nas quais é possível examinar as informações de diferentes perspectivas.
■■ Data Mining - Também realiza análises e consultas, mas são buscados
dados que identificam modelos, padrões, relacionamentos entre outros.

É necessário saber e entender que os resultados do BI devem ser adotados como


uma ferramenta de apoio a decisões, e que, portanto, é importante ter um sis-
tema de gestão de recursos humanos, de estratégia e operacional para dar mais
certeza às direções que a organização deve seguir. Todas essas ferramentas tra-
balhando em conjunto darão um norte para um futuro mais promissor e estável.

Ferramentas de Tecnologia da Informação


100 UNIDADE IV

Utilização de BI na empresa Toyota Motor Sales USA


A Toyota USA é uma empresa norte-americana autorizada e subsidiária do
Grupo Toyota.
A empresa estava pagando, por um veículo de médio porte, U$ 8,00 (oito
dólares) por dia, enquanto seus carros estavam em transporte. Como o pra-
zo médio era entre nove e dez dias, o custo por carro ficava entre U$ 72,00
a R$ 80,00, valor que agregado a um universo de dois milhões de carros por

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ano, gerava uma despesa entre 144 a 160 milhões de dólares.
Dentre outras respostas e resultados, em poucos dias de funcionamento, o
sistema de Bi implantado na Toyota USA levantou as seguintes informações:
• A Toyota pagava duas vezes pelo envio dos carros de trem, prejuízo de
U$ 800,000,00.
• O volume de carros negociados entre 2001 e 2005 aumentou em torno
de 40%, enquanto o aumento de colabores aumentou apenas 3%.
• O tempo de trânsito entre a fábrica e a distribuidora caiu 5%.
A Toyota Motor Sales USA concluiu que, quanto mais você explorar as ferra-
mentas de análise de dados, melhor será o resultado da produtividade de
sua empresa.
Fonte: adaptado de Lima (2011, on-line)2.

ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING

O sistema ERP corresponde em


português à Planejamento dos
Recursos Empresariais, tam-
bém conhecido como Sistemas
Integrados de Gestão. Ele é uma
arquitetura de sistemas de infor-
mação que facilita o fluxo das
informações entre todas as ativida-
des da empresa (BATISTA, 2006).

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


101

De suma importância para o desenvolvimento e a organização das empre-


sas, o ERP (Efficient Consumer Response ou Resposta Eficiente do Consumidor)
acaba sendo uma ferramenta essencial para o bom andamento dessas empresas,
envolvendo todos os seus setores, de forma que seja essencial a comunicação
entre seus departamentos.
Auxiliando de forma eficaz os gestores e diretores, o sistema ERP fornece
relatórios que poderão ser utilizados como base para mudanças e decisões impor-
tantes dentro da empresa. Por isso, o ideal, antes da aquisição e implantação de
um ERP, é conhecer e obter boas referências da empresa fornecedora dessa solu-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ção, assim, todos os dados e a empresa estarão mais seguros.


Vale colocar na balança que empresas de nome, com mais tempo de mercado,
com um maior knowhow são bem mais recomendadas, pois em sua caminhada,
já passaram por vários cenários que serviram de conhecimento para corrigir e
melhorar seu sistema. Nem sempre é bom considerar valores nessas situações,
afinal, seus dados e informações não têm preço.
Existe um impacto até considerável em sua implementação, exige treinamento
técnico de quem irá utilizá-lo e um grande investimento em infraestrutura. É
necessário um servidor central e uma rede bem constituída para perder o mínimo
possível de comunicação e de computadores (clientes ou terminais) que farão
uso do sistema ERP, buscando e levando informações ao servidor, o que varia
muito de cenário para cenário: quanto maior a empresa, maior será o investi-
mento e a estrutura a ser montada.

Ferramentas de Tecnologia da Informação


102 UNIDADE IV

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 1 - ERP - Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos Empresariais

Atualmente, as empresas valorizam a instalação do software ERP por dois moti-


vos principais (O’BRIEN, 2004):
■■ O ERP cria uma estrutura para integrar e aperfeiçoar seus sistemas internos
de escritório, que é responsável por importantes melhorias no atendimento
ao consumidor, na produção e na eficiência da distribuição.
■■ O ERP fornece rapidamente informação interfuncional vital sobre o
desempenho da empresa para os gerentes melhorarem significativamente
sua capacidade de tomar as melhores decisões pela empresa em todas as
suas atividades.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


103

Diante dessa valorização do ERP para as organizações, Côrtes (2008) elenca algu-
mas propriedades que esses sistemas devem apresentar:
■■ Sistema modular abrangente: os ERP são compostos por módulos que
atendem a diversas necessidades da empresa. Este tipo de sistema pode
conter inúmeros módulos voltados para áreas específicas, permitindo sua
atualização. Assim, é possível escolher os módulos a serem implantados
e o intervalo de tempo para isso, facilitando o planejamento.
■■ Automatizam processos e funções: cada módulo pode ser dedicado a
uma função específica da organização ou voltado a todo um processo,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

por exemplo, no caso de indústrias.


■■ Uso de banco de dados único: todos os módulos disponíveis devem utili-
zar o mesmo banco de dados. Além de facilitar a integração dos módulos,
isso também permite a elaboração de relatórios com agilidade, tanto para
uso tático quanto estratégico. Embora os dados sejam obtidos em depar-
tamentos diferentes, o fato de estarem armazenados em uma mesma base
de dados facilita a recuperação e a utilização desses dados. A utilização
de um único banco de dados também proporciona facilidades nas polí-
ticas de segurança, na otimização do desempenho e no desenvolvimento
de estratégias para casos de imprevistos.
■■ Sistema Integrado: por utilizar um único banco de dados, os módulos do
ERP trabalham de maneira integrada, trocando dados sem a necessidade
de complementos específicos que promovam migração.
■■ Uso de boas práticas: o ERP normalmente é desenvolvido considerando a
adoção de boas práticas de gestão. Adicionalmente, os ERP utilizados em
uma gama muito grande de empresas, de diversos segmentos, são atuali-
zados com frequência. Esse ponto é favorável às empresas que necessitam
promover um “choque de gestão”, modernizando seus processos.

O ERP, além de fazer todo esse gerenciamento que estudamos, é a base de ali-
mentação para outras Tecnologias da Informação mencionadas nessa unidade
e outras mais, conforme ilustração a seguir:

Ferramentas de Tecnologia da Informação


104 UNIDADE IV

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 2 - Elementos de Tecnologia da Informação

Em relação à figura anterior, o MRP é o planejamento de necessidades de mate-


riais, visando um sistema lógico de cálculo, que converte a previsão de demanda
em programação da necessidade de seus componentes. Assim, o SCM repre-
senta o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, uma ferramenta que, usando
a Tecnologia da Informação (TI), possibilita à empresa gerenciar a cadeia de
suprimentos com maior eficácia e eficiência.
O objetivo principal de um sistema ERP é o aumento da eficiência, de olho
nas transações interligadas utilizadas. Como consequência, também ocorre o
aumento da eficácia da empresa em conjunto com os usuários e com as tecno-
logias, com foco nas transações externas das empresas, que envolvem clientes
e fornecedores.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


105

CRM - CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT OU GESTÃO


DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES

Customer Relationship Management, em portu-


guês, Gestão de Relacionamento com Clientes,
é uma estratégia de negócios voltada ao enten-
dimento e à antecipação das necessidades dos
clientes a fim de obter vantagem competitiva.
Ao contrário do que muitos pensam, o CRM
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

está em todo lugar, desde pequenas empre-


sas até grandes multinacionais, envolvendo
até órgãos governamentais.
É um mercado tão grande e promissor que existem empresas especializadas
somente na implementação do CRM e treinamento dos usuários, proporcio-
nando a seus usuários um melhor nível de aproveitamento.
Greenberg (2001) define CRM como um sistema completo que oferece os
meios e os métodos para melhorar a experiência do consumidor individual, de
maneira que ele se torne um cliente para toda a vida, oferecendo os meios téc-
nicos e funcionais para a identificação, conquista e manutenção de clientes, com
uma visão unificada do cliente em relação à organização como um todo.
Já Gummesson (2005) afirma que os CRM são os valores e as estratégias do
Marketing de Relacionamento, com ênfase no relacionamento com o cliente,
transformados em aplicações práticas.
Além de várias outras definições, podemos destacar que o CRM não é apenas
uma tecnologia, ele está diretamente ligado às interações dos clientes, buscando
informações sobre seus perfis, com o principal objetivo de fidelizar o cliente.
Sempre de mãos dadas com o Marketing, o CRM forma uma parceria de longa
data, que juntos buscam melhorias no departamento ou na empresa em que estão
sendo implantados, sempre focando o cliente, com o objetivo de obter resulta-
dos satisfatórios. O desalinhamento entre ambos pode trazer prejuízos e falhas ao
objetivo final do projeto, sendo que o Marketing de Relacionamento e a Gestão
de Relacionamento com Clientes devem obrigatoriamente andar juntos, assim
como seus conceitos: Marketing de Transação, de Interrupção e de Permissão.

Ferramentas de Tecnologia da Informação


106 UNIDADE IV

Ligada diretamente ao cliente, essa ferramenta traz melhorias para esse rela-
cionamento com as organizações, baseado em informações fornecidas pelos
próprios clientes. A ferramenta busca reduzir o tempo de atendimento aos clien-
tes e obter um maior retorno nas campanhas produzidas pelo setor de marketing,
segundo Quadros (2010), seguindo três principais critérios:
■■ Atração: busca de novos clientes por meio de ofertas de produtos pró-
prios para aquela determinada ocasião.
■■ Fidelização: trata da parte que busca impedir a perda temporária ou defi-
nitiva dos clientes para a concorrência, que consequentemente resulta na

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
perda de novas vendas, pois clientes insatisfeitos sempre fazem propa-
ganda negativa da empresa.
■■ Rentabilização: ofertar à carteira de clientes, produtos e serviços novos,
muitas vezes desconhecidos que poderão agregar valor às compras
rotineiras.

