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Dezembro - 2017
Índice
BI da Empresa
Referências
Anexo
BI da Empresa
Sócio(s) fundador(es)
José Neves.
Subsidiárias no Estrangeiro
Além dos três escritórios que a Farfetch tem em Portugal, esta tem também
escritórios em Londres, Nova Iorque, Los Angeles, São Paulo, Xangai, Moscovo,
Hong Kong e Tóquio
Capítulo 1: A Génese da Empresa
A ideia para a criação da empresa surgiu quando o seu sócio fundador, José
Neves, estava na semana da moda de Paris, em Outubro de 2007, a promover a
sua marca de calçado e constatou que: primeiro, as empresas que mais estavam a
crescer eram as que tinham apostado no e-commerce; segundo, havia muitas
empresas que, pela sua dimensão, falta de know-how ou incapacidade financeira,
nem sabiam como começar o negócio online, e por isso, estavam a ficar para trás;
por último, nenhuma das grandes plataformas de e-commerce existentes, como a
Amazon e o Ebay, seria compatível com a indústria de moda de luxo. Ao dar-se
conta destas constatações, José Neves, pensou que se conseguisse criar uma
plataforma que reunisse as melhores marcas e boutiques multimarca num site
verdadeiramente global e fácil de utilizar, isso seria uma boa proposta não só para o
consumidor, como também para as pequenas e médias empresas, que assim
conseguiriam ter acesso a audiências globais.
Ao regressar a Portugal, José e a equipa de engenheiros da sua empresa de
programação começaram a desenvolver a plataforma, e, em paralelo, foram
assinados contratos com as primeiras 25 empresas que a integraram. No dia 4 de
outubro de 2008 de foi lançada a Farfetch.
Principais apoios (financeiros e não financeiros) para a criação da empresa
Em termos financeiros, o José Neves não teve qualquer apoio, uma vez que
(e como referido acima) ele utilizou poupanças pessoais, recursos partilhados com a
sua outra empresa (Swear) e cash flow do seu negócio anterior de tecnologia.
Existência de incentivos
1
Retirado das questões colocadas à empresa. O questionário encontra-se em Anexo.
Capítulo 2: História da Empresa
2
Retirado de:
https://www.publico.pt/2016/09/11/tecnologia/entrevista/o-negocio-de-mil-milhoes-de-jose-neves-1743732
Principais produtos/serviços
A Farfetch manteve-se fiel à sua ideia inicial até aos dias de hoje, sendo que,
o que alterou em termos de valor para o cliente, foi a gama de produtos
apresentados. Isto deve-se ao facto de irem ganhando a confiança do mercado e de
irem criando cada vez mais parcerias, tanto com marcas de luxo de renome, como
com novos designers em ascensão.
Em 2015, a Farfetch desenvolveu uma nova plataforma: “Farfetch Black &
White”, que traz uma maior opção de escolha aos seus parceiros. As marcas
parceiras tanto podem apresentar a sua boutique no site principal da Farfetch ou
utilizar a sua plataforma (ou seja, a tecnologia da Farfetch) para acionar os seus
próprios websites de e-commerce.
E foi desenvolvida a “Store of the Future” (SoF) - ainda na sua versão Beta -
que procura armazenar informação sobre os seus consumidores e melhorar as
interações humanas (entre os compradores e os parceiros da Farfetch). A ideia
central do SoF é o ‘Log-in Universal’ (“Universal Log-in”) - um conceito que pode ser
selecionado na app da Farfetch, onde existe partilha de dados: todos os
comportamentos e preferências de compra (online e em loja física) do comprador
são armazenados para que as lojas que frequenta lhe possam oferecer uma
experiência mais personalizada.
Principais clientes iniciais
A maior vantagem que a Farfetch oferece é a possibilidade de ter uma oferta infinita,
visto que não possui investimento em stock. Tem também a possibilidade de ter
parcerias com diversas boutiques, o que aumenta a possibilidade de oferta de
produtos no site e, consequentemente, o faturamento, visto que este está
diretamente relacionado ao número de produtos oferecidos.
3
Retirado de:
https://www.publico.pt/2016/09/11/tecnologia/entrevista/o-negocio-de-mil-milhoes-de-jose-neves-1743732
4
Retirado das questões colocadas à empresa. O questionário encontra-se em Anexo.
Capítulo 5: Análise e Discussão
“Uma organização empresarial que, desde o ínicio, procura obter uma vantagem
competitiva significativa do uso de recursos e da venda de produtos para vários
países”
Oviatt & McDougall, 1994
A identificação da empresa como born global, mostra que esta tomou passos
diferentes para a sua internacionalização, uma vez que, desde a sua criação, a
Farfetch tem como objetivo chegar aos vários mercados internacionais.
O fundador, José Neves, apresenta-se como uma parte fundamental de todas
as estratégias tomadas pela empresa desde o seu nascimento. O know-how de
José Neves a nível da programação do site e do setor de moda, teve um grande
impacto no modo de atuação da empresa perante os mercados, uma vez que já
compreendia de forma que a sua plataforma e o seu negócio teria que ser
construído de forma a conseguir prosperar a nível mundial, em vez de começar no
seu mercado doméstico. Também a escolha do local da sede foi um ponto
estratégico na fase de internacionalização, pois permitiu uma maior visualização da
marca.
Pode-se afirmar que a Farfetch tem enfrentado vários desafios, com diferente
impacto na sua atividade.
