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FUCAP

CURSO DE DIREITO
CIVIL II – DIREITO CIVIL II – 2019/2
PROFESSORA: RACHEL BRESSAN GARCIA MATEUS

Bibliografia de Referência – 1) DIDIER Jr., Fredie. Curso de direito


processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e
processo de conhecimento. 19. ed. Vol, 1, Salvador: Ed. Jus
Podivam, 2017. 2) THEODORO Jr., Humberto. Curso de direito
processual civil. 58. ed. vol. 1. Rio de Janeiro: Forense, 2017.

UNIDADE 1 - FORMAÇÃO DO PROCESSO.

1.1 Noções gerais. Processo de conhecimento, procedimento


comum, procedimentos especiais, de jurisdição contenciosa e
voluntária.

Antes de adentrarmos no universo do processo,


necessário retomar às breves notas sobre a própria classificação
das espécies de processo e suas principais características.

A função jurisdicional é monopólio do Estado (mas não é a


única forma de solução de litígios), de modo que sua atuação não
pode se dar de forma desordenada ou discricionária, razão pela
qual a norma processual estabelece métodos ou sistemas de
atuação, denominados de “processo”.

Entre o pedido e o provimento jurisdicional existem


diversas etapas, denominadas de “procedimentos judiciais”, ou seja,
a forma de agir em juízo e o seu conteúdo é o próprio processo.

Com a formação do processo também se forma uma


relação jurídica de direito público, que gera direitos e obrigações a
todas as figuras atuantes dentro do processo, denominadas sujeitos
da relação processual.

Assim, processo pode ser conceituado como “uma série de


atos coordenados regulados pelo direito processual, através dos
quais se leva a cabo o exercício da jurisdição” (BUZAID apud
THEODORO JÚNIOR, 2017, p. 130).

Dessa forma, processo é o método, enquanto o


procedimento é a forma material com que o processo se realiza em
cada caso concreto (MARQUES apud THEODORO JÚNIOR, 2017,
p. 132-133), ou seja, o seu RITO.

O processo pode ser classificado em 3 espécies:

1 – Processo de Conhecimento – quando as partes


submetem ao juízo o litígio para que possa conhecer da lide e dar
um provimento final denominado sentença – que pode ser
condenatória, declaratória, constitutiva ou mandamental.

2 – Processo de Execução – quando a parte já recebeu do


juízo o provimento jurisdicional sobre determinados fatos e agora
pretende satisfazer seu direito reconhecido, receber seu crédito,
postulando a execução do julgado para atuação jurisdicional, já que
a coerção é monopólio do Estado.

3 – Medida cautelar (tutela provisória) – quando o


processo é utilizado, antes da solução definitiva sobre o direito
material ou os fatos controvertidos, mas em caráter emergencial e
provisório, para resguardar a utilidade e eficiência da futura tutela
de mérito.

Dentro do processo de conhecimento, encontramos o


procedimento comum e os procedimentos especiais.

Procedimentos especiais são os que possuem ritos


próprios em face de determinadas causas, podem estar previstos
no Código de Processo Civil ou em leis extravagantes.

No Código de Processo Civil, na parte especial,


encontramos diversos procedimentos especiais, sejam de jurisdição
contenciosa (com litígio) ou de jurisdição voluntária (consensuais ou
meramente administrativos).
Importante procedimento especial previsto em lei
extravagante é o do Juizado Especial Cível e da Fazenda Pública,
previstos pela Lei nº 9.099/95 e Lei 12.153/2009, também
denominados de procedimentos sumaríssimos.

O procedimento comum se aplica a todas as causas para


as quais a lei não estabeleceu rito próprio ou específico. É o que se
extrai do art. 318 do NCPC:

Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento


comum, salvo disposição em contrário deste Código
ou de lei.

Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se


subsidiariamente aos demais procedimentos
especiais e ao processo de execução.

O ato que dá início ao processo é a propositura da


demanda por meio de uma petição inicial. A partir de então o
processo se desenvolve com a prática sucessiva de diversos atos
processuais e o surgimento de relações jurídicas processuais.
No artigo 312 do Código de Processo Civil assim
preceitua:
Art. 312 do CPC. Considera-se proposta a ação
quando a petição inicial for protocolada, todavia, a
propositura da ação só produz quanto ao réu os
efeitos mencionados no art. 240 depois que for
validamente citado.