A captação e a conquista de novos clientes acabam sendo um objetivo impor-


tante dentro das organizações, visto que o custo para esse trabalho muitas vezes
é maior que o valor gasto para realizar venda de produtos e serviços para a car-
teira de clientes atual. Segundo Gummesson (2005), um relacionamento excelente
com os consumidores não é um objetivo em si mesmo.
O CRM utiliza a tecnologia da informação para criar um sistema interfuncio-
nal que integra e automatiza muitos dos processos de atendimento ao cliente em
vendas, em marketing e em serviços de produto, que interagem com os clientes
de uma empresa. Esses sistemas consistem numa família de módulos de software
que executam as atividades empresariais envolvidas nos procedimentos de con-
tato com o público (O’BRIEN, 2004).
A figura a seguir ilustra os principais agrupamentos de aplicações na admi-
nistração do CRM:

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


107
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Figura 3 - CRM - Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com Clientes

CLOUD COMPUTING – COMPUTAÇÃO NA NUVEM

A Computação na Nuvem, Cloud Computing, não é diferente de muitas outras


tecnologias relacionadas à TI. A cada dia que passa, ela vem ganhando novos par-
ceiros, clientes, empresas, serviços e, principalmente, inúmeros dados, devido ao
crescimento em larga escala dos serviços WEB e à necessidade que as empresas
têm de informatizar todos os seus setores. Desse modo, a computação na nuvem
acaba sendo uma opção interessante de investimento em TI.
Existe uma grande economia por parte de quem faz uso do serviço nas nuvens.
Logo, entender melhor esse conceito torna-se uma condição para o melhor apro-
veitamento e para a otimização de processos que utilizam o conceito, que é uma
tendência nova, com grande prospecção e um promissor mercado, com muitos
bits e bytes a serem explorados, armazenados e transferidos.
Sem a necessidade de comprar um servidor, de contratar um técnico ou
uma empresa de suporte, de montar toda uma estrutura de TI, que envolve um

Ferramentas de Tecnologia da Informação


108 UNIDADE IV

conhecimento avançado, acaba sendo mais eficiente a contratação de um ser-


viço de hospedagem de dados na nuvem, nos quais todos os arquivos da empresa
contratante ficarão on-line. Além disso, os cuidados como a segurança, a taxa
de transferência, a estrutura física, entre vários outros critérios, são de respon-
sabilidade da empresa contratada, ou seja, a fornecedora do serviço na nuvem.
Grandes corporações especializadas em prestar esse tipo de serviço tendem
a crescer cada vez mais. Uma grande vantagem é que não há limites geográficos
para esse tipo de serviço, basta uma boa conexão com a Internet e em qualquer
lugar do mundo você conseguirá acessar seus dados, perfeito para quem traba-

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lha em vários lugares diferentes.
Segundo Veras (2012), a Cloud Computing é a evolução da arquitetura de
TI, que teve início com o Mainframe em meados de 1950, com projetos de gran-
des empresas como IBM e HP. Por ser uma tecnologia centralizada e muito cara,
necessitava de muito investimento em TI, e com retorno pouco satisfatório, con-
sequentemente, foi se afastando dos empresários e dos gerentes de TI.
Computação na Nuvem não está relacionada apenas à conexão entre com-
putadores e servidores. Hoje em dia, devido à grande diversidade de dispositivos
que acessam a Internet, em especial os móveis (smartphones, tablets, notebooks
etc.), praticamente todo e qualquer aparelho que tenha conexão de rede externa,
de preferência sem fio (Wireless), poderão compartilhar seus arquivos com a
nuvem, conforme imagem a seguir:

Figura 4 - Computação na Nuvem

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


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CLOUD COMPUTING E SEUS DISPOSITIVOS

Atualmente, dispositivos como celulares smartphones e tablets têm capacidade


de processamento tão boa quanto a dos computadores convencionais, deixando
a desejar somente na parte de armazenamento. Devido a essa equivalência de
Hardware e à necessidade de mais espaço físico, o compartilhamento de dados
na nuvem acaba sendo uma ótima alternativa para conectar todos esses apare-
lhos em uma única rede, mesmo em plataformas diferentes. A conexão precisa
estar preparada para oferecer este recurso, que além de tudo, tem como sua prin-
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cipal característica a mobilidade.


Assim como toda e qualquer tecnologia, há vantagens e desvantagens em
utilizar a Cloud Computing. Por isso, é importante que o contratante faça uma
boa pesquisa antes de colocar os seus dados em qualquer nuvem, uma análise
para comparar a contratação do serviço na nuvem com o investimento em uma
estrutura física de TI.
Uma desvantagem considerável é que sem a presença da Internet não temos
a menor condição de qualquer sistema em Cloud funcionar. Além disso, são
necessários alguns cuidados ao adquirir um plano, pois riscos ou falhas podem
ameaçar o objetivo do negócio, implicando no não cumprimento do SLA (Service
Level Agreement), que é o contrato que formaliza e documenta o acordo entre as
partes, contratante e prestador do serviço, que se corrompido, pode gerar gran-
des transtornos e até multas.
Entre vários fatores, é importante levantar informações de como é feito o
acesso dos usuários, como o provedor de serviços deve obedecer às normas de
padronização, de localização e de disponibilidade de seus dados, como é o sis-
tema de backup, se o suporte ao cliente é eficaz e satisfatório, a capacidade de
expansão e os riscos operacionais, estruturais e comerciais.
Podemos destacar como uma das grandes vantagens a facilidade do upgrade
do serviço. A grande maioria das empresas sólidas e estruturadas que estão no
mercado prestando o serviço na nuvem disponibiliza, no próprio site da empresa
contratada, a possibilidade de aumentar sua capacidade de armazenamento e de
processamento em uma questão de “poucos cliques”, para que seu servidor fique
com mais memória e processamento, situação que poderá ser feita conforme

Ferramentas de Tecnologia da Informação


110 UNIDADE IV

a demanda necessária e, obviamente, acarretará em um reajuste em seu custo.


Situação oposta ao servidor físico, em que é preciso fazer upgrade de hardware
envolvendo um técnico ou uma empresa terceirizada apta para essa função.
Saindo do meio empresarial, a Cloud Computing começa a invadir também
as residências, sempre gerando muita comodidade. Por exemplo, as televisões,
que serviam apenas para receber os sinais das emissoras e dos aparelhos como
DVD Player, Blu-ray entre outros, hoje, com a tecnologia Smart, navegam na
Internet como um computador normal, podendo compartilhar dados da nuvem,
acessar fotos, vídeos e arquivos particulares.

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Em contrapartida, no serviço de Cloud Computing, se prestado por uma
empresa idônea, dentro das normas e das especificações, o contratante terá um
grande aumento na segurança de seus dados, na produtividade por usuário,
na confiabilidade do sistema e no acesso a aplicativos de última geração, sem a
necessidade de adquirir suas respectivas licenças, descartando o alto custo da
aquisição, da manutenção e do suporte de um servidor físico, e assim, reduzindo
o consumo de energia elétrica e os custos de pessoal.
Com grandes vantagens e praticidades, a Cloud Computing oferece uma forma
segura e econômica a seus clientes armazenarem e transferirem seus dados, sem a
necessidade de investimento em um servidor de grande porte e em toda a estru-
tura de TI necessária para o bom funcionamento da rede.
Para que isso aconteça, é necessário contratar o serviço de Cloud Computing
de uma empresa que tenha histórico no mercado e que demonstre estrutura e
credibilidade para atendê-lo com eficiência.

QR CODE – CÓDIGO DE RESPOSTA RÁPIDA

É uma forma muito mais prática de visualizar links por meio de dispositivos
móveis como tablets e smartphones. De fácil leitura e de forma gratuita, o QR
Code vem ganhando cada vez mais espaço na modernização da TI.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


111

Do inglês Quick Response, ou seja, resposta


rápida, o QR Code foi uma forma que o governo
encontrou para modernizar a NFC-e (Nota Fiscal
de Consumidor Eletrônica), que já está em vigor
em alguns estados do Brasil.
Aproveitando a praticidade e a liberação dos
direitos autorais, o Governo Federal foi uma das
primeiras grandes organizações do Brasil a ado-
tar a nova tendência como padrão em um de seus documentos, a NFC-e (Nota
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Fiscal de Consumidor Eletrônica), que está em processo de implementação em


alguns estados Brasileiros e tem foco no grande varejo.
No caso da NFC-e, será emitido um cupom com um QRCode, pelo qual o
usuário ou o consumidor poderá acessar todos os dados de sua compra no por-
tal da SEFAZ (Secretaria da Fazenda) do seu estado, facilitando o processo de
armazenamento e até de garantia dos produtos adquiridos, buscando também
evitar a sonegação.
Portanto, o QRCode trouxe mais comodidade, pois utilizando um smartphone
ou outro dispositivo que tenha esse recurso disponível, é possível visualizar qual-
quer conteúdo que esteja disponível nesse formato, sem custos adicionais.

A VULNERABILIDADE DOS SISTEMAS DE


INFORMAÇÃO

Assim como todo e qualquer sistema, os Sistemas de Informação também estão


sujeitos a quebras, invasões, interceptações entre outros fatores que podem com-
prometer a integridade dos dados e o seu perfeito funcionamento.
A preocupação com a segurança dos sistemas, tanto da parte física como da
lógica, ou seja, dos softwares e de sua base de dados, é um fator relevante para
empresas usuárias das tecnologias da informação. Infelizmente, diversas empresas

A Vulnerabilidade dos Sistemas de Informação


112 UNIDADE IV

e pessoas não dão a devida importância ao fator segurança, até o momento que
passam por problemas desse tipo pela primeira vez, algo que pode gerar preju-
ízos de cifras consideráveis.
Batista (2006) explica que o quesito segurança deve ser imposto com o obje-
tivo de minimizar os prejuízos da organização por paralisações não esperadas,
de garantir a qualidade dos dados inseridos e das informações geradas e também
para assegurar que esses dados não sejam roubados ou alterados sem autorização.
Um dado alterado de forma indevida pode comprometer uma tomada de deci-
são futura por parte dos gestores, pois estes irão se basear nas informações coletadas

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para o desenvolvimento da estratégia de negócio e possível tomada de decisão.
A Segurança das informações também deve ser considerada um assunto
estratégico para as empresas, pois ela interfere nos processos do negócio, nos
custos e nos valores de produtos ou de serviços. No quadro a seguir podemos
observar as principais ameaças para os sistemas de informação.
Quadro 1 - Sistemas de precaução

AMEAÇA EFEITO
Incêndio Computadores, arquivos e registros manuais podem ser des-
truídos.
Falha elétrica Todo o processamento é suspenso, o equipamento pode ser
danificado e podem ocorrer acidentes de dados ou interrup-
ções dos serviços de telecomunicação.
Mau funcionamen- Os dados são processados sem precisão ou de modo incom-
to do hardware pleto.
Erros de software Os programas dos computadores processam os dados sem
precisão, de modo incompleto ou sem atender às necessida-
des do usuário.
Erros dos usuários Os erros gerados pelos usuários durante transmissão, entrada,
validação, processamento da informação, destruição acidental
ou não, podem prejudicar o processamento ou gerar informa-
ções que não representam a realidade ou não são confiáveis.
Crime por compu- O uso ilegal de hardware, software ou dados resulta no roubo
tador de dinheiro ou na destruição de dados ou de serviços valiosos.
Mau uso do com- Os sistemas de computador são usados com propósitos antié-
putador ticos.
Fonte: adaptado de Batista (2006).

