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(!) César das Neves, Cancioneiro de Músicas Populares, III, Porto, 1898.
(») A. Tomás Pires, Os Pregões de Eivas (in «Portugália», II).
( 3) Rebelo Bonito, Cantigas e Pregões, Cancioneiro inédito.
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m -g u i---- nho da c a ------ pa ro -----1 '?
(11)
E a farrapeira:
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*
* *
Eis o pregão:
(13)
Quem mer-----ca o -----vos mo---------- l e s d 'A — v e l — ro ?
Simples coincidência ? É possível, mas não deixa de
impressionar a aproximação.
Ao Comunio do II Modo, que se lê na pág. 133 do mesmo
Liber Usualis, encontramos a passagem:
iP H
Tu au— tem
£ f- í 1í f f
Do— mi— ne mi— se re re no bis
y
De-- o gra— ti--- as
Quem mer:
--- ca er-vi--- lhas?
B, porém, a Salmodia do V III Modo gregoriano a estru
tura melódica que, a nosso parecer, tem exercido mais profunda
influência sobre a música dos pregões populares.
Vamos apresentar o texto integral gregoriano sobre a
frase didáctica: Octavus tonus sic ineipitur, sic flectitur atque
sic finitur.
Vai designada por A a Intoação, por B o Reeitativo,
por 0 a Cadência mediante e por D a Cadência final
is
2o
Oc-- ta-viií
í í-f- í í í
to-- nus sic in-- ci--- pi-— tur sic
I.. .... ° ' ■■-"!( -....... — D .................... .... I
ç ç Ç £ Ç £ ç f
flec— ti--- tur at---que sic fi--- ni----- tur
(i t :
ÈÉÉ1
Quem quer peras?Ai,que ri-cas pe-rasJQuem quer pe ras?
Encontram-se no pregão do Porto para Jornais, como
elementos inspiradores, a Intoação imediatamente seguida da
Cadência mediante (letras A e C):
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(20)
(22)
(24)
( 2a) Adriano Merêa, A Música dos Vendilhões (in «Serões», 2.a série, II,
1906).
( 24) A. Tomás Pires, loc. cit.
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3 E
i— zei-te • ce_
do— e pe— troll— nel
Rebelo Bonito
COLECTÂNEA
DE
PREGÕES DO PORTO
I —P r e g o e s i n s t r u m e n t a i s
II — P r e g o e s v o c a i s
I — P R E G Õ E S IN S T R U M E N T A IS
(Flauta pânica)
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PREGÕES DO PORTO 141
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14
Apressado
15
Apressado ,___ 3
16
17
I I — P B E G Õ E S V O C A IS
18 Azeitonas
r
J Mer-ca1a— z e l -t o na?
19 Bananas
r~ : 0 m * é
Quer bana—nas? Quer ba-na— nas? Ai,quem quer, quem
IE íe É TZZ
J quer toa— na----nas?
20 Cenouras e vagens2
1
Ce—nouras e va-----gensl
21 Enguias
s&
Quem mer-ca e n - g u i ---- a s ?
144 BOLETIM CULTURAL DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO
22 Ervilhas
23 Farrapo
--- — A ^
Far-- ra---p e i ---------- ral
24 Frangos
25 Jornais
Há o J a - n e i r o e o C o m é r c i o J H á o Comércio e o J a n e i r o l
26 Maias e loureiro
27 Mel
29 Mel
30 Mexilhões
31 Peras
33 Ramos de oliveira
J E quem m er— c a a o l i — v e i — r a ?
34 Sabão
(28)
Sa— bao a v i n — têm j Quem m er------c a sa bão?
35 Sardinhas
O ra a — g o -----r a v i ------ v a i
36 Uvas
£
É
74 Quem q u e r u ----- v a s ?
m
Quem q u e r u ----- v a s ?
37 Uvas
38 Vagens e cenouras
39 Vasos de flores
40 Vasos de flores
A i , q u em œ e r - c a f ^ o — r e s ? V a — sos de f l o — resl
41 Vasos de flores
42
(29)
( 29) A letra deste pregão, bem com o a dos três seguintes, foi impossível
distingui-la.
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BIBLIOGRAFIA
AD RIAN O M ERÊ A, A Música dos Vendilhões, (in «Serões», 2.a Série, II).
LUÍS CHAVES, Nota Etnográfica-Os Pregões Populares das Ruas de Lisboa (Sepa
rata da «Revista Municipal», n.° 64, Lisboa, 1955).