O art. 240, por sua vez estabelece:


Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por
juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa
a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10
de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo
despacho que ordena a citação, ainda que proferido
por juízo incompetente, retroagirá à data de
propositura da ação.
§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez)
dias, as providências necessárias para viabilizar a
citação, sob pena de não se aplicar o disposto no §
1o.
§ 3o A parte não será prejudicada pela demora
imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-
se à decadência e aos demais prazos extintivos
previstos em lei.

Da análise conjunta de ambos dispositivos se tem que,


embora a propositura da ação, de fato, já se dê com o protocolo da
petição inicial, somente após a citação válida é que os efeitos desta
propositura se efetivarão, como, por exemplo, interromper a
prescrição.
Assim, acaso a demanda venha a ser proposta, mas veja a
se extinguir antes mesmo da citação válida, não se tem por
interrompida a prescrição.

1.2 Procedimento sumário

No revogado Código de Processo Civil de 1973 o


procedimento comum possuía dois ritos, o ordinário e o sumário.
O rito sumário tinha disposição específica para
determinadas matérias, previstas expressamente no art. 275 do
CPC/1973, de modo que o rito ordinário se aplicava sempre que
não fosse caso de rito sumário e não houvesse outro rito previsto
em lei.
Assim estabelecia o art. 275 do CPC/1973:

Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário:


I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta)
vezes o valor do salário mínimo;
II - nas causas, qualquer que seja o valor;
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias
devidas ao condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou
rústico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente
de veículo de via terrestre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos
causados em acidente de veículo, ressalvados os
casos de processo de execução;
f) de cobrança de honorários dos profissionais
liberais, ressalvado o disposto em legislação especial;
g) que versem sobre revogação de doação;
h) nos demais casos previstos em lei.
Parágrafo único. Este procedimento não será
observado nas ações relativas ao estado e à
capacidade das pessoas.

O NCPC não regulamentou o procedimento sumário,


entendendo-se assim por sua extinção no novo Código de Processo
Civil.
Logo, a todas as matérias antes com previsão no CPC
para aplicação do rito sumário e que não exista lei especial
estabelecendo procedimento próprio, deve ser observado o rito
comum do NCPC.
Embora não tenha previsto o rito sumário, o novo Código
de Processo Civil estabeleceu diretrizes para conclusão daqueles
processos em curso que já tramitavam pelo rito sumário. Assim
preceituam os §§ 1º e 2º o art. 1046 do CPC:
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas
disposições se aplicarão desde logo aos processos
pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de
janeiro de 1973.
§ 1o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro
de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos
procedimentos especiais que forem revogadas
aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas
até o início da vigência deste Código.
§ 2o Permanecem em vigor as disposições especiais
dos procedimentos regulados em outras leis, aos
quais se aplicará supletivamente este Código
Mas, mesmo para os casos regulados por leis
extravagantes, mas que não tenham previsto expressamente um
rito específico, o NCPC determina a aplicação do procedimento
comum (art. 1.049). Ainda, nos casos em que exista previsão de
procedimento em lei especial, deve ser observado o procedimento
comum, com as modificações previstas na própria lei especial (art.
1.049, parágrafo único).
Colhe-se as principais características do revogado rito
sumário para o ordinário, ambos do CPC de 1973:

1. No rito sumário, a petição inicial já necessitava vir com o


rol de testemunhas e se a parte tivesse interesse na prova pericial,
já tinha que formular quesitos e indicar assistente técnico.

2. A audiência de conciliação deveria ser realizada em 30


dias, mas a citação tinha que ter antecedência de 10 dias para
permitir a defesa em audiência.

3. Ausência do réu à audiência importava em revelia e


conclusão para sentença.

4. Os incidentes deveriam ser resolvidos em audiência pelo


juízo. Não havendo acordo, o rito previa a possibilidade de
oferecimento de contestação oral ou escrita, em audiência,
acompanhada de rol de testemunhas, quesitos e indicação de
assistente técnico, se fosse o caso.

5. Havia previsão de pedido contraposto dentro da


contestação. Havendo necessidade de produzir prova oral, deveria
ser designada audiência de instrução e julgamento, com debates
orais e sentença, em audiência ou até 10 dias.

6. No procedimento sumário não eram admissíveis a ação


declaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo a
assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção
fundada em contrato de seguro.
1.3 Apresentação sistematizada do Procedimento Comum e do
Juizado Especial (cível e fazendário) pela apresentação de
fluxogramas – material impresso e entregue em sala de aula.