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


113

PROBLEMAS COM A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

As falhas na segurança da informação não estão voltadas ape-


nas às questões de Software. É preciso mais do que ter um
firewall, controle de acessos e de permissões e demais itens
que serão explicados nessa unidade, pois a segurança física
é de importância tão relevante quanto à lógica.
Existem vários critérios que podem auxiliar na parte de
segurança física. Quando falamos de um grande Datacenter,
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existem algumas recomendações que, se seguidas com rigor,


podem evitar grandes problemas relacionados à invasão ou
até mesmo a acidentes. Dentre essas recomendações, pode-
mos destacar:
■■ Sistema de Gerenciamento de Cabos Elétricos e Telecomunicações.
■■ Piso Elevado Alta Resistência.
■■ Sistema de Detecção e Combate de Incêndio.
■■ Sistema de Controle de Acesso.
■■ Sistema de Detecção e Combate de Incêndio.
■■ Sistema de Blindagem.
■■ Porta Antifogo.
■■ Sistema de Controle de Acesso.
■■ Sistema de Detecção e de Combate de Incêndio.
■■ Sistema Construtivo.
■■ Sistema Ininterrupto de Energia.
■■ Sistema de Iluminação.
■■ Armário de Telecomunicações.
■■ Quadros de Distribuição e Transferência de Cargas.

A Vulnerabilidade dos Sistemas de Informação


114 UNIDADE IV

■■ Sistema de Detecção Precoce de Incêndio.


■■ Câmeras e Sistemas de Monitoramento.
■■ Quadros de Distribuição e Transferência de Cargas.
■■ Sistemas de Climatização.

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Os erros podem acontecer tanto por falha humana quanto por falha do maqui-
nário. Por esses e por muitos outros fatores, quanto maior for o sistema de
precaução, menores serão as chances de perder seus dados, independentemente
de onde estão armazenados, mesmo que estejam nas “nuvens”, é preciso man-
ter uma estrutura grande, principalmente se for uma empresa especializada no
assunto. A seguir, um exemplo de estrutura física de Datacenter.

POR QUE OS CONTROLES EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SÃO


NECESSÁRIOS

Assim como é necessário ter toda segurança na infraestrutura que dá suporte aos
Sistemas de Informação, é necessário também ter uma grande cautela quanto ao
controle de acesso, pois os dados que entram e saem podem ao mesmo tempo
alimentar o sistema ou danificá-lo, especialmente tratando-se de um usuário
mal-intencionado.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


115

Quanto maior for a restrição de acesso, menor


será a possibilidade de falhas humanas, como: apa-
gar arquivos indevidos, fraudes, cópia de arquivos
confidenciais, entre muitos outros. Não que esse
tipo de situação seja inevitável, mas podemos
minimizá-la de forma considerável, dando acesso
apenas a quem tem conhecimento e responsabili-
dade para usá-los. Uma forma eficaz para melhorar
esse aspecto é seguir os requisitos de segurança
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apresentados no quadro a seguir.


Quadro 2 - Requisitos de Segurança

REQUISITOS DE SEGURANÇA
1- PRIVACIDADE A capacidade de controlar quem vê (ou
não pode ver) as informações e sob quais
condições.
2- AUTENTICIDADE A capacidade de conhecer as identidades
das partes na comunicação.
3- INTEGRIDADE A garantia que as informações armazena-
das ou transmitidas não sejam alteradas.
4- CONFIABILIDADE A garantia de que os sistemas estarão
disponíveis quando necessário e de que
desempenharão os serviços requisitados
com eficácia em um nível aceitável de
qualidade.
5- BLOQUEIO A capacidade para bloquear informações
ou intrusões indesejadas.
Fonte: adaptado de O’brien (2003).

Existem dois tipos de controles que podem auxiliar no quesito Segurança da


Informação: Controles de Instalações e Controles de Procedimentos.
Controles de Instalações: são rotinas pré-definidas que fazem com que toda
a Tecnologia da Informação tenha seu conteúdo protegido contra acidentes, per-
das e até destruição, podendo ser causadas por sabotagem, falta de comunicação,
de energia, uso não autorizado com fins prejudiciais entre outros.
Controles de Procedimentos: são métodos que padronizam os recursos
que a Tecnologia da Informação deverá consumir dentro da organização com

A Vulnerabilidade dos Sistemas de Informação


116 UNIDADE IV

segurança máxima, mantendo, assim, a integridade das operações e dos desen-


volvimentos do sistema. Dentre eles, podemos citar:
■■ Padronização dos procedimentos e da documentação.
■■ Requisitos de autoridade.
■■ Recuperação de desastres.
■■ Controle de acesso ao usuário final.

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AUDITORIAS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

O foco principal da auditoria de Sistemas de Informação é buscar possíveis


falhas ou fraudes em todo seu conteúdo, visando analisar se está tudo conforme
os requisitos. A auditoria busca desde falhas no desenvolvimento ou projeto até
mau uso dos usuários.
Segundo o COBIT – Control Objectives for Information and related Technology
(2012, on-line), traduzido como Modelo Corporativo para Governança e Gestão
de TI da Organização, um guia de boas práticas para a gestão da Tecnologia da
Informação, são analisados os seguintes itens em uma auditoria:
■■ Estrutura de Gerenciamento de Programa.
■■ Estrutura de Gerenciamento de Projeto.
■■ Abordagem de Gerenciamento de Projeto.
■■ Comprometimento dos Participantes.
■■ Escopo do Projeto.
■■ Fase de Início do Projeto.
■■ Planejamento do Projeto Integrado.
■■ Recursos do Projeto.
■■ Gerenciamento de Riscos do Projeto.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


117

■■ Planejamento do Projeto Integrado.


■■ Recursos do Projeto.
■■ Gerenciamento de Riscos do Projeto.
■■ Planejamento da Qualidade do Projeto.
■■ Controle de Mudanças no Projeto.
■■ Métodos de Planejamento de Garantia do Projeto.
■■ Avaliação, Relatórios e Monitoramento do Desempenho do Projeto.
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■■ Conclusão do Projeto.

Côrtes (2008) destaca alguns tópicos que ajudam a entender a atividade de


auditoria, mostrando que compete ao auditor interno, trabalhando de maneira
independente, as seguintes atribuições:
■■ Examinar transações detalhadas.
■■ Analisar a eficácia dos controles adotados, promovendo sua alteração
sempre que se fizer necessário.
■■ Verificar se os procedimentos internos estão de acordo com os contro-
les existentes.
■■ Recomendar a melhoria dos procedimentos internos, sempre em obser-
vância aos controles existentes.
■■ Atuar em parceria com administradores e especialistas.
■■ Fornecer subsídios aos administradores para a tomada de decisão.
■■ Observar a fidedignidade e tempestividade (contabilização do fato no
tempo certo) das informações contábeis com o objetivo de obter os dados
mais reais possíveis, para auxiliar a tomada de decisão dos gestores.
Podemos entender essa auditoria de sistema até como uma questão de quali-
dade do sistema, pois é por meio dessas verificações listadas anteriormente, que
podemos ter uma segurança para utilizá-lo.

A Vulnerabilidade dos Sistemas de Informação


118 UNIDADE IV

SEGURANÇA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

A Internet, assim como as outras redes de computadores domésticas ou empre-


sariais, se tornou indispensável no cotidiano da sociedade atual, afinal,
tudo e todos estão conectados por meio dela.
Entretanto, tais redes, além de benefícios e comodidades, trouxeram
vários problemas capazes de comprometer dados importantes,
uma vez que, todas as informações estão interligadas e podem
ser acessadas mesmo que indevidamente por quem não deve-

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ria ter acesso ao conteúdo.
Devido à grande evolução da Informática e à troca de informações
que trafegam por sua rede, podemos dizer que chega a ser impossível calcular a
quantidade de informações que entram e saem de todos os sistemas interligados
na rede mundial de computadores. O problema é que nem sempre todos esses
dados e informações possuem boa intenção, e muitas vezes vêm em formato de
arquivo executável que busca espionar ou até danificar os sistemas.

CONTROLES DE ACESSO

Metodologia utilizada para dar permissão apenas para quem precisa ter, usuá-
rios que não irão utilizar determinado conteúdo ou departamento não precisam
ter acesso a eles, assim, são evitadas modificações intencionais e não intencio-
nais (alterações por acidente).
O controle de acesso é subdivido em duas etapas, que consistem em estabe-
lecer maior grau de segurança e de organização no critério de controle, são elas:
■■ Controle de Acesso Obrigatório (Mandatory Control Acess) - quando o
sistema gera as permissões, geralmente utilizadas em projetos maiores,
como órgãos governamentais e sistemas de grande porte.
■■ Controle de Acesso Discricionário (Discretionary Controle Acess) - quando
o proprietário do conteúdo fornece permissão para outros usuários aces-
sá-lo. Exemplo: documento ou arquivo hospedado em uma nuvem.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


119

Outra função importante do controle de acesso é a identificação de cada usuá-


rio. Por meio de arquivos de logs, é possível saber quem fez e quando foi feito o
acesso a determinado arquivo ou pasta, e assim, obter maior nível de segurança
e de rastreabilidade.
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CONTROLE BIOMÉTRICO

Como cada ser humano possui uma biometria única, em Sistemas Computacionais,
mais especificamente voltados à Segurança da Informação, usar a biometria
como chave de acesso é uma forma de fazer com que somente quem está auto-
rizado no sistema acesse o local ou a informação protegida, dispensando o uso
de senhas, que podem ser descobertas ou clonadas, evitando assim maiores pro-
blemas em questões de vulnerabilidade. Esse sistema pode ser exemplificado na
imagem a seguir.

Figura 5 - Controle biométrico

Atualmente, podemos ver a biometria no nosso dia a dia, em caixas eletrôni-


cos, no cartão ponto, no registro da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e

Segurança dos Sistemas de Informação


120 UNIDADE IV

até no Tribunal Superior Eleitoral, que tem obrigado todos os eleitores a fazer o
cadastro biométrico como forma de identificar cada pessoa no ato do voto, pro-
porcionando maior segurança, a fim de evitar fraudes nas eleições.
Essas formas de controle não são mais apenas cenas de filmes de Hollywood.
Hoje em dia é comum encontrar notebooks que possuem tecnologias similares
para a proteção do conteúdo de seu proprietário, assim, só quem for autorizado
terá acesso às informações contidas no aparelho.