Logo no momento da sua criação, a Farfetch deparou-se com dois grandes
desafios. Um deles foi conseguir convencer marcas e boutiques a se juntarem a
esta nova plataforma de comércio online de artigos de luxo, o que José Neves
conseguiu,em grande parte, devido aos conhecimentos e contactos que detinha na
indústria da moda de luxo. O outro foi a obtenção de financiamento, pois, apenas
duas semanas depois da criação da Farfetch a Lehman Brothers faliu, pelo que as
janelas de financiamento ficaram completamente fechadas até 2010.
Outro desafio que a Farfetch tem vindo a enfrentar está relacionado com a
concorrência. Apesar de não existirem muitos concorrentes diretos, há um que se
destaca pelo facto dos consumidores considerarem que há muito pouca diferença
imediata com a Farfetch, a Net-a-Porter. No entanto, como a Farfetch não possui
qualquer tipo de stock, o custo de estabelecer novas parcerias com marcas e
boutiques é mais baixo, o que lhe confere uma grande vantagem face à
Net-a-Porter.
Por último, tal como sublinhado pelo próprio CEO, há a preferência por parte
dos consumidores pelas lojas físicas ao invés das lojas online. Isto é algo que a
Farfetch tem tentado combater, nomeadamente com o desenvolvimento do “Store of
the Future”, mas que, nos próximos anos, ainda se espera que continue a ser um
desafio para a Farfetch.
Capítulo 6: Conclusões do Trabalho
Primeiramente, foi feita uma pequena pesquisa para decidir que start-up
portuguesa seria estudada. Por rapidamente se ter constatado que a Farfetch era
um autêntico caso de sucesso de uma start-up portuguesa, que desde cedo
procurou a internacionalização do seu negócio, optámos por escolhê-la como objeto
de estudo para o nosso trabalho.
Após isso, fez-se uma pesquisa inicial para perceber que informação havia
disponível. Também se entrou em contacto com a empresa para uma entrevista.
Em relação à entrevista, foi dito que apenas seria possível responderem a
perguntas enviadas por e-mail (ao contrário do que tinha sido requisitado – uma
entrevista pessoal, ou através de Skype). Devido a existirem na internet várias
entrevistas feitas ao próprio CEO da Farfetch, foi decidido enviar apenas algumas
perguntas que pudessem ajudar na realização do trabalho. As perguntas feitas, e as
suas respostas, são apresentadas em anexo.
Também foi feita uma vasta pesquisa, e uma seleção de informação –
entrevistas dadas pelo próprio José Neves, artigos escritos por jornais acerca da
empresa, duas teses, entre outras fontes –, onde foi possível retirar uma vasta
informação que auxiliou na construção da monografia.
Por fim, foi analisado todos os materiais disponibilizados pelo professor
acerca da matéria teórica para auxiliar na estrutura do capítulo 5.
Internet:
➔ https://www.publico.pt/2016/09/11/tecnologia/entrevista/o-negocio-de-mil-milh
oes-de-jose-neves-1743732
➔ https://www.publico.pt/2016/09/11/tecnologia/reportagem/no-cerebro-do-unico
rnio-portugues-1743770
➔ https://www.publico.pt/2017/06/22/economia/noticia/farfetch-ganha-novo-inve
stidor-e-reforca-ataque-ao-mercado-chines-1776520
➔ http://observador.pt/2015/03/04/farfetch-empresa-que-jose-neves-lidera-foi-av
aliada-em-mil-milhoes-de-dolares/
➔ https://www.ft.com/content/cf9452fe-d0f1-11e5-831d-09f7778e7377
➔ http://visao.sapo.pt/web-summit/2016-11-09-Jose-Neves-lider-da-Farfetch-O-
CEO-tem-a-profissao-mais-solitaria-do-mundo
➔ https://www.farfetch.com/pt/careers
➔ http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/web-summit/2016-11-02-Jose-Neves-fund
ador-da-Farfetch
➔ http://www.telegraph.co.uk/luxury/mens-style/jos-neves-how-the-founder-of-fa
rfetch-is-politely-taking-over-th/
➔ https://fashionista.com/2015/09/farfetch-black-and-white
➔ https://www.businessoffashion.com/articles/bof-exclusive/inside-farfetchs-stor
e-of-the-future
➔ http://www.thedrum.com/news/2017/04/18/farfetch-has-created-operating-syst
em-bricks-and-mortar-retail-its-new-store-the
➔ https://techcrunch.com/2017/06/21/jd-com-invests-397m-into-luxury-marketpla
ce-farfetch-as-part-of-a-new-strategic-partnership/
Literatura:
➔ MONTEIRO, Ana; PINTO, Liliana; RIBEIRO, Maria; AU-YONG-OLIVEIRA,
Manuel. A internacionalização e o caso de uma plataforma online de artigos
têxteis de luxo. 2016
(https://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/7545/1/Casos%20de%20estudo%20em
%20Estrategia%20e%20Marketing.pdf9#page=120)
➔ DA ROSA, Renata Ferreira. Ecommerce as internationalization strategy: An
exploratory study based on premium fashion Brazilian brands: case study of
Farfetch. São Paulo, 2016
(http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/15954/Renata%20Rosa
%20-%20Ecommerce%20as%20Internationalization%20Strategy.pdf?sequence=3&i
sAllowed=y)