1.4 Apresentação dos institutos de direito processual civil presentes


em cada etapa do procedimento e correlação com os princípios
constitucionais relativos ao processo:
a) Princípio do devido processo legal – “Processo Justo”
Princípio maior dentro os princípios informadores do processo,
compreende não somente a obrigatoriedade de observância das
normas processuais estabelecidas como também garantia do juiz
natural, competente, independente e imparcial, do acesso à justiça,
da ampla defesa e contraditório, além da fundamentação de todas
as decisões judiciais, duração razoável do processo;
b) Verdade real – evolução do conceito privado do
processo para um caráter publicista, de modo que a função
jurisdicional, além de solucionar o litígio entre as partes, passa a ter
escopo de promover a pacificação social. Logo, os sujeitos do
processo devem dar primazia a busca da verdade real, e não
somente a processual.
c) Princípio da recorribilidade e do duplo grau de
jurisdição – direito da parte de ter sua causa submetida a dois
juízos distintos, mediante recurso, acaso não se conforme com a
decisão.
d) Princípio da oralidade – Discussão oral da causa em
audiência, saneamento em conjunto com as partes em audiência,
concentração dos atos, identidade física do juiz com a causa, para
conduzir até o julgamento, audiência preliminar, todos instrumentos
de efetivação do princípio da oralidade.
e) Princípio da economia processual – indeferimento
liminar da inicial, denegação das provas inúteis, exclusão de
incidentes, acumulação de pretensão em uma só causa, são
algumas manifestações nesse princípio.
f) Duração razoável do processo – Necessidade de
resposta rápida para que o processo seja justo.
g) Princípio da eventualidade ou da preclusão –
entendimento de que cada fase do procedimento é preparatória
para a posterior, de modo que, ultrapassada a fase, não se pode a
ela retornar. Logo, cada faculdade processual deve ser exercitada
dentro da fase adequada, sob pena de preclusão.
1.5. Principais alterações nas normas processuais a partir da Lei
13.105 de 16 de março de 2016 (Novo Código de Processo Civil)

Seguem abaixo as principais modificações introduzidas


na legislação processual civil a partir da vigência do Novo Código
de Processo Civil:

1. Condições da ação – No CPC de 1973 eram três,


agora são somente duas, legitimidade e o interesse de
agir, de modo que a possibilidade jurídica do pedido
não faz mais parte desse rol, o que se justifica pela
confusão com a análise do mérito.

2. Petição inicial – 2.1 - Inclusão de determinadas


informações na qualificação, tais como correio
eletrônico, número do CPC ou CNPJ, estado civil ou
existência de união estável. 2.2 - Declaração expressa
da inclusão de juros e correção como pedidos
implícitos (art. 322, §1º). 2.3 – Obrigatoriedade de
indicação do valor requerido nas ações de
indenização, impossibilidade de pedido genérico (art.
292, V, do CPC). 2.4 Decisão de indeferimento da
inicial é sentença, recorrível por apelação com
possibilidade de retratação em 5 dias, não mais 48
horas.

3. Competência: 3.1 - Competência para processamento


de ação de separação, divórcio e anulação de
casamento será o domicílio do guardião do filho
incapaz. Subsidiariamente, o domicílio último do casal,
caso não haja filho incapaz, ou do réu se ambos não
mais residirem no local do último domicílio do casal.
3.2 – Previsão de domicílio do idoso para garantia dos
direitos previstos na Lei nº10.741 de 2003 e domicílio
do autor ou do local do fato ou o domicilio do réu para
acidentes de veículo, inclusive aeronaves. 3.3
Possibilidade de, em caso de abusividade, reconhecer
a ineficácia do foro de eleição, pelo juízo. 3.4 -
Eliminação do incidente de exceção de incompetência,
que deverá ser arguida na contestação, como
preliminar.

4. Audiência de Conciliação e Mediação: Em todas as


ações que versem sobre direitos disponíveis, o réu
deverá ser citado para audiência de conciliação e
mediação, que só não será realizada se ambas as
partes expressamente manifestarem seu desinteresse,
nos termos do artigo 334 §5º.

5. Contestação – eliminação de todos os incidentes e


concentração de todas as matérias de defesa na
própria contestação, simplificando a defesa do Réu.

6. Contagem de prazos para as Partes – Instituição de


contagem em dias úteis apenas. Estabelecimento de
prazo geral de 15 dias, salvo prazos específicos
previstos.