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FIREWALL

Do inglês, “Parede Antichamas”, é um dos maiores ou talvez o maior disposi-


tivo de segurança existente para redes de computadores, uma muralha, da qual
somente o que está devidamente autorizado pode sair ou entrar. Tem como
principal funcionalidade aplicar uma política de segurança aos computadores
conectados a ela, tal política consiste em um conjunto de regras para definir a
estrutura da segurança da rede. Assim, filtra pacotes e dados que entram e saem
da rede, tudo de acordo com o que foi configurado pelo administrador. Quanto
ao tamanho da rede, não há restrições, ela poderá ser bem pequena, como uma
rede doméstica, ou até a rede mundial de computadores, a Internet, todas podem
ter acesso a esse dispositivo.
Por esses e outros motivos, há uma necessidade muito grande de ter meca-
nismos de defesa configurados no computador a fim proteger contra possíveis
ataques, e é exatamente essa a função do Firewall: aumentar a integridade da rede.
No início da década de 80, foi projetado pela Bell Labso o primeiro Firewall,
sob encomenda da empresa de telecomunicações AT&T, fruto da necessidade de
filtrar todos os pacotes que trafegassem na rede, bloqueando o fútil e liberando
o necessário (NETO, 2004).
Atualmente, a Internet não é segura, mas o problema não é a Internet, porque
ela sempre foi assim, não foi projetada para ser confiável. O seu objetivo era ape-
nas conectar computadores distantes em uma rede. O problema é que, com sua
popularização, o número de usuários domésticos e de empresas que a utilizam
aumentou muito, e consequentemente, aumentou a quantidade de informações

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


121

contidas nela, informações que podem ser importantes e confidenciais, como


no caso de uma grande corporação.
Usuários mal-intencionados querem ter acesso a arquivos pessoais ou empre-
sariais para descobrir informações ou para simplesmente apagá-las. Existe
também a possibilidade de um vírus ou spam (mensagem eletrônica enviada
em massa, sem solicitação) entrar em um servidor desses, cheios de informa-
ções e projetos, e danificar ou apagar tudo. Em razão disso, há uma necessidade
muito grande de ter um Firewall instalado em cada computador que utilize
algum tipo de serviço externo, para prevenir possíveis ataques indesejados e a
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entradas de vírus. A imagem apresentada a seguir ilustra de maneira simples o


funcionamento desse sistema:
Um Firewall mal elaborado, ao invés de ajudar,
pode atrapalhar o andamento da rede, bloque-
ando a passagem de pacotes necessários para o
bom funcionamento de rede e liberando o acesso
de pacotes indesejáveis, por isso sua configuração
é complexa e detalhada.
O Firewall não pode ser considerado um sistema com-
pleto de segurança de redes de computadores. Existe um conjunto
de diretrizes que tornam as redes mais seguras, por exemplo, a insta-
lação de um bom antivírus. No entanto, em muitos casos, o problema
pode estar dentro da própria rede, e neste cenário, o Firewall não ser-
virá de nada na segurança das informações, além do que,
cerca de 70% de todos os ataques vêm de dentro da pró-
Figura 6 - Ilustração de Sistema Firewall
pria rede interna, realizados por funcionários corruptos
e insatisfeitos (SCHNEIER, 2000).

Segurança dos Sistemas de Informação


122 UNIDADE IV

PROXY

O Proxy é um servidor que atua como um intermediário entre uma rede de com-
putadores e a Internet, gerenciando o tráfego de informações entre ambos. Sua
tradução é “procurador”, mas segundo o dicionário Michaelis, significa procu-
rador, substituto ou representante (MORIMOTO, 2008).
Ele surgiu da necessidade de conectar uma rede interna a uma rede externa,
ou seja, intermediar os acesso das máquinas à internet. Assim, todas as máquinas
teriam que passar por ele para que o acesso a Internet fosse permitido, possibi-

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litando o controle total do tráfego da rede.
Ele surgiu da necessidade de conectar uma rede interna a uma rede externa,
com o objetivo de que todas as máquinas da rede interna teriam de passar por
um servidor intermediário, para fazer a permissão para acessar a rede externa,
no caso a Internet, assim tendo o controle total do tráfego da rede.
A diferença do Proxy para o Firewall é que o objetivo principal do Proxy não
está relacionado à segurança da rede, suas funções são voltadas para a organiza-
ção da rede e para o controle de tráfego, melhorando a velocidade e a qualidade
da rede.
A aplicação mais popular do Proxy é a Web Proxy. Sua função é guardar em
seu Cache (dispositivo rápido de memória que serve para armazenar os dados
que são processados com mais frequência) os arquivos mais recentes que foram
acessados pela Rede Local por meio da Internet, para que, no próximo acesso,
ao invés de buscar os dados novamente na Internet, eles estejam disponíveis no
Proxy, diminuindo o feedback (tempo de resposta) e aumentando a velocidade
dos acessos (DUANE, 2005). Veja a seguir uma imagem ilustrando o modelo
de cache:

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


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Figura 7 - Ilustração de Modelo Cache

REPRESENTAÇÃO DO CACHE EM UMA REDE DE


COMPUTADORES.

O principal objetivo do Proxy é: compartilhar uma conexão com Internet, que


tenha apenas um IP, com uma rede. Nesse caso o Proxy será o único computa-
dor diretamente conectado com a Internet e a rede conseguirá acessá-la através
do Proxy.

HACKERS

Sem sombra de dúvidas os Hackers são pessoas da área de Tecnologia da


Informação, que muitas vezes possuem mais conhecimento, competência e
habilidades que muitos profissionais graduados e com experiência avançada no
mercado de trabalho tecnológico.
Dedicados, quase sempre, a atividade de pesquisa com grande intensidade,
o Hacker consegue conhecer e editar qualquer dispositivo e software que deseje,
quebrando toda barreira, bloqueio ou qualquer outro sistema de segurança estu-
dado nesta unidade.

Segurança dos Sistemas de Informação


124 UNIDADE IV

Os Hackers, ao contrário do que muitos acham, acabam contribuindo para


sociedade do conhecimento da Tecnologia da Informação, por meio de compar-

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tilhamentos de informações importantes em fóruns, redes sociais, congressos, e
geralmente defendem o Software Livre.
Existem também os Crackers, tão inteligentes e capacitados quanto os
Hackers, só que infelizmente usam toda essa inteligência para praticar o mal:
quebrar senhas, clonar cartões de crédito, invadir sistemas de bancos, entre mui-
tos outros crimes digitais que escutamos em noticiários com frequência.

VÍRUS

A palavra vírus deriva do termo latino virus, que significa veneno ou toxina.
Dentro da Tecnologia da Informação tem o objetivo de infectar todo e qualquer
sistema de forma maliciosa, logo, nenhum vírus trará benefício ao seu compu-
tador e na melhor das hipóteses apenas coletará informações, o que também
não é legal.
A principal forma de contaminação é a instalação que um arquivo *.exe (exe-
cutável), que geralmente chega por meio de um arquivo anexo em um e-mail, que,
muitas vezes, vêm de pessoas conhecidas que já foram infectadas. Antigamente,
tínhamos esse mesmo problema com os disquetes, que passavam de computa-
dor em computador, e conforme ocorreram as evoluções na computação, temos
hoje esse problema em pen drives.
O vírus pode ficar incubado em sua máquina sem se manifestar, e um exem-
plo disso, são aqueles que têm data agendada para trabalhar, fazendo com que
você não suspeite que está infectado. Contudo, existem várias formas de se

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


125

precaver contra esses possíveis ataques e infecções. A seguir temos algumas pre-
cauções a ser tomadas:
■■ Tomar cuidado ao abrir arquivos estranhos, principalmente se for um
arquivo executável que pode chegar por e-mail, por exemplo.
■■ Um bom antivírus instalado ajuda significativamente a evitar alguma
infecção, e caso o vírus já esteja instalado em seu sistema, ele ajuda a ras-
treá-lo e apagá-lo.
■■ Evite digitar suas senhas em computadores públicos, que muitas pessoas
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têm acesso, descobrir sua senha depois de digitada pode ser fácil para
alguém mal-intencionado.
■■ Use um Firewall, pode ser até o do próprio Sistema Operacional, assim,
seu computador ficará mais protegido quanto a ataques externos.

Diversas empresas realizam esforços para se defender da disseminação de vírus


em suas redes, de forma a centralizar a distribuição do antivírus e mantê-lo atua-
lizado periodicamente, sendo essa tarefa de responsabilidade dos departamentos
de Sistema de Informação. Outras organizações terceirizam essa tarefa para pro-
vedores de Internet ou empresas de telecomunicações ou de administração de
Segurança (O’BRIEN, 2004).

Segurança dos Sistemas de Informação


126 UNIDADE IV

É comum você ouvir no noticiário e ler na Internet que uma empresa teve
o sistema invadido por algum tipo de vírus, causando prejuízos muitas vezes de
grandes proporções. Por isso, é preciso se preocupar com a segurança da infor-
mação. As empresas precisam estar “antenadas” a essa realidade e manter um
sistema de segurança robusto que atenda às suas necessidades.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sprint e US West: Serviços de Software Antivírus
O serviço de software antivírus da Trend Micro, eDoctor Global Network In-
ternet, estabelece proteção contra código nocivo em redes de provedores
de serviços, permitindo aos clientes o escaneamento de vírus como um ser-
viço realizado por seus provedores de Internet e provedores de serviço ad-
ministrados. A Sprint Corp licenciou tecnologia da Trend Micro para oferecer
um portal corporativo de Internet de escaneamento de vírus como parte
de um conjunto de aplicações de segurança para clientes corporativos. E
a US West Inc., a companhia de telecomunicações sediada em Denver, está
utilizando o eDoctor para oferecer proteção a vírus de e-mail a seus consu-
midores e assinantes de acessos à Internet.
Fonte: O’brien (2004, p. 387).

ANTIVÍRUS

É um software que pode ser instalado no Servidor ou diretamente no dispositivo


que o cliente for utilizar para acessar os dados (Computador, Tablet, Notebook
etc.), sua principal funcionalidade é verificar todos os dados que entrarem e saí-
rem do dispositivo, fazendo uma varredura em busca de vírus, com o objetivo
de exterminá-los.
Essa é mais uma importante ferramenta na questão da segurança da
Informação, pois por meio dela é possível bloquear um vírus antes mesmo que
ele seja executado dentro de um computador, por exemplo.
Existem vários Antivírus, de várias empresas, circulando no mercado, alguns
gratuitos outros pagos, todos de forma proprietária. Geralmente, os antivírus

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


127

gratuitos tem apenas a versão básica grátis, caso


o usuário deseje uma versão mais completa e
melhor, terá que pagar por isso.
Algumas versões de Antivírus, as mais com-
pletas, têm rotinas interessantes que chegam até
a verificar os anexos enviados e recebidos por de
e-mails, impossibilitando assim uma infecção
oriunda de caixas postais.
Figura 8 - Ilustração de como funciona o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

antivírus no computador

ESTRUTURAS DA SEGURANÇA DAS


INFORMAÇÕES

Um grande exemplo de segurança, backup,


estabilidade entre outros fatores que tínha-
mos de modelo, era o de um dos prédios
comerciais mais famosos do mundo: o
World Trade Center. Seu sistema traba-
lhava em sincronia, o que uma torre fazia,
automaticamente a outra era comunicada,
e seus dados trabalhavam em paralelo.
Mas, em onze de setembro de dois mil e
um, devido a um ataque terrorista, as duas
torres foram derrubadas e essa situação nem o mais crítico dos pessimistas pode-
ria imaginar. Isso acarretou na perda de todas as informações contidas em ambas
as torres. Era um sistema de segurança quase perfeito.
Segundo Turban (2004), existem algumas estratégias que previnem possí-
veis falhas que podem prejudicar o sistema todo, são elas:
■■ Prevenção e detenção.
■■ Detecção.
■■ Limitação.

Segurança dos Sistemas de Informação


128 UNIDADE IV

■■ Recuperação.

■■ Correção.

Podemos ainda definir três importantes itens, que segundo Laudon (1999), podem
contribuir para proteger os sistemas computacionais contra danos e uso indevido:
■■ Garantir a segurança dos dados.
■■ Proteger os Computadores e sua Infraestrutura.
■■ Desenvolver os planos de recuperação dos desastres que afetam os siste-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mas de informação.
As principais ameaças contra a segurança são a perda de confidencialidade,
perda de integridade e a perda de disponibilidade, pois se todos falharem juntos,
podem causar danos perigosos a todo o sistema, chegando até comprometê-lo.
Por esse e muitos outros motivos, podemos afirmar que, ao tratar de Segurança
da informação, não se deve economizar verba, pois o prejuízo pode ser grande.
Computadores e toda a rede precisam de manutenção também, tanto de
Hardware como de Software, pois todos estão interligados e na maioria das vezes
com acesso à Internet, que é um dos maiores causadores de problemas relacio-
nados à Segurança.

As pessoas pensam que ter foco significa dizer sim para aquilo que você está
focando, mas não é assim. Significa dizer não a outra centena de ideias boas
que existem.
(Steve Jobs)

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


129

Para maior precaução quanto à segurança de seus dados, segundo Laudon (1999),
é importante seguir os seguintes critérios, pois eles podem determinar se sua
rede irá falhar e principalmente se seus dados serão mantidos:
■■ Fazer backup de dados críticos.
■■ Fornecer servidores redundantes ou drives de discos.
■■ Controlar o acesso às workstations.
■■ Classificar os usuários da rede.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

■■ Fazer uma documentação.

Outra forma de se precaver é adotar um plano de recuperação de desastres. Esse


plano precisa definir e identificar as vulnerabilidades da empresa, saber quais
recursos serão necessários para reiniciar as atividades após algum problema.
Dentre esses recursos estão: hardware, software, backups e até pessoas, porém,
é importante que todos os funcionários estejam capacitados para lidar com tal
situação.








Segurança dos Sistemas de Informação


130 UNIDADE IV

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa unidade, pudemos observar a importância da Tecnologia da Informação


em nosso cotidiano, e as melhorias e os processos, que eram muito mais tra-
balhosos antes de acontecer essa globalização. Pudemos observar ainda que,
fazendo uso das ferramentas que a TI nos fornece, podemos diminuir conside-
ravelmente a margem de erros e melhorar os resultados, envolvendo tanto o lado
pessoal quanto o corporativo.
Essas ferramentas, abordadas no decorrer do texto, podem trazer melho-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rias e fornecer insumos para tomadas de decisões importantes, como qual rumo
seguir, baseadas em informações exatas fornecidas pelo Sistema de Informação
que foi alimentado com dados precisos fornecidos pelos usuários no dia a dia.
Vimos também a necessidade de estar precavido contra possíveis ataques,
pois as consequências não são boas, variando de uma simples perda de arqui-
vos até o fechamento de uma grande estrutura de armazenamento com dados
precisos, e para que isso não ocorra, temos várias ferramentas e processos que
nos auxiliam nesse combate.
Medidas de segurança, como um sistema de backup executado de pouco em
pouco tempo, um Firewall muito bem programado, com um Proxy na retaguarda,
aliados a um antivírus que oferece recursos suficientes à sua necessidade, são
precauções que reduzem consideravelmente o risco de ataques à sua estrutura.
Mas lembre-se: não existe nenhum sistema perfeito e um grande exemplo disso,
como já vimos nesta unidade, era a estrutura montada no Wolrd Trade Center.
Independentemente da solução a ser adotada para precaução, seja ela física ou
lógica, é importante o acompanhamento de um profissional ou de uma empresa
especializada, pois, por mais que tenhamos várias ferramentas para proteção,
uma pequena brecha deixada pode ser uma porta aberta para a entrada de um
vírus ou para uma invasão.

FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


131

1. Assinale alternativa que apresenta a importância da utilização do CRM nas or-


ganizações:
( ) Reposição dos pedidos de venda.
( ) Desenvolvimento eficiente dos produtos.
( ) Sortimento dos clientes.
( ) Tendências dos setores da instituição.
( ) Informações importantes sobre contatos que geram negócios.
2. As empresas que não se adaptarem às novas tendências em TI permanecerão no
mercado? Assinale alternativa correta:
( ) Sim, permanecerão.
( ) Não, uma situação impossível.
( ) Sim, depende do mercado financeiro.
( ) Talvez, se tiver dinheiro para investir.
( ) Nenhuma das alternativas.
3. Todos os sistemas mostrados nas unidades podem ser utilizados em qualquer
empresa? Assinale alternativa correta:
( ) Sim.
( ) Não.
( ) Talvez.
( ) Sim e não.
( ) Nenhuma das respostas.
4. A realização de cópias de segurança (backups) das informações empresariais é
um ponto importante dentro das empresas. Nesse sentido, faça um comentário
sobre esse assunto.
5. Descreva como podemos identificar se um arquivo é perigoso, em seguida co-
mente como ele poderá danificar o sistema.
132

BIOMETRIA
Nas eleições gerais de 2010, 1.136.140 eleitores cadastrados puderam votar em urnas
eletrônicas com leitor de identificação biométrica, que reconhece as impressões digitais
dos eleitores. Nas eleições de 2012, mais de 7,7 milhões de eleitores estão aptos a votar
utilizando essa nova tecnologia de identificação de dados.
No primeiro semestre de 2011, foram convocados para a revisão eleitoral os eleitores
de dois estados do Nordeste, duas capitais, dois municípios de São Paulo e seis cidades
pernambucanas. Outras dezenas de municípios, incluindo mais uma capital, iniciaram a
revisão biométrica do eleitorado no segundo semestre de 2011 e no primeiro semestre
de 2012. Ao todo, mais de 6,4 milhões de eleitores foram recadastrados nesse período.
Com o sistema, o Brasil poderá criar o maior banco de dados de imagens de impressão
digital existente no mundo.
O processo de identificação deve confirmar a identidade de cada eleitor, comparando
o dado fornecido com todo o banco de dados disponível. A possibilidade de um eleitor
autêntico ser negado pelo sistema biométrico é real, embora muito raro, fato comprova-
do nas eleições de 2010, que registraram baixíssimo índice de não reconhecimento das
digitais. Isso pode ocorrer porque as impressões digitais de uma pessoa podem sumir
temporariamente por causa do uso de produtos químicos ou descamações severas na
palma da mão.
Além do evidente benefício de ordem eleitoral, a identificação biométrica dos eleitores
brasileiros também servirá para outros fins. A Corte firmou acordo com o Ministério da
Justiça para colaborar com o fornecimento do Cadastro da Justiça Eleitoral, que compre-
ende mais de 140 milhões de eleitores. O sistema auxiliará na implantação do Registro
de Identificação Civil (RIC), o número único que identifica cada brasileiro para identida-
de, carteira de motorista, passaporte e outros documentos.
Fonte: adaptada de Tribunal Superior Eleitoral (on-line)3.
MATERIAL COMPLEMENTAR

Cloud Computing: nova Arquitetura da TI


Manoel Veras e Robert Tozer
Editora: Brasport
Sinopse: o livro busca tratar da arquitetura de ‘Cloud Computing’
e abordar aspectos e conceitos que pretendem contribuir para a
formação de profissionais na área de Tecnologia da Informação (TI). Procura apontar seus benefícios
e os riscos, orientar a tomada de decisão no uso dessa arquitetura e esclarecer questões técnicas
relacionadas à arquitetura tecnológica, à infraestrutura e à modalidade de serviços. Diversos exemplos
utilizados reforçam os conceitos. Por fim, são abordados o modelo da Microsoft, a Microsoft AZURE, e
o modelo da Amazon, o Amazon AWS, que são apresentados, classificados e mostrados com detalhes.

Firewall - Segurança em Risco


Jack Stanfield é um especialista em segurança de rede de
computadores. Sua mulher e filhos são sequestrados por
criminosos em sua própria casa, para que ele desvie milhões
de dólares do Bank Landrock Pacific para a conta de um
estelionatário.

Material Complementar
REFERÊNCIAS

ANSOFF, I. Estratégia Empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1977.


BATISTA, E. O. Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o ge-
renciamento. São Paulo: Saraiva, 2006.
CÔRTES, P. L. Administração de Sistemas de Informação. São Paulo: Saraiva, 2008.
COBIT. Modelo Corporativo para Governança e Gestão de TI da Organização.
2012 Disponível em: <https://onedrive.live.com/view.aspx?resid=9374F99FEE-
7335D1!24333&cid=
9374f99fee7335d1&app=WordPdf>. Acesso em: 12 abr. 2017.
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial: como as organizações
gerenciam seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
Dwyer, F. R.; Schurr, P. H.; Oh, S. Developing buyer-seller relationships. In: Journal of
Marketing, 51, p. 11-27, (1987).
GREENBERG, P. CRM: Customer Relationship Management na velocidade da luz –
Conquista e lealdade de clientes em tempo real na Internet. Rio de Janeiro: Campus,
2001.
GUMMESON, E. Marketing de relacionamento total: gerenciamento de marke-
ting, estratégia de relacionamento e abordagens de CRM para a economia de rede.
Tradução de Marina Barbieri Campomar e Jonathan Hogan. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2005.
LAUDON, K. C. et al. Sistemas de informação com Internet. 4. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 1999.
MATTOS, A. C. M. Sistemas de Informação: Uma Visão Executiva. São Paulo: Saraiva,
2005.
NETO, U. Dominando Linux Firewall Iptables. 1. ed. Rio de Janeiro: Ciência Moder-
na Ltda, 2004.
O’BRIEN, J. A. Sistema de Informação e as decisões gerenciais na era da internet.
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
QUADROS, M. CRM: teoria, prática e ferramentas. Florianópolis: Visual Books, 2010.
SANTOS, M.; RAMOS, I. Business Intelligence - Tecnologias da Informação na Ges-
tão de Conhecimento. Lisboa: FCA - Editora de Informática, 2006, p.81.
SCHNEIER, B. Secrets and lies: digital security in a networked world. New York: John
Wiley & Sons, 2000.
TURBAN, E. Tecnologia da Informação para Gestão. (Trad) SCHINKE R. 3. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2004.
VERAS, M. Cloud Computing. Nova Arquitetura de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2012.
135
REFERÊNCIAS

WANG, C. Techno Vision II. São Paulo: Editora Makron Books, 1988.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1
Em: <http://www-03.ibm.com/software/products/pt/category/business-intelli-
gence>. Acesso em: 11 abr. 2017.
2
Em: <http://litolima.com/2011/03/05/estudo-de-caso-toyota-usa/>. Acesso em: 11
abr. 2017.
Em:
3
<http://www.tse.jus.br/eleicoes/biometria-e-urna-eletronica/biometria-1>.
Acesso em: 12 abr. 2017.
GABARITO