7. Ordem de julgamento dos Processos – os processos


devem ser julgados de acordo com a ordem de
antiguidade, independentemente da complexidade da
causa.

8. Redução de Recursos – extinção dos Embargos


Infringentes, cabível contra decisão não unânime dos
Tribunais, e o Agravo Retido, cabível contra decisões
não finais no curso do processo, as quais passam a
ser combatidas em sede de Agravo de Instrumento.

9. Desconsideração da Personalidade Jurídica da


Sociedade - O novo Código estabelece requisitos e
regras procedimentais para a desconsideração da
personalidade jurídica das sociedades, medida que
autoriza a responsabilização direta dos sócios por
dívidas da Sociedade em caso de fraudes ou
desrespeito à lei.
10. Provas: 11.1 - Possibilidade de dilação de prazos
processuais, de modificar a ordem de inversão de
provas. É possível ainda que o juiz altere o ônus da
prova. 11.2 – Positivação da prova emprestada, nos
termos do art. 372 do NCPC. 11.3 – Inclusão da prova
técnica simplificada, para questões de menor
complexidade, na qual a prova pericial poderá ser
substituída pela inquirição de profissional expert na
área, nos termos do art. 464 do NCPC. 11.4 - Se for
produzida prova pericial, poderá ser consensual em
casos passíveis de resolução por auto composição e
com partes capazes.

11. Motivação das decisões. O art. 489, §1º


estabeleceu ao julgador o enfrentamento de todos os
argumentos trazidos pela parte para proferir a decisão,
não se considerando fundamentada a decisão que se
limitar à mera indicação de dispositivos legais ou que
aplicar conceitos jurídicos indeterminados sem indicar
sua aplicabilidade ao caso concreto.

12. Tutela provisória: O Novo CPC criou nova


sistemática para a tutela provisória, que passa a ser
classificada quanto ao objeto (tutela antecipada, que
protege o direito material, e tutela cautelar, que protege
o processo) e quanto aos pressupostos (de urgência,
que é dada com base no fumus boni iuris e periculum
in mora, e de evidência, com base apenas no fumus
boni iuris qualificada por alguma situação prevista pelo
legislador).

13. Procedimento comum: No novo CPC há apenas


um procedimento único comum, acabando com o
sumário. As causar de menor complexidade devem
tramitar no rito sumaríssimo dos Juizados Especiais
Cíveis ou se submeter ao rito comum, conforme o
caso.

14. Cisão do julgamento: Previsão expressa de


julgamento parcial de mérito, para extinção parcial do
processo, decisão recorrível por agravo de instrumento
15. Direito de família: Nas ações de família a citação
do réu deve seguir desacompanhada de cópia da
inicial, possibilitando-se, contudo, sua consulta a
qualquer tempo, conforme art. 695 do Novo CPC. No
caso de execução de alimentos, o executado deve ser
citado pessoalmente para pagamento no prazo de três
dias, conforme art. 528 do NCPC. O débito que
autoriza a prisão do devedor de alimentos é referente
apenas às três prestações anteriores ao ajuizamento e
as vencidas no curso do processo.

16. Usucapião extrajudicial: Alterando a Lei de


Registros Públicos (Lei nº 6.015 de 1973), o Novo CPC
prevê a possibilidade de requerimento de usucapião
diretamente no cartório do registro do imóvel. O pedido
deverá ser feito por advogado e mediante a
apresentação de documentos que comprovem o justo
título, a natureza e tempo de posse do imóvel. O
cartório deverá intimar a fazenda pública além de
publicar edital, possibilitando a manifestação de
quaisquer interessados. A rejeição do pedido
extrajudicial não impede o ajuizamento da ação de
usucapião, pela inafastabilidade da jurisdição.

17. Normas tocantes à advocacia: 18.1 - O art. 220


do novo Código traz a previsão de férias para
advocacia. No período de 20 de dezembro a 20 de
janeiro não pode haver publicação de prazos
processuais nem designação de audiência ou sessão
de julgamento. 18.2 - Inovação também no tocante aos
honorários de sucumbência, que passam a ser de 10%
a 20% sobre o valor da condenação ou sobre o
proveito econômico ou valor da causa, conforme art.
85 do NCPC. 18.3 - Fica dispensada a intimação pelo
juízo de testemunha, cabendo ao advogado intimar a
testemunha por ele arrolada da realização da
audiência, nos termos do art. 455 do novo Código. 18.4
– Fixação de honorários advocatícios na fase recursal.

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