1. E.
2. B.
3. A.
4. Se caso acontecer algum problema, seja físico ou lógico, é o backup que irá
salvar e recuperar os dados perdidos no acidente, mas é preciso seguir as reco-
mendações para que esse backup seja feito de forma correta.
5. Primeiramente, é preciso verificar se ele é um arquivo executável, com extensão
“.exe”: esses são os arquivos mais perigosos. Desconfie até de seus amigos ou de
empresas conhecidas, pois eles podem estar infectados, espalhando um vírus.
Professora. Me. Tatiane Garcia da Silva Santos

SISTEMAS DE

V
UNIDADE
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer sobre o sistema de informação.
■■ Conceituar o Sistema de Informação Contábil (SIC).
■■ Expor a importância das informações como instrumento de gestão
empresarial.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Sistemas de informações
■■ Sistema de Informação Contábil (SIC)
■■ A importância das informações contábeis como instrumento de
gestão empresarial
139

INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), nesta unidade serão abordados os assuntos que estão relacio-
nados ao Sistema de Informação Contábil. Dessa forma, veremos que o sistema
se transforma em uma ferramenta de ação administrativa, se tornando um ins-
trumento gerencial no processo de tomada de decisões nas organizações.
Neste sentido, no decorrer da unidade serão apresentados os aspectos que
envolvem o sistema contábil, bem como o conceito de sistema de informa-
ções e a sua interação com o ambiente externo. Assim, um sistema se torna um
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

complexo de elementos em interação, ou seja, um conjunto de elementos inter-


dependentes, ou um todo organizado. Por isso, o funcionamento de um sistema
passa pelo processo de entradas de dados, processamento dos dados, e por fim,
as saídas ou produtos do sistema.
Em continuidade, faremos abordagem sobre o Sistema de Informação
Contábil (SIC), que visa promover aos usuários da informação o auxílio direto
a questões das decisões gerenciais, apresentando a estrutura de um sistema de
informação contábil, e também as noções desse sistema e a sua extensão. A par-
tir de tais informações, será possível compreender a estruturação de um Plano
de Contas com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade.
Veremos ainda que a abordagem das informações contábeis como instrumento
no processo de tomada de decisões empresariais precisa de dois pressupostos bási-
cos para sua validação: a sua necessidade como informação, e seu planejamento
e controle. À vista disso, expor os aspectos em torno da relevância, compreen-
sibilidade e comparabilidade da informação contábil.
Por fim, trataremos das empresas, que, independente do seu porte, precisam
do contador e de um sistema de informação contábil para que tenham acesso
às informações vindas da contabilidade, e para elas sejam um instrumento de
apoio no planejamento empresarial.
Bons estudos!

Introdução
140 UNIDADE V

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
De acordo com os conceitos que foram apresentados nas unidades anteriores,
um sistema é “[...] um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo
organizado, ou parte, ou partes que interagem formando um todo unitário e
complexo” (PADOVEZE, 2010, p. 48). Nesse sentido, as organizações são consi-
deradas um sistema aberto em função da sua interação com o ambiente externo.
Assim, todos os recursos que são atraídos do ambiente externo são inseridos
(inputs/entradas) e processados em produtos e serviços (outputs/saídas) que
abastecem o ambiente externo.
Nesse contexto, um Sistema de Informação representa um conjunto de recur-
sos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros que agregam uma sequência
lógica para o processamentos dos dados, que traduzidos em informações, per-
mitem que as empresas possam alcançar os seus objetivos (PADOVEZE, 2010).
Desse modo, os sistemas de informações são separados em: Sistema de Informação
de Apoio às Operações e Sistemas de Informação de Apoio à Gestão.
■■ Sistemas de Apoio às Operações: auxiliam os departamentos e atividades
a executarem suas funções operacionais (compras, estocagem, produção,
vendas, faturamento, recebimentos, planejamento, controle de produção
entre outros).
■■ Sistemas de Apoio à Gestão: é responsável pelas informações que propor-
cionam a gestão econômico-financeira da organização.

Assim, podemos observar que o Sistema de Informação Contábil é um sistema


que apoia a gestão das empresas.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


141

Nessa conjuntura, os sistemas de informações gerenciais, que têm a fina-


lidade de consolidar todas as informações essenciais para a gestão do sistema
empresa, se unem a todos os subsistemas componentes dos sistemas operacio-
nais e de apoio à gestão, por meio dos recursos da tecnologia de informação.
Sendo assim, os sistemas contábeis devem estar interligados aos sistemas de
gestão empresarial, como, por exemplo: ERP - Enterprise Resource Planning.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Quando as informações contábeis de todas as áreas da organização estão


abrangidas por um único sistema de informação contábil, contudo, o lança-
mento de determinada operação tem a mesma classificação Contábil para
todas as áreas, mesmo que utilizadas de forma a atenderem necessidades
específicas, formam um sistema integrado, pois utilizam a mesma base, ou
seja, o mesmo banco de dados por onde navegam todas as informações.
Fonte: Padoveze (2010, p. 50).

SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL (SIC)

O Sistema de Informação Contábil (SIC) tem a capacidade de executar diversas


funções contábeis, como a geração de relatórios, e objetiva fornecer informa-
ções associadas aos outros sistemas funcionais utilizados pelas organizações.
Neste sentido, o SIC é considerado um dos principais sistemas de informações
gerenciais, contribuindo com as fases do processo decisório, tornando-se uma
ferramenta gerencial indispensável para as entidades (PADOVEZE, 2010).
Neste aspecto, todo sistema tem uma estrutura para ser seguida, bem como
características e procedimentos. Desse modo, a seguir será apresentada uma
estrutura para elaboração de um Sistema de Informação Contábil.

Sistema De Informação Contábil (SIC)


142 UNIDADE V

ESTRUTURA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL

Para a geração da informação contábil, é necessário destacar dois aspectos bási-


cos na visão de Padoveze (2010):
■■ Sua necessidade como informação.
■■ Seu planejamento e controle.

Assim, em relação a necessidade da informação, parte do pressuposto que toda


informação é desejada, necessária e útil. Logo, os contadores devem elaborar

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
esse produto (sistema) com qualidade para que ele seja uma ferramenta útil no
processo de gestão das organizações.
Para Padoveze (2010, p. 50),
a necessidade da informação é determinada pelos usuários finais des-
sa informação, por seus consumidores. Assim, a informação deve ser
construída para atender a esses consumidores e não para atender aos
contadores.

Dessa maneira, o contador que cuida da parte gerencial das organizações tem que
saber qual informação é necessária e útil para atender às exigências da empresas
no processo de tomada de decisão.
Para que um sistema de informação contábil seja útil, é fundamental o apoio
da alta administração da empresa. Neste sentido, essa necessidade do sistema tem
que ser vista pela diretoria, para que possa ser mantido o gerenciamento de infor-
mações que serão processadas pelo sistema de informação, no qual esse processo
é denominado “retaguarda”. Desse modo, a retaguarda é importante para para
um Sistema de Informação Contábil porque abrange e atende toda a entidade.
Caso a diretoria da empresa não tenha clara a necessidade e a utilidade da
informação contábil, cabe ao contador demonstrar essa visão para a gerência
da empresa.
Vimos a necessidade da informação contábil, e em continuidade, a existên-
cia do planejamento e controle da informação. Assim, todo sistema exige um
planejamento para a produção dos relatórios, e esse aspecto também serve para
o Sistema de Informação Contábil.
O Sistema de Informação Contábil tem a finalidade de emitir relatórios com

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


143

enfoques diferenciados para os diversos usuários da informação contábil. Para


Padoveze (2010), o Sistema de Informação Contábil deve elaborar informações
que atendam aos seguintes aspectos:
1. Níveis empresariais:
■■ Estratégico.
■■ Tático.
■■ Operacional.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2. Ciclo administrativo:
■■ Planejamento.
■■ Execução.
■■ Controle.

3. Nível de estruturação da informação:


■■ Estruturada.
■■ Semiestruturada.
■■ Não estruturada.

Neste contexto, o Sistema de Informação Contábil deve atender os aspec-


tos operacionais e táticos, e também envolver as informações estruturadas e
semiestruturadas.

Sistema De Informação Contábil (SIC)


144 UNIDADE V

NOÇÕES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL

Para o bom funcionamento de um sistema de informação contábil é necessá-


rio abranger três aspectos: operacionalidade, integração e custo da informação.
A Operacionalidade visa as informações que devem ser coletadas, arma-
zenadas e processadas de forma operacional. Assim, todos que estão envolvidos
com a operação da informação contábil devem saber e sentir que estão mexendo
com operações reais, ou seja, dados verdadeiros. Desse modo, significativos, prá-
ticos e objetivos (PADOVEZE, 2010).

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A utilização prática e objetiva compreende a operacionalidade do sistema.
Logo, são relatórios práticos e objetivos para os indivíduos que necessitam da
informação contábil. Para Padoveze (2010), existem algumas características bási-
cas para operacionalidade:
■■ Relatório concisos.
■■ Elaborados de acordo com as necessidades do usuário.
■■ Coletados de informações objetivas e de imediato entendimento pelo
usuário.
■■ Não permitam uma única dúvida sequer, ou possibilitem pergunta indi-
cando falta de alguma informação do objeto do relatório.
■■ Apresentação visual e manipulação adequada.

Em continuidade, dentro das noções de um sistema de informação contábil existe


a Integração e Navegabilidade dos Dados. Essa integração visa a junção de todas
as áreas essenciais para o bom gerenciamento da informação contábil. A partir
desse ponto, uma característica de um sistema integrado é a “navegabilidade”
dos dados. Conforme Padoveze (2010, p. 54), “a partir do momento em que um
dado é coletado (e ele só será coletado pelo sistema se for um dado operacional),
este deverá ser utilizado em todos os segmentos do sistema de informação contá-
bil”. Assim, na realização de um pagamento de uma despesa, tal como fatura de
energia elétrica, a sua classificação deve ser realizada em sintonia com o módulo
contabilidade financeira, contabilidade e custos. Essa classificação será a mesma
para os três setores em função da integração dos dados dentro do sistema.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


145

Neste caso, o dado navega por todas as partes do sistema de informação


contábil e a partir do lançamento contábil no módulo da contabilidade finan-
ceira, este dado navegará por todos as divisões para formalização do registro.
Portanto, a informação gerada pelo sistema será vista por todos que têm acesso
ao sistema de informação contábil.
Concluindo, o último aspecto envolve o Custo da Informação, ou seja,
custo versus benefícios do sistema de informação contábil para a organização.
Segundo Padoveze (2010, p. 55), “ O SIG deve apresentar uma situação de custo
abaixo dos benefícios que proporcionam à empresa”. Por isso, as organizações
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

que desenvolvem esse produto devem customizar com valores viáveis para que
todos tenham acesso ao sistema de informação contábil.

EXTENSÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Um Sistema de Informação Contábil deve conter elementos necessários para


o bom gerenciamento da informação contábil. Deve se valer de todas áreas da
contabilidade que são os componentes que interagem no sistema. Conforme
Stair e Reynolds (2015, p. 462), “um sistema de contabilidade desempenha algu-
mas atividades importantes fornecendo informações agregadas sobre contas a
pagar, contas a receber, folha de pagamento e outros aplicativos”. Neste sentido, o
sistema de informação deve processar as transações capturando dados da conta-
bilidade que também são utilizados pelos outros sistemas gerenciais da empresa.
De acordo com Padoveze (2010), um sistema contábil tem os seguintes
componentes:
■■ Contabilidade Financeira: visa a escrituração tradicional, os elementos tri-
butários, societários, e os registros em moeda nacional. Esse nível contém
a estrutura do plano de contas e os lançamentos que interagem no sistema.
■■ Contabilidade em outras moedas: esse módulo contempla os tratamentos
contábeis em torno da inflação e correção monetária, que subdivide-se
em: Contabilidade pelos procedimentos da Correção Monetária Integral;
Contabilidade em moeda estrangeira; e Contabilidade em denominador
monetário específico.

Sistema De Informação Contábil (SIC)


146 UNIDADE V

■■ Contabilidade Tributária: nesse módulo acontece apuração, gestão e pla-


nejamento tributário. Dessa forma, as informações geradas nessa fase são
importantes para o processo de tomada de decisão nas organizações, por-
que visa os aspectos em torno dos impostos, contribuições, taxas entre
outros, que estão ligados com a compra e venda de produtos e serviços.
■■ Custos: a contabilidade de custos se torna essencial para o gerenciamento
e tomada de decisão da empresa.
■■ Administração Financeira e Orçamentos: os aspectos financeiros e orça-
mentários são de suma importância para as organizações. Assim, esse

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
módulo vem incorporar o planejamento financeiro (controle do Fluxo
de Caixa), e o orçamento em torno das receitas e despesas.
■■ Consolidação de Balanços: por meio de uma contabilidade centralizada,
esse módulo visa a consolidação de balanços.
■■ Análise Financeira, Padrões Setoriais e Concorrências: as técnicas de aná-
lise de balanço são realizadas também pelo sistema de informação contábil.
Fornece informações em torno dos indicadores financeiros da entidade.
■■ Contabilidade Estratégica: representa o papel da Controladoria no apoio
estratégico para a empresa a partir do sistema contábil. Dessa maneira,
permite elaborar o Balanced Scorecard.
Além de todos os possíveis módulos que podem contemplar um sistema de infor-
mação contábil, também podem ser incorporados outros níveis, de acordo com
a necessidade da informação exigida pela organização.

PLANO DE CONTAS NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL

Na composição do Sistema de Informação Contábil existe um Plano de Contas


Contábeis para que seja suporte na emissão de alguns relatórios. Conforme
Ribeiro (2012, p. 43), “o Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e
normas que disciplina as tarefas do setor de contabilidade objetivando a unifor-
mização dos registros contábeis”. Assim, as contas tem função de oportunizar
que o sistema contábil registre e controle as operações que modifiquem a situa-
ção patrimonial da organização.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


147

O plano de contas deve ser elaborado no sistema contábil em conformidade


com o formato compatível com os princípios de contabilidade e normas legais
de acordo com a Lei 6.404/76, denominada ‘Lei da S/A’ (BRASIL, 1976, on-line).
A escrituração realizada pelo sistema deverá seguir a legislação comercial e as
Normas Brasileiras de Contabilidade.
No sistema de informação contábil é necessário a perfeita integração das
contas para promover a contabilização das informações, como a realização do
débito e crédito de uma determinada operação de compra de mercadorias. Neste
sentido, o sistema promove a movimentação automática das contas para a gera-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ção dos relatórios contábeis.


Um Balanço Patrimonial tem regras estabelecidas pela Lei 6.404/76 (BRASIL,
1976, on-line), Lei 11.638/07 (BRASIL, 2007, on-line), Lei 11.941/09 (BRASIL,
2009, on-line) e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - Contabilidade
para Pequenas e Médias Empresas ([2017], on-line)1. Portanto, os termos Bens,
Direitos e Obrigações desaparecem e recebe outras nomenclaturas, como segue:
Quadro 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante

Passivo Não Circulante


Ativo Não Circulante

Patrimônio Líquido
Fonte: os autores.

A seguir, segue uma estrutura básica do Plano de Contas que pode ser implan-
tado em um sistema contábil:

Sistema De Informação Contábil (SIC)


148 UNIDADE V

Quadro 2 - Estrutura básica do Plano de Contas

1 ATIVO

1.1 ATIVO CIRCULANTE


1.1.1 Caixa
1.1.1.01 Caixa Geral
1.1.2 Bancos C/Movimento
1.1.2.01 Banco Alfa
1.1.3 Contas a Receber

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1.1.3.01 Clientes
1.1.3.02 Outras Contas a Receber
1.1.3.09(-) Duplicatas Descontadas
1.1.4 Estoques
1.1.4.01 Mercadorias
1.1.4.02 Produtos Acabados
1.1.4.03 Insumos
1.1.4.04 Outros

1.2 NÃO CIRCULANTE


1.2.1 Contas a Receber
1.2.1.01 Clientes
1.2.1.02 Outras Contas
1.2.2 INVESTIMENTOS
1.2.2.01 Participações Societárias
1.2.3 IMOBILIZADO
1.2.3.01 Terrenos
1.2.3.02 Construções e Benfeitorias
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas
1.2.3.04 Veículos
1.2.3.05 Móveis
1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


149

1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada


1.2.4 INTANGÍVEL
1.2.4.01 Marcas
1.2.4.02 Softwares
1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada
2 PASSIVO

2.1 CIRCULANTE
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher


2.1.1.01 Simples a Recolher
2.1.1.02 INSS
2.1.1.03 FGTS
2.1.2 Contas a Pagar
2.1.2.01 Fornecedores
2.1.2.02 Outras Contas
2.1.3 Empréstimos Bancários
2.1.3.01 Banco A - Operação X

2.2 NÃO CIRCULANTE


2.2.1 Empréstimos Bancários
2.2.1.01 Banco A - Operação X

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO


2.3.1 Capital Social
2.3.2.01 Capital Social Subscrito
2.3.2.02 Capital Social a Realizar
2.3.2. Reservas
2.3.2.01 Reservas de Capital
2.3.2.02 Reservas de Lucros
2.3.3 Prejuízos Acumulados

Sistema De Informação Contábil (SIC)


150 UNIDADE V

2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores


2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual
Fonte: Portal de Contabilidade ([2017], on-line)2.

RELATÓRIOS CONTÁBEIS

Os relatórios emitidos por um sistema de informação contábil representam as


principais informações registradas pela contabilidade. Em conformidade com a

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Lei das S/A (BRASIL, Lei 6.404/76, 1976, on-line), no fim de cada exercício social
(12 meses), o contador deve emitir as demonstrações contábeis para verificar a
situação patrimonial das organizações. Assim, os principais relatórios emitidos
por sistema contábil são:
■■ Balanço Patrimonial (BP).
■■ Demonstração do Resultado do Exercício DRE.
■■ Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA.
■■ Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL.
■■ Demonstração do Valor Adicionado - DVA.
■■ Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC.

LIVROS CONTÁBEIS

Além dos relatórios que fazem parte do sistema contábil, existem também os
livros que devem constar em um sistema. Eles fornecem informações relevan-
tes durante e depois do processo de escrituração contábil. Neste sentido, temos
os seguintes livros:
■■ Livro Diário: registra todos os fatos que afetam o patrimônio das orga-
nizações. Demonstra informações como dia, mês e as contas que foram
utilizadas nos lançamentos contábeis.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


151

■■ Livro Razão/Razonete: registra todos os fatos, porém, tem o enfoque nas


contas que incorporam o patrimônio destacando as movimentação dos
débitos e créditos de cada elemento que pertence ao patrimônio.
■■ Livros Auxiliares: são aqueles que podem ser utilizados para melhor
compreensão da movimentação contábil, tais como: Livro Caixa; Livro
de Inventário; Livro de Entrada de Mercadorias; Livro de Saída de
Mercadorias; Livro de Registro de Prestação de Serviços.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 1 - Sistema de Gestão de Qualidade

Um sistema de informação contábil gerencial tem necessariamente que


abranger todas as áreas de contabilidade de que se vale o conceito de con-
tabilidade gerência.
(Clóvis Luís Padoveze)

Sistema De Informação Contábil (SIC)


152 UNIDADE V

A IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO EMPRESARIAL

Toda organização, independente do seu porte, precisa da Contabilidade para o


direcionamento das suas decisões. Assim, o contador passa a ser um profissional
muito importante nesse processo, pois tem a função de gerar informações com
qualidade para os seus usuários. Nesse contexto, essas informações são basea-
das nos demonstrativos e relatórios contábeis que apresentam a real situação
patrimonial das empresas.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A contabilidade por meio do seu sistema de informação contábil torna-se
uma fonte de informação útil para as entidades, atendendo todas as necessida-
des de seus clientes com informações qualitativas e relevantes para o processo de
tomada decisões. Desta forma, toda informação contábil é processada com base
nas Normas Brasileiras de Contabilidade e nos Princípios Contábeis (CONSELHO
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008).
No processo da geração da informação contábil existe um item muito impor-
tante, a relevância. Essa relevância significa a influência da informação contábil
na tomada de decisões, com o intuito de avaliar os eventos passados, presentes e
futuros sobre os aspectos relevantes para organização. Além da relevância, temos
a compreensibilidade, que tem a função de demonstrar, da forma mais com-
preensível possível, os dados fornecidos pela contabilidade aos seus usuários. E
por fim, a comparabilidade, que vem permitir visualizar o desenvolvimento da
empresa a partir das decisões que foram tomadas e seu desempenho econômico.
Ao passar dos anos, a Contabilidade se tornou um componente da ges-
tão empresarial em vista do fornecimento de informações para o processo de
tomada de decisões. As informações levantadas pela contabilidade são reconhe-
cidas no âmbito estratégico em função da eficiência dos dados, isso faz com que
as decisões tomadas sejam corretas e oportunas, para que as entidades possam
continuar a serem competitivas no meio empresarial.
As informações repassadas pela contabilidade aos seus usuários abrange os
preços dos produtos e serviços e também o controle dos insumos entre outros
fatores. Assim, o sistema de informação contábil torna-se um instrumento de
gestão muito útil no processo de tomada de decisões organizacionais.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS


153

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Bem, caro(a) aluno(a), espero que você tenha aproveitado os assuntos que foram
abordados nesta unidade. Nela, fizemos apenas um recorte do imensurável campo
que envolve os Sistemas de Informações Contábeis (SIC). Por isso, vamos relem-
brar os assuntos que foram abordados no decorrer da unidade.
Fizemos a explanação em torno do conceito de Sistemas de Informações,
visando compreender a interação do sistema com o ambiente externo. Neste
contexto, vimos que o sistema de informação abrange um conjunto de recursos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

humanos, materiais, tecnológicos e financeiros no processo de dados e também


na tradução desses dados em informações relevantes para o processo de tomada
de decisões pelos usuários da contabilidade.
Consequentemente, tratamos sobre o Sistema de Informação Contábil (SIC),
que promove aos seus usuários informações pertinentes em torno da operacio-
nalidade, integração e custo da informação. Mostramos também a estrutura de
uma sistema de informação contábil, e as noções de um sistema de contabili-
dade e sua extensão. Além disso, apontamos a importância da estruturação de
um Plano de Contas com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade dentro
do sistema de informação contábil, bem como os seus relatórios e livros.
Na sequência da unidade também houve a abordagem das informações con-
tábeis como instrumento de gestão empresarial. Nesse sentido, vimos os aspectos
que envolvem a importância dos dados gerados pela contabilidade, como: rele-
vância, compreensibilidade e a comparabilidade. Sendo assim, as empresas
contratam escritórios de contabilidade ou criam um setor de contabilidade, para
que os dados gerados tenham a função de ajudar na relação do custo benefícios
para as informações gerenciais.
Desejo muito sucesso profissional para você.
Felicidades!

Considerações Finais
154

1. A informação contábil precisa atender a dois aspectos para validação da das


informações. Com base nesta afirmação, assinale a alternativa que identifica
esses aspectos:
( ) Planejamento das metas da empresa.
( ) Administração financeira e orçamento.
( ) Integração e navegabilidade dos dados.
( ) Sua necessidade como informação, e seu planejamento e controle.
( ) Abrangência do sistema de informação.
2. As informações devem ser coletadas, armazenadas e processadas de forma ope-
racional. Assim, existem algumas características básicas para operacionalidade:
I. – relatórios não concisos.
II. – elaborados de acordo com as necessidades do usuário.
III. – apresentação visual e manipulação adequada.
IV. – coletados de informações objetivas e de falta compreensão pelo usuário.
Com base nas assertivas apresentadas anteriormente, assinale a alternativa que
identifica as características da operacionalidade:
( ) Apenas I e II estão corretas.
( ) Apenas II e III estão corretas.
( ) Apenas I está correta.
( ) Apenas II, III e IV estão corretas.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
3. O sistema de informação exige planejamento e controle para produção dos rela-
tórios que visam atender plenamente aos usuários da informação contábil. Sen-
do assim, assinale a alternativa que apresente os aspectos necessários para
o geração dos dados:
( ) Níveis empresariais, ciclo administrativo e nível de estruturação da infor-
mação.
( ) Níveis da informação, ciclo contábil e estrutura do sistema.
( ) Níveis organizacionais, ciclo administrativo e cultura empresarial.
( ) Ciclo contábil, níveis de informação e níveis organizacionais.
( ) Níveis empresariais, nível administrativo e ciclo contábil.
155

4. O plano de contas contábeis tem a função de ajudar no processamento das in-


formações contábeis. Assinale a alternativa correta sobre ele:
( ) Auxilia na geração dos relatórios contábeis.
( ) São planilhas de excel com informação contábil.
( ) Segmentação da informação das áreas administrativas.
( ) Livro contábil sobre o patrimônio.
( ) Dados contábeis sem padrão e estrutura.
5. O plano de contas contábeis ajuda no processo de estruturação do Balanço Pa-
trimonial. Assinale a alternativa que apresenta alguns grupos que fazem
parte do Balanço Patrimonial:
( ) Despesas.
( ) Custos operacionais.
( ) Receitas operacionais.
( ) Ativo Circulante e Não Circulante.
( ) Despesas Não operacionais.
156

O NOVO PAPEL DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES


Os SI - Sistemas de Informação - não podem ser ignorados pelos gestores, pois, estes
desempenham um papel fundamental nas empresas. Desse modo, pode-se observar
que há uma crescente interdependência entre estratégia, regras e processos de um lado
e programas, equipamentos, banco de dados e telecomunicações de outro. Assim, qual-
quer mudança em um desses componentes muitas vezes exige mudanças no todo da
entidade.
Dessa forma, essa relação torna-se crítica quando a Administração realiza um planeja-
mento que a organização faz para os próximos cinco anos, muitas vezes, depende do
que os sistemas estarão habilitados e programados a fazer, preparando-se para even-
tuais mudanças. Neste contexto, alguns exemplos de planos que a empresa tem como
meta para esse período são: aumentar a participação no mercado, tornar-se o fabricante
de alta qualidade e baixo custo, desenvolver novos produtos e aumentar a produtivida-
de dos funcionários. Porém, tudo isso depende dos tipos e das qualidades dos sistemas
de informação existentes na organização.
Contudo, nas informações apresentadas, pode-se perceber a importância que os Siste-
mas de Informação desempenham dentro da empresa devido aos benefícios oferecidos
por eles. Logo, tais acrescimentos são cada vez mais utilizados pelas organizações em
virtude das mudanças na economia, o mercado torna-se cada vez mais globalizado e as
empresas necessariamente estão acompanhando e adaptando-se a essas transforma-
ções. Por isso, as mudanças, como estratégias de mercado, são as mais utilizadas pelos
gestores a fim de mostrar ao consumidor o seu diferencial em relação à concorrência.
Portanto, os melhoramentos trazidos pelos Sistemas de Informação não são emprega-
dos apenas por organizações a fim de obter maior presença de mercado, mas também
pelas diversas áreas que não são 100% voltadas para o mercado competitivo, como por
exemplo, os hospitais. Nesse sentido, integram-se totalmente os Sistemas de Informa-
ção com o objetivo de estabelecer estratégias competitivas de mercado e assim obter
uma maior vantagem competitiva.
Fonte: adaptada de Silva (2013, on-line)3.
MATERIAL COMPLEMENTAR

Sistema de Informações Contábeis.


Clóvis Luís Padoveze
Editora: Atlas
Sinopse: a tecnologia da informação tem possibilitado enorme avanço na estruturação dos Sistemas
de Informações Contábeis à disposição das empresas. Para que os profissionais e acadêmicos da
área consigam o desempenho máximo dos sistemas de contabilidade, é necessário profundo
conhecimento tanto da ciência contábil quanto das possibilidades abertas pela tecnologia de
informação. O objetivo deste livro é apresentar os fundamentos para a estruturação do Sistema de
Informação Contábil e seus subsistemas, com ênfase em sua integração na empresa dentro de um
Sistema Integrado de Gestão Empresarial.

Material Complementar
REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por


Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.
htm>. Acesso em: 13 abr. 2017.
______. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos
da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de
1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração
e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 13 abr. 2017.
______. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária fede-
ral relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos
casos em que especifica; institui regime tributário de transição, alterando o Decreto
no 70.235, de 6 de março de 1972, as Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de
24 de julho de 1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 9.249, de 26 de dezembro de
1995, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 9.469, de 10 de julho de 1997, 9.532, de
10 de dezembro de 1997, 10.426, de 24 de abril de 2002, 10.480, de 2 de julho de
2002, 10.522, de 19 de julho de 2002, 10.887, de 18 de junho de 2004, e 6.404, de 15
de dezembro de 1976, o Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e as Leis
nos 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 11.116, de 18 de maio de
2005, 11.732, de 30 de junho de 2008, 10.260, de 12 de julho de 2001, 9.873, de 23
de novembro de 1999, 11.171, de 2 de setembro de 2005, 11.345, de 14 de setem-
bro de 2006; prorroga a vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995; revoga
dispositivos das Leis nos 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e 8.620, de 5 de janeiro
de 1993, do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, das Leis nos 10.190, de 14
de fevereiro de 2001, 9.718, de 27 de novembro de 1998, e 6.938, de 31 de agosto de
1981, 9.964, de 10 de abril de 2000, e, a partir da instalação do Conselho Administra-
tivo de Recursos Fiscais, os Decretos nos 83.304, de 28 de março de 1979, e 89.892, de
2 de julho de 1984, e o art. 112 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá ou-
tras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 13 abr. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios Fundamentais e Normas
Brasileiras de Contabilidade. 3. ed. Brasília: CFC, 2008. Disponível em: <http://
portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/Livro_Principios-e-NBCs.
pdf>. Acesso em: 03 mai. 2017.
PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação
contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. São Paulo:
Cengage Learning, 2015.
159
REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS ON-LINE

1
Em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pro-
nunciamento?Id=79>. Acesso em: 13 abr. 2017.
2
Em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm>. Aces-
so em: 03 mai. 2017.
3
Em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/o-no-
vo-papel-dos-sistemas-de-informacao-nas-organizacoes/35259>. Acesso em: 13
abr. 2017.
GABARITO

1. D.
2. B.
3. A.
4. A.
5. D.
161
CONCLUSÃO

Neste livro vimos que, antes de ter qualquer Sistema de Informação ou Sistema de
Informação Contábil, primeiramente, precisamos ter informações, pois baseados
nessas informações é que os sistemas poderão trabalhar, gerar relatórios, cálculos,
entre muitas outras funcionalidades para o processo de tomada de decisões nas
organizações.
No decorrer do livro, apresentamos a Estratégia como uma grande aliada da TI, e a
TI por sua vez, uma grande aliada da Estratégia, pois, unidas e alimentadas de forma
correta, são uma excelente ferramenta de apoio à gestão tanto para o controle pes-
soal quanto para uma grande empresa.
Pudemos observar que a segurança, que muitas vezes é menosprezada, pode salvar
literalmente os dados de qualquer organização, por isso é preciso investir e man-
tê-la funcionando em perfeito estado para que não haja maiores problemas para
todos, pois o armazenamento de arquivos de forma correta é importante para a
evolução de uma empresa. Esses mesmos arquivos se transformarão em informa-
ções que serão utilizadas para tomadas de decisões a respeito de qual rumo seguir,
por meio de várias ferramentas apresentadas na quarta unidade.
Observamos que a Internet, ao mesmo tempo que facilita nossa comunicação com
seus inúmeros benefícios, pode prejudicar toda a estrutura da empresa, se utilizada
de forma indevida, irracional e prejudicial. Por isso, temos políticas e ferramentas
que orientam a forma de utilizá-la, de forma a trazer benefícios para todos.
Dessa forma, mesmo não sendo possível dominar todo o conteúdo que rodeia a
TI, pois existem muitos conceitos e práticas para serem estudados e aplicados, é
preciso ter uma boa noção de como tudo funciona dentro desse imenso universo
da Tecnologia da Informação, uma vez que é por meio dessa noção que você conse-
guirá contratar um especialista na área para resolver o seu problema, independente
do seu cargo dentro de uma empresa.

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